Irresistível Fanfic Twiligth escrita por Mari Scotti


Capítulo 20
Capítulo 19 - O Confronto


Notas iniciais do capítulo

N/A: capitulo finalizado em 14/01/10 (leiam de novo, faltava o final) bjjj



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Senti o peso no ar, ali era um lugar sagrado para eles, era a terra deles. Avancei com cuidado tentando não chamar a atenção. O cheiro era tão forte e tão ruim que eu não conseguia evitar fazer caretas, mas era tão automático respirar que me esquecia as vezes de que não precisava disso.

Eu vi novamente, pelos olhos do lobo que o vampiro estava imóvel, certamente sabia que o haviam cercado, tanto quanto eu sabia, porque o cheiro deles os denunciavam.

“Paul vá pela direita, avance. Sem barulho” – Jacob instruiu pela ligação psíquica que logo entendi que eles tinham.

Tudo o que se passava na mente um do outro, todos ouviam. Era incrível. Cada pensamento, cada sensação. E igualmente eu ouvia e sentia. Eles estavam ansiosos, nervosos, excitados e com medo também, assim como eu.

Vi que o vampiro notou o avanço de Paul e preparou-se para atacar, eu não tinha a ligação então não podia avisá-los. Precisava pensar e agir rápido.

De alguma forma me lembrei dos novos dons e ergui os olhos para a copa das arvores fazendo um redemoinho com o indicador, pensando no vento e na água.

A chuva que estava fraca começou a se intensificar e o vento a girar forte, balançando as arvores com muito força, o que o fez desviar a atenção para a arvore que balançava significativamente.

Meu telefone vibrou e eu o coloquei no ouvido sem fazer algum som.

“Onde você está?” – Alice choramingou do outro lado.

“Fronteira” – sussurrei desligando o aparelho, não entendendo porque ela perguntou, já devia saber assim que corri para cá.

Paul avançou mais, rastejando perto das pernas do vampiro que eu acreditava era o tal do Conde, quando se preparou para o ataque nem um segundo depois, o Conde virou para ele e com um gesto no ar jogou o lobo longe.

Eu fiquei perplexo, ele nem precisou tocar nele, tamanho domínio de sua força e sobre os elementos.

Como era possível em menos de uma semana, conhecer dois vampiros com os mesmos dons?

Assim que Paul caiu de costas numa pedra e girou desacordado os outros perderam o medo, avançando com ódio para cima do vampiro e igualmente eu corri na mesma direção, não sabia o que faria, mas eu faria alguma coisa.

Jacob avançou cravando seus dentes no pescoço do Conde, mas antes que ele conseguisse seu objetivo com o mesmo gesto o Conde o lançou de costas numa arvore, ele ganiu como um cão machucado e rolou pelo chão.

Eu estava cada vez mais perto, mas não sabia como lutar, sozinho seria difícil.

Pensei em Bella e que este havia tentado machucá-la e avancei com ódio. Ele estava distraído com mais um dos lobos, agora Seth que avançava sobre a sua perna e não percebeu quando prendi minhas pernas em seu quadril e forcei minhas mãos em volta de seu pescoço.

No momento em que girei Carlisle e Heidy gritaram juntos: “EDWARD NÃO!”

Essa distração foi suficiente para o Conde me arremessar na mesma arvore que antes jogou Jacob, senti como se meus ossos tivessem sido esmagados por um trator.

Tentei levantar mas não consegui, um jato forte de areia estava sendo progetado direto para o meu estomago me prendendo ao tronco do carvalho, levei alguns segundos para notar que era o Conde quem fazia isso, com uma de suas mãos postas na minha direção.

Ele olhava Heidy de um jeito estranho, ódio e amor piscavam vermelho-sangue em suas pupilas.

“Heidyyy” – ele sibilou e ela recuou com a voz aterrorizante dele.

Todos os lobos pararam de atacar também e colocaram-se em guarda, vigiando qualquer movimento.

“Conde” – Heidy se ajoelhou e fez uma reverencia – “Eu estava errada meu senhor” – ela sussurrou para o chão.

“Erraaaddaa?” – sibilou novamente, quase cantando cada palavra. Seus olhos buscaram em volta e pararam em Carlisle – “Doutor Cullen” – seu sorriso era satisfeito e sarcástico – “... excelente revelo, meu caro” – seus olhos voltaram para mim e ele me soltou.

Cai duro de cara no chão, mas me ergui a tempo de ver Heidy se deslocando e colocando-se a frente de Carlisle.

“Eu estava errada meu senhor” – ela falou com a voz um pouco mais firme, evitando olhar para o Conde – “... eu soube a verdade ao chegar aqui...” – continuou ela – “... agora eu sei” – eu não conseguia entender o que ela queria dizer, mas o olhar frustrado e furioso do Conde me mostrou que ele havia entendido.

Ele andou na direção dela levantando-a pelo pescoço com apenas uma das mãos, seus pés ficaram balançando perdidos no ar, eu não consegui me conter, corri na direção deles, mas outro jato de terra me jogou longe.

