O Segredo das Sombras escrita por Dark Scorpion


Capítulo 5
Antigas memórias


Notas iniciais do capítulo

Bem , quero esclarecer umas coisas, eu sei que ando demorando para postar, mas eu juro solenemente que eu não abandono as minhas fics, não importa se só tiver um leitor, eu não abandonarei a fic, então não importa o quanto eu demorar para postar, não abandonarei meus leitores queridos.
Aproveitem...



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A Floresta de Ellon estava estranhamente calma naquele dia, eu estava atenta pois como a minha vovó dizia, aquela floresta é traiçoeira e aquela poderia ser a calmaria que precede a tempestade.

Eu sempre ouvia as histórias que a minha vovó contava sobre a floresta, as assombrações e das situações vividas por ela. A minha mamãe e minha vovó também me ensinam todos os dias palavras novas, assim eu possuo um “vasto vocabulário para uma menina de minha idade”, como dizia a minha professora.

Às vezes é bom mergulhar no passado, para relembrar dos momentos felizes, das antigas memórias...

_____________________*_*_____________________

Eu estava deitada em minha cama e minha vovó estava no meu quarto, sentada em frente à janela em sua cadeira de balanço de madeira de cor clara, ela costurava um par de luvas roxas com listras brancas, enquanto admirava o luar, ela era uma boa admiradora da noite, e era uma ótima contadora de histórias, tinha que ser, já que era escritora. Ela já havia me contado três contos naquela noite, mas ainda não conseguia dormir, então resolvi arriscar mais uma vez, e perguntei:

_Vovó, me conte mais uma história, eu não consigo dormir, eu tento, me reviro, mas não consigo. –Digo em um tom meio dengoso como o de uma criança mimada.

_Mas Lisa, eu já lhe contei três nessa mesma noite, já lhe contei a história da Branca de Neve e os sete anões, O Pequeno polegar, e a história de como o seu avô acabou adentrando dentro de uma caverna cheia de buracos e de como ele se perdeu na Caverna Lokeloosa.

_Eu sei, mas eu não consigo dormir... –Disse em um tom mais dengoso ainda.

_Está bem... –Ela suspira. _Mas uma história sobre o quê?

_Ahm... Que tal a senhora me contar o que aconteceu quando veio morar em Viderry.

_Mas depois a “senhorita” irá dormir e parar de me perturbar e encher a minha cabeça de minhocas, certo? –Ela disse tocando a ponta do dedo indicador na ponta do meu nariz enquanto dizia ‘senhorita’.

_Certo! –Disse empolgada.

“_Bom, eu tinha acabado de chegar à cidade, então fomos ver a casa que moraríamos, ela não era grande, mas era simplesmente magnífica, possuía um estilo francês do período do renascimento. A casa tinha as paredes de uma cor esverdeada, mas que chegava a possuir também uns tons de azul, as portas eram feitas dos jequitibás coletados na floresta de Ellon, eram rígidas, resistentes e escuras. As janelas eram como molduras dos quadros antigos, com as armações feitas artesanalmente à mão, e continha também um belo jardim frontal com tulipas e rosas vermelhas que contrastavam bem com as cercas brancas.

Entrei na casa que parecia uma grande casa de bonecas, tinha uma escada que dava para o segundo andar, onde ficariam os quartos, e os outros cômodos ficariam no andar de baixo, a casa não era grande, mas era muito confortável.

Meus pais quiseram se mudar para a cidade de Viderry, pois queriam morar em um lugar calmo e vieram para cá, pois essa cidade tinha muito menos habitantes que atualmente. Minha mãe fazia as malas na nova casa, então eu saí para conhecer a nova vizinhança. Todos eram muito gentis e cordiais comigo, mas me lembro que teve uma moça que realmente me chamou a atenção, ela era alta, jovial e esboçava uma feição esnobe e raivosa, ela tinha longos cabelos negros e olhos de cor dourada, um nariz grande e curvo para baixo, e usava um longo vestido monocromático com vários tons de vermelho. Ela puxava ferozmente o braço de um menino, ela parecia muito estressada, por isso eu realmente resolvi não incomodá–la.

