What Doesn't Cut The Flesh... escrita por Larissa Baptista


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Hey, oi sociedade! O Então, cá estou eu mais uma vez para entreter todo mundo com um capítulo novo, aeeeeeeeee o Vish, sorry, já ta de noite e o meu humor fica alterado depois de uma certa hora mesmo, então não liguem para isso.

Enfim, thanks pelos comentários :D e espero mesmo que quem estiver lendo continue acompanhando e que quem quiser começar sinta-se sempre bem vindo, apesar de ser aconselhável começar pelo primeiro capítulo, mas tudo bem. xP

Ah, não, Sweeney Todd de forma alguma pertence a mim, mas só por enquanto pq eu encomendei um na black friday e mês que vem chega na minha casa! ahaahahahhahah



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.Capítulo 7 – Que loucura é o amor, se não a constante convivência com uma dor gratificante?

Assim que ouviu as derradeiras palavras de Eleanor, o coração de Sweeney perdeu uma de suas batidas, reverberando em seu peito enquanto a voz dela fazia eco em seus ouvidos. O tempo congelando diante de seus olhos como se esperasse que ele digerisse a informação.

Chocado demais até mesmo para externar sua raiva, o barbeiro soltou Mrs. Lovett de seu aperto, observando em silêncio ela ir até o homem ferido no chão. A forma como ela segurou o rosto de Robert, chamando seu nome gentilmente, fez algo dentro de Todd ficar apertado, uma sensação estranha há muito esquecida ocupando seu peito.

Balançou a cabeça em negação. Que merda de confusão era aquela acontecendo? Ele era um demônio, um ser frio. Nenhuma espécie de sentimento humanoide deveria ser despertado em si.

Quem a Nel- Mrs. Lovett achava que era para confrontá-lo de tal forma? Ela deveria temê-lo e o amar, não enfrentá-lo em nome de amor por outro.

Ela era dele! Sua cúmplice em sua vingança. Eleanor Lovett não era o tipo de mulher que se atrairia por um bastardo qualquer. A padeira tinha um lado sombrio, assim como o próprio barbeiro. E tais partes apresentavam um reconhecimento mútuo.

Piscando e afastando tais sentimentos descartáveis, Sweeney buscou adotar o tom mais frio possível.

– Mrs. Lovett, querida – em inglês é pet e fica mais bonito, but... - , o que te leva a crer que eu não irei te matar diante tal oferta? Que tipo de ilusão vil você criou em sua mente que lhe pareceu que eu não poderia te matar? Você não é tão importante quanto pensa. – Ele falou de forma monótona, ferindo a padeira com usas palavras frias ao fingir não se importar. O barbeiro só não sabia quem tentava enganar, ela ou a si mesmo.

Eleanor parou estupefata a meio caminho. O peito subindo e descendo descompassado devido à frequência frenética que seu coração assumira. Um arrepio a percorrer o corpo pálido enquanto ela travava uma batalha interna em busca de alguma solução. Usava toda sua força de vontade na tentativa de segurar as lágrimas que rapidamente haviam se cumulado nos olhos.

De todos os sentimentos que a invadiram no momento, o que predominou foi o medo. Não por si – sua segurança era o de menos – mas por Robert. Medo de até onde a ira de Mr. Todd iria levá-lo.

Até então Lovett não havia percebido, mas o lado assassino de Sweeney a perturbara a partir do momento em que ele havia ameaçado alguém que lhe era de estimo.

Pensou em Toby então. Será que amava tanto o menino como julgava, ou sentia como se o barbeiro não fosse ameaça para ele?

Piscou consternada. As mãos segurando com delicadeza o rosto machucado de Robert, buscando algum sinal de que fosse acordar logo.

Apesar do medo, sentia-se enfurecida também. Todd achava mesmo que, mesmo após matar Robert, ela iria ajudá-lo a se livrar do corpo? Pois bem, ele que o fizesse sozinho! Ainda mais se pretendia matá-la também e...

– Não é uma ilusão, Mr. Todd, é a certeza de que você precisa mais de mim do que consegue admitir. – Ela falou sentindo a certeza triunfante do que estava declarando. A realização dando-lhe a confiança por hora. – Afinal, sou eu quem se livra do seu trabalho sujo e também sou aquela quem tem lhe dado todas as ideias possíveis para seguir com seus planos. Então, sim, sugiro que você não encoste um dedo sequer em Robert mais uma vez se tem a intenção de completar seus objetivos em pouco tempo. Porque, sinceramente, não pretendo ameaçá-lo de nenhuma forma, ainda mais por não ter meios de fazê-lo, mas posso muito bem resolver esse problema de outra forma. Então sugiro que tentemos viver em respeito mútuo e tolerância pelo menos. - Eleanor falou rapidamente, deixando as palavras fluírem por seus lábios sem nem mesmo refletir sobre as possíveis consequências. Apertava seus olhos começando a entrar em pânico, o coração acelerando mais e mais ao notar a expressão enfurecida retornar ao rosto do barbeiro, substituindo aquela inexpressão de sempre. Engoliu em seco perguntando-se o que havia dado em sua cabeça para agir daquela forma idiota. No que ela estava pensando?

