The Cassandra Curse [cancelada] escrita por Marie Caroline


Capítulo 16
— Capítulo 15 —


Notas iniciais do capítulo

Olá, meninas! Como estão? Eu queria agradecer pelos comentários no capítulo anterior; fiquei muito feliz de ver que vocês não desistiram da TCC. Saibam que o que me faz ter vontade de escrever são vocês s2
Love you all :*



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— Eu sei que você não vai me atender, mas eu também não vou parar de ligar. É sério Cass. Eu sinto muito. De verdade. Mas, você precisa entender que o que eu sinto por Bella foi muito forte naquela hora. E isso não quer dizer que eu não sinto nada por você. Eu sei que foi errado. Eu sei que foi egoísmo. Você não tem que me perdoar agora... só... só fala comigo.

Essa era provavelmente a décima mensagem de voz que Jacob deixara em meu celular. Eu não o atendi, nem mesmo respondi.

Era estranho, mas depois de dar as costas para ele eu não senti tristeza alguma. Só vazio. Era como se eu estivesse me acostumando com o fato de que fosse o que ele sentisse por mim, nunca seria forte o suficiente para afastá-lo de Bella. E, na verdade, eu sentia pena dele. Eu queria poder pegar aquele amor doentio e arrancá-lo de dentro de Jacob.

Mas, eu não podia fazer isso. Só quem poderia sair daquela situação era ele mesmo. E eu esperava que o meu tratamento de silêncio o fizesse compreender, que eu não sou a única coisa que ele irá perder se continuar a colocar Bella em primeiro lugar.

Eu pensava em todas essas questões enquanto tia Jane me mostrava inúmeros vestidos formais. Eu geralmente não me importava em passar a tarde comprando roupas, porém, hoje, a minha cabeça estava em outro lugar; eu simplesmente não conseguia dizer se gostava ou não do que ela me mostrava.

Por fim, eu decidi que três horas para escolher um vestido que eu iria usar por apenas uma noite era um tempo ridículo. Sendo assim, optei pelo vestido de renda cor de creme que ia até o joelho. Não era nada muito chique, afinal de contas, a formatura era de Lucas. No final da tarde, nós duas fomos ao Mcdonalds, e eu pedi um hambúrguer gigante e um milk-shake. Bom, vamos dizer que eu me senti muito melhor depois disso.

Eu não estava particularmente ansiosa pela formatura, pois sabia que Bella e os Cullen estariam lá. Mas, eu estava feliz por Lucas. E isso era razão mais que suficiente para eu esquecer os meus problemas e fingir por uma noite que estava tudo bem. Eu ainda não havia tido mais nenhum sonho que explicasse o último, portanto, não sentia que tivesse motivo para contar isso aos Cullen. Se bem que se eu encontrasse com Edward, ele saberia na hora.

***

A escola estava cheia de pais orgulhosos e alunos excitados andando para lá e para cá em suas becas. O pensamento de que eu me formaria em alguns anos e meus pais não estariam lá para ver me veio de repente. Mas, naquela noite eu estava fingindo que estava tudo bem.

Assim que Lucas nos viu, ele disse algo para o seus amigos e veio em nossa direção. Tio Gary deu a ele um relógio de presente, e tia Jane parecia que estava prestes a chorar.

O ponto alto da cerimônia foi o discurso da colega de Lucas, Jess. Ela falou sobre como nada é permanente e que não devemos nos apressar em fazer nossas escolhas. Que deveríamos cometer erros a aprender com eles. Quando Lucas foi chamado ao palco, nós tiramos várias fotos dele. Ele estava com um sorriso de orelha a orelha e vermelho como um tomate.

No final, eles lançaram o seus quepes para cima e o salão se encheu de gritos de alegria e abraços. Eu fiquei ao lado de meus tios, observando o quanto o meu primo estava feliz. A aura me contagiou também.

Mas não por muito tempo.

De repente, as vozes começaram a perder o volume. Minha visão oscilou e eu senti como se estivesse pisando em um chão feito de gelatina. Perdi a noção de tempo e espaço enquanto a imagem feliz diante de mim desaparecia por completo.

