Crepúsculo Mundial - (トワイライトの世界) - Interativa escrita por LYEL


Capítulo 16
A Cidade Fantasma.


Notas iniciais do capítulo

Os Guardiões do Destino se dirigem rumo ao próximo fragmento, mas no caminho resolvem passar por uma cidade para relaxar, porém, o que deveria ser um passeio cheio de alegria e descontração, se torna um pesadelo e aqueles jovens amigos se deparam com um verdadeiro desafio para seus corações.



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(A Tiny Sunshine)

Os guardiões se aproximavam do próximo passo de sua longa jornada, eles caminhavam por uma estrada bem construída que servia de passagem para mercadorias de uma cidade próxima.

– Ei, eu conheço esse lugar, estamos em Olinder, uma região do reino de Valfenda! – Michiyo relata.

– Você já passou por aqui Michi-chan? – Yue pergunta.

– Já sim, aqui perto fica Massafar, uma cidade muito famosa pela produção de grãos que meu clã costuma comprar, o prefeito é muito legal e baixa os preços do comércio na época da alta temporada, por causa do festival dos grãos.

– Nós estamos na alta temporada não é? Essa cidade deve estar lotada de gente. – Hime lembra.

– Com certeza, o festival dos grãos é muito famoso por aqui e vai ter um monte de comida gostosa! – Michiyo ri ao imaginar as guloseimas.

– Esse grupo só pensa com o estomago! – Azrael ri alto.

– Uma boa alimentação é a chave para sobreviver a uma longa jornada. – Sairiel comenta.

– Então nós temos mais é que comer! – Bea estava começando a se empolgar com a idéia.

– Bem... Não é como se eu precisasse... Ou fosse morrer se comesse, mas também me interessei pelo festival. – Kimmi fala.

– Então é para lá que nós vamos! – Sony dá a ordem.

– Sim, nós vamos para lá, não se preocupem, seus loucos por comida. – Azrael cruza os braços assistindo a discussão.

– Yuurruu! – O grupo salta de alegria.

– Sairiel, o que você vai querer comer? – Yue pergunta.

– A carne é um alimento muito saboroso aqui no mundo, gostaria de experimentar novas opções. – Ele comenta.

Yuki passa o braço ao redor do pescoço de Sairiel.

– Meu caro anjo, venha comigo e irei torna-lo um verdadeiro carnívoro! – Yuki passa a interpretar o que explica. – Comeremos carneiro assado, costelas de porco, filé ao molho madeira e salada com filetes de carne, você nunca comerá tanta proteína na vida como comerá hoje!

– E onde exatamente você vai desenterrar esse dinheiro todo heim? – Hime pergunta.

– Compraremos fiado. – Ele conclui brilhantemente.

Hime bate na testa.

– Parece interessante. – O anjo fica sério e parecia pronto para uma missão.

– Sairiel, se você comer demais vai engordar. – Yuuki alerta.

– Não preciso me preocupar com a vaidade humana, pois meu metabolismo é diferente do seu, não fico doente ou sou atingido por sedentarismo, o Criador nos moldou para sermos sempre perfeitos.

As meninas se entreolham e por um instante parecem revoltadas.

– Que injusto... – Yuuki sussurra.

– E eu aqui querendo perder mais 2cm de cintura... – Yue mordia os lábios.

– Eu queria ser um anjo também... Para nunca ter que me preocupar em ficar bonita... – Michiyo inveja Sairiel enquanto olha e faz bico.

– Eu não ligo para essas baboseiras. – Kimmi dá de ombros.

– Por que você ainda é criança Kimmi, quando ganhar mais peitos vai entender do que estamos falando. – Bea justifica.

Kimmi cruza os braços.

– Podem não ser tão grandes quanto os seus Bea, mas eu tenho peitos sim! – A vampira retruca emburrada.

Os rapazes se entreolham e fingem não estar ouvindo.

– Está me chamando de peituda?! Ou isso tudo é inveja do meu corpão?! – A oni também fica emburrada.

– Sim! – Kimmi mostra a língua. – Sua feia melãozuda!

