A Dama E O Vagabundo escrita por Pepe Poynter


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

heyy mais capi para vocês.. *-*



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Julio Narrando.

Zona norte, vida difícil pra caralho a minha. Tava trampando aquele dia, eu trabalhava como atendente de loja em shopping, tinha acabado de sair do trabalho e corri pra escola. Aé, que porra de falta de educação a minha, meu nome é Julio Almeida, tenho 17 anos, e to no terceiro ano do ensino médio, na boa cara não vejo a hora de acabar com essa merda de escola, na boa. E pra tu que ta lendo isso aqui, não, caralho, não sou rico. Minha mãe trabalha pra caralho, pra sustentar a gente já que meu pai vazou com alguma menina com a metade da idade dele, tenho um irmão mais novo, o nome dele é João, e tenho meus brothers, o Michel e Felipe, eles são meus manos firmeza mesmo, e porque eu to falando isso? Porque eu tava no buzão indo pra zona sul, o Felipe queria curtir uma baladinha sertaneja de viado e obrigou a gente vir com ele, descemos dois pontos antes da balada e eu arrumei a blusa. O Michel tava tagarelando alguma coisa com o Felipe e eu tava com o fone de ouvido, sem paciência pra eles, paramos perto de uma praça, tinha muita gente. Sentei no apoio do banco e coloquei os pés em cima do banco, o Felipe foi xavecar uma das meninas de lá e o Michel tava falando com uns meninos, eu era bem mais anti social que eles, é, mas sei apreciar uma boa vista quando eu vejo uma, e lá estava ela. Loira, perfeita, seu rebolado parou tudo, e ela fazia isso mesmo, ela sorria como se o mundo fosse dela, seu sorriso era irônico e a beleza das suas amigas não era nada comparado a sua beleza, eu sorri de lado, adorava uma menina difícil assim. Ela me olhou, mas foi como se não tivesse me visto, ela passou do meu lado e jogou o cabelo pra trás, eu olhei pra trás e sorri largo, todo mundo sabia que uma menina pra chamar minha atenção tem que ter muito rebolado, e essa com certeza era uma delas, guardei o celular no bolso e fui atrás dela, ela parou perto da fila e começou a conversar com suas amigas, eu vi que ela viu eu me aproximando e mesmo assim fingiu que não me viu. Eu queria ser daqueles que chega com papo na ponta da língua, mas eu não era assim.

- Ela é linda ela ta ligada que os cara daqui ta pagando uma lasca ♪ - eu cantei no seu ouvido, ela se virou e cruzou os braços.

- Quem é você? – a amiga dela não sabia disfarçar, porque me encarou de cima a baixo e soltou um riso malicioso.

- A pergunta é quem é você! – eu me aproximei ainda mais dela e encostei a mão na parede.

- Meu nome é Alice! – ela disse rápido, ela era loira e tinha os olhos azuis, era baixinha e tinha o cabelo até a cintura, ele estava em uma trança mal feita e ela estava muito linda assim, seu rosto era do tipo de bebê, ela não estava de salto, usava um tênis de cano médio e um short todo desfiado, com uma blusa branca escrita “The Fray”.

- Prazer Alice. – eu peguei sua mão. – sou Julio. – eu beijei a mesma, eu sorri de lado e ela levantou a sobrancelha.

- Você mora por aqui? – ela perguntou puxando a mão delicadamente.

- Não, zona sul não faz muito minha praia. – eu pisquei.

- Hum... – ela olhou pra trás. – vai entrar?

- Não, não. Vim lá da Zona norte pra ficar aqui do lado de fora. – as amigas dela riram e ela cerrou os olhos pra mim. – desculpa. – eu segurei seu queixo.

- Não ta desculpado idiota! – ela bateu na minha mão. – você é muito grosso sabia? – eu sorri.

- Você é muito mimada. – eu pisquei.

- Idiota! – ela virou de costas e eu sussurrei em seu ouvido.

- E eu adoro uma burguesinha mimadinha! – ela continuou de costas. – mas liga não Alice. – mordi meu lábio. – o maloqueiro da um jeito de te encontrar de novo lá dentro.

- Tomara que não. – eu soltei um riso malicioso no seu ouvido.

- Até mais senhoritas! – eu curvei um pouco o tronco e tirei o boné, atravessei a rua sorrindo e sentei no mesmo lugar. Peguei o celular dela e comecei a olhar as fotos, tinha várias. Era um Iphone.

- Você roubou meu celular! – ela disse cruzando os braços e tentando puxar o celular da minha mão.

- Não roubei, eu ia devolver. – eu disse levantando seu celular e puxando sua cintura.

- Me solta! – ela disse cerrando os olhos pra mim.

- Pede de novo. – eu disse com a boca perto da sua.

- Se você não me soltar eu vou chamar o Erick pra vir aqui pegar meu celular com você! – eu sorri.

- Teu namorado? – eu perguntei curioso.

- Meu irmão! – ela disse brava e puxou o celular da minha mão.

- Hum. - eu soltei sua cintura. – pode apreciar, mas essa não é pro seu bico, vish ela é difícil, essa é difícil ♪ - eu cantei a olhando.

- Gosta de rap? – ela perguntou me encarando.

- Gosto. – sorri.

- Deixa eu escutar essa música? – ela perguntou tentando puxar o fone do meu ouvido.

- Não gatinha. – eu segurei sua mão. – só se você quiser me dar algo. – ela gargalhou.

- Dar? Alguma coisa pra você? Se liga menino! – ela tentou puxar o braço, eu fiquei de pé e puxei seu pulso colando nossos corpos.

- Essa mina gosta da pegada do favelado porque o mauricinho não vai te satisfazer ♪ - eu cantei a olhando.

- Você pode me soltar? – ela disse tentando se afastar de mim, mas eu travei a mão na suas costas.

- Você tem duas opções. Ou me dá um beijo agora ou me dá um beijo lá dentro. – eu sorri.

- Moreno... – ela riu. – te dou um beijo lá dentro.

- Eu vou cobrar. – eu a soltei.

- Cobra. – ela piscou.

- Eu vou. – então ela se afastou de mim e voltou bem na hora que entrou na balada.


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