O Vitor me levou até o andar de cima me colocando dentro do meu quarto. 

- Vitor seu cachorro, desgraçado, vagabundo me deixa ir.  

Disse tentando passar por ele. 

- Você não vai a canto nenhum, não fica comigo não vai ficar com mais ninguém. 

Ele disse me prendendo em seus braços. 

- Se você não me soltar eu juro que arranco seus braços do corpo. 

- Duvido. 

Ele disse me encarando divertido. Eu vou sair daqui e nem quero saber, hora de usar seu charme Lia. Aproveitei que estava abraçada com ele e cheguei perto da sua boca sorrindo. 

- O que eu tenho que fazer para sair daqui, Vitor ?! 

- Nada, você não vai a canto nenhum. 

Ele disse dando um sorriso de lado. 

- Talvez seja bom ficar por aqui. 

Disse tirando meu sapato colocando no canto perto da porta e abraçando ele. 

- O que você está planejando Lia ?! 

Ele disse me abraçando pela cintura e me olhando desconfiado. 

- Eu nada, já que não posso sair posso me divertir por aqui mesmo não posso ?! 

Disse puxando ele pela camisa até a cama, empurrei ele fazendo com que caísse na mesma e corri para a porta, peguei meus sapatos e saí correndo. 

- LIA VOLTA AQUI ! 

Escutei ele gritar e comecei a rir. Desci as escadas na pressa de três em três degraus correndo, o Eddy estava na porta e o Gui estava dispensando ele eu acho. 

- EDDY CORRE. 

Gritei rindo ele ficou um pouco confuso, mas assim que viu o Vitor  correndo atrás de mim, ele correu para o carro. 

- Você não vai sair. 

O Gui disse tapando a passagem. 

- Me impeça. 

Disse passando por ele na porta e correndo até o carro do Eddy, entrei correndo com os sapatos ainda na mão, me sentei no banco do carona. 

- Corre. 

Disse rindo, ele riu comigo e deu partida no carro. Olhei para trás e vi o Vitor saindo da casa e parando no meio da rua vendo o carro indo embora. 

- Você é louca. 

O Eddy disse rindo, eu calcei meus sapatos. 

- Até parece que ele iam me impedir de fazer alguma coisa, e alias belo carro. 

Disse observando ele por dentro, era uma Ferrari preta, muito linda.  

- Obrigada, ganhei de presente do meu pai. 

Eu já estava relaxada, sei que quando chegasse em casa ia ouvir um monte, mas não estava nem aí. 

- Então, para onde vamos?! 

- Vamos jogar boliche, você gosta ?! 

- Claro. 

Depois de um tempo chegamos ao boliche, ele estacionou e nós descemos. Ele me deu a mão e nós entramos, estava movimentado.  

- Se prepare para perder, Lia. 

O Eddy disse e eu ri. 

- Duvido. 

- Vamos apostar ?! 

Ele perguntou se virando de frente para mim. 

- Qual seria a aposta ?! 

- Se eu perder faço o que você quiser, mas se eu ganhar... você me dá um beijo. 

Ele disse e sorri. 

- Apostado. 

Assenti com a cabeça e fomos para começar o jogo, eu estava ganhando não por muito, mas estava ganhando. Já era nossa última partida, fazia mais de uma hora que estávamos lá. 

- É agora ou nunca. 

Ele disse, era a vez dele jogar e se fizesse um strike ele ganhava. Ele pegou a bola e se preparou para jogar. 

- EDDY! 

Gritei na hora que ele ia jogar só para assustá-lo, ele se virou para mim e riu. 

- Isso não funciona comigo, susto não vai me fazer perder essa. 

Dei língua para ele que se virou para fazer sua jogada. Ele lançou a bola e esperou, ela rolou devagar e foi certinho, derrubando todos os pinos. 

- ISSO! 

Ele gritou comemorando. 

- Foi sorte. 

- Sorte nada, isso se chama “jogar bem” e agora a senhorita me deve um beijo. 

