Meu Acampamento de Verão escrita por Diva Fatal


Capítulo 33
Capítulo 33: Meu baile vira uma orgia


Notas iniciais do capítulo

Usei esse episódio para mostrar minha visão de uma pequena festa que Dionisio e seus filhos dariam. O capitulo ficou pesado, não em cenas, mas sim em conteúdo. Apresenta: Álcool, drogas, orgia e deuses bêbados como nunca. Garanto que irão rir muito em algumas cenas.



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–Eros, vamos agitar esse lugar! –Roxane gritou apontando o dedo para cima.

Uma luz dourada brilhou estremecendo o local. Lá estava o homem mais lindo que já havia visto, não, lindo não, gostoso, perfeito.

Olhos castanhos claros quase mel. Cabelos negros finos e pesados bem lisos caindo sobre a orelha. Dentes perfeitos em um sorriso branco divino. Não usava camisa pois nas suas costas haviam um par de asas brancas de completamente felpudas, não muito grandes e nem muito pequenas. Sua calça jeans estava colada e justa no corpo, isso realçava uma certa região que não seria muito bom comentar...

–Você tem de parar de me chamar para coisas que você consegue dar conta, Rô. –O anjo correu a mão direita a orelha e pôs uma pequena mecha de cabelo que o incomodava para trás.

–Certo, meu pai lhe contratou para me ajudar a não me meter em confusão. –Ela sorriu desafiando-o.

–Você esta em confusão só de estar num lugar como esse.

Ela continuou a sorrir para o anjo e logo ele se sentiu intimidado como se tentasse desvendar o motivo do sorriso e todas as suas conclusões não fossem muito agradáveis.

–E não seria uma confusão para você se meu pai me visse num tipo de festa caída e de baixa qualidade como essa? –Ela o desafiou a argumentar erguendo uma sobrancelha e cruzando os braços.

–Certo, mas isso é só para não virar um esquilo de novo. –O anjo abaixou a cabeça e concordou.

–Assim que se fala, garoto. –Ela voltou sua atenção para mim e Drew.

Só agora tinha percebido que um dos seus dentes caninos eram feitos de ouro. Não tive coragem de perguntar o que havia feito-a trocar seu dente por um de ouro, mas pelo menos tive coragem de encara-la a menosprezar o meu e o trabalho de Drew mais uma vez.

–Eros, use a iluminação de balada, aumente a banheira de espuma, não precisa mexer nas rosas, traga o meu palco médio, os barries de cerveja preta, meus vinhos mais antigos das uvas vermelhas de 1950 e algumas cervejas brancas. –Roxane sorria imaginando como tudo ia ficar.

–Quais cervejas brancas? –Ele perguntou.

–As brasileiras que traficamos na fronteira verão passado. –Ela suspirou procurando mais algum defeito. –Agora, a melhor parte, traga o meu som mais potente.

–Certo, é pra já. –Eros estalou os dedos e poeira felpuda tapou toda a visão.

Um a um objeto reluziu em poeira felpuda como se fosse nuvens brotando do nada. Quando toda as nuvens se dissiparam no ar vi a grande mudança.

Um palco negro gigantescamente largo surgiu ao final da sala. A banheira de espuma estava em cima dele e bem maior do que antes. A parede atrás do palco era feita toda de plástico e acoplados estavam caixas de som do tamanho de tambores gigantes. No teto alto falantes para “ajudar” aqueles que não conseguiriam “ouvir a baixa” música que sairia dos tambores gigantescos no palco.

As luzes piscavam e brilhavam em vermelho cegante, azul gritante, verde berrante e roxo fluorescente. Todas piscavam uma a uma se movendo de algum ponto do palco e indo até o fundo a sala fazendo desenhos de traços no ar.

Névoa plumosa saiu do palco cobrindo todo o chão, isso deixava o lugar muito mais emocionante e eletrizante.

A pista de dança sumiu, no lugar dela sofás, mesas, cadeiras e variava até mesas de sinuca e totó. Pilastras finas e longas feitas de caixas de som surgiram indo do teto ao chão, nelas estavam acopladas prateleiras de metal preto que sustentavam bebidas como ambrosia, néctar dourado até vodkas, tequilas Pasion Azteca, vinhos romanée, uísques Macallan, champanhes de 1907 á 1950 todos das mais exóticas uvas, até mesmo a vodka Diva, que é produzida na Escócia, filtrada em pedras preciosas moídas e custa mais de 2,2 milhões a garrafa.