Bem, agora era tarde demais para se arrepender de qualquer coisa!

Diante do silêncio prolongado de Todd o nervosismo dela continuou a subir. Sabia que havia o irritado e imaginava muito bem o tipo de reação que vinha - alguma forma de explosão ou epifania envolvendo as amadas navalhas do barbeiro, provavelmente recheada de dança e cantoria... e sangue, claro. - Mas no que mesmo ela estava pensando agora?

Piscou os olhos atordoada. Estava enlouquecendo, só podia.

Uma pessoa sã estaria implorando pela vida num momento daqueles, não só pela expressão do barbeiro - que nitidamente era aterrorizadora - mas por ser Eleanor quem estava ali. Por ela saber de tudo o que aquele homem era capaz de fazer. Entretanto, quando se tratava de lucidez, ela certamente não era um dos melhores exemplos para se basear. Qualquer pessoa capaz de usar carne humana como recheio de torta e lidar diariamente com a tarefa maçante de preparar a carne para tal, certamente já não podia ser considerada sã há muito tempo.

Em um mundo justo pessoas como Eleanor Lovett deveriam estar presas em penitenciárias clínicas e não soltas a seu bel prazer para continuar com seus atos hediondos dia após dia. Mas, ah, como o mundo era injusto. E como era gratificante viver nesse mundo sabendo usufruir daquilo que lhe era oferecido. Pessoas como ela sabiam o que era viver! E o barbeiro? Bem, ele era um caso especial. Realmente, um muito especial...

*ahem* Deixando de lado a epifania da Mrs. Lovett e voltando para os pensamentos mais, em tese, coerentes dela *ahem*

Era estupidez até mesmo se rebaixar a pedir desculpas, conhecia-o bem o suficiente para saber que, naquele coração de frequência arrastada, não existia um pingo sequer de misericórdia.

Quando era de Sweeney Todd que se tratava Nellie sabia que a morte seria a primeira opção em qualquer caso. E, bem, era bom ela pensar logo em algo caso pretendesse continuar viva.

Surpreso com a reação de Eleanor, o barbeiro apenas permaneceu parado onde estava o tempo todo, os olhos congelados na cena diante de si. Os lábios crispados em uma fina linha bem treinada que nada deixava transparecer de sua mente. A expressão inalterada não permitindo que a surpresa fosse vista em suas feições.

De todas as pessoas existentes. De todos aqueles que Sweeney tanto desejava que morressem, principalmente por suas mãos, certamente a padeira não era a primeira de sua lista. Mesmo com sua eterna conversa entediante e com aquela atitude irritante, ele nunca havia a imaginado agindo de forma tão atrevida. Levantando a voz diante dele e, bem, morrendo de amores por outro homem.

Ciúmes? Ela bem desejava que fosse! Não. Em hipótese alguma ele se apaixonaria de novo, ainda mais por ela. Não, por ela não.

Irritado com sua indecisão e também com o comportamento da padeira, Todd bufou mais uma vez ao passar em uma lentidão calculada pela mulher, parando diante do batente da porta da loja, uma das mãos na maçaneta.

Antes de sair falou por sobre o ombro em tom frio. - Respeito e tolerância da minha parte, Mrs. Lovett, você e o seu amante perderam a partir do momento em que me agrediram de graça. Posso não ser o mais justo dos homens, mas não costumo aceitar atentados a minha paciência com tanta flexibilidade. Da próxima vez, que é melhor você esperar que não tenha, não pretendo sair sem ter me sujado um pouco. Sangue não me incomoda, Eleanor, imagino que já saiba disso a essa altura. - Terminou saindo e indo logo em direção à barbearia sem esperar por qualquer tipo de resposta. Deixando para trás uma Nellie estupefata e sem palavras, os olhos arregalados olhando para a porta onde os sinos ainda ressoavam depois da passagem do barbeiro.

Passados alguns segundos encarando o nada, sem reação alguma além da respiração ainda acelerada, a raiva tornou a subir na mulher. Ela não sabia o porque, se era pela ameaça crua não só a sua vida mas a de outros - que ela amava, aliás - ou se fora pelo fato dele ter soado atordoado ao citar Robert.

