Not A Bit Easy escrita por MandyLove


Capítulo 11
11 – A Música


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal... Eu sei, vocês querem me matar por demorar tanto assim, mas eu sinto muito, não tinha como eu postar. Eu não tinha tempo para escrever, o trabalho esta ocupando grande parte do meu tempo e eu comecei a fazer aula de Inglês, sem falar que eu perdi a maioria dos capítulos das minhas fics ainda em andamento e tive que reescrever tudo de novo.
Peço mil desculpas.
Agora o trabalho diminuiu e eu estou conseguindo conciliar as coisas. Estou com quase todos os capítulos das minhas fics em andamento prontos. Creio eu, que até esse final de semana eu consigo atualizar todas as fics, pelo menos garanto SDH e TOW.
E eu prometo que não vou demorar tanto para atualizar novamente, não vou deixar que passe mais do que duas semanas sem atualização. EU PROMETO.
Enfim, espero que gostem do capitulo. Enjoy ^-^



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Olhava com cuidado para a prateleira a minha frente cheia de livros que contão sobre fatos históricos e poetas e pensadores de séculos passados. Uma coleção intrigante, mas sabendo de quem são, compreensível.

Franzi o cenho ao ver a ponta de uma folha saindo por entre as paginas de um livro.

– Achou algo interessante? – olhei para trás imediatamente ao ouvir a voz dele. Robert vinha em minha direção com um telefone em mãos, até poucos minutos ele estava conversando com seu irmão em outro cômodo de seu apartamento.

Eu estava no apartamento dele depois de tudo que havia acontecido no meu primeiro dia de aula. Sorri me lembrando quando ele foi me buscar no Empire States quando havia terminado meu horário de trabalho.

Robert havia me pedido muitas desculpas por tudo que o sobrinho dele havia feito na escola. Não que tivesse sido uma grande coisa, mas mesmo assim ele me convidou para jantar no apartamento dele, só para nós dois – enfatize essa parte – como um pedido, a mais, de desculpas.

Até tentei recusar, já que já tinha combinado de cozinhar no meu apartamento para Jake e Nico, mas não consegui recusar por muito tempo com Robert fazendo aquela carinha de cachorrinho abandonado – acho que ninguém resistiria – e encontrei uma solução.

Então, para não quebrar a promessa que eu fiz aos meninos eu fiz o jantar no meu apartamento – o bife lasanha que Jake havia pedido e com a batata que ele trouxe eu fiz Batata Sauté e para complementar esse jantar eu fiz arroz branco, Shimeji com bastante molho, abobrinha com creme de alho e salada simples com alface americana em folhas, tomate sem pele e sementes, cenoura e beterraba raladas e um pouco de cebola picada em rodelas... Ok, eu acho que eu não precisava mencionar tudo isso, mas enfim.

Jantamos lá e depois fomos ao apartamento dele para comermos a sobremesa que ele havia encomendado já pensando no jantar que ele iria fazer, uma torta de chocolate gelada – claro que guardamos um pouco para Nico e Jake, Robert e eu não comeríamos uma torta sozinhos depois do que havíamos jantado.

E agora aqui estamos.

O apartamento de Robert é aconchegante, bem a cara dele. A sala, a onde estávamos agora, tinha dois sofás, uma mesinha de centro, uma mesa lateral do lado dos dois sofás para o telefone e um rack com uma prateleira cheia de livros.

– Acho que sim. – virei em direção a prateleira de novo apontando para o livro a onde eu havia visto a ponta de uma folha para fora, mas não aprecia ser a folha do livro já que a cor a folha era branca enquanto que a do livro era um pouco amarelada.

– Hum... – escutei os passos dele se aproximando e logo senti ele atrás de mim. – O que será que é? – perguntou estendendo uma mão até o livro o pegando.

Senti ele colar seu corpo ao meu enquanto ele passava a outra mão do meu lado, como se estivesse me abraçando por trás, e passou o livro para ela. Ele apoiou o queixo no meu ombro e com as pontas dos dedos se preparou para tirar seja lá que folha era aquela no livro.

Mordi o lábio inferior ao sentir o calor familiar que começava a me consumir quando ele se aproxima assim de mim. Não era algo que eu poderia controlar, mas... Bom, eu é que não vou reclamar porque, pelo que eu consigo ver nas entrelinhas, Robert também não reclamaria.

