Irresistível Fanfic Twiligth escrita por Mari Scotti


Capítulo 12
Capítulo 11 - Sensações


Notas iniciais do capítulo

Fizeram uma comu pra mim: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=96572095

Yupiiiiiiiiiiiiiiiiii



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Pelos olhos de Bella

Acordei no hospital, reconheci imediatamente o cheiro de remédio e as paredes pálidas a minha volta. Tentei levantar a cabeça, mas alguém segurou minha testa.

“Shhh... você bateu a cabeça Bells” – olhos castanhos penetrantes e um sorriso torto me fizeram suspirar e repousar a cabeça no travesseiro.

“O que faz aqui?” – perguntei baixinho, tentando me situar melhor.

 

“Oras... não gostou de me ver?” – sorrindo, ainda olhando pra mim.

 

Senti minhas bochechas corarem e ele corou junto, quase que imediatamente.

 

Rimos os dois.

 

“Gostei sim... mas o que houve comigo?” – sussurrei, sentindo a cabeça doer a cada palavra.

 

“Aparentemente alguém te empurrou e você bateu a cabeça” – ele falou distraído,os pensamentos longe – “então você veio pra cá e aquele...” – ele mordeu o lábio engolindo a palavra – “o Cullen... para casa, ser tratado por Carlisle”.

 

Meus joelhos tremeram ao som da palavra Cullen. Lembrei de quase tudo num flash. Jéssica me mostrava todos os alunos, falando nome por nome, até que bati meus olhos nele.

 

Cabelos desgrenhados, pele pálida, mas com as bochechas vermelhinhas como se tivesse andado no frio, olhos esverdeados... a boca Meus Deus! Linda... divina, parecia o Romeu saído dos meus sonhos.

 

Edward... Jéssica falou num longo suspiro, me contando que eles eram diferentes, sempre reservados e que era a primeira vez que ela os via tão a vontade. “..pelo menos Edward e a baixinha, Alice”. Os Cullen.

 

Eu vi Edward levantando com dificuldade, apoiando-se na bengala; ele estava bem machucado, tentei descobrir porque, mas ninguém soube me explicar, diziam que nunca haviam visto um Cullen machucado. Alguns boatos diziam que ele tinha batido o carro, outros que ele mesmo se jogou na frente do carro. Historias e mais historias.

 

Me levantei sem nem perceber que o fiz, meus olhos seguindo o garoto que andava com dificuldade até a saída do refeitório. Ele parecia pensativo, preocupado.

 

“Olá” – cumprimentei parando ao lado dele.

 

Ele se pôs tenso, os ombros ergueram-se um pouco, as pernas flexionaram.

 

“Oi” – respondeu entre os dentes.

 

“Quer ajuda? Parece que seus irmãos cansaram de carregar você” – olhei para a mesa onde eles estavam tentando ser discreta.

 

“Não, obrigado” – ele virou retornando ao seu caminho para a saída do refeitório.

 

“Tudo bem Edward” – falei baixo me afastando dele.

 

Ele não me parecia um rapaz rude e também não sei porque senti vontade de ajudá-lo. Fiquei chateada, mas voltei para a mesa cruzando os braços sobre o peito.

 

A baixinha se aproximou dele pegando-o de surpresa, deixando-o irritadiço o que me agradou um pouco.

 

Jessica continuava falando no meu ouvido, mas eu estava atenta aos dois. Ele olhava a própria pele como se fosse algo anormal e ela dançava ao redor dele, pulando feliz, eu podia sentir que Alice cantarolava.

 

Quis ver mais de perto, peguei um livro e sai, me encostando a parede ao lado da porta do refeitório para olhar melhor.

 

Ele gesticulava e falava baixo com Alice, os olhos preocupados, vasculhando todo o ambiente. Vi quando ele me olhou assustado, os olhos arregalados, me movi constrangida tentando trocar de posição pra que ele não me olhasse mais, mas ele continuou, seu tom de voz parecia bravo quando ele falava com Alice. Ela me olhou várias vezes e ele começou a empalidecer, mais e mais e mais.

 

Não conseguia me mover, os olhos dele... os olhos estavam intensos, dourados, fortes. Tentei me concentrar no livro, mas minha respiração ficou agitada sentindo os olhos dele estreitando-se sobre mim.

