Crepúsculo Mundial - (トワイライトの世界) - Interativa escrita por LYEL


Capítulo 23
A Cidade que Toca os Céus - Sony & Yuuki.


Notas iniciais do capítulo

A história toma um novo rumo e nos leva a seguir os passos de Yuuki e Sony, enquanto isso no inferno os esquemas sombrios de Bea tomam forma e suas intenções levam a crer que este demônio é mais perigoso do que parece...



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(A Narrow Space Between Dimensions)

Yuuki e Sony viajavam juntos pelas estradas das cidades há alguns dias desde a separação de seus companheiros e por onde passavam alertavam sobre o evento que em breve ocorreria. Em algumas situações as pessoas pareciam dar-lhes ouvidos, em outras eles precisavam correr para não serem apedrejados.

Era esse detalhe que os preocupava, pois naquele ritmo muitas pessoas morreriam, por causa disso enquanto rumavam para a Cidade Mágica, lar de Yuuki, eles tentavam pensar em como convencer as pessoas do perigo iminente.

– Embora tentemos ajudar os outros e tenhamos o objetivo de salvar o mundo nossa missão não possui credibilidade nenhuma por estar sendo conduzida à surdina, desse jeito não sobrarão muitas pessoas quando o inferno invadir nosso mundo. – Sony diz pensativo após passarem pela cidade que acabara de jogar ovos em sua cabeça.

– Mesmo assim nós temos que tentar, não podemos desistir das pessoas só por que elas não querem nos ouvir, deve existir uma maneira de fazê-las ouvir nosso aviso... – Yuuki limpava o rosto com um pano úmido.

– Olhe Yuuki, tem um riacho ali embaixo, vamos nos lavar nele. – Sony aponta descendo um pequeno barranco e dando a mão para apoiar a descida da companheira.

– Obrigada. – Ela sorri descendo.

Os dois se lavam e vigiam um ao outro enquanto fazem a higiene pessoal e trocam de roupas.

– Estamos quase para chegar em casa, podemos pedir algum conselho do papai sobre o que fazer sobre isso. – Yuuki amarrava os cabelos.

– Eu só espero que ele saiba o que fazer. – Sony suspira.

– Não se preocupe, o meu pai sempre sabe o que fazer. – Ela sorri.

Sony levemente faz o mesmo com a borda dos lábios.

Eles voltam a andar e finalmente adentram a floresta onde se encontrava a Cidade de Yuuki.

– Fico me perguntando... O que ela estará fazendo agora... – Yuuki mais sussurra do que fala.

Sony aperta os punhos.

– Espero que esteja morta.

– Duvido muito... Com aquele poder que ela mostrou e depois de tudo o que arquitetou contra a gente ela deve estar fazendo outra coisa... Tremo só de pensar o que pode se passar pela cabeça de alguém como ela.

– Beatrice... – Sony olha para o chão. – Se eu encontrá-la vou acabar com a raça dela e fazê-la pagar pelo que nos fez passar.

–... Sony-kun...

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(Diva Awakens)

Nas profundezas do inferno Bea andava sendo seguida pelos Oráculos que tinham olhares maliciosos lhes vigiando, eles sabiam que eram imperfeitos e sabiam ainda mais que não eram bem vindos ao inferno.

– Mestra... Tem certeza que é uma boa idéia entrarmos nos círculos inferiores com a senhora...? – Abmalech parecia incomodado com a perseguição.

– Feh, está com medo Abe? – Beatrice brinca cinicamente com o nome de seu servo.

– Não é isso é que somos diferentes da senhora, não possuímos o status que possui e por isso eles poderão nos matar a qualquer momento.

– Não por muito tempo... – Ela diz.

– Senhora? – Lillyth levanta a sobrancelha.

– Por muitos anos vaguei no mundo dos mortais como uma mera meia- demônio, ou Oni, na linguagem mais rústica daqueles medíocres seres, porém com o retorno de minhas memórias e poderes todo o ciclo de minha força retornou, esse diabretes são insignificantes diante daquilo que se tornarão em breve, ignore-os e fiquem felizes por tanta inveja.

– Isso não é motivo de alegria e sim de raiva, deixe-me exterminá-los senhora. – Um dos encapuzados pede.

– Ainda não, paciência meu caro, eu preciso de plateia para apreciar o espetáculo que iremos mostrar. – Diz Bea com um sorriso malicioso diante de um enorme portão negro.

Os Oráculos ficam espantados diante do enorme portão negro.

