Another Last Goodbye escrita por souasoof


Capítulo 2
Bad News, Hinata


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, como eu tinha prometido a algumas pessoas, cá estou eu, na segunda, postando o segundo capítulo.

Obrigada a todas pessoas que comentaram, vocês não têm ideia do up que vocês deram na minha semana, de verdade! Eu fiquei SUPER feliz ao ver que com apenas um capítulo a fic já tem mais de vinte leitores, isso pra mim é sensacional! E tenho que agradecer novamente a mandiproost, sem ela nada disso seria possível e por ter sido linda a ponto de recomendar a fanfic ♥ A fic toda é pra você, mas esse capítulo em especial linda *-*

Boa leitura, espero que gostem ^^



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Janeiro de 2013.



Hinata já estava escondida atrás daquela parede a horas. Precisava conversar com a amiga o mais rápido possível, mas não queria tratar daquele assunto na frente de Sasuke – que hoje parecia não querer ir embora.


Ouviu a tevê ser desligada e Ino resmungar um pouquinho. Correu para o quarto e se jogou na cama, esperando que o amigo fosse se despedir dela. E assim ele fez.


Já passava da meia noite e a Hyuuga não tinha conseguido nem iniciar o assunto. Finalmente, tomada por uma coragem súbita, ela caminhou até o quarto da loira e bateu na porta. De leve, talvez para que ela não ouvisse, mas bateu.


– Entra, Hina. – disse Ino sorridente ao abrir a porta.


Ela entrou, ainda que acanhada, e sentou-se na cama com as pernas cruzadas de índio. Ino estranhou a atitude da amiga. Sim, ela já fora tímida, mas há tempos havia superado aquele problema. A loira caminhou até a cama e se sentou na ponta, com os pés no chão, mas com o tronco virado para morena.


– H-Hinata, aconteceu alguma coisa? – perguntou, evidentemente, preocupada.


– I-Ino, eu... Eu... – não conseguiu terminar o pensamento e, por isso, afundou o rosto nas mãos, pensando no que deveria falar.


– Hei... – virou-se de frente para amiga, sentando da mesma forma que ela. – O que aconteceu?


– E-Eu... Eu... – respirou fundo, retomando a coragem que havia perdido segundos atrás – Eu estou atrasada... Nove dias atrasada... – disse fitando os olhos azuis com preocupação.


– V-Você quer dizer atrasada com... – e fez alguns gestos com as mãos, vendo-a concordar rapidamente com a cabeça – Mas você e o Naruto usaram camisinha, não? – novamente a viu confirmar com a cabeça – Então! Não tem porque se preocupar. Deve ser apenas estresse por causa do trabalho. Você sabe que tem chegado tarde todas as noites por causa daquela matéria enorme que você ta trabalhando. E ainda tem o ínicio dos trabalhos na faculd-


– Nós usamos quase todas às vezes... – interrompeu com os olhos fechados e bem apertados, esperando a bronca que viria.


– Quase todas? – disse repreensiva.


– S-Sim... Quando ele chegou, nós estávamos tão empolgados e com saudade que nem pensamos direito. – e tudo que recebeu foi uma negativa com a cabeça e um olhar ainda mais repreensivo - Foi no calor do momento Ino! Você sabe que eu jamais faria uma coisa dessas!


– Mas fez! – disse levantando-se da cama e passando a mão desesperadamente pelo rosto – E agora pode ter um bebê dentro de você!


– V-Você não está ajudando... – sussurrou e pôde sentir seus olhos se encherem de lágrimas, mas não deixou nenhuma cair.


E naquele momento a Yamanaka sentiu uma culpa enorme. Sua melhor amiga estava na sua frente, desesperada e com medo, e tudo que ela fazia era deixa-la ainda mais preocupada.


Caminhou de volta a cama e sentou-se perto dela, abraçando-a e recostando a cabeça dela contra seu peito.


– Desculpa, Hina... – pediu manhosa – Mas você tem certeza disso? Quer dizer, já fez algum teste ou alguma coisa? – como resposta sentiu o rosto da amiga balançar de um lado pro outro – Então pra que esse desespero? Pode ser só o estresse mesmo! Olha, - disse afastando-a e fazendo-a olhar nos olhos – eu vou à farmácia lá embaixo e compro o teste pra você, pode ser?


