Os meninos não deixaram o Eddy subir isso tudo porque eles são uns bostas ciumentos, ninguém merece. Eu até brigaria, mas eram 4 contra 2. Ficamos sentados no sofá conversando.

– E então Eddy, diga quais são suas intenções com a Lia.

O Lucca disse como se fosse meu pai.

– Ficar com ela por alguns dias.

O Eddy disse naturalmente e eu ri, não queria namorar agora mesmo, nós só estávamos ficando.

– E você fala assim naturalmente?!

– É Cara, você queria que eu mentisse?!

– Não.

Ficamos conversando durante um longo tempo.

– Meninos eu já vou.

O Eddy disse se levantando.

– Tchau.

Eles disseram em coro, ainda com ciúmes e eu comecei a rir.

– Vem Eddy, eu te levo até lá fora.

– 2 minutos Lia.

Escutei o Gui dizer.

– Vai tomar banho, Gui.

Disse mostrando a língua para ele e acompanhando o Eddy até lá fora no seu carro. Ele se encostou e ficou olhando para mim.

– Lia eu queria falar contigo.

– Que foi ?!

– É que assim, eu to querendo namorar aí e tem uma menina que ta me dando bola e tals...

Ele disse e eu comecei a rir.

– Eu entendi Eddy, relaxa pode namorar.

– Sério que foi fácil assim ?!

– Cara a gente nem ficando direito tava, só saímos ontem.

– É verdade.

– Pois é.

Disse olhando para ele, o Eddy era muito lindo isso garota nenhuma podia contestar e sem contar que realmente ele tinha um beijo maravilhoso.

– Um beijo de despedida ?!

Ele disse me puxando e colando nossos corpos.

– Acho que na...

Eu ia me fazer de difícil, mas ele já tinha me puxado para um beijo, foi um beijo daqueles de tirar o fôlego, e nós separamos nossos lábios justamente pela falta dele.

– Bom agora eu vou indo, até um dia aí.

Ele disse sorrindo.

– Até.

Disse rindo e me afastando dele que entrou no carro e foi embora. Entrei em casa e encontrei só o Vitor jogado no sofá assistindo algum jogo.

– Cadê os meninos ?!

Ele olhou para a minha cara e voltou a fitar a TV. Fiz Careta para ele e fui para a cozinha, peguei um refrigerante, voltei para a sala e me sentei assistindo TV com o Vitor. Uns 20 minutos depois os meninos desceram.

– Para onde vocês vão ?!

Perguntei pelo fato deles estarem todos arrumados.

– Vamos dar uma volta querem ir ?!

– Não, eu prefiro ficar em casa to guardando minhas energias para o fim de semana.

Disse sorrindo.

– Eu também vou ficar, to meio cansado.

O Vitor disse e os meninos assentiram com a cabeça.

– Cansado de quê, faz merda nenhuma.

– Lia vá ver se eu estou lá na esquina.

Ele disse me olhando irritado, e os meninos saíram.

– Arranjou emprego agora Vitor ?!

Disse me referindo a ele estar na esquina.

– Aff não sei como alguém consegue te aguentar.

Ele disse se levantando e subindo as escadas, coitado dele... mentira bem feito para esse otário, ainda vai ser muito perturbado por mim. Escutei um telefone tocar, olhei para o sofá e era o do Vitor, peguei o telefone e tinha escrito “Emily” na chamada, atendi e nem falei nada.

– Vitor é a Emily, bem sei que a nossa noite não deu certo naquele dia por causa daquela sua Amiga louca, mas como você já me explicou que aquele fato de você ter um monte de filhos era mentira, estava pensando se não podíamos começar de novo.

A garota no telefone disse de uma vez, nem deu tempo de falar alguma coisa, então era a mesma piriguete daquela noite ?! Vou curtir com a cara dela agora.

– Quem disse que o fato dele ter filhos era mentira ?!

Disse mudando um pouco a voz.

– Quem ta falando ?!

Ela perguntou e pelo seu tom de voz estava confusa.

– Aqui é a mulher que está esperando gêmeos desse imprestável, quem é você ?!

– Sou a Emily, quero falar com o Vitor por favor.

– Minha filha, você não vai...

Estava dizendo e comecei a gritar não tão alto.

– O QUE ESTÁ ACONTECENDO ?!