– Ora sua! – Bea começa a tremer. – AZRAEL! – O rapaz se arrepia feito um gato. – Diz para essa menina que meus peitos não são desproporcionais! – Ela tinha várias veias na testa quando grita para o companheiro.

Azrael vira nervoso totalmente vermelho e desconcertado.

– Tá doida?! Por que eu tenho que responder isso para todo mundo ouvir?! Você não tem vergonha!? – Ele grita gaguejando e com a boca trêmula.

– Não, eu não tenho, agora responde!

– Eu não vou responder uma pergunta indecente dessas na frente de todo mundo. – Azrael suava como um condenado.

– Urruu! – Sony e Yuki atiçam o grupo. – Se não pode dizer na frente de todo mundo, nesse caso a gente sai. – Yuki solta uma risadinha.

Azrael engole seco.

– É Aza-chan, quer que a gente monte uma barraquinha para vocês dois? – Hime parecia mais pervertida que o normal.

– Ah!! Eu vou matar Voc... – Azrael gritava nervoso quando não só ele, mas também seus amigos notam alguma coisa no caminho.

Uma carroça abandonada com rodas quebradas e vários produtos manufaturados jogados pela estrada.

– Tomem cuidado. – Sairiel o mais desconfiado retira sua lâmina se aproximando devagar ao lado dos demais.

– Quanta desconfiança, é só uma carroça quebrada! – Kaito se aproxima a frente dos outros

– Kaito!? – Hime sussurra repreensiva.

Ele se aproxima primeiro da carroça e por um momento parece olhar alguma coisa diferente, então volta de marcha ré para perto de seus amigos, seu rosto estava pálido e ele suava frio quando alerta aos amigos:

– I see dead people... – Sussurra roendo as unhas.

Seus companheiros correm até a carroça e veem uma jovem moça jogada no chão, ela estava gravemente ferida com uma poça de sangue ao redor e tinha um corte profundo na testa, além disso estava pálida pela perda de sangue.

Sairiel não perde tempo e se ajoelha inspecionando-a.

– Ela está viva, mas seus batimentos cardíacos estão muito fracos, vou curá-la com luz sagrada. – O anjo pousa suas mãos sobre a moça e fecha os olhos, sua boca se mexe, porém nenhuma palavra sai, ele parecia orar quando suas mãos brilham e uma luz começa a envolver o corpo da jovem moça ferida passando a curá-la lentamente.

Os jovens guerreiros ficam apreensivos.

– Michiyo, Yuki, vasculhem a área, vejam se conseguem sentir o cheiro de quem fez isso ao redor. – Azrael manda.

– Pode deixar com a gente. – Yuki responde sério. – Vamos Michiyo. – Ele olha para sua companheira que assente e ambos se tornam lobos farejando e entrando na floresta.

– Se eu pegar o desgraçado que fez isso com ela... – Saitou apertava os punhos com furor.

– Somos dois. – A graça tinha acabado para Kaito.

– Yue, me ajuda aqui com alguns cobertores e provisões para quando ela acordar. – Yuuki a chama retirando sua mochila.

– Tem razão, ela vai precisar quando acordar. – Yue também tira sua bolsa de viagem.

– Sairiel-san, ela recobrará a consciência quando você terminar de curá-la? – Azrael pergunta.

– Não, eu apenas posso aliviar a dor e curar suas feridas internas e externas, porém o sangue que ela perdeu a enfraqueceu e isso eu não posso recobrar. – O anjo relata.

– Entendi. – Azrael se vira para seus outros amigos. – Kimmi, Bea me ajudem a consertar a carroça, Saitou, Kaito, Sony montem o perímetro, enquanto estivermos ocupados, vigiem a área e fiquem em alerta.

– Sem problemas. – Saitou desaparece pulando nas arvores.

– Deixe isso conosco. – Kaito o acompanha.

– Não se preocupem com isso. – Sony assente e monta vigília por perto.

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(Darkness Comes)

Algum tempo depois a jovem mulher abre lentamente os olhos e enxerga o grupo olhando preocupado para ela.

– Não tenha medo, não se preocupe, não vamos lhe fazer mal algum. – Sairiel a acalma antes que ela reagisse diante das faces desconhecidas.

– Que... Quem são vocês...? – Ela ainda estava fraca.

