Nightingale escrita por GiuhBatiston


Capítulo 10
Capítulo 8 - Cold Coffee


Notas iniciais do capítulo

Hey girls! Nyah de volta o/ Até que enfim...

Não vou falar muito aqui além de garantir a vocês que a fic é Romitri, ok? Este é apenas um pequeno desvio pra que eles possam chegar no felizes pra sempre...

PS: A música que deu origem ao título --> http://www.vagalume.com.br/ed-sheeran/cold-coffee-traducao.html



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/408651/chapter/10

Quando o relógio marcou sete, eu estava esperando por Dimitri. Ele geralmente costumava chegar no horário certo, mas hoje pelo visto seria uma exceção. Durante os primeiros cinco minutos eu estava ok com a situação. Então o relógio deu sete e dez, sete e quinze e por fim sete e vinte. Não era típico dele se atrasar e eu comecei a ficar preocupada imaginando se alguma coisa tinha acontecido. Liguei para o seu celular e foi direto pra caixa postal. “Hey Camarada. Aconteceu alguma coisa? Estou preocupada, qualquer coisa me liga, ok?” – deixei a mensagem em sua caixa postal.

– Ele ainda não chegou? – Luke perguntou chegando por trás de mim e me fazendo pular de susto.

– Não. E algo me diz que ele não é do tipo que desmarca sem avisar. Alguma coisa deve ter acontecido. – comentei andando pra cima e pra baixo, preocupada.

– Relaxa Rose, logo ele vai te ligar com uma boa desculpa. – Com todas as desavenças que tínhamos na infância, nunca imaginei que ele seria um irmão tão preocupado quando crescêssemos. Quando falei isso pra ele, Luke começou a rir.

– Se você quiser eu posso voltar a ser aquele irmão implicante. Embora você não tenha mais nenhuma trança para puxar. – ele disse rindo enquanto me abraçava.

– Nah! Dispenso. – comentei rindo e subindo para trocar de roupa e ir me deitar. Luke apareceu pouco depois dizendo que estava saindo. Os Dragomir também não estavam em casa, o que fazia de mim a única naquela mansão enorme, pois os empregados já tinham ido todos para suas respectivas casas.

Não consegui dormir. Por mais que eu tivesse tentando, alguma coisa estava me deixando angustiada. Rolei de um lado para o outro até que as três da manhã levantei pra tomar um copo de leite e tentar distrair a mente. Estava deitada no sofá quando a campainha tocou.

– Rose? – era Adrian. Visivelmente bêbado, de uma forma que eu nunca tinha visto-o. Sua roupa estava toda desalinhada e ele fedia a vodka.

– Adrian? – perguntei sem acreditar. Tudo bem que ele não parecia ótimo, mas ele estava bem apenas algumas horas mais cedo. O que poderia ter acontecido para trazê-lo a minha porta a essa hora da madrugada?

– Desculpa eu tocar aqui essa hora, eu só... Eu só não sabia mais pra onde ir. – ele se jogou no umbral da porta e ficou ali, passando a mão no cabelo de um jeito ansioso.

– Adrian, tá tudo bem? – perguntei sentando-me ao seu lado.

– Ela morreu Rose. – ele respondeu e pela primeira vez na vida vi Adrian chorar. Já ia perguntar de quem ele estava falando quando me lembrei. Era sua tia Tatiana, a pessoa que Adrian mais amava no mundo.

– Eu... Eu sinto muito Adrian. Eu sei o quanto ela significava pra você.

– Você deveria me chutar pra fora, não estar aqui me consolando. Afinal, foi o que eu fiz com você, não foi? Eu mereço isso.

– Não, você não merece. E mais, eu não sou do tipo que chuta alguém que precisa da minha ajuda, você me conhece e sabe que eu sou melhor que isso. – respondi bruscamente.

– É verdade. Foi isso que me fez amá-la sabe? A sua capacidade de se doar pelos outros. Eu sempre achei isso lindo, mesmo que eu não seja assim. – ele abaixou sua cabeça e pude ouvi-lo fungar algumas vezes. – Ninguém a conhecia de verdade, sabe? Nem meu pai. Com os outros ela era a poderosa Tatiana Ivashkov, temida e admirada por todos, mas pra mim? Ela era apenas a tia Tatiana. A única que me apoiou quando eu troquei a faculdade de direito pela de artes, a única que não implicava com meus cigarros e bebidas. Ela foi a única a me amar pelo que eu realmente era sem esperar nada de mim. E agora ela se foi e eu não tenho mais ninguém. – desabafou.

– Isso não é verdade Adrian. Você tem a mim, a seus amigos... Você sabe o quanto Liss te ama. Você não está sozinho. – o silencio predominou enquanto ele olhava em meus olhos. Após alguns minutos estranhos decidi que ele precisava de um bom banho e um copo de café forte. – Venha, você precisa de um banho. – disse fazendo força pra entrar com ele. Subir as escadas parecia ser algo impossível, mas por fim consegui empurrar Adrian pra dentro do meu banheiro e enfia-lo na banheira de roupa e tudo. – Agora você fique ai que eu vou preparar um café pra você tomar.

