Shade and Love escrita por Thality


Capítulo 13
Capítulo 12 - Atrasada no tempo


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Estou muuito feliz em compartilhar mais um capítulo com vocês ♥
Gostaria de agradecer a todos que comentaram, isso é muito importante para mim. Gostaria de agradecer também aos leitores em geral, estou muito contente com a quantidade de visualizações que os capítulos anteriores tiveram.
Muito obrigada por não me abandonarem ♥♥

Bom, nesse capítulo vocês irão conhecer mais um personagem original ;)
Espero que gostem.
Vejo vocês lá embaixo.



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 Mosteiro de São Joaquim – Flórida

O sol já estava se pondo quando Ethan percebeu Padre Vicente saindo às pressas pelos corredores do grande casarão no mosteiro. Ele o seguiu disfarçadamente até que o viu saindo por uma porta tão estreita que talvez ninguém mais conhecesse. Ninguém, exceto Ethan. Não havia lugar algum que ele não conhecesse dentro daqueles muros. Ele era o recordista em escapar para as noitadas e voltar sem que ninguém percebesse.

O garoto parou atrás de uma coluna, esperando alguns segundos, pois talvez Vicente voltasse para o mosteiro, mas vendo que isso não aconteceu, correu até o quarto do padre. Havia algo que ele precisava fazer.

Fazia dias, até mesmo semanas, que Ethan via Vicente saindo às pressas por aquela porta, às vezes ao cair da noite, mas predominantemente no calar da madrugada, quando ninguém nunca deveria sair do mosteiro, segundo as regras do próprio padre. Havia algo que fazia os nervos de Ethan se contrair quando ele pensava que tudo aquilo havia começado quando Mia tinha partido.

Ele encostou a porta do quarto do padre, e se abaixou para abrir uma gaveta que ficava na cama, um pouco abaixo do colchão. Ele já havia visto mais de uma vez, o padre abrindo aquela gaveta na manhã, após chegar de suas saídas secretas e suspeitas. Não havia cadeado na gaveta, e Ethan a abriu facilmente. Encontrou uma pasta de papel pardo, como um arquivo de uma biblioteca. Abriu rapidamente, e então encontrou uma foto da mãe de Mia, não era uma foto recente, pois Jessica estava bem mais jovem. Parecia mais com a filha do que com ela própria, se fosse outra pessoa olhando aquela fotografia, poderia confundir as duas, mas não Ethan, ele jamais confundiria sua melhor amiga.

Sabendo que não deveria ser visto bisbilhotando no quarto do padre, Ethan pegou a pasta e seguiu para seu próprio quarto. O andar despreocupado do rapaz jamais revelaria que ele acabara de roubar um arquivo do quarto de Vicente. As pessoas que passavam por ele, o viam andando com a pasta embaixo do braço e o cumprimentavam sem realmente notar aquilo e, enquanto caminhava, Ethan sorria para elas. O sorriso simpático e alegre de sempre, convidando todos a confiarem nele. Há muito tempo ele havia aprendido que ninguém nunca desconfiaria de um menino de sorriso simpático e olhar tranquilo.

**

Mystic Falls – Virgínia  

Mia havia perdido a noção do tempo. Ela nem se quer sabia como havia chegado ali, mas estava sentada no tronco de árvore caído, no mesmo lugar onde havia prestado homenagens a sua mãe. A flor que Stefan havia lhe dado ainda estava lá, agora ressecada e se despedaçando pelo passar do tempo. Ela sentiu lágrimas escorrerem por seus rosto rapidamente quando olhou a planta ressecada, então gentilmente a substituiu por um ramo de folhas verde e vívido.

—Sei que você não está aqui, mãe... –Ela disse em voz baixa, enquanto se sentava no tronco caído. –Mas talvez esteja, não é? Ultimamente, não tenho mais nenhuma certeza...

A garota não havia percebido até então, mas devido a todas as circunstâncias, havia criado uma ligação emocional com aquele lugar. Ela como se ela pudesse recuperar a calma e a tranquilidade ali. Sentia como se naquele lugar houvesse uma parte dela, uma parte da garota que acabara de chegar à cidade, empolgada e feliz porque faria novas descobertas, novos amigos, quem sabe até um primeiro amor.

