Clarity - Primeira Temporada escrita por Petrova


Capítulo 29
Capitulo 28


Notas iniciais do capítulo

MEU DEUS QUAAANTO TEMPO QUASE UMA SEMANA EU FIQUEI TIPO LOUCA, e vocês?
Então, eu achei que nesse tempo que tava fora do ar eu ia escrever muito e deixar vários capítulos livres, assim eu postaria, quem sabe, se um leitor novo viesse ou numa nova recomendação, eu disponibilizaria mais um, mas acabou que tipo, sem os comentários de vocês, eu não consegui ficar animada para escrever, sem contar que tô ocupada com a escola, estou nas ultimas provas e semana que vem entro de férias, vou estar muito mais livre para MOV e recomeçar a escrever Broke, que é a sequência, enfim, nesse semana só escrevi três capitulos, os dias ainda serão sexta e segunda, ok anjos? Comentem alguma coisa, me animemmmmm



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Eu não transei com Andrew, na verdade, o jeito como ficamos um ao lado do outro, sentindo a nossa presença, percebi que isso era muito mais especial do que estar literalmente ligada a ele. Quero dizer, nós temos uma ligação, eu pertenço a ele a milhares de anos e estando ao lado dele é como se eu pudesse ter a certeza que de uma forma sobrenatural aquela ligação existe. Ele tem essa capacidade de me dar energia, de me fazer esquecer os problemas como a morte do meu pai e o constante pensamento de estar mentindo para todo mundo.

Quando Andrew foi embora e Rose chegou alguns minutos depois de sua saída, a primeira coisa que ela notou foi a minha feição.

– Você está diferente. – ela diz, puxando seu sotaque espanhol.

– O quê? Não!

Nem posso evitar corar.

– Você está não só diferente, mas muito feliz. E isso me gusta mucho, me alegro de verte por fin. Principalmente depois de todas as males noticias que essa família vem enfrentando.

Rose tem razão.

Nós ficamos ali na cozinha, enquanto ela pega os ingredientes e prepara as panelas, eu fico lendo para ela perto do balcão o que deve ser feito e no tempo certo. Em algumas horas, eu e Rose fizemos a torta favorita do tio Maison, torta doce com uvas. Pelo o que eu tinha descoberto, a viajem de Maison foi um sucesso e ele estava voltando mais cedo para casa e além desse fato, eu ainda tive que enfrentar a ligação histérica de Isobel que surtou quando descobriu que eu não estava em casa ou muito menos tinha dado noticias do meu paradeiro. A parte de saber que eu estava na mansão com Rose, alguém que para ela é muito mais prudente do eu, a aliviou muito e também pelo fato do meu tio estar voltando.

Quando o relógio bateu seis horas da noite, a porta da entrada fez o menção de que alguém estava chegando e depois de passar toda a tarde assistindo os episódios que perdi em Gossip Girl, eu corri para ajudar Maison com a mala.

– Ei. – ele disse meio surpreso. – Que visita boa.

Eu sorrio um pouco e beijo sua bochecha assim que pego sua mala mais leve.

– E como foi? – pergunto enquanto caminhamos para a sala.

– Foi muito bom. Um ex colega de faculdade que se formou em adiministração resolveu montar negócios comigo. Nós iremos abrir uma Hills em North Pole, o que acha?

– Sério? Isso é fantastico.

Maison tem covinhas que me lembra meu pai, de certo modo, é como se eu estivesse vendo Jeffrey alguns anos mais jovem.

– Agora me diz você, como foi suas sessões no hospital? – ele enruga a testa, ou seja, expressão de preocupação.

– Estupidamente longas, mas finalmente as terminei, parece que a Dra. Madison finalmente achou o que tinha que achar e me libertou. – eu me jogo no sofá e fico olhando tio Maison organizar suas malas perto da mesa de centro.

– Isobel me contou sobre as recomendações de Richard, você tem feito tudo certo? Evitou o máximo que pode sentimentos de intensos?

Eu penso em Andrew e logo fico vermelha com a ideia do que se passou entre eu e ele esta noite. Eu olho para o tio Maison e vejo um leve desconforto, como se ele tivesse tentando espantar um pensamento da cabeça.