Mantive meus olhos no livro em minha frente e em Robert puxando a folha de dentro dele. Meus olhos se arregalaram quando vi o que era e Robert no mesmo instante se afastou de mim tentando esconder, o que agora eu sei, era uma foto.

– Meu Deus, o que essa m**** esta fazendo aqui? – resmungou enquanto lutava com o livro para por a foto de novo lá dentro.

– Ah Meus Deuses, isso é o que eu acho que é? – perguntei descrente olhando para Robert.

– Você viu? – Robert olhou para mim imediatamente, seus olhos estavam arregalados, suas bochechas ganhando uma coloração avermelhada. E eu ainda podia ver como ele estava nervoso com isso.

– Pela sua cara, agora eu não acho mais. – me segurei para não rir. – Pode apostar que eu vi.

– Isso tem uma explicação muito logica. – começou ele deixando a foto cair no chão junto com o livro. – Eu juro que tem.

– Eu sei, tudo tem uma explicação. – mordi o lábio inferior, minha vontade de rir tinha aumentado muito agora. – Sei muito bem disso... Baby.

Não consegui me segurar mais e comecei a rir enquanto Robert ficava com o rosto mais vermelho ainda de vergonha. Ele olhou para o chão a onde estava a foto e balançou a cabeça em negativa.

– Cara, que mico. – Robert passou as mãos pelos cabelos, apesar de ainda parecer constrangido ele tinha um sorriso de canto emoldurando seus lábios.

– Se... – respirei fundo para parar de rir. – Se você acha isso um mico imagino o King Kong que foi quando tiraram essa foto de você, Baby.

– Annabeth... – ele semicerrou os olhos em minha direção. Me mandando um claro aviso.

– A proposito, preciso ouvir sua explicação logica para isso. O que faria você usar uma fantasia dessas, Baby? – apontei para chão a onde estava a foto, foto essa que mostrava meu namorado de 27 anos fantasiado de Baby da Família Dinossauro.

Sim, você leu certo, MEU NAMORADO DE 27 ANOS FATASIADO DE BABY DA FAMILIA DINOSSAOURO. Quem não iria rir disso?

– Oh, meu... –Robert acabou rindo um pouco quando ele olhou para mim. – Foi uma brincadeira entre alguns amigos. Aqueles que não queria participar fizeram mochilas com fantasias dentro e...

– Você foi o mais sortudo, Baby? – interrompi ele sorrindo já entendendo a brincadeira deles.

Robert semicerrou os olhos para mim e deu dois passos em minha direção ficando somente um palmo de distancia entre nós dois.

– Vai começar a me chamar de Baby, hum? – assenti sorrindo enquanto ele passava os braços sobre a minha cintura e me puxava para mais perto dele, colocando nossos corpos. Passei meus braços sobre seus ombros abraçando seu pescoço. – Como desejar, Lavi m’.

– Lavi m’? – questionei confusa.

– Não vou lhe falar o significado. –semicerrei os olhos em sua direção o que o fez rir. – Mas te dou uma pista. – Robert me deu um selinho e encostou sua testa na minha. – O idioma é Crioulo Haitiano. E eu te garanto que é uma coisa boa.

Eu estava prestes a questionar – qual era o problema dele me falar logo o que significava lavi m’? – quando seus lábios se apossaram dos meus em um beijo urgente e eu não tive outra opção – como se eu quisesse – e correspondi o beijo na mesma intensidade, esquecendo – por hora – o que estávamos fazendo segundos atrás, me entregando a esse momento.

O beijo foi se tornando mais ousado assim como nossas mãos em volta do corpo um do outro. Sem me dar conta, sinto quando minhas costas vão de encontro ao sofá – e de outra coisa pequena e dura também – e Robert caindo sobre mim enquanto risos despreocupados fazem a gente se separar, nós dando algum tempo para recuperar o folego enquanto Robert tirava o objeto que eu tinha caído em cima.

Um controle na mão de Robert apareceu em meu campo de visão. Ele apertou um botão antes de joga-lo em direção ao outro sofá. Uma musica ao fundo começa a tocar, no momento só saindo o som de instrumentos.

– Acho que... – me interrompi. Os toques da musica estavam me trazendo uma lembrança.