– Minha... Minha Senhora este portão Negro... Não me diga que é...!? – Lillyth estava estupefata.

– Exatamente... – Bea abre lentamente o portão. – Bem vindos ao nosso humilde novo lar.

O lugar era imenso, parecia com uma grande fornalha feita de pedras de diferentes cores e origens, não existia vida no lugar, apenas um monte de casas e tocas que pareciam abandonadas há milênios.

– A grande forja do inferno, o lugar onde o Tenebrae Magnus, o braço direito de Agamenon reinou durante séculos antes de desaparecer.

– Então nós conseguimos... – Uma das mulheres encapuzadas sussurra.

– Ainda não, há muito trabalho a se fazer, se quisermos realmente concretizar nosso objetivo, a forja deve voltar a funcionar. – Bea diz.

– Mas senhora, apenas nós não serão suficientes para pô-la em ordem. – Abmalech comenta.

Beatrice sorri cínica.

– E vocês acham mesmo que depois de entregar o mundo de bandeja para Agamenon eu só iria pedir um buraco abandonado como recompensa?

Os oráculos se entreolham.

Ela começa a andar e faz um sinal para que seus servos a sigam, eles prontamente o fazem e conforme se aproximam da beirada de um grande precipício eles sentem um ar mais denso e assombroso se aproximando, quando chegam até a borda eles ficam sem palavras.

Um exército numeroso até onde os olhos conseguiam alcançar marchava tomando suas posições diante da vasta área em que se encontravam.

– Esta é minha recompensa: Os antigos servos de Magnus o equivalente a Um Terço do inferno à minha disposição para eu brincar do jeito que quiser, esse foi o acordo feito entre Agamenon e eu.

Bea abre os braços e as numerosas hordas demoníacas urram em uníssono fazendo o inferno tremer.

– Viram? Não é preciso ser respeitado para ser adorado, basta ter poder. – Bea se vira para os oráculos que já estavam de joelhos ante a mulher que sorri. – Basta ter poder... – Ela repete.

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(Ante Up)

Sony e Yuuki estavam sentados na varanda do Templo tomando chá e comendo ao lado de Nassar o pai da fada azul enquanto discutiam sobre tudo o que havia acontecido desde o dia que deixaram a cidade.

– Entendo... E mesmo depois de contarem tudo o que se passara as pessoas não dão atenção às suas palavras... – Nassar fica em silêncio pensativo.

– O que faremos papai? A qualquer momento Agamenon conseguirá reatar o antigo vínculo que tinha com o Artefato Milenar e invadirá a terra, se as pessoas não estiverem prontas até lá muitos perecerão sem conseguir reagir.

– Bea Maeda é na verdade Beatrice Maedaline... Que brincadeira de mau gosto... Eu me lembro desse nome... – O sacerdote se levanta e fica olhando da varanda do templo para a cidade em reconstrução. – Antigamente ela era uma caçadora de asas muito temida em nosso mundo.

– Caçadora de Asas? – Sony e Yuuki olham com interrogação.

– Um caçador de asas é uma espécie de matador de aluguel do mundo espiritual, ele é capaz de fazer as coisas mais aterrorizantes em prol de seus próprios interesses, Beatrice era também chamada de “Soul Reaper” e matou incontáveis anjos durante os séculos, mas embora ela tenha conseguido fama não consigo entender por que ela faria isso em nome do Artefato Milenar...

– Agora que o senhor falou isso... – A cabeça de Sony parecia estar raciocinando a mil por hora.

– O que foi Sony? – Yuuki parecia confusa.

– Seu pai tocou em um ponto importante Yu-chan, pensa bem, se o alvo da Bea desde o início era pegar o Artefato Milenar sabendo dos poderes incomparáveis que ele possui então por que entrega-lo para Agamenon se ela poderia conseguir o que quisesse com o Artefato?

– Mas do que adianta ter uma coisa que ela não sabe como usar? Além do mais Sairiel-san iria levar embora não é?

– É ai que está a questão. – Sony e Nassar se entreolham. – Se ela não sabia como usar o Artefato e precisasse de tempo já tivemos a prova de que Sairiel não teria chance alguma contra os verdadeiros poderes dela, Bea poderia muito bem forjar a morte dele, mas ela viu que um de nós, nesse caso a Yue, sabia como usá-lo e tirar proveito de seu poder máximo, então por que não usar outro método como sequestrá-la, ou esperar que rompêssemos o selo de seu poder para então usufruir de suas capacidades?

Yuuki olha surpresa, agora ela parecia entender aonde Sony e seu pai queriam chegar.