Mia tentava encontrar aquela garota dentro dela, mas só o que via era uma solidão crescente. Um sentimento pesado que aos poucos tentava tomar conta dela. Ela sabia que estava mudando, que logo não seria mais a mesma, e a verdade, era que não sabia se aquilo era bom ou ruim. Pois todo seu mundo havia mudado.

A realidade em que Mia acreditara era apenas uma pequena parte de um todo. O mundo era muito maior. E com a bagagem que tinha, ela não conseguiria sobreviver àquilo. Mia se sentia como um coelho jogado aos lobos, sentia-se até mesmo um pouco bipolar porque parte dela queria voltar para o mosteiro e esquecer tudo aquilo, mas outra parte, uma ainda mais forte sentia que tudo o que havia vivido até o momento em que chegara à Mystic Falls havia sido uma mentira.

—Onde já se viu? –Ela disse, para ninguém em especial. –Um mosteiro na Flórida! É como ter um iglu no meio do deserto!

Mia sorriu para si mesma, lembrando-se de um amigo que sempre dizia aquilo. Ethan, o menino fora do ar, sempre a frente do seu tempo, Mia pensava. E hoje via que na verdade era ela quem estava atrasada.

A garota quase se perdeu em meio às lembranças e então sentiu um súbito vento frio, jogando seus cabelos para todos os lados, fazendo-a perceber que a noite estava caindo e que aquela cidade poderia ser perigosa quando o sol se punha.  Sem pensar em mais nada, correu para casa, sua casa, se é que um dia ela poderia se acostumar a ter uma casa.

Quando entrou, sentiu que algo se aproximava a uma velocidade tão rápida quando um pássaro voando. Fechou a porta atrás de si com força, tentando recuperar o fôlego. Sentiu-se boba, pensou que provavelmente só estava assustada pelas coisas que Damon havia dito mais cedo. Mas ele era o único de quem Mia realmente deveria ter medo, e ele estava preso em sua própria casa pois o sol ainda não havia se posto completamente.

A garota afastou aqueles pensamentos, percebeu que precisava desesperadamente de um banho depois do longo dia que tivera, e seguiu para o chuveiro. Ela não fazia ideia, mas atrás daquela porta havia sim alguém. Alguém cruel o suficiente para aguardar o tempo que fosse preciso até que a garota saísse da casa novamente.

**

Mia saiu do chuveiro enrolada em um roupão que pertencia à sua mãe e se jogou no sofá sem pensar duas vezes. Ela sempre se sentira uma criança perto de Jessica, mas na verdade tinham quase o mesmo corpo. A garota percebeu com felicidade que graças a isso, não precisaria se desfazer de nada que havia guardado da mãe, e que de certa forma, suas lembranças sempre estariam palpáveis.

Estava quase pegando no sono quando ouviu o toque do celular. Demorou um pouco para encontrá-lo devido ao estado de sono, e quando finalmente conseguiu alcançá-lo teve uma grande surpresa ao olhar na tela.

“Damon”.

Ela não conseguia acreditar no que via, Damon havia acabado de mandá-la embora, ameaçá-la, fazê-la chorar... E agora simplesmente ligava para ela? E onde ele havia conseguido seu número? Mias do que isso. Como o número dele estava salvo no celular dela?

—Deve ter um tipo de magia em Mystic Falls, que faz com que todos tenham os números uns dos outros. –Ela disse em um tom irônico, olhando para o visor até que a ligação caísse.

Como era de se esperar, Damon não deixara nenhuma mensagem de voz. Mia estava quase pegando no sono pela segunda vez quando o celular tocou novamente. Ela estava disposta a atender e brigar com Damon da forma mais mal educada que pudesse, quando olhou no visor e viu um número desconhecido. Atendeu a ligação.

—Mia!? –Mia reconheceria aquela voz em qualquer lugar. A entonação vívida e agitada, como ela sentira falta daquela voz.

—Ethan! –Ela sentiu os olhos marejarem de lágrimas, não havia percebido como havia sentido falta do amigo. –Como você...? –Ela queria perguntar como ele havia conseguido ligar para ela, pois era proibido ter aparelho celular no mosteiro, segundo Vicente, aquilo atrapalhava os momentos de reflexão e de fé.