 

De repente algo se moveu, algo que estava entre nós, mas eu não tinha visto antes. Senti meu corpo puxado, minhas pernas no ar e logo eu estava caída no chão, ouvi o estrondo forte do meu crânio batendo no concreto duro e gemi.

 

Respirei fundo olhando novamente o quarto do hospital. Jacob pigarreou me tirando a concentração.

 

“O que foi?” – olhei.

 

“Você está me ouvindo Bella?” – ele falou baixo, as mãos em meu rosto.

 

“Oh sim Jake, desculpe... estava tentando lembrar o que aconteceu” – anunciei.

 

Jacob Black. Era filho de Billy o melhor amigo de meu pai. Desde que me mudara para Forks Charlie e Billy tentam me fazer ficar perto de Jacob, o que não me é de todo ruim. A companhia dele e o calor da sua pele me fazem bem nesse final de mundo chuvoso e entediante.

 

Corei. Corei de novo quando vi os olhos deles sobre mim.

 

“O que está pensando Bells?” – ele riu infantil.

 

Não respondi, só dei um soquinho em seu ombro e olhei para a porta da enfermaria. Ele passou a mão no ombro massageando e acompanhou meu olhar.

 

“Charlie está lá fora tomando um café” – ele voltou a me olhar, colocando minha mão que estava sem tubos e agulhas (gemi quando percebi) entre as mãos dele.

 

As mãos de Jake eram grandes e sempre quentes e eu nunca sentia frio perto dele. Era um cobertor gigante.

 

“O que houve Jake?” – sussurrei tentando não demonstrar minha inquietação com tanto carinho da parte dele.

 

“Parece que o filho mais novo dos Cullen tentou bater em você” – ele informou bravo, suas mãos pressionando a minha.

 

“Não me lembro assim... não foi assim que...” – fiquei confusa. Ou teria sido ele que me empurrou?

 

A porta da enfermaria se abriu. Charlie gesticulava nervoso para um homem muito novo pra ser medico; olhos dourados, pele branca. Oh não! Ele era lindo! Tão lindo quanto Edward. Suprimi um suspiro.

 

“Carlisle” – Charlie sorriu ao me ver acordada – “esta é minha filha Bella... que jeito de se conhecerem hein?” – ele tentou ser engraçado.

 

Meus olhos estavam cravados no médico de pele quase transparente. Jacob apertou minha mão fazendo uma nítida careta de nojo.

 

“O que foi?” – sussurrei para ele.

 

“Que cheiro horrível!”

 

Eu respirei e não senti nada, somente os olhos do medico que encarou Jake por alguns poucos segundos a mais do que seria necessário para um curioso.

 

“Não gosta de hospitais Jacob?” – Carlisle perguntou olhando para mim, tateando minha nuca.

 

Jacob fez outra careta.

 

“Volto depois que ele terminar” – disse saindo do quarto.

 

Depois que a porta se fechou Carlisle sorriu e piscou para mim, uma nuvem pareceu cobrir minha mente.

 

“Como se sente?”

 

“Ah ótima, quero sair daqui” – respondi já irritada – “Posso ir embora?”

 

“Sim, os resultados do raio X não deram nenhuma contusão, você vai sentir um pouco de dor de cabeça e nada mais. Tome uma aspirina se doer”.

 

Ele assinou um papel preso no meu prontuário e ameaçou sair.

 

“Edward é seu filho não é?” – perguntei rapidamente.

 

“Sim” – ele respondeu sem mudar aquela careta de medico.

 

“Eu não acho que ele tenha me atacado” – suspirei – “Não brigue com ele”.

 

A reação dele foi de surpresa e em seguida de contentamento. Não de alivio como imaginei que seria ao formular a pergunta.

 

“Edward não é violento Bella” – ele respirou e sorriu – “acredito que houve realmente um mau entendido. Mas assim que ele acordar, farei as perguntas necessárias para entender seu comportamento; prometo que não ocorrerá mais”.

 

“Creio que não foi intenção dele me machucar” – sorri – “na verdade, não me lembro sequer dele ter chego perto de mim”.

 

Charlie pigarreou e Carlisle olhou para ele amigável.

 

“Vamos descobrir Bella, você pode ir quando quiser” – ele continuou sorrindo para mim.