– Somos um grupo de viajantes, estávamos indo para Massafar quando encontramos você no caminho.

– NÃO! – Ela se levanta abruptamente e quase desmaia quando sua pressão sanguínea cai, Sairiel a segura e a deita novamente na cama improvisada da carroça que já haviam consertado.

– O que houve? – Azrael pergunta ficando sério.

– Vo... Vocês não podem ir para lá... A cidade... A cidade... – A jovem mulher perde a consciência outra vez.

O grupo fica em silêncio, eles têm um mau pressentimento.

– Azrael-kun... – Kimmi esperava que ele falasse alguma coisa.

O rapaz de cabelos prateados não tinha alternativa.

– Pessoal vamos nos apressar.

Seus amigos assentem e Michiyo em um assovio chama alguns lobos selvagens, ela e Yuki amarram cordas e eles puxam a carroça com seus companheiros e a moça ferida, enquanto ela e Yuki corriam pelos flancos seguindo-os.

Quando estão se aproximando da cidade Yue é a primeira que nota algo estranho.

– Pessoal, que estranho não é? Esse silêncio...

– Tem razão... Para uma cidade que deveria estar em festa isso é muito suspeito... – Sony concorda.

– Mais um motivo para não baixar a guarda. – Sairiel alerta. – O que atacou essa jovem pode estar lá esperando com uma armadilha e ela provavelmente conseguiu escapar por muito pouco.

Azrael olha para a jovem que descansava na carroça.

– Acho melhor não entrarmos com ela desse jeito, gostaria que alguém ficasse com ela enquanto investigamos.

– Eu posso ficar. – Saitou responde.

– Então eu também fico. – Yuuki diz.

– Sony, Kaito, Yuki vocês podem ficar também? – Azrael pergunta.

Seus companheiros assentem.

Quando chegam nas remediações da cidade o outro grupo avança enquanto os os que ficaram vigiam a moça na carroça, eles entram com cautela e a primeira coisa que observam além do silêncio é a ausência dos moradores.

– Que estranho... Cadê todo mundo? - Kimmi comenta.

Azrael bate em uma porta.

– Oh de casa? Tem alguém ai? – Ninguém responde, mas a porta estava semiaberta e por isso ele entra, mas não havia ninguém na residência.

Seus amigos fazem o mesmo, mas não havia nenhuma alma viva ao redor, eles se reúnem na praça.

– Mas o que está acontecendo aqui? Onde foi parar todo mundo!? – Michiyo já estava nervosa e seus instintos lupinos estavam em alerta total.

Azrael olha de um lado para o outro e sem hesitar ergue a voz.

– OI! SE ALGUÉM ESTIVER AQUI ME RESPONDA POR FAVOR!

Um vento forte passa pela cidade e é o único som que eles conseguem ouvir, porém com a vinda do vento Michiyo sente um cheiro diferente no ar, um que ela reconhece e faz suas orelham ficarem em pé.

– Esse cheiro... – A lupina fica surpresa e por isso sai correndo em alta velocidade.

– EI! Michiyo onde está indo?! Michiyo! – Azrael tenta chama-la. – Tsc! – Ele sai correndo também.

– Azrael! – Bea o segue.

– Ei esperem, não corram sem avisar é perigoso! – Yue também corre com os outros logo atrás.

Michiyo corria com todas suas energias, ela sentia um cheiro familiar e que faz seu coração acelerar, aquele cheiro era cheiro de...

(- Não, por favor, não seja o que eu estou pensando... Por favor, não seja o que eu estou pensando!). – Ela corria rangendo os dentes em nervosismo.

Seus amigos se esforçavam para segui-la e tentavam chama-la, mas a lupina estava muito na frente parecendo nervosa com alguma coisa.

– O que deu nela?! – Bea pergunta aos gritos.

– Eu não sei, mas os instintos de Michiyo nunca falharam em nos mostrar o perigo, mas desta vez... – Azrael também parecia nervoso agora.

– Ela parecia muito perturbada... – Yue completa.

Sairiel corria em silêncio, ele não gostava daquela situação, alguma coisa lhe dizia que algo ruim iria acontecer a qualquer momento.