—Longa história. –Disse o garoto, e mesmo pelo telefone, Mia conseguia ouvir a entonação do sorriso de quem havia “aprontado alguma” do amigo.

—Eu senti tanta falta de você... Você não imagina o que aconteceu.

—Ah, pode acreditar, eu imagino sim. –Disse ele. Estava olhando para uma das últimas folhas do arquivo que havia pegado do quarto de Vicente, onde havia a data e o local da morte de Jessica Summer. Olhar aquela folha de papel, o fazia sentir um aperto no peito, mas ele engoliu seco, tinha pouco tempo. –Eu sinto muito, Mia.

—Está tudo bem... Eu vou ficar bem. –Disse ela.

—Eu sei que vai. Mas tenho que te contar algo. –Ele não sabia como expressar a importância do que havia encontrado para Mia, aquilo poderia mudar tudo em que ela acreditava. –Você vai ter que confiar muito em mim. Vicente não é quem ele diz que é.

—De novo isso, Ethan? –Mia revirou os olhos. –Achei que já havia superado.

—Um cara esquisito de média idade que nunca deixa a gente sair, ou ver TV, ou ler jornais ou... Ah, nunca vou superar.

Mia agora compreendia o sentido do que ele dizia. Isolamento total era como Vicente gostaria que ela vivesse, e aquilo fazia sentido para ela durante todos aqueles anos, mas agora, tudo parecia uma loucura.

—Encontrei um arquivo sobre sua mãe... E sobre você. –Ethan baixou o tom de voz. –No quarto do Vicente, tem tudo sobre você aqui, Mia. Desde sua tatara-tatara-tatara...

Ethan ouviu um barulho do lado de fora da porta e se calou. Estava ajoelhado próximo a cama, e continuou assim, cobrindo o celular com o corpo. Milésimos de segundos após ele colocar a pasta embaixo da cama, a porta de abriu e Vicente colocou metade do corpo para dentro do quarto, com o olhar de quem suspeita de algo.  Ethan deu o sorriso mais ingênuo que conseguiu, mas estava tentando compreender o que Vicente estava fazendo ali. Ele sempre voltava várias horas depois de sair.

—O que está fazendo, Ethan? –Perguntou o padre, severo.

Do outro lado da linha, Mia ouvia, mas não conseguia assimilar a voz com a imagem que tinha de padre Vicente, o homem que sempre fora bondoso e compreensivo com ela.

—Rezando. –Respondeu Ethan, com a voz mais angelical que conseguira.

—Hm... Termine e vá jantar, quero você amanhã cedo comigo para capinar. –E então a porta se fechou novamente.

—Ok, ele já foi. –Disse o rapaz, voltando ao telefone.

—Ele é sempre assim com você? Mesmo? –Mia estava confusa. Sabia que Ethan era o pior dos devotos. Aliás, ele era o menos devoto de todos os devotos. E isso poderia irritar Vicente, mas não imaginava o padrinho sendo tão... Severo... Com alguém.

—Isso não vem ao caso, o caso é que tenho informações importantes sobre você, sobre sua família. Mia, esse tempo todo... Poxa vida...

Antes que ele pudesse terminar de falar, alguém bateu à porta de Mia. Ela ignorou a primeira batida, para ouvir o que o amigo tinha a dizer, mas a pessoa atrás da porta parecia estar ficando impaciente. Então, ainda com o celular na mão, ela caminhou até a porta.

Quando a abriu, sentiu um arrepio na espinha, que a fez deixar o celular cair na soleira da porta. O homem a sua frente se abaixou e em um gesto educado pegou o celular da garota e o estendeu na palma da mão. Estava vestido com roupas aparentemente caras, mas sua camisa estava com pequenas manchas de sangue, apesar disso, o sorriso em seus lábios era calmo. E mesmo sem nunca tê-lo visto, Mia sabia que ele estar à sua porta não era um bom sinal. 