 

Como ele podia ser tão novo e tão bonito?

 

Charlie e Jacob fizeram questão de me levar para fora do hospital numa cadeira de rodas, o que era ridículo, eu podia andar perfeitamente.

 

Ao chegar perto da patrulha de Charlie, Jake abriu a porta e me pegou no colo para me colocar no banco do passageiro.

 

“Ah Jake me poupe!” – chacoalhei meu corpo até ele me colocar no chão – “não estou invalida, só bati a cabeça!”

 

Entrei rígida no carro, os braços cruzados e a carranca fechada.

 

“Ah Bells, desculpe” – ele abaixou os olhos, o rosto triste, um pequeno biquinho se formando nos lábios.

 

Ah eu podia com isso?

 

“Oh Jake, desculpe... não sou muito acostumada com tanto cuidado assim, geralmente eu que cuido...” – suspirei longamente esperando ele suavizar suas feições – “Ei...” – chamei até que ele se agachou ao meu lado na porta do passageiro. Toquei seu nariz – “Obrigada”.

 

Ele riu acanhado, as bochechas avermelhando abaixo da pele oliva de seu rosto. Fiquei feliz por vê-lo contente de novo.

 

“Tchau Bella” – ele se espremeu pela janela pra beijar minha bochecha.

 

“Tchau Jake” – acenei sem olhar pra ele.

 

 

 

 

 

Pelos olhos de Edward

 

 

 

Alice estava dentro de uma visão, eu tinha certeza, mas desta vez meu dom não funcionou.

 

Eu não conseguia entender porque hora eu me sentia forte, meus dons retornavam e depois eles sumiam, tão rapidamente quanto apareceram. Era terrivelmente assustador, eu me sentia doente.

 

“O que você vê?” – Jasper falou ao ouvido de Alice.

 

Alice estava com os olhos esbugalhados, suando sob a testa e com o corpo tremulo.

 

“O caixão...” – ela sussurrou – “a menina... a da escola... a que cheira bem...” – ela estava balbuciando as palavras lentamente – “... a menina está ao lado, a mão sobre o tampo de vidro do caixão, seus olhos não estão tristes, mas...” – Alice franziu o cenho – “... porque estou vendo isso?” – ela pareceu voltar a si e logo mergulhou na visão novamente – “...a menina esta machucada...”

 

“Quem está no caixão?” – Jasper perguntou.

 

“Edward...” – eu estremeci – “e...” – todos se voltaram para ela.

 

“Quem Alice?” – Jasper sussurrou.

 

Alice abriu os olhos já fora da visão e me procurou.

 

“Eu e você Edward... dois caixões” – ela explicou

 

“Envelhecemos?” – tentei argumentar.

 

Ela balançou a cabeça negativamente.

 

“Tente voltar Alice e ver se aconteceu algo com vocês” – Carlisle se aproximou preocupado.

 

Alice fechou os olhos buscando nosso futuro, o meu e o dela. Buscou Heidy também, eu soube porque ela avisou o que estava fazendo.

 

“Nada... acho que não domino mais o dom, mas ele a mim, só vem quando quer” – ela falou derrotada.

 

“Nós vamos sair de Forks?” – Rosalie perguntou, encostada a porta.

 

“Não” – eu disse – “Vamos ficar. Não sabemos o que está vindo e devemos proteger a cidade” – falei tentando conter o medo na minha voz.

 

“Proteger, Edward?” – Rosalie perguntou – “Você não protege nem a si mesmo!” – ela apontou para minha perna quebrada e a costela enfaixada.

 

“Podemos ao menos tentar, Rosalie?” – falei nervoso, minha maior preocupação era deixar a menina aqui, desprotegida. Não entendi porque aquela garota sem graça veio parar na minha mente.

 

Carlisle respirou fundo, o que me fez lembrar que ele provavelmente sabia com o que iríamos lidar.

 

“Crianças, quero todos preparados para o confronto” – ele anunciou – “vou ligar para os Volturi e pedir ajuda” – ele ameaçou sair de meu quarto.

 

“Carlisle” – chamei – “O que está vindo até nós?”

 

Sem se virar ele respondeu: “O Conde” – fechando a porta atrás de si.


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Notas finais do capítulo

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