Juntos Pelo Acaso escrita por Thais
Notas iniciais do capítulo
eaaae gente
boa leitura!♥
POV Cato
Então a diabinha resolveu voltar a chorar. Mas não chorava baixinho e sim loucamente, tão loucamente que chegava a nos irritar.
Levei-a pra cozinha e tentei fazer o mesmo que a “domadora de bebes” havia feito.
– Ta muito perto Cato, ta muito perto! Você ta segurando muito perto, vai arrancar a cabeça dela! – Clove grita.
– Era assim que ela estava fazendo, merda!
– Não, não era assim!
– Deus, eu colei chiclete na cruz? Só me diga, por favor, eu imploro. – choramingo.
– Com essa frase extremamente gay, sim. – Clove sorriu irônica. – Vamos dar um volta com ela.
– Ok comandante, como quiser.
Levamos Prim para o carro e fui à frente dirigindo. Clove estava atrás tentando colocar Prim na cadeira, enquanto ela estapeava e choramingava na cara de Clove.
Clove pra variar soltas algumas palavrinhas sujas, cuja qual nem preciso citar. Às vezes me perguntava se as pessoas sabiam dessas coisas. Espero que não.
– Pronto meu amor, nós só vamos dar uma voltinha no quarteirão. – fala Clove.
– Só uma voltinha, não é Clovelita? Vamos voltar até tempo de ver o jogo. – falo.
[...]
E lá se foram às 6 horas mais exaustivas de toda minha vida. Ao som de Backyardigans e Barney, Clove e eu, ficamos a madrugada todo dando voltas no quarteirão com Prim.
Ao chegar a casa, estava exausto. Clove dormia agarrada com Prim, que tomava mamadeira. Dei um leve soco no vidro, trazendo Clove para realidade.
Mal entrei em casa e o pessoal do trabalho já estava ligando, mas desta vez uma ligação boa. Clove descia as escadas com a cara fechada.
– Yes! – grito e caminho junto com ela. – Eu finalmente fui chamado pra dirigir o jogo Clovelita, você não sabe...
– Hoje é meu evento, eu te disse isso.
– Você nunca me disse isso.
– Eu disse sim. É você que não escuta as mulheres que não fodem com você. Ah, olha ali no quadro. Acho que de noite to aqui.
Maldita seja Clove! Diaba de meio metro!
– Clove, Clove, eu não posso levar ela junto comigo. – imploro. – Colabora comigo.
– Cato ta no quadro! – disse ela, saindo.
– Você não entende como esse jogo é importante? Eles estão a uma vitoria do oitavo lugar, e se ganharem... Não vai embora assim!
– Você ta falando manda ai. Eu to planejado esse evento há três meses, e quer saber? Tem um monte de mamães e papais apaixonados por você no bairro. Liga pra eles. – fala Clove, fechando a porta na minha cara. Desgraçada!
Liguei para Deus e o mundo. Liguei para Glimmer e Marvel, mas mesmo estando no telefone os dois continuavam a se pegar; liguei pra Brutus, mas nada; Liguei inclusive para Johanna Mason, mas só foi ela ouvir minha voz que desligou o telefone.
Clove sua desgraçada!
Terminei de me arrumar e peguei o primeiro taxi junto com Prim. Comece uma conversa bem “animadora” com o taxista, mas essa era só uma parte de meu pequeno plano. Prometi como sempre dois ingressos de graça pra ele e o paguei.
– Então Cato, vamos para mais algum lugar? – perguntou ele.
– Ah... vamos embora.
Aproveitei a distração dele e deixei Prim lá dentro. Não que eu a odiasse, mas na boa, pensem comigo, o meu trabalho estava em jogo.
– O bebe, o bebe! Você deixou o bebe aqui! – ouço o taxista gritar.
– Ah cara, por favor. Eu preciso da sua ajuda por um dia...
– Você não pode me deixar com o bebe, ta doidão? Eu posso ser o taxista matador de bebes.
– Eu sei tudo sobre você, você mantém o taxi lindo, dirige no limite de velocidade certo, e eu sei que você tem três crianças que ama muito.
– Sabe por quê? Porque são meus filhos! Eu odeio os filhos dos outros, e tem um bem ali dentro.
– Você será a baba mais bem paga do mundo. Boa sorte! – falo, saindo.
– E se ela acordar?
– Ela não vai acordar... Opa, o patinho dela. – jogo o patinho para o taxista. – Em caso de emergência.
– É melhor sem emergências. Melhor mesmo!
Tudo estava indo bem... Estava indo. Prim resolveu fazer caca na fralda e chorar feio louca, e eu tive que trazer ela e o baba para dentro ver o jogo.
Bom e vocês já devem saber. Meu dia foi um inferno, deu tudo errado e provavelmente perdi uma das maiores chances da minha vida. Agora era ir pra casa...
POV Clove
Cheguei em casa e tudo estava bom. Subi as escadas e encontrei uma cena que pensei que jamais viria.
Cato cantando para Prim.
– O que você ta cantando pra ela? – pergunto.
– Uma música, não? Todo mundo gosta, você não gosta? Funciona, viu?
– Cato será que da pra você...
– Shhh!
– Shh você! Será que da pra você melhorar o humor aqui dentro?
– É talvez.
– Faça isso por ela.
– Por que eu tenho que fingir que estou sendo feliz, sendo que estou péssimo? – Ele me encara, saindo do quarto. – Me deixa ficar péssimo.
– É-é... escuta aqui Cato! – fecho a porta e agarro seu braço. – Eu to cansada, eu to morta também e...
– Eu arruinei minha vida por ela.
– Mas...
– Ta feliz em largar sua antiga vida porque era horrível, não é?
– Minha vida não era horrível. Minha vida era ótima, eu tinha tempo livre. – rebato.
– Ah é, pra fazer o que? Cozinhar mais? Você não tem ideia do que era uma vida boa, Clove. Eu tinha uma vida boa! – grita Cato. – Eu assistia aos jogos, tinha garotas, aliás, está vendo essa camisa? – ele esfrega a camisa da minha cara. – Eu transei com a garota que me vendeu essa camisa.
– Você é um nojento!
– Eu tinha tudo, sabe. É era ótimo!
– Claro que era ótimo. Você só sabia pegar seu pênis incrivelmente mágico e ficar esfregando em qualquer uma!
– Quer saber, você também deveria fazer isso, mas antes, vai ter que achar alguém que te aguente!
Ele olhou nos fundos dos meus olhos e coçou os cabelos de forma nervosa antes de descer as escadas.
– Foda-se.
– Foda-se você!
Cato começou a arrumar as suas coisas e eu sabia muito bem o que ele iria fazer, e eu não deixaria.
– Você não deveria andar de moto Cato, os pais da sua filha morreram em um acidente! – falo.
– Ela não é minha filha! – grita ele, vindo em minha direção. – Não é.
– É filha de quem então?
Cato não disse nada, apenas saiu e me deixou sozinha pela milésima vez.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!