– Isobel me trancou em casa então... Sim, estive livre de qualquer sentimento exceto o tédio. – eu falo a verdade em partes.

Maison fica mais tranquilo.

A TV ainda está ligada e parece estar no comercial, é neste momento que ele muda o canal e aparece o noticário. Enquanto a jornalista cita algumas cidades perto de Sponvilly e North Pole, eu me pego pensando em todas as verdades e questões que descobri até chegar no segredo de Andrew. Quando pesquisei a lista de livros na livraria, eu lembro abertamente de descobrir que Maison já tinha estado interessado por elas a muito tempo, o que me deixou confusa. Havia algo que eu não estava percebendo nesta história?

– Maison. – eu o chamo de repente.

Os olhos verdes felinos dele me encaram lentamente, ele parecia realmente imerso no canal de noticias.

– Hmm?

– Posso fazer uma pergunta? – sou sugestiva.

Ele faz que sim com a cabeça, a expressão limpa de qualquer sentimento.

– Por que existe uma sessão de livros desconhecidos sobre lendas européias na qual a única pessoa que teve contato foi o senhor?

Os olhos do tio Maison mudam de intensidade, eles estão profundos.

– Lendas?

– Sim. – eu faço que com a cabeça, sentindo a sua tensão. – Vampiros.

Os olhos de Maison se intensificam novamente, mas agora eles estão mais claros, rasos, como se ele tivesse algum poder sobre a cor deles. Como se fosse um sinal para seus movimentos ou seus pensamentos.

– Bem, você não foi o único na verdade. Andrew também estava na lista.

– Como você descobriu isso? – ele não me responde e isso me deixa meio irritada.

– Professor Langdon apareceu na livraria e me interessei com seu pedido, quando pesquisei sobre ele nas pastas de Rick, você e Andrew foram as unicas pessoas que tiveram contato. É alguma ligação?

Maison acaba demostrando aquilo que estava prendendo quando seus olhos mudaram de cor: ele parece desconfortável.

– Isso são apenas algumas lendas, é interessante ter um tipo diferente de leitura Nathalie, mas não fique pensando nisso. – é essa a sua desculpa. – E isso não foi uma desculpa.

– O quê? – eu pisco algumas vezes.

Maison me olha rapidamente.

– Eu não disse nada, nada. – ele se defende.

Eu não consigo pensar direito nos primeirs segundos, é como se a minha vida pudesse parar no tempo, no exato momomento em que Maison estava fugindo. Ele estava parado entre o meu sofá e a entrada para a escadaria. Ele estava fugindo. Havia algo na sua expressão antes de ir, antes de tudo parar, que o tornava singular, algo nele apitava dentro de mim um aviso.

– O senhor sabe! – eu me levanto antes que ele pudesse subir a escada.

Tio Maison para logo ali, no primeiro degrau.

– Sobre...? – ele se vira.

– Sobre o que é Andrew é, sobre o Adam, você era amigo deles, da família. Você conheceu Edwin antes de tudo, por que você não me contou antes? Você sabia sobre mim?

A expressão dele não me assusta, mas me deixa surpresa. Ele está desolado.

– Eu sou um vampiro, Nathalie.

Eu não digo mais nada porque a minha expressão congela, meus pensamentos se desorganizam e eu não consigo assimilar as suas palavras. Tio Maison não consegue pensar em outra coisa a não ser me socorrer. Suas mãos frias agarram meus ombros e ele tenta me chamar, mas escuto o zumbido longe, como se eu estivesse se afastando aos poucos, apagando, sumindo, até que aquela voz dentro de mim, a que certamente tem alguma ligação com o meu lado emissária, me desperta.

Vampiro? – eu sussurro de repente.

– Andrew te contou toda a história?

Eu faço que sim com a cabeça, sentindo minha cabeça pender. Tio Maison segura meus ombros e me leva de volta ao sofá.

– Apenas respire devagar, não esqueça que você tem asma Nathalie, por favor, respire devagar e não feche os olhos, não deixe que sua visão apague.

