O Defensor escrita por That Girl


Capítulo 1
Capítulo 1 - Volta às aulas


Notas iniciais do capítulo

A história será narrada pelo Edward.

Boa leitura =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/407470/chapter/1

Nunca fiquei tão ansioso pelo primeiro dia de aula, mas hoje estou incrivelmente curioso tentando imaginar o que vou encontrar na pequena Forks High School. Mudei com meus pais Carlisle e Esme Cullen durante as férias. Depois de dezessete anos morando em Seattle, uma saudade imensa da tranqüilidade de uma cidade pequena trouxe meus pais de volta para o lugar onde nasceram, cresceram, se conheceram e casaram-se, ambos são médicos, meu pai é cirurgião geral e minha mãe é obstetra. Não me opus à mudança, sou filho único e vi em nessa mudança uma oportunidade de conhecer pessoas novas e ter mais tempo com meus pais; já que vida de médico não é fácil. Soube por eles que a faculdade de Port Angeles, a cidade vizinha, é bem conceituada na região e eu teria a comodidade de estudar perto de casa.

Resolvi sair logo de casa antes que perdesse a hora. Tenho um carro simples e usado, meus pais ganham bem, mas não gosto de abusar do dinheiro deles. Saí sem falar com eles, já que estamos morando aqui há três semanas e eles foram encaixados nos plantões da madrugada. Cheguei cedo e pude escolher uma boa vaga, observei o grande jardim de entrada e vi alguns grupos de alunos sentados pelo gramado, já que hoje fazia um agradável dia de sol. Fui à secretaria me apresentar e pegar a caderneta e o mapa da escola, entre outros documentos. Estou saindo em direção ao jardim quando me deparo com uma cena estranha e nem tive tempo de evitar o que sucedeu. Uma garota caminhava apressadamente pelo gramado com a cabeça baixa e os longos cabelos soltos formando um véu à sua volta; parecia que ela estava fugindo de alguém ou de alguma coisa e antes que ela avançasse muito em seu caminho, uma bola de futebol americano que eu nem vi de onde veio atingiu com força sua cabeça de forma certeira, como se alguém tivesse feito de propósito. O baque foi tão forte que ela caiu de frente batendo o rosto e o corpo com força no gramado. Algumas pessoas nem viram, outras ignoraram e uma grande parte gargalhava da garota estirada no chão.

Não pensei duas vezes e tão logo ela caiu eu já estava correndo em sua direção para socorrê-la, a ânsia de verificar se ela estava bem não me deixou olhar em volta tentando localizar o (ir)responsável por isso. Me aproximei dela e vi que tremia, sabia que teria que verificar se havia alguma suspeita de fratura antes de movê-la; mal de se ter médicos em casa, você acaba aprendendo primeiros-socorros.

— Ei, você pode me dizer onde está doendo? – perguntei já me agachando e tirando o cabelo de seu rosto, ela tremeu mais ainda e não soube identificar se era de medo ou porque chorava. Ela levantou um pouco o rosto e franziu a testa ao me olhar e mordeu os lábios antes de responder.

— Nunca te vi por aqui, você deve ser novo... Olha, não precisa me ajudar... Estou bem... – ela dizia baixo e corava a cada palavra. Balancei a cabeça incrédulo e ergui seu queixo, franzi o cenho ao notar que rosto sangrava um pouco.

— Eu sou mesmo novo por aqui, mas mesmo que não fosse, deixe-me te ajudar. Seu rosto está sangrando... – falei calmamente e ela pareceu ponderar por alguns segundos antes de aceitar minha ajuda. Levantei-a com cuidado e peguei-a no colo; notei que alguns curiosos começavam a prestar atenção demais na cena e ela percebeu, ficou mais rígida e nervosa. Caminhei a passos rápidos até meu carro e ela olhou espantada enquanto eu a colocava no chão ao lado da porta.

— O que está fazendo? – perguntou corando.

— Estou tirando você de perto daqueles urubus. Aqui ninguém vai incomodar, preciso ver seus ferimentos, se não se importar. – disse tirando seus cabelos do rosto e notando que seus óculos estavam ‘encaixados’ no seu rosto e devido à queda as plaquetas fizeram cortes muito próximo aos olhos. Sua testa estava vermelha e seu rosto e corpo levemente sujo de terra e grama. Ela baixou os olhos visivelmente envergonhada.

— Dessa vez eu fui surpreendida, nunca tinham me acertado com a bola... Pelo menos não pelas costas... – disse com a voz fraca.

— Acho que terá que me explicar isso depois, preciso levá-la ao hospital, meus pais são médicos. Acho que seus óculos estão grudados no seu rosto e não quero te machucar mais ainda... – disse pegando suas mãos e vendo que estavam apenas sujas. – Acho que você pode ter machucado as costelas, foi um tombo muito feio... – ela me olhou sorrindo fraco e soltou suas mãos das minhas.

— Acho que é exagero ir até o hospital, quer dizer, estou com uma dorzinha na costela, mas nada que um analgésico não resolva... A propósito, não sei seu nome... – ela me disse abrindo a bolsa e provavelmente procurando o tal remédio. Segurei suas mãos e sorri carinhosamente.

— Mas eu insisto em levá-la! – disse e ela me olhou desconfiada. – Precisamos verificar seus óculos e tirá-los daí sem te machucar mais ainda. – Ela corou. – E também acho que ele não vai mais servir, já que uma das lentes rachou... – ela suspirou triste. – E eu me chamo Edward, prazer. – apertei suas mãos e sorri. Ela sorriu de canto me olhando com a expressão menos desconfiada.

— Eu já esperava que eles fossem inutilizados... – bufou levemente irritada. – Eu me chamo Isabella. E eu agradeço a preocupação, mas tenho que ir até o banheiro tentar me limpar e entrar na aula, hoje é o prim... – cortei sua frase falando de maneira séria.

— Isabella, o prazer é meu e nós vamos ao hospital e fim de conversa. – disse abrindo a porta do carona e carregando-a pra dentro dele, prendi seu cinto e corri para o outro lado entrando no carro e dando partida. Ela suspirou derrotada e disse muito baixo.

— Só espero que não se arrependa de ajudar a Nerdella... – suspirou mais uma vez e virou o rosto para a janela enquanto eu dirigia um pouco rápido em direção ao hospital.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Defensor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.