Qual era a dele para chamá-los de amantes sem nem saber o que estava acontecendo de verdade? Sweeney Todd não sabia de nada sobre o passado dela. Ele não sabia nada de verdade. Nunca se interessara em saber. Primeiro quando Benjamim, onde tudo em sua vida era Lucy ou Johanna e a vida perfeita que eles viviam. E agora como o barbeiro demoníaco que somente se importava com sua vingança e o banho de sangue diário que parecia mais ser o alimento dele do qualquer outra coisa em sua vida. Talvez o sangue fosse tão necessário em sua vida quanto o ar que respirava a todo momento. Era no mínimo curioso que de uma criatura tão dócil como Ben tenha nascido alguém como Sweeney.

Balançando a cabeça, Eleanor voltou sua atenção para a realidade. A realidade caída em seus braços e esperando pro algum tipo de ajuda.

Ali, com ela, estava o homem que um dia representara tudo em sua vida. Passado, presente e futuro. E, mais uma vez, lá estava ele mudando o rumo em que ela vivia. Certamente ele ainda era seu passado, mas quem sabe não poderia tornar a representar o presente e o futuro.

Com um sorriso no rosto Nellie ergueu a cabeça sentindo o frescor da esperança percorrendo todo o seu corpo. Diferente de Sweeney ela não iria desistir de viver. Não, não enquanto ainda houvesse mais a ser feito. E a prova disso era ele, Robert, em seus braços com sangue escorrendo por seu rosto. Com certeza não era uma das cenas mais românticas que ela poderia imaginar. Mas, dadas as circunstâncias atuais da padeira, aquele era sim o momento perfeito para qualquer tipo de realização que sua mente poderia impor.

Por fim ela levantou o corpo do chão sujo, carregando junto de si um Robert ainda desacordado. Chamou-o mais algumas vezes na esperança de acordá-lo, contudo nenhuma resposta teve, tendo então de leva-lo arrastado até o banco mais próximo onde o apoiou e saiu para buscar um pano úmido, para que pudesse limpar o sangue do rosto dele.

Foi ao ouvir um fraco ''Eleanor'' sendo balbuciado que ela voltou correndo para perto dele. Os olhos brilhando lubrificados com as lágrimas de alegria que se acumularam ao vê-lo de olhos abertos. Uma das mãos apertando a sua, enquanto a outra acariciava a bochecha pálida dela. Os olhos presos na eterna comunicação sem palavras dos amantes.

– Não se preocupe, eu estou bem. - Ele falou lendo nitidamente os sentimentos no rosto cansado da mulher.

Suspirando ela fechou os olhos, pausando brevemente antes de inclinar-se para frente levando seu rosto na direção do dele, agachando-se em tal ato já que Robert ainda encontrava-se sentado. Selando os lábios num beijo lento e apaixonado. A mente apagando todos os pensamentos do momento.

O gosto de sangue que sentia não importava mais.

Se o ato era indevido não importava mais.

O barulho dos passos no cômodo acima não importava mais.

As ameças do barbeiro não importavam mais.

Se atrapalhava os planos de vingança não importava mais.

Ele tê-la chamado pelo primeiro nome não importava mais.

O que sentia por Sweeney não importava mais.

Nada mais importava sem ser o aqui e o agora. Somente ela, Eleanor Lovett, tinha o devido direito de decidir o que fazer de sua vida. E naquele momento Robert representava sua vida. Não Sweeney Todd, não ele. Não mais.

Não, Sweeney já não importava mais.

– Promete que não sumirá de novo? - A padeira suplicou em um sussurro delicado, afastando brevemente o rosto do dele apenas para encará-lo enquanto falava.

– Eu sempre estarei ao seu lado, Eleanor, não importa o que aconteça. Serei sempre seu. - Robert retrucou em sussurro igual, os olhos transbordando em amor e devoção. Voltando a beijá-la. Dessa vez com mais ferocidade, as mãos já começando a avançar pelo corpo esguio da padeira - apesar dos trezentos quilos de roupa que se usava naquela época.

Soltando um gemido abafado em meio aos lábios de Robert, Nellie só teve forças para balbuciar um ''sempre'' em concordância a ele antes de se perder em meio às carícias de que tanto sentia falta.


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Notas finais do capítulo

E FIM DA HISTÓRIA!

—Só que não- aahahhahah Shiu, pera que tem muitos outros capítulos para eu continuar enchendo o saco eterno de quem lê a fic, por que, sim, eu sou chata mesmo. .-.

Sim, foi um capítulo meio de enrolação mesmo, mas foi só para deixar claro os sentimentos que a Mrs. Lovett vem tentando cultivar sobre o que sente pelo lindo e divo do Todd.

Bjs para todos e aceito comentários, as usual :D



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