Meu queixo caiu, nunca vi tanta bebida cara junta. Todas ali valiam entre 507 mil a garrafa á 45.000,00 só o copo. Aquilo era um absurdo de extravagancia.

Alguns frigobares com tema de barril de madeira estavam ao lado da gigantesca portas de bronze celeste. Podia sentir o forte cheiro de rum vindo dos frigobares, aquilo me embebedava e anestesiava meus sentidos.

Alguns cubos de metal estavam sobre as mesas ao lado dos sofás negros. Os cubos produziam hologramas de caveiras, corações atravessados por uma flecha, uma folha de maconha, um cigarro, uma cena de orgia num harém.

–Ela é uma diva. –Drew sussurrou em meu ouvido.

–Odeio admitir, mas ela é. –Por fim aceitei a derrota.

O tema de baile de salão não ia nem aos pés da boa balada do século 21.

Algumas luminárias fluorescentes surgiram do chão. Algumas eram verdes, outras rosas. Possuíam formato oval e chegavam a 1 metro e meio, um liquido estranho boiava dentro da água verde e rosa fluorescente.

As pilastras com as caixas de alto falante começaram a brilhar no topo, na mesma hora uma cortina de lasers neon cobriu a sala em tons rosa choque.

Com um susto as portas se abriram. Uma multidão entrou as pressas se escorando e vibrando de emoção. De tantos só reconheci Nico, Gabbe –que cuspia um fio de cabelo de uma morena alta que jogou os cabelos para trás- e Karen –ela apertou a bunda de um garoto pálido um pouco menor que ela.

O garoto usava uma camisa polo vermelha apertada no abdome e na região peitoral. Calças jeans e sapatos pretos. Cabelos ondulados que provavelmente tentavam se decidir se seriam lisos ou castanhos e ficavam nessa mistura. Ele era bonitinho e tinha um belo sorriso.

Karen usava um vestido justo vermelho sangue. Olhos cobertos por sombra preta deixando-os em estilo guaxinim. Seu cabelo loiro tingido estava em pura chapinha. Lábios carregados de vermelho. Ela desfilava num salto alto preto combinando com os olhos. Suas unhas tinham sido pintadas de preto também. Em seu pescoço um tipo de “coleira” punk espetada

Nico estava vestido de preto até os pés. Dessa vez seu casaco havia sido “abandonado”, usava somente uma camisa preta com AC/ DC escrito. Calças jeans pretas junto a tênis Nike pretos.

Muitos dos que eu via ali eram simples mortais, muitos tatuados e de cabeça raspada entrando desesperados gritando “Festa!”, ou algo como saúdem Dionisio!

Gabbe estava de tamanco preto. Seu jeans preto apertava muito na região da cintura e isso a deixava com muita “cintura” –para não usar outra palavra. Camisa branca rasgada a tesoura na altura do umbigo.

Roxane gargalhou em uma voz fina e falou:

–DANCE! –Na mesma hora a música tomou inicio.

Back door cracked
We don't need a key
We get in for free
No V.I.P sleazy♫♪

Alguém se esbarrou em mim e Drew, era mais bela entre as belas. Seu rosto mais fino, leve, discreto e divino que existia ou iria existir. Seus olhos mudavam de cor, preto, verde, azul, mel esverdeado, castanho claro, cinza, preto rubro quase vermelho. Eram tantas cores que variavam em alguns instantes até que parou num tom violeta intenso quando nos encarou.

Seu cabelo tinha também tonalidades múltiplas, loiro, loiro oxigenado, caramelo, marrom chocolate, preto noite. Lábios carregados de batom vermelho vinho. Seu cabelo finalmente parou de mudar no preto carvão, nas pontas eram rosa choque que vibravam mesmo no escuro. Seus seios quase saltavam para fora de seu top preto com duas caveiras no local do bico dos seios, o top mal cobria os peitos. Usava uma mine saia preta com desenhos de caveirinhas iguais ao do top.

Uma meia arrastão preta cobrindo até as coxas. Seu salto preto era em formato de uma pistola brilhante encrustada com diamantes e esmeraldas.

Num rápido movimento ela abraçou a mim e a Drew.