Fiz o café rapidamente e quando voltei Adrian estava dormindo na banheira. – Adrian! Acorda! – disse sacudindo-o. Ele se assustou e me molhou toda. – Tá de brincadeira, né? – exclamei.

– Desculpa! – ele exclamou.

– Tome o seu café e depois tome um banho. Vou pegar alguma roupa do Luke pra você vestir. – respondi empurrando o café na mão dele. Eu ajudo e é assim que ele me retribui, me molhando toda! Acho que a falta de sono estava enfim me atingindo. Peguei uma calça de moletom e voltei rapidamente. Adrian já tinha saído do banho e estava andando nu pelo meu quarto.

– Hey! Cadê o respeito? – perguntei jogando a calça pra ele e me virando de costas.

– Como se você nunca tivesse me visto nu, Rose!

– Sim, mas nós éramos namorados. Agora seria bom manter um pouco de limite, certo? – Quando me virei novamente ele vestia a calça, seu peitoral todo de fora. Fato que o Adrian nunca fora sarado, mas aparentemente ele decidira mudar isso e andara malhando, pois seu peito estava mais definido. Foi nessa hora que reparei que eu ainda vestia o pijama molhado e Adrian estava olhando para o meu corpo, agora marcado pela roupa. De repente senti algo se apertar dentro de mim. “É normal você ainda ter sentimentos por ele”, disse a mim mesma, “O importante é não se deixar levar”.

– Eu vou tirar esse pijama. Você fique aqui e tente não bagunçar nada. – resmunguei, mais brava comigo do que com ele. Quando voltei, ele estava apagado na minha cama. Típico. Empurrei-o para o canto e me joguei na cama.

Acordei com o sol entrando pela janela e meu celular tocando sem parar. Olhei no visor e vi o nome do Dimitri. Merda. Atender ou não atender? Decidi não atender, mas o celular continuou a tocar. Achando que poderia ser uma coisa importante decidi atender.

– Dimitri? – perguntei com uma voz meio grogue.

– Rose? Eu te acordei? Desculpa é que imaginei que você já estivesse acordada. – olhei no relógio e vi que já era quase uma da tarde.

– Tudo bem, estava na hora de acordar mesmo. – resmunguei.

– Tá tudo bem? – ele perguntou-me. – Fiquei com medo de você não querer falar comigo por conta de ontem à noite.

– Na verdade, não. Imaginei que tivesse acontecido alguma coisa. Sei que isso não faz seu tipo. – respondi.

– Pois é. Minha irmã mais nova passou mal e eu passei a noite com ela no hospital. Sinto muito por não ter te ligado mais cedo.

– Está tudo bem Camarada. Acho que foi pra melhor. Minha noite também foi repleta de imprevistos. – respondi olhando Adrian dormindo no meu lado.

– Talvez pudéssemos remarcar hoje? – perguntou soando esperançoso. – Prometo compensar.

– Sem problemas Camarada. – respondi sorrindo. – Só me ligue novamente mais tarde.

Desliguei o telefone e virei pra tentar dormir novamente. Nessa hora Adrian deitou sua cabeça no meu peito e quase me sufocou. Eu fiquei paralisada apenas inalando o seu perfume. O cheiro da vodka tinha ido e só restara o cheiro dele, inebriante e familiar. Dimitri mexia muito comigo, mas ele era o desconhecido. Excitante, sim, mas desconhecido. Adrian por outro lado era o familiar. Eu o conhecia desde sempre e apesar do seu espirito rebelde, ele era um bom amigo. Um que me abandonara no momento em que eu mais necessitei, é verdade. Mas ele já se mostrara arrependido.

Eu decididamente não sabia o que fazer. Delicadamente coloquei a cabeça dele no travesseiro e me levantei. O barulho vindo do andar de baixo me dizia que todos já estavam de volta. Fui ao banheiro, escovar os dentes e lavar o rosto. De repente ouvi a porta ser aberta e Lissa entrar no quarto. Seus olhos estavam arregalados de choque.

– Rose, o que raios Adrian está fazendo na sua cama? – perguntou.

– Não é o que você está pensando. Tatiana faleceu ontem e ele tocou aqui às três da manhã completamente bêbado. Tudo o que eu fiz foi colocar ele debaixo do chuveiro e dar uma xicara de café. Quando dei por mim ele estava apagado na minha cama. – Lissa me olhou com cara de “não acredito em uma palavra do que você disse”, mas antes que ela pudesse falar alguma coisa Luke entrou pelo banheiro feito um foguete.

– Você quer me explicar o que aquele merda do Ivashkov está fazendo no seu quarto? Usando a minha roupa?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então... O que vocês acharam? Sei que o capítulo não é o que estavam todas imaginando... Huhasuhaushauha, mas prometo que agora o encontro Romitri sai.

Por favor, comentem, deem suas opiniões e se alguém quiser fazer uma recomendação, sintam-se à vontade...

XOXO ♥