A garota perguntou um pouco preocupada.

– AAAAAH EU VOU TER MEUS FILHOS, SOCORRO...

Disse e desliguei o telefone, e ri. Quando o Vitor descobrir o que eu fiz ele vai me matar, acho melhor eu falar logo. Subi as escadas e entrei no quarto dele, nem bati, não tinha ninguém no quarto escutei o barulho do chuveiro e fui até a porta do banheiro que estava entreaberta, espiei um pouquinho. Confesso que o Vitor é muito lindo, além de seduzir como ninguém, ele estava de costas para a porta e não dava para ver direito seu corpo por causa do box, mas dava para ver que ele era um pouco forte, não muito e ainda passava as mãos naqueles cabelos. Ele desligou o chuveiro e eu me afastei da porta do banheiro, corri até fora do quarto fechando a porta com cuidado para não fazer barulho. Esperei um pouquinho só o tempo dele sair do banheiro e bati na porta.

– Entra.

Escutei sua voz e entrei, ele estava apenas com uma toalha amarrada na cintura e passando outra nos cabelos ainda molhados.

– Ér...

– O que foi que você já fez, Lia ?!

Ele disse parando de secar os cabelos e jogando a toalha em cima da cama, porque ele tinha que ser tão lindo e gostoso ?!

– Eu não fiz nada.

Disse me fazendo de inocente e me sentado na pontinha da cama dele.

– Você ta com cara de culpada.

– Ta, é que a Emily ligou para você e eu atendi.

Disse e ele ficou pensativo.

– Quem é Emily ?!

Eita que esse Vitor não vale nada, sabe mais nem o nome das piriguetes que ele pega.

– A piriguete que tava aqui naquele dia que eu disse que você tinha nove filhos.

– Ah, e aí ?!

Ele perguntou olhando para mim desconfiado.

– E aí nada, que ela queria falar com você.

– Lia fala logo o que você fez.

– Ta, eu só fingi que era a mãe dos gêmeos e que estava tendo os filhos bem na hora que estava no telefone com ela.

Ele respirou fundo e depois olhou para mim.

– Era só isso ?!

– Era.

Podia ver na cara dele que estava um pouquinho irritado, e eu soltei uma risada abafada.

– Pode sair.

Ele disse me olhando sério. Mandei um beijo para ele e ia sair do quarto rindo, mas ele segurou meu braço e me encostou na parede, me prendendo com seu corpo.

– Você quer Lia, ser a mãe dos meus gêmeos ?!

Ele perguntou com sua boca á centímetros da minha e com um sorriso de lado no rosto.

– Na...

Ia responder, mas ele acabou me beijando. Ta bem que a gente podia brincar com ele um pouquinho agora. Retribui o beijo, passei meus braços ao redor de seu pescoço e deixei uma das mãos em sua nuca, o beijo do Eddy era maravilhoso, mas nem se comparava com o do Vitor, nossas línguas brincavam sensualmente uma com a outra. Senti suas mãos em minhas coxas, ele as puxou dando impulso para que eu subisse em seu colo e assim fiz. Separei nossos lábios pela falta de ar e ele começou a beijar meu pescoço e saiu caminhando comigo até sua cama, deitou por cima de mim e voltou me beijar. Mudei de posição ficando por cima dele ainda o beijando, separei nossos lábios novamente e comecei a beijar seu pescoço, passei as unhas pelo seu abdômen e vi ele se arrepiar.

– Não disse que o fato de você ainda não ser minha ia mudar, Lia.

Escutei ele dizer, olhei para ele e vi seu sorriso convencido na cara, até parece que o Vitor não me conhece, na verdade ele não conhece.

– Você acha ?!

Disse me ajeitando, indo até sua boca e mordendo seu lábio inferior sorrindo.

– Tenho certeza.

Ele disse levando suas mãos até minha bunda e a apertando. Eu ainda estava por cima dele, me sentei em um lugar estratégico e rebolei devagar.

– Você ainda tem certeza do que disse, Vitor ?!

Disse de uma forma sexy e continuei a rebolar, ele mordeu o lábio e depois deu um sorriso malicioso.

– Absoluta.

Eu já podia sentir que ele estava ficando excitado, ta ele vai me matar, mas quem disse que eu ligo. Aproximei minha boca do seu ouvido.

