Broken Strings escrita por Anny Taisho


Capítulo 4
De volta ao lar


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, desculpe não ter postado na segunda como de costume, mas é que não tive acesso a net pelo pc, então não teve como. Mas agora estou de volta com mais um capítulo dessa fic. Cana-chan está de volta e as águas voltarão a correr. Agradeço aos comentários e desculpe se tem algum que ainda não respondi, assim que houver tempo eu com certeza te responderei.

Boa leitura!



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Cap. IV – De volta ao lar

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E de um momento para o outro, o tempo que parecia ter parado de correr voltou a fazê-lo com toda pressa. Sob um casaco pesado estava a maga Alberona presa pelo abraço de Wendy que a apertava com toda força como se quisesse ter certeza de que era real. Um sorriso enigmático formou-se nos lábios da mais velha que envolveu-lhe com os braços mostrando as unhas de um tom escuro em mãos semi-escondidas por luvas de dedos aparentes.

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Os magos que a conheciam e foram seus amigos por anos correram naquela direção, os novatos que eram sua maioria no salão ficaram estáticos. Em sua maioria não haviam visto jamais Cana e só faziam uma imagem borrada de sua imagem pelos retratos feitos por Reddus. A Marvel soltou a irmã mais velha e lhe fitou os olhos, pelo menos um deles já que o outro estava oculto pela densa cortina castanha de cabelos que formavam uma trança que escondia quase que todo o lado esquerdo dela. Viu por sombras que ambos os olhos estavam cobertos por maquiagem delineadora formando um traço sensual.

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Embaixo do casaco protetor havia uma calça justa e zebrada com botas que subiam acima dos joelhos, uma blusa curta que cobria apenas até a primeira costela e fazia o contorno arredondado do coração nos seios volumosos. Foi uma corrente de pessoas fazendo perguntas e entre abraços e sorrisos avistou Mirajane levemente afastada com um sorriso nos lábios.

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- Okaeri, Cana.

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- Okaerinasai, Mirajane. – disse sem fita-la por muitos segundos –

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Makarov que descansava na enfermaria, apareceu andando com seus filhos lhe abrindo caminho até a morena.

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- Dizem que o bom filho a casa sempre torna.

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- Obrigada por me receber.

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E aquelas duas frases foram ele dizendo o quanto sua ausência foi sentida e ela dizendo que lamenta. Obviamente que agora um motivo para festa foi instalado e logo os membros que não estavam presentes apareceram. Gray envolveu a amiga num longo abraço que não incomodou Juvia. Ela sabia o quanto ele sentira pela ausência da morena e por isso, internamente ficou feliz por sua presença em motivos egoístas. Afinal, sabia que o casamento não seria o mesmo se ela não viesse, Gray não estaria completo.

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Abraçou-a agora com motivos sinceros de saudade. Ainda eram vívidas as lembranças de que Cana foi uma das primeiras pessoas a lhe receber bem na guilda e até mesmo não aceitar que fosse chamada de garota da Phantom.  E como num dejavú sentou-se no lugar que costumava ocupar sem nem notar e uma roda fez-se ao seu redor com perguntas.

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Laxus permaneceu parado em seu lugar apenas observando.

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De repente parecia que um só dia não havia passado e então o peso da culpa curvou-lhe os ombros. Será que era assim tão saudosa e culpada que Mirajane sentia-se ao olhar pra Fried todos os dias?

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Durante poucos segundos os olhos violetas o examinaram para depois voltarem aos amigos. Fried que mantivera-se quieto até o momento, ergueu-se de seu acento e com a postura de um lord seguiu até a morena tomando-lhe a mão para um beijo. E abrindo lugar entre aqueles que colocaram-se ao seu lado, tomou um lugar fazendo perguntas que indicava que haviam mantido contato a pouco tempo.

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Quando a morena tirou o casaco revelando costas, barriga e braços, uma comoção geral fez-se, mas não por sua beleza e sim pelas marcas que haviam em seu lado esquerdo. Pareciam garras de algum animal feroz em uma cicatriz levemente alta. Vendo a comoção, a mulher apenas bebeu um gole de seu álcool com um sorriso entre lábios.