Cassandra corria novamente pela floresta coberta de neve. O desespero por não ser suficientemente rápida a acometia. E se ela não conseguisse chegar lá? E se não pudesse avisá-los sobre o perigo iminente? Ela conseguia ver, claro como o dia, a imagem dos Cullen e dos lobos enfrentando um exército de vampiros. Mas, ela precisava avisá-los... o exército era apenas uma distração... o perigo real estava em outro lugar... era uma armadilha...

Minha visão e audição voltaram abruptamente, e eu percebi que estava me apoiando em tia Jane em um esforço para permanecer de pé.

— Querida, você está bem? — ela perguntou, suas sobrancelhas unindo-se em preocupação.

— Sim... eu...

Reajustei minha postura e tentei pensar com clareza. O barulho da festa dos formando não estava ajudando.

— Talvez seja melhor levá-la para fora — sugeriu tio Gary para o meu alívio.

— Venha Cass — tia Jane pegou o meu braço e me guiou pelas portas do saguão.

Dessa vez não haveria escapatória. Eu tinha que contar ao Edward sobre a minha visão, do contrário, todos eles estariam em perigo. Enquanto tio Gary ia até uma lanchonete próxima para comprar uma garrafa de água para mim, tentei ignorar as perguntas frenéticas de minha tia sobre eu estar comendo bem e tomando os meus remédios.

Quando tio Gary voltou com a água, avistei Edward, Bella e Alice vindo em nossa direção. Havia tensão em suas expressões. Eu não precisei adivinhar por que. Edward devia ter visto a minha visão.

— Eu estou bem — disse aos meus tios. — Olha, eu tenho que falar com os meus amigos.

— O quê? — protestou tia Jane. — Não, eu vou levá-la ao hospital.

— Tia, eu estou bem. É sério.

— Você quase desmaiou, Cassandra — argumentou tio Gary.

Suspirei impacientemente.

— Eu só preciso de cinco minutos, OK? É urgente.

— Com licença — Edward se adiantou. — Cassandra, será que eu posso falar com você por um instante?

Não dei chance para os meus tios protestarem e segui Edward até onde Alice e Bella esperavam do outro lado do estacionamento.

— O que foi aquilo que você viu? — ele perguntou urgentemente.

Dei de ombros.

— Eu sinto muito. Eu realmente não sei.

Os meus olhos encontraram os de Bella e ela desviou rapidamente.

— Você pode explicar exatamente o que viu? — pediu Alice.

Assenti.

— Eu estava correndo em uma floresta que eu não conheço. Eu sabia que precisava avisar vocês de algo perigoso que estava para acontecer. Mas eu não sei o que era. Foi... tudo muito confuso. As minhas visões não costumavam ser assim. Antes elas duravam mais e eu sempre estava no controle. Agora é tudo muito rápido. Não dá nem tempo de assimilar o que está acontecendo.

Eu estava soando apologeticamente e nem sabia porquê. Era como se eu tivesse que me desculpar pela minha ineficácia.

Edward olhou para mim, os seus olhos ficaram mais gentis.

— Não. — ele disse baixinho. — Não pense assim. Você está ajudando muito.

Sorri apesar de não estar totalmente convencida. Havia algo mais em minha visão que estava muito perto, mas que eu não conseguia tocar.

Pense.

Eu estava indo avisá-los de que o perigo real estava em outro lugar...

— Espera — sussurrei. — Acho que consegui entender algo...

— O que é? — perguntou Bella.

Olhei nos olhos dourados de Edward e Alice, e por fim nos cor de chocolate de Bella.

— Os vampiros estão vindo para cá. Vocês vão lutar com eles.

Bella arfou e colocou as mãos na boca. Edward e Alice trocaram um olhar de entendimento. Em seguida, ele virou-se para mim.

— Cassandra, o que você acha de ir à nossa festa de formatura?

Tudo bem, eu havia feito algo muito ruim e sabia que teria de lidar com as consequências depois. Ainda assim, eu tentei esquecer o fato de que havia deixado os meus tios esperando no estacionamento para fugir para a festa. Quer dizer, eu mandei uma mensagem de texto para tia Jane dizendo onde estava. E Lucas estava aqui também, então não era algo tão ruim, certo? Certo?

A ansiedade estava levando a melhor contra mim no caminho para a mansão dos Cullen. Edward estava dirigindo muito rápido; a tensão era palpável no ar. Ninguém falava nada, embora eu soubesse que os pensamentos dos outros três passageiros do carro deviam estar acelerados.