Michiyo corria desesperada e sai dos limites da cidade, ela não presta atenção onde pisa e tropeça em alguma coisa e cai rolando no chão, quando se levanta se apoia em algo e ao abrir os olhos para ver o que era fica paralisada caindo para trás.

– Michiyo! – Azrael chega acompanhado dos demais. – Michi... – Ele grita, mas quando enxerga sua amiga sentada no chão, imediatamente enxerga outra coisa também e sua expressão entra em choque.

Bea põe as mãos na boca pelo grande susto que leva e vira o rosto.

Yue não aguenta o que vê e vomita, Hime vê sua amiga passando mal e se aproxima para ajuda-la, mas suas mãos estavam trêmulas e ela mesma fazia força para aguentar a cena.

Sairiel olhava para o lugar, ele estava chocado com o que via, o anjo anda lentamente tentando entender por que existiam centenas de corpos em putrefação estirados no chão, seu coração quebranta quando vê aquelas pobres almas perdidas no solo, enquanto corvos e animais carniceiros se banqueteavam de seus restos mortais, ele cai de joelhos no chão.

– Por que meu Senhor... Por que isso está acontecendo...? – Se questiona enquanto uma única lágrima silenciosa desce de seu olho esquerdo.

Kimmi se aproxima e inspeciona um dos cadáveres.

– Não há sangue... Mesmo que seus corpos já estejam assim há dias, deveria existir sangue... – A vampira olha panoramicamente para a área fechando os punhos frustrada. – O que diabos aconteceu aqui...? – Sussurra.

Azrael anda entre os corpos daquelas pessoas, raças diferentes jaziam no chão sem vida, velhos, mulheres, crianças, todas mortas, o rapaz olha para o corpo de uma menininha e se ajoelha pegando uma bonequinha que mesmo morta ela abraçava e fica observando em silêncio tentando imaginar quem fizera aquilo.

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(BioHazard - Outbreak 02)

Os guerreiros que haviam ficado para trás cuidando da jovem desconhecida se aproximam quando percebem que ela acordava outra vez.

– Oi, você está bem? – Yuuki pergunta.

– Eu... Sim, eu estou bem... – Ela responde.

– Moça, como se chama? – Saitou pergunta.

– Meu nome é Aiko, uma feiticeira andarilha.

– Aiko-san... O que aconteceu com a senhorita? Como foi parar ferida daquele jeito na estrada. – Sony pergunta.

Aiko olha ao redor.

– Não tinha mais gente com vocês?

– Nossos amigos foram a Massafar investigar o que está acontecendo, não se preocupe, eles ficarão bem.

– NÃO! – Aiko grita novamente. – Aquela cidade está perdida! Ninguém deve se aproximar de Massafar!

Os guardiões se entreolham.

– Do que está falando? – Yuki pergunta.

– Vocês não entendem! O homem encapuzado irá mata-los, assim como matou aquelas pessoas!

– O QUÊ DISSE?! – Agora sim os guardiões ficam realmente preocupados.

– Eu havia chegado há semanas atrás para esperar pelo festival dos grãos quando aquele homem... – Aiko começa a tremer. – Eu não sei o que ele era... Mas as pessoas começaram a agir de maneira estranha na presença dele, como se fossem bonecos... Mas eu não fui afetada... Então ele me prendeu em uma cela da delegacia da cidade e durante dias eu o via realizando rituais de magia negra sem saber o motivo... Eu sabia que cedo ou tarde iria morrer, então usei todo o meu poder para fugir, mas na fuga, eu me feri bastante por causa da quantidade de poder que usei e ainda fui atacada por demônios que devoraram meus cavalos mesmo conseguindo destruí-los não aguentava mais ficar em pé... Não faço idéia de quanto tempo fiquei jogada na estrada até me encontrarem...

Os jovens guardiões ficam nervosos.

– Nós vamos à cidade, nossos amigos precisam de ajuda. – Saitou decide.

Seus amigos assentem e se preparam para partir.

– Não! Vocês não podem ir para lá! Seus amigos já devem estar mortos, vocês precisam fugir!