– Não! Você sabe que eu não confio nesses testes. Você viu o que aconteceu com a Sakura no último ano, não viu? – e a loira perdeu seu argumento – Ela fez o teste, deu negativo e duas semanas depois ela descobriu que dentro dela crescia um pequeno Sai.


– Então você pretende fazer o quê? – perguntava incrédula – Simplesmente esperar e ver se a barriga começa a crescer?!


– Não. Estava pensando em marcar um exame de sangue completo amanhã antes do trabalho. Você poderia ir comigo?


– Mas que pergunta! É lógico que sim, meu Deus! – respondeu e a abraçou fortemente, para que a Hyuuga soubesse que poderia contar com ela. – Vai contar pro Naruto?


– Não! – disse rapidamente – Não... – sussurrou baixo para si mesma – Não tenho porque preocupa-lo sem motivos, certo?


– M-Mas você não acha que ele tem o direito de saber?


– Se eu ligar para contar isso para ele, ele vai ficar preocupado e perder a cabeça. Não quero que ele fique apreensivo por nada.


Ino começou a abrir a boca para contesta-la, mas foi impedida antes mesmo de dizer uma única palavra.


– E não conte pro Sasuke também. Promete?


– Tudo bem... – disse soltando o ar pesadamente e se rendendo – Eu não vou falar nada para ele.


– Brigada... De verdade! – Hinata disse e abraçou a amiga.


– Imagina... – respondeu carinhosa e logo em seguida viu a morena caminhar até a porta – E ei, não se preocupa, ok? Vai dar tudo certo, você vai ver.


E Hinata apenas concordou com a cabeça e a agradeceu com o olhar.


– -


Na manhã seguinte, Hinata ligou na clinica e conseguiu marcar um encaixe de ultima hora. Assim que conseguiu tirar Ino da cama, ambas correram para o consultório para que a morena fizesse o exame o mais rápido possível.


O exame em si durou pouquíssimos minutos e depois de conversar com uma das recepcionistas, Ino descobriu que poderia pegar o resultado via internet ou via telefone.


Saíram da clinica e a loira fez questão de levar Hinata para tomar um café da manhã mais que merecido no seu lugar favorito. Depois daquilo, cada uma foi para o respectivo trabalho e Ino só ouviu da amiga perto da uma da tarde.


– Alo, Ino? – a voz do outro lado da linha parecia apreensiva.


– Oi Hina! – respondeu após pedir licença aos futuros investidores com os quais conversava, alegando ser um problema familiar – E ai, já ligou na clinica?


– Já...


– E... – disse prolongadamente, incentivando a amiga a continuar.


– E a moça me disse que não poderia passar meu resultado por telefone. Eu tenho que ir lá o mais rápido possível, porque o médico do lugar que conversar comigo. – Hinata soava extremamente preocupada e a última frase havia preocupado a loira também.


– Relaxa amiga. - tentava usar um tom descontraído – Não deve ser nada.


– Se não fosse nada, o médico não iria querer que eu o visse pessoalmente.


– Confia em mim dessa vez, Hina... – disse confiante – Você não está grávida, você vai ver!


– V-Você pode ir comigo? Eu sei que é chato pedir, mas estou morrendo de medo...


– Mas é claro que sim! Nem sei porque ainda precisa perguntar dessa forma. Eu só preciso terminar essa reunião e já posso te encontrar lá. Nos vemos em meia hora, pode ser?


– Pode sim... Mais uma vez, brigada Ino.


– Imagina! E, por favor, fica calma, ok?


– -


“Droga, droga, droga! Mas que merda!”, pensava Ino enquanto corria pelos longos corredores da enorme clinica e procurava com os olhos a amiga.


Havia marcado de se encontrar com Hinata a uma e meia da tarde e agora já passava das cinco. O motivo do atrasado era a reunião na qual se encontrava mais cedo. Os investidores resolveram prolongar o assunto e a levaram para almoçar num dos restaurantes mais caros da ilha. Sabia que era errado abandonar a amiga daquela forma, mas também sabia que Hiashi a mataria se ela perdesse aquele futuro investimento.


