Juntos Pelo Acaso escrita por Thais


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

eaaae gente

boa leitura!♥



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POV Cato

Então a diabinha resolveu voltar a chorar. Mas não chorava baixinho e sim loucamente, tão loucamente que chegava a nos irritar.

Levei-a pra cozinha e tentei fazer o mesmo que a “domadora de bebes” havia feito.

– Ta muito perto Cato, ta muito perto! Você ta segurando muito perto, vai arrancar a cabeça dela! – Clove grita.

– Era assim que ela estava fazendo, merda!

– Não, não era assim!

– Deus, eu colei chiclete na cruz? Só me diga, por favor, eu imploro. – choramingo.

– Com essa frase extremamente gay, sim. – Clove sorriu irônica. – Vamos dar um volta com ela.

– Ok comandante, como quiser.

Levamos Prim para o carro e fui à frente dirigindo. Clove estava atrás tentando colocar Prim na cadeira, enquanto ela estapeava e choramingava na cara de Clove.

Clove pra variar soltas algumas palavrinhas sujas, cuja qual nem preciso citar. Às vezes me perguntava se as pessoas sabiam dessas coisas. Espero que não.

– Pronto meu amor, nós só vamos dar uma voltinha no quarteirão. – fala Clove.

– Só uma voltinha, não é Clovelita? Vamos voltar até tempo de ver o jogo. – falo.

[...]

E lá se foram às 6 horas mais exaustivas de toda minha vida. Ao som de Backyardigans e Barney, Clove e eu, ficamos a madrugada todo dando voltas no quarteirão com Prim.

Ao chegar a casa, estava exausto. Clove dormia agarrada com Prim, que tomava mamadeira. Dei um leve soco no vidro, trazendo Clove para realidade.

Mal entrei em casa e o pessoal do trabalho já estava ligando, mas desta vez uma ligação boa. Clove descia as escadas com a cara fechada.

– Yes! – grito e caminho junto com ela. – Eu finalmente fui chamado pra dirigir o jogo Clovelita, você não sabe...

– Hoje é meu evento, eu te disse isso.

– Você nunca me disse isso.

– Eu disse sim. É você que não escuta as mulheres que não fodem com você. Ah, olha ali no quadro. Acho que de noite to aqui.

Maldita seja Clove! Diaba de meio metro!

– Clove, Clove, eu não posso levar ela junto comigo. – imploro. – Colabora comigo.

– Cato ta no quadro! – disse ela, saindo.

– Você não entende como esse jogo é importante? Eles estão a uma vitoria do oitavo lugar, e se ganharem... Não vai embora assim!

– Você ta falando manda ai. Eu to planejado esse evento há três meses, e quer saber? Tem um monte de mamães e papais apaixonados por você no bairro. Liga pra eles. – fala Clove, fechando a porta na minha cara. Desgraçada!

Liguei para Deus e o mundo. Liguei para Glimmer e Marvel, mas mesmo estando no telefone os dois continuavam a se pegar; liguei pra Brutus, mas nada; Liguei inclusive para Johanna Mason, mas só foi ela ouvir minha voz que desligou o telefone.

Clove sua desgraçada!

Terminei de me arrumar e peguei o primeiro taxi junto com Prim. Comece uma conversa bem “animadora” com o taxista, mas essa era só uma parte de meu pequeno plano. Prometi como sempre dois ingressos de graça pra ele e o paguei.

– Então Cato, vamos para mais algum lugar? – perguntou ele.

– Ah... vamos embora.

Aproveitei a distração dele e deixei Prim lá dentro. Não que eu a odiasse, mas na boa, pensem comigo, o meu trabalho estava em jogo.

– O bebe, o bebe! Você deixou o bebe aqui! – ouço o taxista gritar.

– Ah cara, por favor. Eu preciso da sua ajuda por um dia...

– Você não pode me deixar com o bebe, ta doidão? Eu posso ser o taxista matador de bebes.

– Eu sei tudo sobre você, você mantém o taxi lindo, dirige no limite de velocidade certo, e eu sei que você tem três crianças que ama muito.

– Sabe por quê? Porque são meus filhos! Eu odeio os filhos dos outros, e tem um bem ali dentro.

– Você será a baba mais bem paga do mundo. Boa sorte! – falo, saindo.

– E se ela acordar?

– Ela não vai acordar... Opa, o patinho dela. – jogo o patinho para o taxista. – Em caso de emergência.

– É melhor sem emergências. Melhor mesmo!

Tudo estava indo bem... Estava indo. Prim resolveu fazer caca na fralda e chorar feio louca, e eu tive que trazer ela e o baba para dentro ver o jogo.

Bom e vocês já devem saber. Meu dia foi um inferno, deu tudo errado e provavelmente perdi uma das maiores chances da minha vida. Agora era ir pra casa...

POV Clove

Cheguei em casa e tudo estava bom. Subi as escadas e encontrei uma cena que pensei que jamais viria.

Cato cantando para Prim.

– O que você ta cantando pra ela? – pergunto.

– Uma música, não? Todo mundo gosta, você não gosta? Funciona, viu?

– Cato será que da pra você...

– Shhh!

– Shh você! Será que da pra você melhorar o humor aqui dentro?

– É talvez.

– Faça isso por ela.

– Por que eu tenho que fingir que estou sendo feliz, sendo que estou péssimo? – Ele me encara, saindo do quarto. – Me deixa ficar péssimo.

– É-é... escuta aqui Cato! – fecho a porta e agarro seu braço. – Eu to cansada, eu to morta também e...

– Eu arruinei minha vida por ela.

– Mas...

– Ta feliz em largar sua antiga vida porque era horrível, não é?

– Minha vida não era horrível. Minha vida era ótima, eu tinha tempo livre. – rebato.

– Ah é, pra fazer o que? Cozinhar mais? Você não tem ideia do que era uma vida boa, Clove. Eu tinha uma vida boa! – grita Cato. – Eu assistia aos jogos, tinha garotas, aliás, está vendo essa camisa? – ele esfrega a camisa da minha cara. – Eu transei com a garota que me vendeu essa camisa.

– Você é um nojento!

– Eu tinha tudo, sabe. É era ótimo!

– Claro que era ótimo. Você só sabia pegar seu pênis incrivelmente mágico e ficar esfregando em qualquer uma!

– Quer saber, você também deveria fazer isso, mas antes, vai ter que achar alguém que te aguente!

Ele olhou nos fundos dos meus olhos e coçou os cabelos de forma nervosa antes de descer as escadas.

– Foda-se.

– Foda-se você!

Cato começou a arrumar as suas coisas e eu sabia muito bem o que ele iria fazer, e eu não deixaria.

– Você não deveria andar de moto Cato, os pais da sua filha morreram em um acidente! – falo.

– Ela não é minha filha! – grita ele, vindo em minha direção. – Não é.

– É filha de quem então?

Cato não disse nada, apenas saiu e me deixou sozinha pela milésima vez.


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