Para falar a verdade, estar em uma festa era o último lugar em que eu queria estar. Mas Edward disse que precisaria de minha ajuda. E, para ser sincera, eu estava apavorada com a minha visão. Se aqueles vampiros estavam mesmo vindo para cá, então isso significava que todos na cidade estariam correndo perigo.

— Bella — chamou Edward. — Você pode me fazer um favor?

— Claro — respondeu ela ansiosamente.

— Ligue para Jacob e diga para ele e quantos mais membros da matilha ele conseguir convencer para virem à festa.

— O quê? — protestou ela. — Edward, não. Não depois do que...

Ela hesitou e olhou pelo retrovisor diretamente para mim.

— Vamos precisar da matilha, Bella — insistiu ele com firmeza.

Oh, não.

Jacob estava vindo? Aquela situação acabara de ficar pior ainda.

Enquanto Edward dirigia pela estrada escura, e Bella fazia a ligação de má vontade, eu considerei se morreria ou apenas me machucaria muito se me jogasse do carro agora.

— Eu não a aconselharia a fazer isso — murmurou Edward, os seus olhos dourados piscando para mim no retrovisor.

Muito engraçado, Edward.

***

Eu havia ido a exatamente três festas na minha vida inteira. Quer dizer, tirando as festas de aniversário e etc.

Mas essa era diferente de todas as três que eu havia ido.

A música pop retumbava as paredes do casarão branco quando as pessoas começaram a chegar. As luzes hipnóticas piscavam em todo o lugar, o que me incomodava um pouco. Alice estava tentando fazer Bella socializar com os seus colegas, o que me dera a chance de escapar por um segundo. Peguei um copo de refrigerante na mesa e saí para o jardim. A mudança da música alta para o quase silêncio foi extremamente bem-vinda.

Suspirei enquanto sentava no degrau da escada, tomando alguns goles do refrigerante.

Edward me dissera para aproveitar a festa enquanto Jacob e os garotos não chegavam. Como se eu pudesse aproveitar qualquer coisa ante a perspectiva de ter de encará-lo novamente.

Ugh.

Era tão injusto! Toda a vez que eu tentava me afastar de Jacob, algo acontecia e eu era forçada a aceitar a sua volta para a minha vida. Era como se não tivesse escapatória.

A palavra destino surgiu em minha mente por alguma razão, o que me fez rir sarcasticamente.

Sim, eu era uma garota de 15 anos que tinha a habilidade de ver o futuro. Mas isso não significava que eu devia acreditar em coisas tão idiotas como destino.

O barulho de folhas sendo esmagadas adiante me fez levantar a cabeça rapidamente.

Jacob estava vindo em direção à casa, ladeado por Quil e Embry.

Arfei ao me levantar, acidentalmente derrubando o copo com o restante do refrigerante. Eu não tinha ideia de como reagir perto dele, então simplesmente fiquei parada esperando-os chegar perto o suficiente.

Percebi certa movimentação atrás de mim; Edward e Bella estavam vindo também.

Oh, isso seria agradável.

— Oi — Jacob cumprimentou com um sorriso sarcástico. Ele só estava agindo assim porque Edward estava ali.

— Pode desmanchar esse sorriso — disse Bella de mau humor. — Você só está aqui porque Edward acha que precisamos de sua ajuda.

— Bem, então essa seria a primeira vez que concordamos em alguma coisa — respondeu ele sem se abalar.

Embry e Quil pareciam extremamente desconfortáveis em estar aqui. Bem, eu entendia isso muito bem. A primeira vez que estive aqui foi definitivamente intimidador.

Com uma pontada de culpa, lembrei-me de como não havia falado com Embry desde o nosso fracassado encontro. Se bem que ele não havia vindo falar comigo desde então, o que sugere que ele não ligava tanto assim para mim a ponto de passar por Jacob.

— Não temos tempo para isso — disse Edward, que parecia tão feliz em ver Jacob quanto eu. — Cassandra viu algo definitivamente preocupante.

Jacob olhou para mim e a sua expressão mudou totalmente. Os olhos dele se encheram de angústia e, por um momento, achei que ele fosse despejar mais um bando de desculpas como tinha feito no telefone. Mas, quando Edward nos chamou para dentro, ele voltou a usar a máscara habitual de sarcasmo.