Agora, Ino se condenava mentalmente por ter perdido aquele compromisso. Tinha ido ao consultório para tentar deixar a consciência limpa, pois ela tinha certeza que Hinata não estaria mais ali.


Suspirou pesadamente, brava consigo mesma.


Decidiu que seria melhor se encontrar com a morena na faculdade e foi por isso que, ao sair dali, chamou um táxi e pediu que a levasse a NYU. Mais uma vez, em vão.


Quando chegou lá, devido ao intenso transito da cidade, já passava das sete da noite. Procurou Hinata em todos os cantos e, depois de conversar com uma das colegas de classe, ela descobriu que a amiga não tinha ido a faculdade.


Um arrepio percorreu a espinha de Ino e o pior lhe veio a mente. Sabia que a Hyuuga não era de faltar, então algo muito sério deveria ter acontecido. E, para ajudar, Hinata não atendia o celular.


Permitiu-se perder aquele dia de aula. Precisava mais do que tudo falar com a amiga e pedir desculpas. Disse ao Sasuke que não estava se sentindo bem e por isso ia para casa.


Em menos de vinte minutos chegou ao apartamento.


– Hinata! Hinata! – gritava enquanto deixava a bolsa jogada em algum lugar e procurava a amiga. – Hinata! – mas não obtinha resposta.


Subiu para o ultimo andar da cobertura e sentiu um vento gelado tocar lhe o rosto. Olhou através da porta aberta e viu Hinata, apoiando os braços no muro que a impedia de cair do ultimo andar. Uma neve fria caia de leve lá fora e a morena usava apenas uma calça jeans e uma blusa fina de manga comprida. Também possuía algo nas mãos, algo que Ino, de longe, não conseguiu identificar.


Pegou duas mantas que estavam ali e jogou uma nas próprias costas, caminhando com a outra em direção a amiga.


– Hinata, ta congelando! Você quer ficar doente? – disse, mas a amiga nem ao menos virou o rosto. – Olha, eu sei que ta brava, mas eu posso explicar. Eu tive um imprevisto de ultima hor- – interrompeu a própria fala ao ver que ela segurava uma garrafa vazia de vodka. – Hinata, mas o que...


E assim se aproximou devagar, jogando a manta nas costas da amiga e tomando a garrafa vazia para si.


– Hina, o que aconteceu? – perguntou apoiando-se ao lado dela. – Fala comigo, por favor...


Naquele momento, viu uma única lagrima escapar o olho da morena.


– Ai meu Deus, você ta grávida?


E depois de longos segundos de tortura obteve resposta.


– Não. – disse simplesmente com a voz embargada pelo futuro choro.


– Isso é uma coisa boa, não é? Então por que está chorando? – acariciava as costas da amiga com uma das mãos.


Mas, outra vez, obteve o silencio como resposta. Aquele comportamento, vindo de Hinata, era preocupante.


– Amiga... Fala comigo, por favor. – a loira tentava de todos os modos olhar nos olhos da Hyuuga, que fazia questão de desviar o olhar. – Hinata, por favor, aconteceu alguma coisa?


Novamente, nada.


– Hina, por favor! – falou um pouco mais exaltada, quase gritando.


E pela primeira vez, Hinata a olhou nos olhos. Tudo que Ino pôde ver foi sofrimento, que era confirmado com as lagrimas que caiam sem pudor pela delicada face.


– Hinata, o que acont-


– Eu tenho câncer! – gritou, para depois sussurrar – Eu tenho a merda do câncer...


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Notas finais do capítulo

A última fala do capítulo eu tinha pensando em inglês ("I have fucking cancer") e ao traduzir não ficou a mesma coisa, haha, mas espero que tenha fica bom.
Eu sei que não teve NaruHina nesse capítulo, mas eu não achei nenhuma forma de encaixar um momento dos dois, perdão :/
Enfim, o que acharam? ^^
Beijos e até o próximo capítulo ♥