_Ela é a Srtª. McCrytton, ela é muito severa com o Ricky... – Eu gritei, pois a menina me dera um susto, ela apontava para o menino que era puxado vorazmente pela tal senhorita. _ Acalme–se, me desculpe pelo susto, meu nome é Trudy, eu não tive como me apresentar ainda.

Então a menina estende a mão para que eu a apertasse como um sinal de apresentação juntamos as mãos e eu presto atenção em sua feição, ela tinha cabelos ruivos, olhos verdes, pele um pouco sardenta e muito clara, já estava vermelha pelo sol que fazia aquela tarde.

Eu a chamei para brincarmos em minha casa, e ela aceitou, então fomos para o meu quarto para brincarmos com as minhas bonecas de pano.

Já passava das 18:00, quando True (um pequeno apelido) foi para casa.

[...]

Passaram–se alguns dias, e eu já estava bem amiga de True. Olhava para a janela, admirando a vista de um dia ensolarado, então eu vi o tal menino chamado Ricky passando em frente à minha casa, decidi falar com ele, desci as escadas e parei em sua frente.

_Olá! –Eu disse com um sorriso no rosto.

_Oh! Olá, eu... estava distraído.

_Meu nome é Mary e o seu é Ricky, certo?

_Sim, mas como sabia disso?

_Trudy me contou.

_Tinha que ser, aquela menina não para de falar por um segundo sequer.

Rimos e paramos, então prestei atenção em sua face. Ele tinha cabelos castanhos bem claros, era moreno e tinha olhos negros, um nariz bem pequeno que parecia uma cereja de tão vermelho, tinha também maçãs no rosto e uma covinha no queixo.

_Onde você mora? – Perguntei.

_Depois da floresta, se seguir uma trilha de pedras brancas, chega à minha casa.

_Eu moro aqui. – Apontei para a casa atrás de mim.

Então ele a olhou por alguns segundos e depois eu falei:

_Bom, quer brincar?

_Sim!

_Bom, então já que aceita... –Me aproximei dele dando voltas ao seu redor com as mãos para trás. _Está com você! – Gritei e corri, o que o fez correr atrás de mim.

Nós brincamos muito, e nos divertimos bastante, pedimos até para o Sr. Dopard, o artesão da cidade para fazer uma pintura de mim e do Ricky.” – Minha vovó me entregou uma pintura que era muito bem feita, eu a olhei por longos segundos.

“Entretanto a Srtª. McCrytton chegou e puxou Ricky pelo braço sem dar tempo de eu me despedir. Eu não o vi mais naquele dia.

No dia seguinte eu resolvi ir para sua casa para descobrir porque sua mãe o tirou tão ferozmente de perto de mim e também para visita–lo. Eu andei pela floresta, sobre as cintilantes pedras brancas daquele lugar escuro e sombrio, as pedras iluminavam o caminho que deveria ser seguido. Depois de algum tempo saí da floresta de Ellon e lá estava a casa de madeira, bati na porta vinte vezes e ninguém atendia, então eu fui para a janela para ver se tinha alguém em casa, então... Eu vi...”

_Viu o quê, vovó?! –Disse balançando sua avó que saiu do transe que estava.

_Nada Lisa, nada...

____________________*O*______________________

Aquele dia foi realmente estranho. Vejo que estamos quase chegando ao colégio, já havíamos atravessado a floresta e chego perto do centro de Viderry, devo ter me perdido em minhas antigas memórias.

Após algum tempo chegamos ao colégio, vejo que temos uma nova professora, seu nome era Allyssa, mas ela nos pediu para chamarmos de Ally, essa seria a nova professora do ano letivo, já que a outra teria sofrido um acidente, na antiga escola... [...]

O dia passou rapidamente, já tinha anoitecido, e estava no meu quarto de cor roxa, em frente à janela admirando a floresta que era bela à noite e possuía um semblante calmo e sereno, eu puxei este lado de minha avó que de tanto olhar para à vista havia me acostumado a fazer isso também.

Sinto algo em meu ombro, uma mão gélida a mesma mão que me tocou no dia em que a minha avó adoeceu, olho para trás e o vejo.

_Olá, Lisa.

_Ricky...


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Notas finais do capítulo

Bom, comentem, critiquem, eu aguento críticas. Mas se quiserem elogiar, também estou de olhos abertos, não deixarei vocês sem respostas, comentem...



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