Sweet Nothing escrita por BloodyBunny


Capítulo 24
Cap. 24- Civilian


Notas iniciais do capítulo

Desculpem para quem gosta dos momentinhos de Carl e Sam, mas tenho de desenvolver a outra parte da história.
Este capítulo tem o nome de uma música na série The Walking Dead
E se não estão evoluindo, estão...

Têm de ler... Bem, boa leitura.



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Cap. 24-Civilian

             -Hm?- Questionei um pouco confusa

             -O que você ouviu, eles não estão evoluindo.- Olhou novamente para o microscópio- Pelo que vejo e pelo o que vi antes, estas são diferentes. Porque, a doença normal é quando você é infectado por uma mordida, então suas células vão morrendo aos poucos porque o vírus vai eliminando suas células, praticamente se juntando a elas e criando uma nova coisa, mas esse processo demora muito tempo.

             -E?

             -E que essas são completamente diferentes. Eu também não entendo, mas... Como irei explicar? Algumas células estão vivas e outras foram dominadas por coisas completamente diferentes e maiores. Algumas vermelhas como o normal e outras amarelas, roxas, pretas, tudo misturado. Eu não entendo o que se passa aqui.- Tentei pensar com ele

             -Sim, porque estão tentando criar a circulação sanguínea? Talvez para manter uma temperatura suficientemente quente para sobreviverem?- Ele me olhou unindo as sobrancelhas- Eu não sei, você é o médico.

             -Talvez. Mesmo assim, porquê tantas células? Eu quero dizer, talvez seja para recompensar, quer dizer, vocês viram que ambos cuspiram litros e litros de sangue, também seja uma maneira de recompensar.- Colocou o olho novamente no microscópio

             -Mas uma coisa que não entendo. É, como é que essa doença nova se espalhou?

             -Se tivesse meu equipamento, talvez descobrisse.- Disse unindo as sobrancelhas e eu me aproximei mais- Agora vendo, as células mortas, ficaram roxas e amarelas.

             -Aí jesus, não entendo nada, fale inglês homem!- Ele pensou por um bocado

             -Sabe porque é que SIDA, a malária e a tuberculose é imparável?

             -Porque eles se tornam muito...

             -Exactamente, fortes o suficiente para resistências a certos medicamentos, vacinas, esse tipo de coisas e por isso vão arranjando maneira de penetrar no organismo de uma pessoa ou de se transmitirem. Talvez por isso é que o cão estava infectando.- Passei a mão pela boca frustrada. Sério? Quando saímos da prisão, temos sempre algo pior?- A outra doença era fraca para aguentar tal como essa temperatura por isso criou um “filho” mais resistente.

             -Oh, jesus.- Esfreguei os olhos com força- Temos de avisar Rick, assim tentar chegar mais rápido possível a Alasca.- Ele se ergueu caminhando ao meu lado e assim o fizemos.

             De noite acabámos por acampar lá, só para restaurar as energias, mas pelo o que todos ouviram, sim, iriamos partir logo assim que possível. Carl não estava lá, estava perto do lago, observando a água.

             -Ei?- Ele me mirou e eu me juntei, me sentando ao seu lado

             -Sam.- Encostei minha cabeça no seu ombro- Você, como se sente?

             -Bem. E você?

             -Também.- Me respondeu dando um beijo e depois outro- Eu não quero morrer assim, com arrependimentos.- Falou bem perto de mim

             -Eu também não.- Sussurrei para ele- Por isso, que seja vida louca.- Sorri me levantando e ele deu um riso curto- Carl, tenho algo para confessar para você.

             -Por favor que não seja que é lésbica.- Eu ri um pouco confusa

             -Acha mesmo? Eu não sou virada, assim não iria para o céu com você.

             -E o que tem para confessar então?- Se levantou também

             -Não posso dizer assim, né, é segredo. Tinha de te sussurrar.- Ele se aproximou e eu disse no seu ouvido- Eu te amo.- E depois soprei, ele me abraçou forte

             -Eu também te amo.- Me deixou, me segurando nas mãos- E é por isso que te ofereço algo.- Senti na minha mão, algo duro e um pouco quente, deveria estar nas mãos dele há imenso tempo. Eu segurei e senti que era um anel, arregalei os olhos, depois o olhando- E é ainda mais por isso que eu quero ficar com você até que a morte nos separe. E é claro que se você decidir ficar com outro caso me for primeiro, eu volto para te amaldiçoar. Sim?

             -Então, eu também volto para amaldiçoar você se ficar com outra pessoa.

             -Parece justo.- Colocou o anel no meu dedo anelar

             -Com tantas jóias, pareço uma gangster.

             -Minha gangster.- Me abraçou, me depositando um beijo nos lábios, um daqueles que parecia que já não sentia a mais de um ano, explorando minha boca com sua língua, me causando arrepios e borboletinhas no estômago, me encostando contra a árvore

             -Uma floresta, ainda nos apanham, ou talvez um walker apareça.

             -Não, não apanham nada, e se um vier, vamos ter problemas.- Me deu um beijo novamente, minha mente entrava em branco com um beijo desses, ele passava sua mão pela coxa, me aquecendo. O mais impressionante, era que era a segunda vez que iria ser num lugar frio. Tirei meu casaco, o ajudando a tirar o dele, com tantas camadas de roupas por cima, iria ser uma longa noite.

             [...]

             Outros três dias, estava comendo gomas em cima d’uma mesa, duma casa aqui em que passámos a noite, estávamos a caminho de Wyoming, em alta velocidade, só mais um bocadinho.

             -Bom dia.- Chegou Daryl com esquilos, colocando em cima da mesa.

             -Lucas, quer jogar às cartas?- Ele assentiu, tirei a caixa da minha mala e quando ia a tirar, aquilo estava congelado- Mas que...? Aff. As cartas estão congeladas.- Olhei para dentro da minha sacola- Oh, o meu pente, a minha escova está começando, eca. Pelo menos conservamos os alimentos. Mesmo assim, temos de nos mover, mais um bocado e ficamos...- Gritos se ouviram na parte de dentro da casa, todos sacaram as armas adentrando.

             Uma mulher do grupo em lágrimas, segurava numa criancinha de 3 anos que mal se movia. Mas o bebé cuspiu sangue para o chão e antes que atacasse a mulher, e Michonne matou a criancinha. Jesus, oh, eu vou vomitar. Fui para fora, apanhar algum ar fresco.

             -Você está bem?- Questionou Carl

             -Sim.- Respondi- Mas aquilo é uma...- Olhei de longe, havia um cão vindo a correr na nossa direcção, era um walker- Oh deus.- Os miúdos iam ter com o cão para fazer festas, eu não fui rápida o suficiente e ele atacou uma, droga! Peguei na minha faca, matando o cachorrinho e depois, aquela criança que me tentava morder, Carl a matou

             -Este dia acaba de melhorar.- Falou Carl me abraçando por detrás e assim do nada, em voltas desta cerca começam a aparecer walkers correndo na nossa direcção, correndo

             -Todos para os carros!- Falou Rick e nós fomos logo, arrancando logo, alguns gritos, algumas outras coisinhas, mesmo assim, conseguimos ir embora.

             E depois de um bom tempo, nomeadamente 2 Semanas, chegámos a Canadá.


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Notas finais do capítulo

Eu prometo arranjar mais momentinhos entre eles, mas enquanto isso...
Chegando a Canadá, meio caminho percorrido, mesmo assim, porcarias acontecem e ainda haverão mais perdas, apesar de não querer, mas...

Enfim, quem é que vocês querem que morra? Agora com o grupo assim, acho que não há nada de mal com eles, mesmo assim...