—Eu fui atacado por um animal... –Ele disse, passando de um semblante calmo à assustado em fração de segundos. Mesmo assim, com sua ingenuidade, Mia se tranquilizou. –Você poderia me deixar entrar? Eu preciso muito beber uma água?

—Claro. Entre.

**

Damon estava se perguntando se o sol não iria se por nunca. Ele esperava irritado na soleira da porta, com uma pequena claridade de luz solar invadindo a casa. No horizonte, ainda era possível ver a faixa de luz levemente avermelhada quando ele correu para fora de casa. Correu o mais rápido que podia na direção da casa de Mia.

O vampiro estava com o sangue à flor da pele. Suas veias queimavam por causa da fome, sua pele às vezes ardia devido aos poucos, mas existentes raios de sol, e ainda havia a preocupação com Mia. No entanto, em mais de 100 anos, Damon nunca havia encontrado algo que o deixasse tão satisfeito quanto correr como um vampiro. Ele conseguia ver pessoas, carros, animais, como se estivessem parados, como se o tempo tivesse congelado e apenas ele conseguisse perceber isso.

Bastou se aproximar da casa de Mia, para se lembrar de que não era o único que tinha aqueles poderes.

“Poderia me deixar entrar?”. Ele ouviu graças à superaudição. “Claro, entre”.

O vampiro sentiu uma onda de choque passando pelo seu corpo. Correu ainda mais rápido, em uma explosão de adrenalina. Mia nem mesmo havia notado sua chegada. Era como se ela também estivesse parada no tempo, com um sorriso doce, convidando aquele desconhecido para entrar. E antes que ele pudesse tomar qualquer atitude, Damon cravou os dentes em seu pescoço, bebendo grandes jatos de sangue fresco, sangue de vampiro.

O homem reagiu, e antes que Damon pudesse sentir repulsa por ter bebido sangue de outro vampiro, ele o jogou para longe, com uma força incomum. Em seguida, sorriu com desdém para Damon, que havia caído longe o suficiente com a força do golpe.

Mia gritou com o golpe que Damon havia recebido. Queria correr até ele, mas sabia que o outro vampiro a mataria. Então, ela tentou fechar novamente a porta da pequena casa de madeira, mas o vampiro desconhecido a empurrava pelo lado de fora. Mia nunca havia tido tanta certeza de que iria morrer, e o pânico tomou conta dela, instigando-a a continuar lutando mesmo não tendo chances de vencer.

Damon se levantou e sentiu quando seus ossos quebrados da costela se regeneraram da forma como sempre acontecia. Ele estava enfurecido, mais do que já estivera com qualquer outro vampiro. Como aquele desconhecido ameaçava colocar em risco a segurança de Mia? Aquela garota tão doce e ingênua. Como ele ousava tentar encostar nela?

Pensando nisso, e ganhando uma força que somente a fúria poderia lhe dar, Damon correu até o vampiro que empurrava a porta de Mia e deu-lhe um soco no rosto que o fez andar alguns passos para trás, quase tombando. Damon colocou-se em frente a porta da casa e sibilou, sem pensar:

—Fique longe da minha garota.

Mia sentiu o coração falhar em uma batida e, por alguns instantes, o tempo pareceu parar. Ela não tinha certeza se havia ouvido corretamente. Mas logo voltou a si, olhando novamente para o perigo à sua frente.

O vampiro desconhecido ajeitou o maxilar, cujos machucados já estavam se curando, e sorriu de uma maneira insana e confiante. Damon já estava preparado para o próximo ataque, quando o vampiro falou:

—Diga a seu irmão que sinto falta dos dias de glória dele. –E então desapareceu, tão rápido como se nunca estivesse ali. 

Mia ainda estava com o coração acelerado, olhava fixamente para o lugar onde antes estava o vampiro. Damon a encarava com o maxilar travado e o olhar sombrio. Ele estava nervoso com ela, realmente furioso. Sentia vontade de gritar com ela. Como ela conseguiu não ver que o sujeito em questão era um vampiro?! Que ele era perigoso e que ela poderia ter morrido!? Mas por outro lado, ele conseguia ouvir as batidas do coração dela. E uma parte dele queria fazê-la se acalmar. Fazê-la compreender que o perigo havia passado.