– Não iremos fugir e nossos amigos não irão morrer, não podemos morrer enquanto não fizermos aquilo que devemos fazer. – Yuuki parecia bem séria.

– Além do mais, nós nunca ousaríamos deixar nossos companheiros para trás. – Kaito responde à Aiko.

– Aiko-san, você não precisa se envolver mais que isso, assim que se sentir melhor fuja deste lugar. – Sony sugere.

– Vamos pessoal, eu estou preocupado com a Michiyo! – Yuki não perde mais tempo e começa a correr.

Os guardiões partem em direção à cidade e Aiko fica sem palavras vendo aqueles jovens da mesma idade que ela correndo em direção ao perigo, quando deveriam fugir.

– Quem... Quem são eles...? – Pergunta ao vento.

Enquanto corre, sem perceber, na bolsa que Yuuki levava na cintura, o pequeno metal sagrado começa a brilhar...

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(Breathless)

Michiyo soluçava diante da cena de maldade que via com seus amigos, assim como eles, ela não encontrava razões lógicas para se matar tanta gente.

Kimmi estava em silêncio ela não parecia tão afetada em um ambiente como aquele, porém estava em silêncio em respeito aos outros que pareciam perdidos diante de tanta crueldade, mas seus instintos apurados detectam alguma coisa e por não estar distraída com a cena ela imediatamente vira em uma direção.

– Quem está ai?! – Ela demanda com voz furiosa.

Uma risada silábica abafada e sinistra ecoa bem alto naquele vale e com ela um vento negro começa a soprar, do meio dos cadáveres uma espécie de sombra começa a tomar forma quando surge diante do grupo um ser encapuzado cujos pés pairavam uma densa névoa negra ao seu redor no chão.

– Um Oráculo! – Kimmi fica em alerta.

– O destino parece irônico às vezes, quem diria que os jovens guerreiros que lutam tão fervorosamente para reunir os fragmentos do Artefato Milenar desviariam um pouco de seu caminho e sem querer parariam aqui.

– Seu miserável! Nós vamos acabar com você! – Kimmi grita desafiando-o, mas por um instante se sente sozinha, ela olha para seus companheiros e eles não se mexiam, estavam do mesmo jeito. – Mas... O que?! Ei, será que dava para voltarem à terra e se prepararem para lutar? – Ela braveja.

– Eles não podem ouvir sua voz, seus fracos corações foram pegos pela energia negra que paira ao redor, eles estão presos nesta realidade que nunca viram em vida.

– TSC! – Kimmi não estava gostando nada daquilo.

Sairiel é o primeiro que vira para o Oráculo.

– Quem é você, criatura imunda?

O encapuzado ri.

– O que um anjo faz andando com mortais? Pensei que vocês eram superiores demais para se rebaixarem a tal ponto em que precisassem andar com criaturas inferiores como eles.

– Inferior é o meu rabo seu desgraçado covarde! – Kimmi não responde. Grita.

– Eu não me rebaixei a ninguém. – Sairiel saca sua espada. – Quer experimentar como continuo sendo o mesmo de antes? – Seu corpo começa a emitir luz.

Kimmi cobre os olhos e se afasta um pouco.

– Seu anjo idiota, tem criaturas aqui que não gostam muito de luz não está vendo?! – Ela resmunga.

– Então não atrapalhe. – Sairiel começa a andar na direção do Oráculo. – Vou perguntar mais uma vez: Quem é você?

O encapuzado balança a cabeça debochando e retira seu capuz, revelando sua face.

– Eu sou Abmalech, o Corruptor.

– Eu sou Sairiel, Berserker da 4° Miríade Celestial.

– Um Berserker? Faz muito tempo desde a última vez que vi um anjo da 4°Miríade pisar na terra, mas existe um boato muito forte a respeito de vocês...

– Não precisa conversar, sua vida acabará em um instante!

– Qual era mesmo o boato...? – Abmalech faz expressão pensativa.

Sairiel vê uma brecha e em um instante aparece diante de Abmalech e desfere um corte horizontal com toda sua força.

Abmalech segura a lâmina do anjo com uma mão apenas que começa a queimar em contato com o metal sagrado, mas ele não parecia dar importância, então com um sorriso macabro lembra o que pretendia dizer:

– O boato do como se tornaram fracos! – Uma chama negra queima na mão de Abmalech.