Eu faço o que ele pede, inspiro e respiro, sinto meu pulmão subir e descer, sinto o sangue chegando na velocidade normal para o restante dos meus membros, sinto que posso enxergar nitidamente. Desperto.

– Como está se sentindo?

Eu espero um pouco.

– Melhor. – confesso.

Seus olhos verdes se aliviam e os meus o questionam.

– Por que o senhor nunca me contou tio? – eu sinto uma mágoa interna, não era apenas sobre o que ele estava se transformando o no que já se transtormou, isso também faz parte de mim, do que eu sou, da minha criação.

– Sua mãe te levou para longe daqui, era como se eu pudesse ver um futuro diferente para você, sem vampiros, sem perigos.

– Mas é sobre o que eu sou, eu não tecnicamente humana.

– Eu sei, me desculpe. – ele parece ressentindo. – Eu e seu pai tentamos te proteger do mal que rondava a cidade, queriamos a sua segurança.

– Papai sabia? – eu fico mais que surpresa, eu fico espantada.

– Jeffrey me ajudou quando eu me transformei. É complicado essa coisa de destino Nathalie, mas eu contarei tudo.

Eu faço que sim com a cabeça, sentindo meus olhos enxerem de lágrimas.

– Minha vida parece que está virando de cabeça para baixo, é como se eu estivesse vivendo em um mundo diferente. Aconteceu tantas coisas, Maison. – minha lembrança é frustrante.

– Eu sei sobre os ataques Nathalie. – ele me assegurou. – Não rapidamente como os dois primeiros.

– Espere, o quê?

Ele sabia sobre tudo? Como ele pode saber sobre tudo e ainda assim nunca ter me dito nada? Não se importou com a minha segurança?

– Claro que eu me importo com sua segurança. Foi por isso que eu tomei minhas devidas precauções, até agora.

– Céus, você lê mentes? – acusei perplexa.

– Você parece assustada com isso, Nina.

– Claro que eu estou, tio! Em dois minutos descobri que você é um vampiro, que meu pai sabia sobre isso e que você lê mentes, quero dizer, como isso pode ser possível?

Maison descansa as mãos que até então segurava meus ombros.

– É complicado.

– Bem, a essa altura, acho que posso suportar tudo.

Ele sabe que eu tenho razão.

– Então? – eu o instigo a falar. – Como é isso? Você pode ler qualquer mente a qualquer hora em qualquer lugar?

Só de pensar na ideia de Maison poder ter lido minha mente, eu fico desesperada. É por isso que ele estava desconfortável quando falei sobre Andrew? Eu fico vermelha.

– Não, não, é um pouco mais complicado. Por exemplo, no seu caso caso, tive que me acostumar com a sua mente, - ele começa pacientemente. - é dificil ficar ligado a alguém que você deixou de estar presente por cinco anos. É como se você fosse algo novo para tentar quebrar as barreiras, é natural dos humanos e não humanos. Nós temos uma barreira imaginária, como um campo de força, existe um pouco de trabalho para combatê-lo.

– E o que isso quer dizer exatamente? – eu me ajeitei no sofá e tentei encará-lo melhor.

– Não é porque é um humano que se torna mais fácil conecetar. Nós, vampiros que leem mentes, temos maior facilidade em nos conectar com as mentes iguais a nossa, ou seja, vampiros da nossa mesma espécie. E mesmo que você não seja humana Nathalie, você tem uma característica diferente.

– Sim, eu sou uma emissária. – eu respondo.

– Andrew te contou sobre isso?

– Sim ou não, bem, eu acho que Andrew está meio confuso com a ideia de eu ser uma emissária e eu também. – eu confesso.

– É natural, Andrew não sabia sobre você até que Adam e eu percebemos que seria meio dificil esconder essa ligação entre vocês. – ele diz. – E em relação ao meu caso com as mentes é um pouco complicado. Precisa-se de uma concentração muito grande da minha parte além do fato de que sua mente esteje em concentração a único pensamento, sem desvios.

– É como se fosse canais de rádios?