Drink that cool and follow my league
Now you're one of us
You're counting with me♫♪

–Isso é uma afronta, estarem usando numa das festas de Dionisio. –Ela estalou os dedos e na mesma hora as minhas e as roupas de Drew sumiram em poeira dourada.

Drew tinha passado por uma transformação completa. Seu cabelo estava volumoso0 em cima estilo Amy Winehouse, caia para trás e pelos ombros bem cacheadinho nas pontas. Seus cílios estavam mais volumosos e pretos com rímel olhos de gata. Um colar de cisne feito de diamante e bordado em ouro pesava no pescoço de Drew. Usava uma camisa social roxa quase preta com os dois primeiros botões abertos e também uma saia blazer preta por cima da camisa. Em seus pés estava uma sapatilha da mesma cor da camiseta, mas esta tinha um laço em formato de cisne. Em sua orelha um par de brincos argola gigante feitos de ouro.

(PRE-CHORUS)
It's time to kill the lights
And shut the DJ down

This place about to..♫♪

Drew olhou-se surpresa e podia jurar que vi uma lagrima de felicidade brotar em seus olhos.

Meu cabelo estava solto e com uma chapinha perfeita e um prendedor de caveira vermelho estava na minha franja. Um top curto gola V do Nirvana. Uma mine saia vermelha que ia até as coxas, a saia era de cintura alta com um detalhe perfeito de lacinho na frente. Meia arrastão preta cobrindo toda a perna. Uma incrível bota preta salto alto, em baixo era vermelha e abria atrás com o zíper. Em meu pulso o meu colar de ouro branco de cisne com olho de safira, no meu pescoço o colar de bronze de cisne que havia esquecido na minha casa queimada em Malibu. E preso a minha saia estava o meu machadinho preto chamado de As de Copas surgiu em minha coxa preso por baixo da saia. Um brinco pesava na minha orelha esquerda, ele possuía duas penas pequenas de pavão feitas de ouro.

Tonight, we're taking over
No one is gettin' out♫♪

Roxane subiu no palco com uma garrafa de champanhe em mãos, ela sacudiu a garrafa e abriu-a deixando jatos de espuma voaram molhando a multidão que vibrava em meio a carnificina, prazer e loucura.

O ar se embebedou com o cheiro de uvas silvestres.

Voltei meu olhar para a mulher que nos deu uma certa “transformação” e ela já havia sumido. Sem sombra de dúvida, aquela era a minha mãe. Esta foi a primeira vez que a vejo e já a perdi de vista em meio a uma orgia gigantesca.

As portas de bronze se abriram, Hades, Perséfone e Deméter entraram perplexos com o que viam. Todos os três usavam traje a rigor.

Puff!

As roupas sumiram em névoa dourada e foram substituídas por algo mais “a la mode” .

(CHORUS)
This place about to..
Blow oh oh oh oh oh oh
Blow oh oh oh oh oh oh♫♪

Um homem entrou voando com sapatos que possuíam asas. Cabelo castanho penteado em um topete. Ele usava uma camiseta polo branca, calças jeans azuis e um báculo com duas serpente em mãos. Ele conseguia ser muito sensual só de olha-lo.

Hermes.

Seguido por um rapaz loiro que adentrou passando por Hades e Perséfone irradiando raios solares.

Apolo.

This place about to...
Blow oh oh oh oh oh oh
Blow oh oh oh oh oh oh♫♪

O homem parou de brilhar depois de alguns segundos. Tinha os cabelos loiros mais perfeitos que já tinha visto. Sorriso tão brilhante e branco que me tirava o fôlego. Seus olhos eram azuis iguais ao céu ensolarado do verão. Usava apenas um casaco jeans aberto com as mangas rasgadas e exibia aqueles bíceps e músculos perfeitos –não em excesso. Sua calça jeans não estava muito justa e sim folgada, segurada apenas por um sinto de ouro que queimava o próprio ar e brilhava levemente como uma explosão nuclear, esse cinto parecia ser o próprio sol em sua minúscula versão portátil para segurar a calça do deus mais lindo que eu já vi. Sua beleza era ainda maior do que a do próprio Eros.

This place about to..
Blow oh oh oh oh oh oh
Blow oh oh oh oh oh oh♫♪

This place about to..♫♪

O som era ensurdecedor, semideuses, deuses, homens, mulheres e até mesmo anjos vibravam com a festa.