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- Mas o que foi que aconteceu, Cana? – Erza foi a primeira a manifestar em palavras os pensamentos de todos –

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- Uma gárgula de magia negra, felizmente terminei a missão, mas acordei no hospital assim...  – e sorriu com olhar perdendo o foco durante segundos, chupou o ar em seguida e chacoalhou a cabeça – E com a força de um titã, cai sobre nós...

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Dito isso, um raio natural partiu o céu iluminando pelo menos metade da cidade que estava escura pelas nuvens negras daquele dia estranho de primavera que parecia muito mais invernal. Em seguida a energia do salão entrou em meia fase para cair em seguida deixando o lugar sombrio pela penumbra da tarde escura.

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- Tsk... Odeio essas premonições com ar de exoteria.

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Wendy mal notou o acontecido, estava analisando as marcas na pele da amiga e em seguida ficou Fried com curiosidade infantil.

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- Foi por isso que me perguntou se eu conseguia curar cicatrizes, Fried-san? As marcas na Cana-onee-san são consistentes com os padrões que indagou...

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Em outros tempos, o Justine teria corado até uma coloração que ultrapassava muito em purpúra, entretanto hoje, o mago apenas acenou com a cabeça recendo um olhar reprovativo da Alberona.

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- Seu fofoqueiro! Será que vou ter que chutar seu traseiro de novo para parar de ser falastrão?

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O mago riu, seguido de Cana, mostrando uma intimidade que ninguém além de Bixlow  e Ever sabia que possuíam.

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- Não me force a ligar para o hospital e contar onde está a mais nova paciente fujona, pensei que só teria alta daqui uma semana ou duas.

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- Tsk... tsk... Estou ótima! Sem dizer que em duas semanas eu perderia o casamento do Gray! Oe, alguém pode me conseguir mais vinho? Uma garota ferrada tem o direito de manter-se ébria!

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- Cana-onee-chan!! – Wendy empurrou a caneca de bebida dela com olhar de reprienda – Qual foi a extensão dos danos?

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A morena revirou o olhos.

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- Seis costelas quebradas, luxação no pulso, hematomas diversos, uma dor nas costas horrenda e cicatrizes que não tenho certeza que irão me abandonar.

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Wendy ficou brava e arrastou Cana para enfermaria sendo seguidos por Fried. Nesse instante todos olharam para a única pessoa que poderia explicar aquilo, no momento, Bixlow. Mas o mago de possessão recusou-se a abrir a boca, permanecendo no silêncio daqueles que sabem demais.

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***

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Dentro da enfermaria Wendy começou a andar por todos os lados a procura de ervas, pomadas, panos limpos e pensando em como tirar aquelas cicatrizes da amiga. Parou enquanto pegava uma bacia com água limpa e observou a dupla sentada lado a lado na maca conversando entrosadamente.

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Fried naquele momento perdeu aquele ar esnobe que adquiriu nos últimos anos e até mesmo a aura pesada e sarcástica que ostentava todo o tempo. Naquele momento o viu como o velho Justine de modos polidos. Os dois riam de alguma coisa que Wendy ouviu, mas não compreendeu, provavelmente tratava-se de uma piadinha interna.

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Aproximou-se com as coisas que precisava e deu um nó nos cabelos azuis para começar a trabalhar. Logo o mago levantou-se e ajudou Cana a tirar as botas, visto que ela não conseguia curvar-se direito devido as costelas avariadas. Antes de deitar para ser examinada pela Dragon Slayer, desfez a trança lateral revelando a parte escondida do rosto.

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A boca da maga azul converteu-se num O e ela tocou com cuidado nas marcas que ali haviam. Mais finas do que as do tronco, mas ainda sim protuberantes vindo da lateral da testa e descendo pela bochecha, indo para o pescoço e encontrando-se com as dos ombros e resto do torço.

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- Cana... Isso... Meu Kami...

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A morena deu um meio sorriso e cobriu sua mão com a dela.

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- Calma, Wendy... Eu sei que pode amenizar isso...

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- N-Não N-não vou conseguir curar tudo...

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- Já fico feliz se conseguir amenizar ao ponto de ninguém incomodar-se ao olhar para mim.