– Se eu fosse você não teria certeza de nada.

Sussurrei em seu ouvido, mordi de leve sua orelha e depois o olhei.

– Do que você está falando ?!

Ele perguntou confuso, dei um selinho rápido nele, levantei e sai correndo do seu quarto entrando no meu rindo.

– LIA SUA CACHORRA, VOLTA AQUI.

Escutei seus gritos e ri mais ainda.

– LIA SE NÃO ABRIR ESSA PORTA EU VOU ARROMBAR.

– ARROMBA A PORTA DO MEU QUARTO QUE EU BATO EM VOCÊ COM ELA.

Gritei e depois se fez silencio, me certifiquei que a porta estava bem trancada e fui ao banheiro, precisava tomar banho toda essa brincadeira com o Vitor tinha me dado um calor que eu não sei da onde veio. Tomei um banho, e coloquei meu pijama. Quando terminei de me arrumar, coloquei só a cabeça para fora do meu quarto e não vi nem sinal do Vitor, ele devia estar no quarto, saí e desci. Me joguei no sofá, liguei a TV e fui assistir CSI que estava passando em um dos canais. Vi o Vitor no alto da escada assim que ele me viu no sofá fez uma careta, e continuou descendo.

– Ta mais calmo, Vitor ?!

Perguntei segurando um riso.

– Abestada.

– Idiota.

– Imbecil.

– Otário.

– Vadia.

– Viado.

Olhei para a cara dele sorrindo, ele tentou não rir, mas acabou rindo.

– É, não tem nada que ganhe de viado.

Ele disse se jogando no sofá do meu lado.

– Mas viado é uma coisa que eu não sou.

Ele disse olhando para mim.

– Se você está dizendo.

– Eu não sou viado, Lia. Eu gosto de mulher, muita mulher.

– Eu sei.

Disse rindo da cara dele.

– Você é legal quando você quer, a única coisa que odeio em você é que fica me provocando.

– É a parte mais legal do meu dia.

Disse como se fosse obvio.

– Mas qualquer dia desses eu ainda pego você de jeito.

– Ui.

Disse rindo e me levantando, fui até a cozinha e ele me seguiu.

– Eu ainda não entendi o motivo de você me odiar.

Ele disse enquanto eu pegava água na geladeira, me virei e olhei para ele com o copo na mão.

– Sério isso ?!

– Sério.

Ele disse e parecia sincero.

– Nossa pensei que você fosse mais inteligente.

Disse fechando a geladeira e colocando o copo vazio na pia.

– Sério, me diz.

Ele disse, eu olhei para a cara dele e resolvi contar.

– Não sei se você lembra, mas anos atrás você me humilhou por culpa daquela Cadela Da Kika.

– Lógico que lembro, depois você foi embora sem nem se despedir de ninguém e os meninos ainda ficaram um mês sem falar comigo, nem um “bom dia” eu ganhava deles.

– Pois é seu otário é por isso que te odeio, você trocou sua melhor amiga por uma Cadela qualquer, você me magoou muito, você me chamou de gordinha e disse que nenhum garoto me queria, você era a última pessoa no mundo que eu esperava me dizer uma coisa desse tipo e foi o que me disse.

Ele ficou me olhando com uma cara meio pensativa.

– Que foi ?!

Disse me sentando no balcão na frente do banco onde ele estava sentado.

– Nada só estava pensando, não sabia que você tinha se magoado tanto.

– Lógico que me magoei .

– Me desculpa, não sabia disso.

Ele parecia sincero realmente arrependido, e alias Deus nos ensinou que temos que perdoar.

– Ta perdoado.

– Obrigado.

Ele disse se levantando do banco e me abraçando, retribui o abraço. Sabia que ia dar merda, suas mãos foram até as minhas coxas as apertando levemente, ele me olhou e aproximou seu rosto para me beijar, mas eu dei um tapa na sua testa seguido por um tapa em cada mão dele.

– Eu disse que você está perdoado, mas isso não quer dizer que o que eu disse não esteja mais valendo, você continua sem tocar em mim, quando eu era gordinha você disse que nenhum garoto me queria, agora que eu volto linda e gostosa você me quer ?! Nem pensar, .

Disse mandando um beijinho para ele, descendo do balcão rindo e voltando para o sofá.