Um sorriso de canto tomou conta dos lábios de Robert, como se ele soubesse de algo e isso tomou toda a minha atenção, olhando atentamente para ele. Seus olhos azuis estavam brilhando e ganhando uma tonalidade mais escura pelo desejo.

Um lampejo de lembranças passou pela minha mente, vindas bem do “fundo” de meu cérebro. Passeio de moto, o som de festa, algumas palavras trocadas e o nosso primeiro beijo.

– Essa musica... – eu não precisei terminar. O sorriso que Robert deu com minhas poucas palavras já tinham me dado à resposta.

Mesmo eu não tendo reparado na musica naquele momento – e ao que parece Robert conseguiu –, em alguma parte do meu cérebro a musica ficou guardada e agora eu lembrava, lembrava perfeitamente a musica que estava tocando na festa quando Robert e eu demos o nosso primeiro beijo tantos dias atrás.

– Você lembrou. – murmurei com a voz rouca impressionada.

Mesmo não sabendo que musica era aquela ou quem que estava cantando, só sabia que a musica é boa, é em espanhol – o que eu entendia um pouquinho, você se surpreenderia com os campistas descendentes de latinos que temos no acampamento – e é cantada por um homem.

– Essa era uma das minhas musicas favoritas antigamente. – Robert riu antes de abaixar o rosto, ficando bem próximo do meu. – Agora, Para Tu Amor, se tornou a minha favorita. – ele deu um beijo na ponta do meu nariz e desceu mais um pouco ficando com a boca rente ao meu ouvido. – Porque agora eu encontrei a pessoa que fez essa musica ser exatamente o que estou sentindo.

As palavras fugiram de minha mente, minha boca nem se quer se mexia para murmurar qualquer coisa desconexa. Essa, definitivamente, é uma das coisas mais lindas que alguém havia me dito.

Pelo pouco que eu entendia de espanhol, se entendi direito, Robert estava dizendo claramente, através da musica, resumidamente, que ele me amava e sempre estaria comigo.

Por esi yo te quiero, tanto que no sé como explicar, Lo que siento. – fazendo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem Robert começou a cantar acompanhando a musica, sussurrando as palavras rente ao meu ouvido e te digo, ele não canta nem um pouco mal. Mais um talento para o meu namorado. – Yo te quiero, porque tu dolor es mi dolor, Y no hay dudas. –ele começou a se afastar lentamente. – Yo te quiero, con el alma y con corazón, Te venero. – seu rosto ficou a poucos centímetros do meu. – Hoy y siempre gracias yo te doy a ti mi amor. – seus olhos olhavam fundos nós meus. – Por exisitir.

Sem saber o que falar sorri antes de puxa-lo para mais um beijo, mais um beijo ao som de nossa musica e seguindo o embalo dela tivemos a nossa primeira noite juntos.

–--

Cheguei à cozinha ainda colocando a blusa e uma risada gostosa logo foi ouvida.

– Essa pressa toda é porque não confia em mim cozinhando? Mesmo que seja um simples café da manhã? – perguntou Robert fingindo estar chateado. Ele estava encostado contra o balcão do lado do fogão com uma espátula na mão.

Eu havia dormido no apartamento de Robert ontem, depois de tudo que fizemos e pela hora seria impossível eu voltar para o meu apartamento. Nós dois acordamos cedo e viemos para o meu apartamento.

Não seria viável eu ir para a escola com a mesma roupa do outro dia e também tinha Nico, apesar de eu ter conseguido avisar Nico que iria dormir no apartamento de Robert eu prometi que voltaria cedo para fazer café da manhã para ele, e para Jake também.

Enquanto eu rapidamente ia para o andar de cima pegar uma roupa para mim, já havia tomado um banho – bem demorado se é que me entende – no apartamento de Robert, e chamar Nico Robert se encarregou de começar a preparar o nosso café da manhã.

– Um homem cozinhando? Mas é claro, Baby, não quero meu apartamento novinho pegando fogo. – entrei na brincadeira me fingindo indignada.

– Hum, isso machuca, Lavi m’. – sorri ao ver seus lábios formando um bico. Um arrepio percorreu o meu corpo ao me lembrar da noite passada quando ele me disse meu novo apelido, pena que não teríamos tempo para um déjà vu. – Eu sei pelo menos fazer panquecas sem queimar o apartamento inteiro.