– Cuidado! – Kimmi entendia muito bem de chamas negras, mas aquelas não eram apenas negras, eram abissais.

(BioHazard - OutBreak 03)

Sairiel leva um soco direto no estômago com o punho revestido daquelas chamas, ele cospe sangue dourado e sai voando caindo no chão e abrindo um rastro de terra e cadáveres, no lugar onde a chama atinge o anjo, uma mancha negra surge.

– Que golpe poderoso... Ele deve ser mais forte que Haltor... – Sussurra o anjo se erguendo com o apoio da lâmina, sua visão embaça e ele se sente tonto, por isso põe a mão na cabeça. – O... O quê?

– Sabe por que eu recebi o título de “Corruptor” anjinho? – Abmalech se aproxima de Sairiel que tentava fazer posição de combate. – Por que eu possuo a habilidade de corromper a alma de qualquer criatura e leva-las ao abismo!

–Im... Impossível! – Sairiel olha para o estomago e a mancha negra começa a lentamente se espalhar.

– E quando essa mancha cobrir seu corpo por completo... – Abmalech sorri. – Você se tornará o meu fantoche... Igual às pessoas desta cidade...

Sairiel dá alguns passos para trás e Abmalech avança contra o anjo que sente uma dor terrível no peito, o Oráculo pega sua cabeça e o enterra no chão, Sairiel cospe sangue dourado outra vez entre seus dedos e geme de dor, Kimmi não fica assistindo e também avança contra o inimigo com suas mãos em chamas.

– Uma usuária de chamas negras? Que bonitinha. – Kimmi fica paralisada quando Abmalech passa a mão em seu rosto, ela não percebe quando ele se aproxima e suas chamas se apagam no susto. – Sabe minha querida... Uma pessoa como você seria bem vinda à minha casa... – Ele sorri.

Kimmi entra em fúria.

– Desgraçado! – Ela desfere um soco envolto em chamas que Abmalech defende enquanto ri graciosamente da pequena vampira e aperta seu pescoço.

– Minha criança... Não é assim que se manipulam chamas amaldiçoadas... – As mãos de Abmalech incendeiam com fogo negro. – É assim que se deve usar!

Kimmi olha surpresa para o Oráculo quando uma mão cheia de veias acerta o rosto do seu adversário criando um vácuo e fazendo-o voar, Abmalech se levanta surpreso, ele não sabia de onde tinha vindo aquilo.

A vampira tossia recuperando o ar e quando olha para cima enxerga Azrael que andava na direção do inimigo com olhos assustadores e sangue nas mãos de tanto apertar os punhos.

– Azr...

Seus outros amigos passam ao lado da pequena vampira que sua fria quando observa suas expressões.

Os corpos deles com exceção de Azrael brilham e de seus corações o Metal Sagrado sai moldando armaduras reluzentes em seus corpos, cada um se arma e pára diante de Abmalech encarando-o com olhares matadores.

– Não pode ser... Metais Sagrados?! – Aquele detalhe perturba Abmalech que fica em alerta. – Onde adquiriram estas armaduras lendárias? Quem são vocês afinal?!

– Onde nós arranjamos não te interessa... - Bea responde com os olhos totalmente negros.

– Mas nós definitivamente... - Hime falava com seus caninos à mostra.

– Somos aqueles... - A aparência lupina de Michiyo estava mais agressiva que o normal.

– Que irão te matar. – A voz de Yue soa assustadora.


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Notas finais do capítulo

Com Sairiel ferido e correndo risco de morte, os jovens guerreiros lutarão contra o terceiro Oráculo, mas poderão os treinamentos do anjo e os poderes dos metais sagrados serem suficientes para sobrepujar o poder de um inimigo tão poderoso como Abmalech? Poderão seus amigos chegar a tempo e entrar nesta grande batalha envolta em um grande turbilhão de emoções?

Quando as emoções falarem mais alto que qualquer voz, algo realmente inesperado irá acontecer... Aguardem o próximo capítulo!

Convite da Tia Lyel.
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Bjus da tia Lyel e até mais nas reviews!