– Então está insinuando que ela tem outro objetivo?

Ele assente.

– Uma das coisas que o mundo mais temia a respeito dela era o fato de ninguém conseguir ler suas intenções... Como não conseguimos agora... Talvez ela seja muito mais inteligente que você meu caro Sony e mais perigosa que o próprio Agamenon... – Nassar suava frio.

O Okami não se sente insultado pelo pai de Yuuki, pelo contrário, ele se preocupa ao perceber que Nassar deveria ter razão, pois pior do que enfrentar um inimigo que não se pode derrotar é ter como adversário alguém que não se pode prever.

– Um jogo... Por algum motivo... Eu sinto que para ela isso tudo não deve passar de um jogo... – Ele sussurra.

– Papai o que devemos fazer? – Yuuki parecia meio perdida.

– Não se preocupem com o alerta às cidades, eu vou mandar alguns comandados meus se encarregarem dessa questão.

Sony e Yuuki sorriem.

– Então precisamos partir papai, ainda precisaremos resolver alguns problemas na cidade natal de Sony.

– Onde você nasceu meu jovem?

–... Cellurean.

– A cidade dos Céus? – Nassar pergunta.

– Sim senhor.

– Ouvi dizer que ela passa por problemas internos. – O sacerdote olha interessado.

– E é justamente por isso que preciso voltar, o regente local no momento é meu tio e dias antes de nossa missão começar eu recebi uma carta no qual ele solicitava meu retorno.

– Entendo... Então providenciarei montarias para que cheguem mais rápido.

– O senhor vai providenciar... – Os olhos de Yuuki brilham. – Não me diga que!!!? – Ela começar a ficar elétrica.

– Sim, as...

“Asas Aladas”, Kyaaaaahh! – Ela grita assustando Sony e seu pai que suspira envergonhado.

– O que são asas aladas?

Mas antes que Nassar pudesse responder Yuuki sai arrastando o pobre Okami que olha confuso para o Sacerdote.

As asas aladas eram enormes águias de rapina espectrais feitas de pura energia domesticada pelas fadas da floresta, elas só respondiam à magia das fadas e, portanto só podiam ser montadas por elas.

– Co... Como é que se monta uma criatura transparente feita de magia? – Sony parecia bastante preocupado.

– Não se preocupe elas só podem ser montadas por fadas, mas como você estará comigo conseguirá subir. – Ela sorri.

– Ah...

– Minha filha, não voe muito rápido, tome cuidado com nuvens de tempestade, se você sentir que começou a cansar não se esforce muito, desça e descanse, essa águia será sua, cuide bem dela.

– Eu te amo papai lindo do meu coração!!! – Yuuki pula nos braços do pai enchendo-o de beijos, Nassar fica sem reação, mas logo toca nos ombros da filha acalmando lhe o ânimo.

– Se cuidem, se eu tiver alguma coisa importante a relatar mandarei uma mensagem pelo sussurro dos ventos, estaremos nos preparando por aqui, se sentirem que não possui lugar seguro no mundo não hesitem em vir me procurar. – Nassar parecia bastante sério na sugestão.

– Sim senhor. – Respondem Sony e Yuuki.

A jovem fada azul sobe na águia e estende a mão para seu companheiro subir, ele sobe e sente como se estivesse flutuando.

– Vamos nessa! – Yuuki faz um movimento e a águia bate as asas subindo acima da floresta.

– Oi, oi, oi! – Sony se assusta com o solavanco e se agarra à cintura de Yuuki. – Yuuki calma ai, eu ainda não estou... - Os olhos de Yuuki brilham e a águia voa como um foguete. – PreparadOOooooo....! – A sua voz some no horizonte.

As criaturas da floresta olham confusas para cima enquanto ouvem o grito escandaloso de um homem há vários pés de altura e Nassar olhava preocupado para o céu.

– Algum problema senhor? – Uma sacerdotisa menor pergunta.

– Yuuki... Pergunto-me se ela acelerou de propósito para que ele se agarrasse nela...

–...

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(Airashii Azumaria)

A águia voava tão rápido acima das nuvens que Sony fica paralisado.

– Yu-chan estamos alto demais, será que não dava para descermos mais um pouquinho só por segurança?

– Ué? Você tem medo de altura Sony? Justo você que mora em uma cidade que praticamente toca os céus.