– Ainda bem que temos extintor de incêndio aqui. – a voz calma e um pouco rouca de Nico, já que ele tinha acabado de acordar, assustou tanto a mim quando Robert.

– Pelos Deuses, Nico. – ralhei com ele me virando para encarar o sorrateiro e pés de pena filho de Hades. Nico ainda estava usando uma regata preta e shorts pretos que ele usa para dormir, afinal eu só o havia o chamado quando estava descendo as escadas. – Não faça isso de novo.

– E se fizer isso de novo, que faça isso com outras pessoas. – advertiu Robert. Pelo seu tom de voz podia perceber que ele estava sorrindo.

– Vou ver o que posso fazer. – Nico sorriu de canto malandro assentindo, o que me fez ter certeza que ele faria isso de novo e com a gente. – Antes que eu me esqueça. – Ele estendeu uma mão em minha direção na qual ele estava com um pedaço de papel. – É algo da escola.

– Algo da escola já? – perguntei descrente pegando o papel. Semicerrei os olhos, desconfiada, na direção do filho de Hades.

– Ei. Eu não fiz nada. – exclamou se sentindo ofendido.

– Eu sei. – falei rindo. – Só queria ver sua reação. Tenho que conhecer bem a pessoa por quem sou responsável. – Nico bufou balançando a cabeça em negativa.

– De qualquer jeito... Isso é algo sobre uma viagem em turma. – Nico deu de ombros e apontou para Robert. – Meu professor pode explicar melhor do que eu. Tenho que me preparar para ir para a escola.– dando as costas para mim Nico saiu da cozinha.

Olhei para o papel em minha mão começando a lê-lo.

Simplificando o que estava escrito nele, era um pedido de autorização dos pais, ou responsável no meu caso – sim, eu sou a pessoa responsável por Nico, só tive que conseguir uma autorização do juizado de menores, nada que um pouco de nevoa não tenha ajudado na hora –, para permitir ao aluno fazer uma viagem junto com a escola no mês de Dezembro por três dias para o exterior. Algo que servira como extra para ajudar quem precisasse no final do ano letivo.

Ah, e também, em uma parte destacada fala de um incentivo financeiro para ajudar nas despesas da viagem – esta explicado o porquê mandam isso tão cedo assim.

Me virei para encarar meu namorado que agora estava colocando as panquecas em um prato.

– Ponto extra? –indiquei a folha quando Robert olhou para mim.

– Usamos essa desculpa, mas esta mais para fazer eles se relacionarem com diferentes pessoas, conhecer uma cultura diferente. – explicou Robert enquanto colocava o prato de panqueca na mesa.

– Três dias não é muito pouco para fazer isso? – coloquei a folha no bolso da minha calça e comecei a ajudar Robert a montar rapidamente a mesa do café da manhã.

– Antes era uma semana, mas por causa dos gastos serem um pouco autos alguns alunos não tinham condições de irem então conseguimos condensar para três dias organizando cada minuto. – Robert se posicionou atrás de mim depois de terminar a sua parte enquanto eu estava terminando de colocar a garrafa de café na mesa.

– Isso é interessante. – falei ficando de frente para ele.

– Interessante? – arqueou uma sobrancelha olhando divertido para mim.

– Se você não estivesse assim, tão provocantemente perto de mim, eu poderia ter pensando em uma palavra melhor. – passei os meus braços envolta de sua cintura puxando ele para mais perto de mim.

– Interessante mesmo. – repetiu ele sorrindo aproximando seu rosto do meu enquanto suas mãos iam para minha cintura.

– Enquanto a mim... – a voz sarcástica de Nico chegou até nós nos assustando um pouco, novamente. Balancei a cabeça em negativa antes de descansar a minha cabeça contra o ombro de Robert rindo enquanto ele encarava Nico. – ... Não devia ter me apressado tanto para me arrumar.

– Estou completamente de acordo com isso. – resmungou Robert fazendo Nico rir.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo ^-^ E eu AMO a musica Para Tu Amor, escutem, ela é linda *-*
Mais uma vez desculpem por demorar tanto. Reviews são sempre bem vindos, se alguém ainda ler as minhas fics.
Muito obrigada a todos que leram o capitulo. Bjs ^.^



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