A garota finalmente pareceu notá-lo ali. Lembrou-se das palavras dele de mais cedo “vá embora da cidade antes que algo realmente ruim aconteça a você”. Ela o encarou e sentiu um nó na garganta ao ver o olhar sombrio do vampiro. Sentiu vontade de chorar, mas aquilo só evidenciaria o quanto era “só uma garota”, e ela estava cansada disso.

—Me desculpe... –Ela disse, sem saber o que mais poderia dizer.

Mia mal havia percebido a porta se fechando atrás dela, quando sentiu as mãos de Damon puxando-a gentilmente para perto. Aninhando-a em seus braços. Um gesto doce, porém inesperado para ambos. O vampiro não havia planejado aquilo, só o que queria era fazê-la se sentir segura. A garota afundou o rosto em seu peito, e ele a abraçou um pouco mais forte. A sensação foi tão incomum, e ao mesmo tempo parecia tão... Certa... Que o vampiro continuou encarando a porta, com as sobrancelhas franzidas, tentando compreender a si mesmo e o que sentia.

—Ah Mia... –Ele soltou a respiração, que nem se dera conta de estar segurando. –O que eu vou fazer se algo acontecer a você? 

Ele pensou em voz alta, e continuou com as sobrancelhas franzidas, porque até então, não havia notado efetivamente o quanto se importava com Mia. 

—Eu não sabia que ele era um vampiro. –Ela disse, deixando escapar um soluço. 

Damon se afastou um pouco dela e a encarou com o olhar gentil. Passou uma das mãos no rosto dela, secando uma lágrima que escorria contra sua vontade.

—Não se pode convidar estranhos para entrar na sua casa, Mia. –Ele disse, com o tom de voz baixo, enquanto procurava o celular da garota que havia se perdido no meio da confusão. –Ainda mais porque é difícil saber quem é humano, quem é vampiro... –Ele encontrou o aparelho. –Ainda mais porque sua casa é segura contra vampiros, até que você os convide a entrar. E então, não dá para retirar o convite. –Ele entregou o celular para Mia. –Tem várias chamadas perdidas aí.

—Ethan! –Ela se alvoroçou, lembrando-se do amigo. –Estava falando com ele antes.

—Hm... Bom para ele. –Damon falou com certa frieza na voz. E então, foi se afastando a passos apressados, sem se despedir.

—Ei! Para onde você vai? –Mia gritou.

—Tenho um vampiro para matar. –Ele disse, e Mia se sentiu realmente culpada por aquilo. –Ah, claro... –Ele se virou para ela como se tivesse se lembrado de algo realmente importante. –Na verdade, isso não é da sua conta, garota. –Em seguida, deu um sorriso que fez com que suas palavras perdessem o tom áspero.

Damon era uma incógnita para Mia. Em um momento era doce e gentil, em outro era egocêntrico e indelicado. E em certos momentos não era nenhum e nem outro.

Mia entrou para casa novamente e percebeu que o tempo inteiro estava com o roupão que saíra do banho. Sentiu o rosto corar de repente. “Droga”, pensou. Ela era uma pessoa terrivelmente desastrada. Sorriu para si mesma e se jogou no sofá. Sentiu o sono chegar novamente e finalmente se permitiu descansar. Mystic Falls era uma cidade terrivelmente perigosa, mas pelo menos por uma noite, havia alguém que a protegeria.

Naquela noite Mia sonhou com um belo anjo de asas negras que a envolvia em um abraço e a levava para longe, longe...

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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam do Ethan? Alguém compartilhou o ciúme do Damon? rsrs
Ethan será um personagem importante para fazer uma ligação entre a Mia e o passado dela no Mosteiro. Vocês descobrirão mais sobre ele no próximo capítulo :D

Bom, gostaria de esclarecer que tentei postar ontem, mas meu notebook bugou, e descobri hoje que o capítulo não tinha saído e também que algumas respostas à comentários foram pela metade ( não consigo responder duas vezes a um mesmo comentário :'( ). Vou tomar mais cuidado com isso à partir de agora.
Não deixem de comentar, preciso muito desse feedback de você ♥
Beijinhos! E até o próximo capítulo c;



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