“Ai” – soltei ao bater numa rocha.

Jacob se moveu e eu rugi, fazendo-o parar.

“Senhor, meu senhor” – Heidy choramingava – “me perdoe tê-lo feito deslocar-se quilômetros por nada... mas eu estava mortalmente equivocada”

Ele riu.

“Mortalmente sim...” – e ele começou a apertar o pescoço dela com força.

Heidy passou a gritar e chorar de dor. Fiquei desesperado e na tentativa de me soltar joguei os braços pra cima e toda a terra em volta se deslocou caindo de qualquer modo no chão.

Por um breve momento o Conde parou de apertar o pescoço de Heidy e veio na minha direção. Eu não conseguia ver os outros, nem ouvi-los, mas sabia que estavam ali.

Ele vai te matar principezinho” – Heidy alertou-me em minha mente – “Fuja...” – ela estava fraca.

Fiz o que ela havia me ensinado, imaginei um tornado e joguei o ar para ele. O tornado se formou ao seu redor mas um segundo depois desmanchou-se.

Ele é mais forte que qualquer um que eu já tenha enfrentado Edward” – Heidy sussurrou novamente em minha mente.

O que posso fazer?” – pedi socorro também em meu pensamento.

Nada” – e ela desmaiou, talvez por estar sendo sufocada por tempo demais.

Fiquei ali, grudado na arvore por um jato forte de terra tentando encontrar uma saída, quando vi um vulto piscar atrás do Conde.

Alice pulou nas costas dele, ao mesmo tempo Emmett puxou o braço que segurava Heidy fazendo-o solta-la e Jasper segurou o outro braço, o que fez o jato parar e eu cair de novo no chão, mas desta vez me levantei e corri para ele, pousando os dois pés em seus joelhos e me agarrando em seu pescoço novamente.

Ele não poderia aplicar o jato de terra em si mesmo, disso eu tinha quase certeza, então apertei o antebraço em sua goela e forcei o pescoço para quebrá-lo, novamente Carlisle ordenou: “Não Edward”.

“Mas Carlisle” – gritei, ainda segurando a cabeça do homem – “ele vai nos matar”.

Vi Carlisle me mostrar tudo em sua mente, o nascimento de Heidy, o rosto da mãe e... soltei imediatamente o Conde, e fiz sinal para os outros soltarem. Eu acho que ele não esperava por isso, porque ao invés de nos atacar de novo como eu pensei que ele fosse fazer, ele ficou me olhando com olhos especulativos.

“Qual o motivo para poupar-me da morte, rapaz?” – questionou ele num nítido sotaque russo – “O que o médico mostrou-lhe que o fez recuar com tanta veemência?” – continuou e avançou um passo na minha direção.

“Nicolay” – Carlisle interveio – “venha, vamos para a minha casa e conversaremos” – ele deu as costas e começou a voltar pela floresta.

Mas o Conde não se moveu, antes voltou a segurar Heidy pelo pescoço, agora usando o ar como artifício, ele a girava no alto e apertava seu pescoço, eu via por causa das folhas que rodavam junto e começaram a apertar-lhe.

Heidy abriu os olhos e gritou esganiçada, sem ar. Tentei me mover mas a terra havia coberto meus pés, ele era mesmo bom em manipular os elementos e todos os outros também estavam presos em seus lugares, só Carlisle continuava andando lentamente para a Mansão, mas ao ouvir o grito de Heidy ele parou e olhou para nós horrorizado.

“Você mataria sua própria filha?” – ele gritou de onde estava, a voz entrecortada com dor.

Mas ouvimos um clique de ossos se partindo e Heidy caiu imóvel no chão da floresta.

Eu urrei com toda a força dos meus pulmões tentando me soltar, ele não podia, não podia te-la matado.

Respirei fundo sentindo algo forte me dominar, olhei pra terra e em pensamento mandei-a me soltar, imediatamente ela se deslocou dos meus pés e me movi na direção do Conde.

Chamei o vento que senti logo uivar ao meu lado direito, chamei a terra que senti mover-se abaixo dos meus pés, pedi pela água e eu senti a chuva de intensificar e finalmente o fogo, mas não tínhamos fogo, eu precisaria de fogo para poder usar este elemento, mas não me importei, por que um calor muito forte invadiu meu peito frio e morto, como se emanasse do meu próprio coração.

Eu me movia e comigo um barulho ensurdecedor, a terra, o ar e a água estavam ferozes assim como eu.

O Conde ficou imóvel me olhando risonho, parecia achar graça do que eu tentava fazer, mas quando falei, minha voz estava cheia de autoridade e calor, o que o fez recuar.

“Você não fez isso fez?” – senti o ar sair quente de meus pulmões – “Você não matou sua própria filha porque ela o fez vir para Forks, fez?” – minha voz era dura, indignada, e avancei mais parando a dois metros dele.

Ele riu alto, desta vez soando nervoso.