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- Vou fazer o meu melhor!! Agora deite-se que vou curar suas costelas e começar com suas cicatrizes... Acho que terei de falar com Polyusca-san para me ajudar a procurar alguma coisa.

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- Calma, vou ficar até o casamento do Gray... Não precisa ficar desesperada, são só marcas...

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- Sem dizer que Cana continua linda, independente de qualquer marca.

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- Fried, você se tornou bajulador de marca maior...

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O mago verde sorriu de seu lugar encostado na parede com os braços cruzados sobre o peito.

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- Eu descobri que com a conversa certa consigo qualquer garota, então exercito sempre que posso.

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- Cafajeste.

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- Eu só me dei mal sendo o cara bonzinho, então que venha o cachorrão que é o que as garotas gostam.

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Wendy engasgou e acabou apertando uma das feridas de Cana que gemeu em resposta a invasão e olhou para trás.

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- Des-desculpe, Cana-onee-san...

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- Okay, okay, Wendy, mas não dê atenção as abobrinhas do Justine, ele tende a falar besteira quando está perto de mim!

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- Tu-tudo bem... Fried-san pode me ajudar passando a pomada curativa nas cicatrizes?

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- Posso sim, será uma satisfação ajudar.

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A maga curativa foi cuidar das costelas e outros danos mais internos, enquanto observava cuidadosamente a maneira carinhosa com que ele cuidava da Alberona. Principalmente quando chegou a face. Os dois trocaram olhares cúmplices e no final ele beijou o topo da testa dela. Poucos minutos depois, terminou seu trabalho e a morena pôde-se se levantar. Calçou as botas já sem dores e sentia o formigamento da pomada nas marcas.

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- Essa pomada vai desinflamar os ferimentos para que eu posso realmente avaliar o tamanho dos danos. – colocou curativos nos rosto – Pode cobrir com os cabelos se quiser, não vou contar a ninguém além da Polyusca-san.

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- Muito obrigada, você é um adorável, Wendy!

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- De nada, é um prazer ajudar. Já tem onde ficar? Pode ficar comigo na Hills até arrumar um apartamento...

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- Não será necessário, Cana ficará hospedada comigo, e não aceito recusa. Estou devendo um favor depois de uma missão na divisa do reino.

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- Ah não seja, idiota! Aquilo não foi nada! Somos todos da mesma guilda e amigos!

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- Eu insisto, ficarei extremamente chateado se não aceitar. Alguma recomendação, Wendy?

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- Hum... Seria boa se passasse pomada nas feridas de doze em doze horas, vai melhorar as cicatrizes e quanto mais conseguirmos reduzir as queloides melhor.

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- Não se preocupe, eu mesmo vou certificar de que tudo está sendo cumprido. Onde estão suas coisas, Cana? Vamos acomodá-la.

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- Hum... Eu trouxe uma mochila, ficou no segundo andar, mas terei de fazer compras amanhã... Não tenho roupas para ficar em casa. Na verdade tenho só o básico do básico, não rola ficar carregando muitas coisas.

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- Podemos fazer compras amanhã então, aposto que as meninas vão adorar!

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- Será ótimo... – Cana perdeu o foco e ficou alguns segundos perdida – Oh droga, nada como previsões aleatórias... Cuidado quando estiver voltando ulpe zpara casa, Wendy-chan, a poça é mais profunda do que parece. Vamos embora Fried, agorinha vou começar a prever até resfriado de criança.

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- Vou pegar seu casaco e mochila, pode me esperar lá fora se não quiser ir para a multidão, lembro-me de comentar que as vezes perde o controle em multidões.

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- Obrigada, amanhã nos vemos para fazer compras em Wendy-chan! Diga pro pessoal que estou cansada demais e fui descansar.

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- Pode deixar.

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E a maga ficou observando o casal sair sem entender realmente qual era o tipo de relação deles.

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Continua...

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Notas finais do capítulo



Olá!!! Então o que tem a me dizer sobre os acontecimentos atuais... garanto a vocês que muitas coisas vão acontecer e movimentar todo o marasmo e suposta harmonia que se instalou. Até o próximo capítulo.

Kisskiss