– É uma boa definição, se você passar de um canal para o outro muito rapidamente, você não conseguir compreender o rumo da conversa ou a ideia da musica que toca. Ou seja, preciso que você pense num certo tema, ou apenas em uma cosia por um periodo mais longo. Por exemplo, quando eu vi sua expressão, seus pensamentos estavam livres, mas de repente percebi a concentração em um único momento, mas na maior parte, eu evito entrar em contato com a sua mente ou com a de outras pessoas, é melhor para mim e é menos desconfortante para você.

Eu sinto um lampejo de alívio.

– Em algumas noites, quando você dormiu aqui, eu pude perceber uma tensão diferente, embora eu não soubesse do que se tratava eu ouvi algumas vezes o nome de Andrew e espero que não fique chatiada com isso, eu queria saber se você estava suspeitando de algo. Mas normalmente, quando você dorme, sua mente vagueia por um mundo completamente surreal e que muda constantemente, mesmo que eu lesse sua mente naquele momento, não iria captar nada além de borrões estranhos e vozes indiferentes, porque tudo é espontâneo.

Eu pisco algumas vezes. Maison estava certo. Em um dos meus sonhos mais tranquilos que tive quando passei algumas noites aqui na mansão, eu me vi correndo por um jardim comprido de gardênias, a visão era paradisíaca e eu flutuava como se estivesse voando, voando para Andrew, alguns metros de distância, é como se eu estivesse correndo para ele e não dele.

– Eu posso me focar no seu sonho agora já que você pensou nele com mais foco. – Maison me desperta dos meus devaneios. – Mas eu acho que você não me quer fuçando os seus pensamentos. Na verdade, sempre tento evitar isso, as vezes escapa, mas consigo bloqueá-las antes de tornar indescente da minha parte.

– Obrigada. – eu digo verdadeiramente para ele.

Maison concorda com a cabeça em seguida.

– Eu sei que aparentemente parece um mar de confusão, mas aos poucos, você vai compreender isso, afinal, você pertece a este mundo. – ele me responde, observando minhas expressões. – Estarei aqui para te ajudar a compreendê-lo, sinta-se livre para me perguntar.

Eu concordei muito rapidamente porque havia sim uma pergunta que estava me perseguindo neste exato momento.

– Como se transformou?

Maison semisserra as mãos antes de me olhar.

– Sabia que me perguntaria. – ele dá um sorriso fechado. – Alguns segredos são mais profundos do que a existência dos vampiros, não é apenas isso, descobrir nossa existência. Porque você sempre vai se perguntar, como surgiram? É essa o primeiro passo para os grandes segredos. – ele deu uma pausa curta. – Precisa saber que os O’Connel vem de uma dinastia antiga de feitiçeiros, ou melhor, bruxos. Quando houve a criação dos vampiros, os destino dos dois seres se cruzaram, mas não tanto quando os O’Connel e os McDowell. Alguns de nós foram destinados a serem vampiros ou apenas feitiçeiros, porém, um pouco mais além, dentro de uma maldição, uma herdeira pura seria a emissária, a destinada.

– Eu sou esta destinada. – afirmo.

– E eu me tornei vampiro. – ele completa. – Andrew te contou da criação?

– Sim, Aura, Aaron, Meredith e Edmund.

– Aura fazia parte de um circulo fechado de irmãs, todas de famílias antigas da tribo, elas se chamavam assim desde o momento que fizeram o pacto. Elas uniram seus poderes para salvar o povo das tribos inimigas, dos castigos do tempo e da terra, algumas lendas diziam que quando uma delas tombava para fora do circulo, Deus as castigavam por igual, algumas vezes, até a propria aldeia. Alguns anos depois, vivendo em harmoia, Aura se apaixonou por um guerreiro de uma tribo inimiga. Ela sabia que era proibido e isso a machucou por muitos anos, sabendo que existia alguém na qual ela depositava todo seu amor, embora não pudesse vivê-lo.

– Se ela estava apaixonada, por que criou Aaron?