Ele disse sorrindo. 

- Depois eu pago. 

Pisquei para ele e rimos, ele me abraçou e saímos do boliche, entramos em seu carro e ele deu a partida. 

- Para onde vamos agora?! 

- Comer. 

- Não vamos para esses restaurantes chiques cheios de comidas estranhas não né?! 

- Era o que eu tinha planejado, mas o que você prefere. 

- Nada melhor que os sanduíches do Subway. 

Disse sorrindo e ele sorriu comigo. 

- Você é demais. 

Ele disse e saímos a caminho do Subway, não demorou para chegarmos. Entramos nos sentamos e fizemos nossos pedidos. 

- Por que você estava correndo quando eu cheguei na sua casa ?! 

- Porque o Vitor  resolveu me trancar no meu quarto para me impedir de sair com você e eu tive que jogar meu charme para poder fugir. 

- Jogar seu charme é?! 

Ele disse rindo. 

- Sim, eu sou muito sexy. 

- Sei. 

Ele disse como se tivesse zombando comigo, e eu fiz uma careta. 

- Sou sexy sim. 

- E como. 

Ele disse piscando. Comemos nossos lanches e ele foi me deixar em casa, já eram onze da noite. 

- Bom está entregue. 

Ele disse encostado no seu carro sorrindo para mim, eu estava parada na sua frente de costas para a porta de entrada da casa. 

- Obrigada. 

- Espero que tenha gostado da noite. 

- Gostei, me diverti muito. 

- Mesmo perdendo no boliche ?! 

Ele disse zoando comigo. 

- Mesmo perdendo no boliche. E falando nisso estou te devendo seu prêmio. 

- Eu estava brincando, não precisa. 

- Aposta é aposta. 

Disse me aproximando dele e o beijando. Ele me abraçou me puxando para mais perto, passei meus braços ao redor de seu pescoço colocando uma das mãos em seus cabelos. 

- QUE POUCA VERGONHA É ESSA AQUI ?! 

Escutei a voz do Lucca, o Eddy separou nossos lábios deixando nossas testas ainda coladas e riu. 

- Hein dona Lia, que pouca vergonha é essa ?! 

- Pouca vergonha é a sua que tem a cara de pau de vir interromper minha conversa com o Eddy. 

Disse me virando para ele, e me encostando no corpo do Eddy com ele ainda abraçando minha cintura. 

- Vocês não estavam conversando pelo que vi. 

- E você devia estar lá dentro e não aqui fora. 

Disse e o Eddy e eu rimos quando o Lucca fez uma careta. 

- Te dou dez minutos. 

Ele disse apontando para mim, deu uma encarada no Eddy e entrou. 

- Como é que você vai aguentar esses meninos ciumentos ?! 

Escutei o Eddy perguntar rindo, me virei ficando de frente para ele de novo. 

- A pergunta é como eles vão me aguentar ?! 

Disse e nós rimos. 

- É, você gosta de perturbar eles. 

- Muito. 

Disse e ele me puxou para mais um beijo, retribui o beijo e finalizei com um selinho. 

- Vou entrar, depois a gente se vê. 

- Ta, talvez amanhã eu venha aqui falar com os meninos. 

Ele disse e eu ri. 

- Eles não vão nem querer olhar na sua cara. 

- Eu sei. 

Ele riu, eu dei mais um selinho nele e entrei em casa. Não tinha ninguém na sala, os meninos já deviam estar em seus quartos. Bati no quarto do Lucca. 

- Que é ?! 

Escutei sua voz, coloquei minha cabeça para dentro do quarto. 

- Só avisar que eu já entrei pai. 

Disse brincando e fechando a porta. Fui para meu quarto, tomei um banho, coloquei meu pijama e me joguei na cama, estava sem sono resolvi assistir um filme.  

- Tem lugar para mais um ?! 

O Gui  perguntou na porta do quarto. 

- Claro meu amor, para você sempre tem lugar. 

Disse batendo na cama do meu lado, ele entrou no quarto, fechou a porta e se jogou do meu lado. 