Chegamos ao escritório de Carlisle, onde o restante de família Cullen estava. Fiquei um pouco de lado, esperando que alguém se pronunciasse, quando todos olharam para mim.

Franzi as sobrancelhas para Edward e ele acenou para mim, sorrindo gentilmente.

— Pode contar o que viu.

— Ah — respondi distraidamente. — Tudo bem. Hã...

Era muito difícil me concentrar tendo todo mundo olhando para mim. Pigarreei.

— Eu... eu tive uma visão mais cedo. Uma sobre os vampiros em Seattle... Bem, eu não os vi exatamente. Mas, na visão, eu sabia... Sabia que eles estavam vindo para cá. Para a cidade.

Os outros Cullen expressaram apreensão. Menos o grandalhão, Emmett; esse pareceu até mesmo animado.

Jacob bateu as palmas casualmente.

— Tudo bem. Isso parece um trabalho para nós.

Edward sorriu ironicamente.

— Não um trabalho só seu. Vamos fazer isso juntos.

Jacob deu de ombros.

— Se você insiste.

— Espere aí — interrompeu. — Você está querendo dizer que é por isso que os chamou? Edward, não. Isso é perigoso demais!

Embry e Quil soltaram risadinhas.

Eu não sabia dizer se concordava ou não com Bella. Para falar a verdade, eu não sabia muito sobre vampiros nem lobisomens para decidir quem estava em maior perigo.

— Bella, você não acha mesmo que vamos ficar fora disso, acha? — disse Jacob.

— Vocês vão acabar morrendo — ela disparou.

Quando ele apenas revirou os olhos, ela virou-se para mim.

— Quantos são?

— Eu não sei... — sacudi a cabeça, brava comigo mesma por não saber.

— Você não os viu? — insistiu ela. — Tente alguma coisa.

Resisti a tentação de revirar os olhos. Não era um botão que eu podia ligar...

Era verdade; eu não fazia ideia. Se bem que... eu havia tido um sonho, semanas atrás, sobre a ruiva com o garoto Riley. Ela dizia que ela tinha de controlá-los... Tentei me concentrar na visão para tentar extrair mais alguma informação. Fechei os olhos e senti a familiar sensação correr pelo meu corpo.

Anda... Pense. Pense. Pense.

— Ah! — uma dor forte atingiu o lado frontal da minha cabeça e minhas mãos voaram para a minha testa.

— Cass — ouvi Jacob me chamar com certa tensão em sua voz.

Quando abri os olhos, vi-o perto de mim. As mãos em minha direção como se temesse que eu caísse.

— Pare de perguntar — ele disse a Bella de modo um tanto ríspido.

— Eu estou bem — afastei-me dele para logo seguinte me arrepender: o seu rosto se distorceu em uma expressão magoada. — Deu certo. Eu tenho quase certeza de que são duas dezenas.

— Bem, precisaremos discutir sobre os recém-nascidos — disse Carlisle. — Nos encontramos mais tarde, estão de acordo?

Todos concordaram menos Bella. Mas não acho que ela conseguiria impedi-los de qualquer maneira.

— Jasper poderá nos guiar — continuou o mais velho dos vampiros. — Ele tem mais experiência com esse tipo.

— Qual é a diferença? — perguntou Quil.

— Poderemos falar disso mais tarde — sugeriu Alice.

Eles combinaram o horário e local e eu me perguntei se a minha utilidade teria acabado por aqui.

Edward virou a cabeça para mim.

— Obrigado. Você nos ajudou muito mais uma vez.

Todos os outros agradeceram também, o que me deixou um pouco constrangida. Eu não tinha feito nada. Eles é que iria enfrentar os vampiros.

Mas eu queria fazer mais...

— Será que eu poderia pedir uma coisa? — perguntei de súbito.

— É claro — respondeu Carlisle.

Hesitei por um segundo antes de ter certeza de que queria mesmo isso.

Ahh, por que não?

— Posso ir com vocês mais tarde?


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Notas finais do capítulo

Eu realmente me empolguei para escrever agora, então tenho quase certeza de que o próximo será postado daqui a algumas horas. Talvez lá pela meia noite o 16 estará postado!



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