– Por isso mesmo. – ele diz. – Aura foi egoísta, ela se desligou dos seus poderes divinos, ela não podia ter aquele que amava, por isso criou um ser que se assemelhava a ela, que pudesse estar ao seu lado, que pudesse amá-la sem barreiras. Mas quando Aaron foi criado, ele não apenas despertou o amor de sua ciradora, como de suas irmãs e aquelas que habitavam a aldeia. Quando suas irmãs descobriram a verdade por trás de Aaron, o ser magnífico, imortal, de beleza demasiada, um guerreiro, elas criaram sua própria definição de amor. Os vampiros nasceram do egoismo e do pecado de muitas bruxas.

– Mas eles não nasceram para se tornarem maus.

– Não, mas Aura os deixou assim quando Aaron se encantou com uma jovem humana da aldeia e eles tiveram laços romanticos. Foram os primeiros vestígios dos mestiços.

– Quem era a moça?

– Anastasia McDowell. – ele responde. – Quando Edmund nasceu, escondido da ideia de ter sido concebido entre o laço de um vampiro e uma humana, era inevitável não perceber suas perfeições. Até que quando atingiu uma certa idade, as mudanças começaram a acontecer. Edmund não sentia mais fome, necessidades, ele se caractetizava ainda mais com aqueles vampiros que perambulavam pela aldeia ao lado de suas criadoras. E em uma dessas passagens, Edmund conheceu Meredith, filha de uma bruxa e um vampiro.

– Espere, mas Meredith não fazia parte do circulo? Ela era o que então? Mestiça ou algo parecido?

– Como todas as descendente de bruxas irmãs, Meredith também fazia parte do circulo, não tanto quanto as originais. E não, ela não era uma mestiça, a parte sobrenatural dela puxou para o lado da feitiçaria. – responde. – Meredith e Edmund tiveram uma vida romântica bonita, para falar a verdade, até que isso chegou a consciência de Aura e ela acabou descobrindo a naturalidade do rapaz e logo depois a semelhança dele com Aaron. Cheia de raiva com a traição, ela arrancou primeiramente o coração daquele que ela amava, mas a imortalidade que ela o tinha dado, cicatrizou as feridas, transformando-o em um morto vivo. Ainda não dada por vencida, ela amaldiçou todas as suas irmãs e os vampiros que elas criaram, ela era egoista e não suportava a ideia de ter sido a única traída no circulo. Primeiramente, houve guerra, vampiros se tornaram presos do sol, menos Edmund, o não legítimo, e durante e fúria de Aura, ela ainda almadiçuou as feitiçeiras do circulo tornando-as vulneráveis a verbena. A briga entre as irmãs resultou no ódio de Aura pelos humanos também, queria que muitos deles sofressem apenas por Aaron ter escolhido uma humana para se apaixonar e não a ela. Vampiros desejavam agora o sangue daqueles que até então era apenas alguém na qual eles pudessem sentir o amor.

“Um tempo depois, Aura percebeu que todo seu esforço para se vingar de Aaron, não influenciava na vidade de Edmund e Meredith. Até que ela decidiu acabar com as emoçoes do mestiço, levando a feitiçeira a depressão quando todo o esforço de despertar Edmund não adiantava. Era como se ele nunca a tivessem conhecido. Os vampiros se tornaram sedentos, parecia uma guerra sem contras, onde apenas eles ganhavam. A mãe de Meredith, uma das irmãs, se comoveu com a dor da filha e do seu povo, resolveu se reunir com o circulo para arrancar Aura da irmandade e devolver aos vampiros o restante de humanidade. Era quase uma batalha perdida, e aquelas que perderam suas vidas, doaram o sangue puro com a finalidade de devolver aos vampiros a humanidade que lhes eram de direito.”

– Eu sei que elas conseguiram, eu apenas não sei o que houve com Meredith e Edmund.

– Meredith com medo de que Aura tentasse mais alguma vez destrui-los, elas ligou a sua humanidade com a imortalidade de Edmund, transformando seus destinos ligados para sempre. Era um modo de mostrar que eles nunca estariam separados, exceto pelo fato de que isso acabou se prosseguindo por milhares de ano entre O’Connel e McDowell. O cruzamento das duas famílias e como das duas espécies, alguns de nós se transformaram em vampiros, como foi o meu caso. Quando me tornei vampiro, eu já sabia sobre eles.