“O que você acha que é, menino insolente?” – seus lábios formaram uma curva para baixo – “E Heidy não é minha filha” – mas antes que qualquer um pudesse responder um redemoinho o sugou e ele desapareceu.

O que antes era um silêncio mortal se transformou um burburinho alto e dolorido em minha cabeça. Todos corriam e falavam ao mesmo tempo.

Os lobos voltando a forma humana, os vampiros correndo na direção de Heidy e todos os pensamentos invadindo a minha mente com uma força palpável. Até os animais pareciam ter acordado de repente.

Curvei-me sobre meu próprio corpo, ainda sentindo o calor dentro do meu peito, deitando meu rosto na terra, sentindo-me doente, dolorido e febril.

Ouvi um lamento seguido de um rosnado que, pelo que reconheci era de Rosalie que estivera cuidando de Bella longe deste tumulto todo, até quase agora, quando resolveram vir nos procurar.

Primeiro o perfume me atingiu me fazendo gemer, minha garganta ardeu pelo desejo de seu sangue, empurrei o chão com os punhos tentando me controlar; depois veio o calor... seu corpo estava cada vez mais próximo. Mesmo com o rosto em terra eu parecia ver sua forma andando apressadamente na minha direção. Rugi baixo, tentando controlar o desejo de me virar e voar na sua direção.

Ela estava cada vez mais próxima... a cada passo eu decidia uma forma diferente de atacá-la e afundava ainda mais meus punhos em terra; mais um passo mais um rugido e mais forte a sede me dominava.

“Edward, não!” – Alice me alertou em meus pensamentos e soquei o chão ao mesmo tempo que senti a mão de Bella roçar meu ombro.

Permaneci imóvel não confiando nas minhas reações. Ela me afagou e deitou sua cabeça em minhas costas, murmurando alguma coisa que não consegui entender, tentando manter o leão adormecido.

“Heidy!” – o desespero de Carlisle me despertou para problemas maiores – “Heidy, Heidy!”

Abri meus olhos e me movi com sofreguidão, lento, olhando na direção em que o Conde a havia largado. Heidy estava deitada sobre as folhas das árvores, completamente imóvel, o rosto ainda corado. Mexas cobres de seu cabelo eram afastadas de seu rosto com delicadeza por Carlisle.

Esme abaixou-se ao lado dele acariciando suas costas, num gesto de tentar acalmá-lo, Jacob caminhava na direção deles também.

“Bella preciso ir até lá” – sussurrei e vi que ela se moveu tropeçando enquanto levantava.

“De...desculpe” – ela ficou de pé, desviando o olhar para o chão e puxando mexas de seu cabelo para a frente do rosto.

Passei os dedos na pele de sua bochecha, ainda tremulo, ainda sem respirar e sorri – “Obrigado” – corri na direção de Heidy a tempo de vê-la abrir os olhos e todos saltarem para trás.

“Como você está?” – perguntei, já sentia que ela estava viva, seus pensamentos e lembranças haviam disparado como um jorro dentro da minha cabeça.

“Meu pai?” – Heidy permaneceu deitada e olhou Carlisle com nojo – “Meu pai? Ele era meu pai? Meu pai?”

Eu e Alice a seguramos ao mesmo tempo, Alice vendo no futuro: ela avançaria sobre Carlisle e eu sua decisão de matá-lo, mas na verdade sabíamos que era só magoa e confusão.

“Oh filha!” – ele passou por nós e abraçou Heidy – “Você está viva! Deus! Pensei que viveria aquela agonia novamente... oh não não” – ele murmurava enquanto alisava os cabelos dela, percebemos o desejo de Heidy mudar e ela amoleceu em nossas mãos, por isso a soltamos.

 “Vamos pra casa” – Esme sugeriu.

Ficamos ali parados, um olhando pro outro. Pra que casa nós iríamos? A nossa havia sido destruída!

“Pra onde ele foi?” – Bella sussurrou nas minhas costas, se aproximando de nós junto com Jacob.

“Não sei” – observei a reação de Jacob enquanto eu falava com ela, eles pareciam íntimos e ele era visivelmente apaixonado pela menina.

“Seth e Sam perderam o rastro dele na fronteira com Phoenix” – informou Jacob no seu tom mais casual – “Quem é ele afinal?”

Todos olhamos para Heidy e Carlisle que ainda estavam abraçados.

“Vamos todos para a Mansão e lá conversaremos sobre isso” – Carlisle levantou-se carregando Heidy nos braços que se amparava com os braços em volta de seu pescoço.

“Tenho um lugar melhor, se ele voltar irá procurá-los na Mansão, mas não na reserva” – Jacob anunciou, virando-se e caminhando na direção de La Push.

Todos esperaram minha reação ou de Alice pois veríamos o futuro ou a mente dele, mas Alice buscou e não viu nada; ele realmente queria nos ajudar, por isso pisei firme e comecei a segui-lo com os demais vindo atrás de nós.

 

 


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