Espera, anjos?

Ariane e Cam tinham as asas a mostra para todos verem. Dourado e prateado brilhando em meio as centenas de pessoas naquele lugar. Não pareciam ter notado minha presença, mas por guia das dúvidas me afastava sempre que eles pareciam se aproximar. Dava para saber suas localizações só olhando pelas suas asas.

Alguma coisa tomava conta da minha mente, me envenenava e me esvaziava como um vácuo sem fim. Eu tinha a necessidade de preencher-me devorando a festa, devorando cada centímetro desta louca comemoração.

Now What? (What?)
We're taking control
We get what we want
We do what you don't♫♪

Um homem gordo sentava-se em um dos sofás negros que circundavam as pilastras de som-bebida. Ele bebia como louco vodcas, vinhos e até mesmo Coca-Cola diet. Usava terno preto e uma gravata borboleta púrpura que não combinava muito com o seu estilo. Seu cabelo caia em cachinhos bem engorduradinhos até as orelhas. Sua barriga estava um tanto... grande e não caia bem om o modelo do terno.

Sr. D...

Dirt and Glitter
Cover the floor
We're pretty in sick
We're young and reborn♫♪

Algumas horas se passaram. Hades atacava peitos de peru na mesa dos bufes que não tinham para onde fugir. Perséfone estava bêbada e com uma garrafa de vinho grego na mão direita, dançava com a própria sombra pela multidão. Para meu espanto Deméter dançava com uma planta carnívora gigante que brotou do chão, sim, aquilo era o máximo de estranheza que eu já havia visto no mundo.

Apolo dançava com quatro garotas ao mesmo tempo em quanto Hermes enviava a língua na garganta de uma modelo da playboy.

Pelos deuses, aquilo era horrível, como os deuses conseguiam se comportar assim tão disparadamente em festas? Tudo bem que é uma festa do deus da loucura, mas isso não justifica o comportamento.

Meia hora depois encontrei Drew junto a Roxane fumando alguma coisa enrolada em um pedaço de papel.

–Phi! –Ela me chamou debilmente. –Prova isso aqui, é muito bom. –Ela veio cambaleando e com bafo cheirando a fumaça.

–Eca, o que em nome dos sete infernos é isso? –Berrei sentindo o cheiro do álcool e da maconha em seu hálito.

–É a vida, é a vida. –Ela enfiou a maconha em meus lábios e na mesma hora senti um arrepio até o meu último fio de cabelo.

Arregalei os olhos sugando toda a fumaça para dentro e tossindo quase engasgando-me.

A música mudou, Karen subiu ao palco com um cigarro em mãos. Outros homens foram junto acomodando-se ao baixo, bateria, guitarra e a filha fantasma no microfone. Ela tinha um sorriso diabólico apontado para mim.

Somebody mixed my medicine
Somebody mixed my medicine♫♪

Where you hurt, where you sleep
And you sleep where you lie
Now you're in deep and
Now you're gonna cry
Got a woman to your left
And a boy to your right
You start to sweat so hold me tight cus♫♪

Minha cabeça estava alterada, meus pensamentos estavam alterados, eu estava alterada.

Somebody mixed my medicine
I don't know what I'm on
Somebody mixed my medicine♫♪

Eu não respondia por mim mesma. Meus músculos se moviam sozinhos e eu já não assumia culpa pelos meus atos. Com um movimento rápido peguei o primeiro (a) em minha frente e enfiei a língua em sua boca. Não me importei se era homem, mulher ou alguma planta carnívora que dançava com Deméter. Eu e o individuo travávamos uma batalha firme com as línguas querendo o controle completo. Deixei-me ser guiada pelos prazeres e minha visão nublou. Now baby it's all gone
Somebody mixed my medicine
And somebody is in my head again
And somebody mixed my medicine again, again♫♪

Well I drink what you leak and i smoke what you sigh

See you cross the room with that look in your eye

Got a man to his left and a girl to his right

Tou start to sweat so

Hold me tight cus♫♪

Sentia meu corpo a mercê e mesmo depois de eu estar inconsciente, a droga tomava o controle total do meu corpo. Horas e horas se passaram de pura loucura, maconha, vodka, tequila, néctar, ambrosia, vinho grego e a cima de tudo prazer.


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