– Eu?! – Ele fala com voz fina, mas pigarreia. – Eu?! – Fala mais grosso. – Lógico que não, é só que eu não me sinto muito bem quando estou em lugares que eu sei que se cair sobrará apenas o meu mingau, além do mais você não se preocupa com isso por que se cair pode voar por que tem asas.

– Como se eu fosse deixar você se espatifar no chão, não é Sony? Seu bobo. – Ela ri.

– Eu não sou bobo e eu não tenho medo de altura! – Ele infla as bochechas.

Yuuki olha com malícia para trás e faz a águia descer em queda livre rodopiando.

– Aaaaah! Yuuki pára! – Ele grita com os olhos vermelhos se agarrando ainda mais a ela.

– Sony eu não sei o que aconteceu, a águia começou a cair, ela não está mais recebendo a minha magia!

– É mentira! Faz alguma coisa Yuuki ou a gente vai morrer!

– Oh não o que eu faço!? – Eles chegavam mais próximo ao solo. – Droga já estamos perto do chão! – Yuuki alerta em tom de desespero.

– Yuuki! – Sony berra e fecha os olhos.

A jovem fada toma as rédeas e volta a controlar o rumo do voo, Sony sente quando o vento se acalma e abre os olhos, eles já voavam passando por cima das cidades à uma distância segura.

– Dessa altura já está bom para você? – Ela pergunta.

– Precisava atender ao pedido de maneira tão assustadora!? – Ele grita grudado na cintura de Yuuki.

– Mas assim a gente chegava mais rápido e deu para sentir um pouco de adrenalina não é? – Ela sorri.

– Você é louca eu quase morri do coração, eu tenho med...! – Sony engole seco e seu rosto enrubesce.

– Uhm? Eu não te ouvi Sony, pode repetir? – Yuuki vira o ouvido fazendo um sinal com a mão.

– Baka... – Ele sussurra envergonhado.

Ela ri.

– Desculpa, eu vou voar baixinho para você, a propósito... Eu já devo ter perdido uns três centímetros de cintura do jeito que você me aperta. – Ela olha para os braços trêmulos de Sony.

– Ah! Perdão, perdão, perdão... UáaááH! – Na tentativa desesperada de pedir perdão ele perde o equilíbrio, mas Yuuki o pega novamente e ele se agarra como um macaquinho.

– Eu estava brincando seu bobo, você não pode me soltar assim repentinamente ou a águia pode te jogar fora, continue agarrado senão você vai acabar se machucando.

– Sim senhora! – Ele olha suando frio para o chão.

Sony e Yuuki conversam durante o trajeto inteiro sobre vários assuntos e trivialidades e algumas horas depois eles avistam o objetivo.

– Ali Sony-kun. – A fada aponta.

– Yu-chan, vamos contornar a montanha e seguir para o topo mais ao norte, é lá que deverei encontrar o meu tio.

– Tudo bem.

(Days Gone By)

A cidade de Cerullean era encrustada na montanha que recebia o mesmo nome, o motivo da cidade ser conhecida por tocar o céu se devia ao fato das nuvens passarem por ela como vizinhas, no topo de tudo ficavam o centro da cidade e o palácio, além do mais toda a região era muito bem desenvolvida, toda a cidade usava um sistema nunca antes visto por Yuuki que tirava a água das nuvens e do orvalho produzido nas baixas temperaturas que existia àquela altitude para prover água à população e uma estrada em espiral descia a montanha pela área menos íngreme contornando a montanha e que servia de ponto de transporte para mercadorias e pessoas que entravam e saiam.

O clã Okami de Sony era único, ao contrário dos demais clãs eles não possuíam grande afinidade em vários tipos de magia, mas eram bons manipuladores do clima, por isso era comum que vários intendentes de seu clã fossem chamados para fazer chover em regiões desérticas ou acalmar dias tempestuosos em diferentes regiões, por causa disso, eles receberam o apelido de “Senhores da Chuva”, essa habilidade especial é muito invejada pelos demais clãs Okamis e motivo deles se isolarem nas montanhas afastados de todos, além de ser uma das fontes de renda da cidade, uma vez que grandes quantias de ouro são pedidos em troca de tais “milagres”.

Conforme contornam a cidade Yuuki consegue ver alguns okamis tocarem algumas nuvens brancas e eles começarem a escurecer fazendo chover em cima de um jardim na entrada do palácio.

– Uau! Você consegue fazer isso Sony!? – Yuuki pergunta ao vento.

Sony não responde.

Minutos depois eles descem na frente do palácio e alguns guardas parecem reconhecer Sony, ele mostra uma carta para eles que abrem o caminho, o Okami faz sinal para Yuuki que desinvoca a montaria e anda até o companheiro.