– Como soube? – eu fiquei curiosa.

– Descobri nesta mansão, era bem antiga, herança dos meus avós. – ele estreitou a sala com o olhar. – Estava em reforma e eu e Jeffrey estávamos pensando em fazer uma coisa legal com todo o terreno, quando decidimos morar de vez em Sponvilly.

– Continue. – eu o encorajei.

– Certo, - ele concordou com a cabeça. – mas Jaffrey se apaixonou... – ele me olhou novamente, dando aquele sorriso acusador e divertido. – Sua mãe era incrivel, popular desde o colegial, mas ela sempre falava do seu sonho de sair de Sponvilly, seu pai sempre foi o contrário disso, queria continuar na cidade e fazer dela o lar dos O’Connel, como tinha sido as gerações anteriores, mas ele nunca levou isso a sério quando era sobre sua mãe, ele a amava muito. – Maison se pausou, eu nunca entendi porque ele nunca se casou com ninguém.

– E o que aconteceu? – eu o fiz continuar.

– Eles se casaram, passaram a lua de mel fora, como Helena sempre planejou e Isobel estava muito ocupada com Rick, e quando se casariam, ela iria morar com ele na pequena casa que hoje é a livraria. – ele deu um sorriso rápido. – Então, era apenas eu e a reforma. – ele suspirou fortemente. – Nas coisas antigas da família, eu descobri os diários, são livros velhos feitos à mão, e tinham as assinaturas de Ben O’Connel e David O’Connel, Ben é avô do meu avô e David é pai do meu avô. Complicado, eu sei.

– Eles eram vampiros? – eu perguntei de repente.

– Ben era, David não. – ele explicou. – De acordo com o livro de Ben, David não estava destinado, nem para ser emissário e nem para se tornar um vampiro, e algum tempo depois, Ben foi transformando por um triarco. – ele disse de repente.

– Espere, estou confusa. Andrew falou alguma coisa sobre o Triarco.

– É um ministério, os vampiros mais antigos da terra, poderosos e uma minuria, são sobreviventes do que eles chamam de A Maldição. – eu senti algo ameaçador no seu tom de voz, algo assustador. – O Triarco vê tudo, sabe de tudo e comanda tudo, qualquer vampiro que eles consigam focalizar e que estejam desrespeitando uma regra, eles nunca dão uma chance, a não ser que você seja importante. E nossa família fez parte dessa maldição que eles temiam, o que influenciou na transformação de Ben. Eu li tudo sobre eles através de suas memórias como as de David, que era a única pessoa que sabia sobre o que seu pai era, então quando meu avô não descobriu os diários e nem meu pai, eu suspeitei que eles não eram a geração certa. Era a minha. Tempo depois o Triarco me encontrou, ele explicou que o destino não leva o homem ao diário, é o diário que vai até o homem. Então eles me transformaram.

Eu pensei um pouco, o que quer que seja esse Triarco, era mais poderoso de tudo que eu já ouvi sobre os vampiros e sobre os humanos da terra. Isso ainda é muito assustador.

– E o que houve depois disso?

– Eu tive que me acostumar sozinho nos primeiros meses, a sede é maior, como todo recém formado.

– Então Jeffrey percebeu?

– Foi dificil no começo, tivemos que esconder de Isobel e do Rick, era sobre algo que eles não estavam prontos para saber. Depois de um tempo, Jeffrey e eu disponibilizamos muitos anos de nossas vidas pesquisando e descobrindo, até chegar no que você e Andrew são.

– E o que exatamente nós somos?

– Uma ligação inquebrável. Você é a salvação do Andrew, é assim a história, Meredith foi a única pessoa capaz de devolver a humanidade para Edmund, você é a única pessoa que tem algum controle sobre Andrew ou ele sobre você.

– Então isso que é ser uma emissária?

– Um emissário tem como missão proteger ou guardar algo que lhe é mandado. Você é a primeira emissária que conheco, então iremos descobrir juntos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capitulo? Acho que vão fica decepcionados por não ter aparecido Andrew!



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