- To sem sono, ta fazendo o quê ?! 

- Vou assistir filme. 

- Que filme ?! 

Ele perguntou olhando para mim com uma cara maliciosa. 

- Velozes e Furiosos. 

- Ah ta. 

Ele disse e nós rimos. 

- Opa, sessão cinema na cama da Lia ?! 

Escutei a voz do Dinho ele, o Lucca e o Vitor entraram e se jogaram na minha cama também. 

- Ainda bem que a cama é grande. 

Disse pois estávamos o cinco todos na cama, eu estava no meio, o Gui de um lado, o Lucca do outro, o Dinho deitado mais para baixo na cama, nos pés do Gui e o Vitor  deitado com a cabeça no meu colo. 

- Vocês já se recuperaram da raiva ?! 

Perguntei rindo, o Vitor me olhou com um olhar furioso. 

- É né, fazer o quê vimos que temos que aguentar. 

Ele disse e eu ri. O filme começou e nós ficamos assistindo, já estava de madrugada quando o filme acabou os únicos que restaram acordados foram eu e o Vitor. 

- Vitor o que acha... 

Eu ia dizer, mas ele já tinha me olhando com um olhar de quem concordava.  

- Eu topo. 

Ele disse olhando para os meninos, nos levantamos devagar da cama para não acordá-los e corremos até a cozinha. Ele foi até a geladeira e pegou duas latas de chantilly.  

- Vamos parceira ?! 

Ele disse rindo e me estendendo o braço. 

- Vamos parceiro. 

Disse pegando seu braço e subimos até o quarto, ele foi em direção do Gui e eu do Dinho, colocamos chantilly na mão de cada um deles. 

- Eles vão nos matar. 

Disse observando os garotos. 

- Eu sei. 

O Vitor disse, nos olhamos e começamos a rir. Passamos uma pena no nariz deles fazendo com que eles fossem tirar com a mão e sujassem o rosto de chantilly, engraçado que nenhum deles acordou ficaram com o rosto sujo, eu e o Vitor rimos muito. 

- Do que vocês... 

O Gui ia perguntar acordando com as nossas risadas, mas ele logo viu a cara toda suja de chantilly. 

- Não acredito. 

Ele disse nos encarando, ele observou os outros meninos. 

- Hey acordem. 

Ele disse acordando os outros. 

- Hora de correr ?! 

Perguntei para o Vitor e ele balançou a cabeça positivamente. 

- Agora. 

Saímos correndo do quarto rindo enquanto eles corriam atrás de nós. 

- NÓS VAMOS MATAR VOCÊS DOIS. 

Eles continuavam correndo, demos a volta no andar de baixo e voltamos para o andar de cima. 

- Aqui. 

O Vitor disse me puxando para o quarto dele e fechando a porta. 

- Eles estão furiosos. 

Disse me jogando na cama do Vitor. 

- Eu sei. 

O Vitor disse com outro tom de voz, o olhei e ele me analisava deitada em sua cama com um sorriso maroto. 

- Nem vem. 

Disse e quando ia me levantar ele deitou por cima de mim aproximando nossos rostos. 

- Não ouse fa... 

Eu ia dizer, mas ele me beijou não ia ceder, mas acabei retribuindo. Quando percebi ele já estava deixando o beijo mais quente, separei nossos lábios, mas isso só fez com que ele começasse a beijar meu pescoço. 

- E então Lia, mudou de ideia?! 

Ele disse olhando para mim com um sorrisinho convencido. 

- Não, alias queria dizer que o beijo do Eddy é melhor que o seu. 

Disse sorrindo, não ia deixar ele pensar que me ganhou. Nunca. Ele me olhou com raiva e saiu de cima de mim. 

- Dá o fora do meu quarto. 

Ele disse com raiva apontando para a porta. 

- Não precisa ficar com raiva, babe. 

Disse sorrindo. 

- CAI FORA. 

Ele disse caminhando até a porta e a abrindo para mim.