– Você sabe o caminho. – Um dos guardas diz.

– Sim eu sei. – Sony responde e olha para Yuuki. – Vamos.

Eles adentram o palácio e ele parecia uma espécie de santuário que lembrava muito o que existia em na Cidade Mágica, a fada fica admirada com a beleza e organização do lugar.

– Sua casa é muito bonita Sony.

– Eu não moro aqui.

– Eh? Mas você disse que o seu tio é o regente.

– Sim, mas isso não faz de mim realeza...

Yuuki começa a estranhar o comportamento do amigo.

– Está tudo bem com você Sony?

–... Mais ou menos... – Ele confessa.

Eles sobem uma escadaria e ao chegarem ao destino enxergam um grande homem sentado em um trono conversando com alguns subordinados que pareciam conselheiros, ele vê os jovens se aproximando e faz um sinal para que seus servos deixem a sala.

Sony e Yuuki se aproximam e ao ficar diante do tio o Okami se ajoelha e Yuuki ao ver a ação do outro, faz o mesmo.

– Majestade peço perdão pela grande demora em atender ao seu pedido, contudo infortúnios caíram sobre meu caminho e por isso não pude ausentar-me de outros compromissos antes de vir ao seu encontro.

– Parece que infortúnio é tudo o que cai sobre essa família... Levante-se. – A voz do homem era forte e naturalmente já tinha tom de ordenança.

Sony levanta e Yuuki o imita.

Lorde Ranulf, esta que me acompanha se chama Yuuki, companheira que esteve ao meu lado durante os problemas que me ocorreram, ela é filha do Alto Sacerdote Nassar da Cidade Mágica. – Ele a apresenta.

– É um prazer majestade. – Yuuki o reverencia.

– Nassar... Ele é muito respeitado em diversas regiões e é um herói de nossa história, é um prazer conhecer a filha dele.

– Fico lisonjeada majestade. – Yuuki sorri ainda em reverência.

Sony sorri, mas sua expressão se torna mais séria.

– Majestade.

– Não se preocupe meu filho, quando estiver sozinho na minha presença não há necessidade de formalidades.

–... Tio... Sobre o conteúdo da carta... É mesmo verdade?

– Cada palavra, por isso tive que chamá-lo em tom de urgência, queria que tivesse chegado mais cedo, mas devido as circunstâncias que você disse ter lhe ocorrido vejo que seria impossível.

– Tio, o problema que me impediu de retornar é muito mais grave que este, contudo estarmos aqui é providencial, pois o que está acontecendo envolve o nosso mundo também.

–... Entendo, mas qualquer que seja o problema poderá esperar alguns dias, tenho certeza. – O rei diz.

– Sim poderá.

– Mas Sony-kun...!? – Yuuki fica surpresa com a reposta.

– Não se preocupe Yuuki, assim que meu tio ouvir os detalhes sobre nossa missão os preparativos poderão ser feitos em tempo recorde, além do mais Cerullean é uma cidade longínqua, não precisamos nos preocupar tanto por hora, o que é mais importante no momento... – O rapaz olha para o tio.

– Sim... É melhor se preparar, ele poderá aparecer a qualquer momento e já deve ter percebido a sua presença.

– Sim senhor, eu estarei pronto quando ele aparecer. – Sony cumprimenta o rei.

– Aparecer...? Do que está falando Sony-kun?

– Eu fui convocado para encontrar um criminoso que há anos causa problemas nesta cidade e eu sou o único que conseguirá detê-lo.

– Criminoso? Mas quem? Deixe-me ajudá-lo.

– Não, isso é um problema de família, eu preciso que você fique fora disso em segurança.

– De família... Quer dizer...?

Sony olha para a companheira com olhos faiscantes.

– Sim, o criminoso é meu pai e eu voltei para matá-lo.

Yuuki só consegue ficar surpresa enquanto um relâmpago longínquo cruza os céus como se anunciasse o encontro com um destino inevitável.

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Continua...

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Notas finais do capítulo

Olá galerinha, desculpem o atraso, mas agora não sou mais uma simples estudante universitária e por isso meu tempo "adulto" me consome de uma forma que não previ e peço perdão a todos os meus leitores por isso.
Com os dias em OFF do Nyah aproveitei a oportunidade para colocar algumas coisas em dia de outros fanfics minhas incluindo esta, então espero que apesar dos pesares o capítulo tenha ficado do seu agrado.