The Last Walk escrita por Graziele


Capítulo 8
Você está a salvo, ninguém pode ferí-lo agora.


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridas! Eu não morri hahahahaha. Que demora ridícula, mds. Mas eu só consegui me dedicar totalmente à esse capitulo dps do tormento chamado vestibular ter acabado :T hahahahaha. Boa leitura!



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Recomeça... Se puderes, sem angústia, sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade; enquanto não alcances, não descanses. De nenhum fruto queira só a metade.

Miguel Torga

Três meses depois...

“Mas você viu, papai, o cara subia quase lá no céu com aquela cama elástica! E depois levava a moça junto... Bells, como é que eles não caem? Não tem perigo daquele negócio furar e eles se espatifarem no chão, papai?”

Mallory estava mais do que entusiasmada, e não parava de fazer perguntas daquele estilo. Estava praticamente quicando enquanto andava, com seus olhinhos verdes cintilando de tão brilhantes. Edward observava, sorrindo, com o sorvete de chocolate manchando os cantos de sua boca e parte de seu suéter azul; a felicidade praticamente transbordava e Isabella, no meio daqueles dois, podia apenas deixar-se contagiar por toda aquela aura de alegria.

Os três estavam caminhando lentamente, de mãos dadas, até o ponto de ônibus mais próximo, depois de terem assistido a um espetáculo de circo, comprado pipocas e sorvetes. Isabella observou pai e filha e viu que, se pedissem para que ela dissesse um sinônimo para “felicidade”, ela teria que dizer o nome daqueles dois.

Desde que Edward fora inocentado, Mallory não desgrudava dele um segundo sequer e Edward não reclamava disso nem por um momento. Estava adorando a companhia incessante da filhinha, extasiado com a oportunidade de fazer valer todo o tempo perdido dentro daquela cela horrorosa. Leah Clearwater arrumara um emprego para ele em seu escritório e, então, Edward trabalhava como secretário dela, podendo, logo após, alugar um pequeno apartamento, perfeito para ele e Mallory.

E Edward e Bella... Bom, juntos, formavam pais perfeitos para Mallory. Saíam quase todo fim de semana. Haviam trocado suas experiências, seus segredos e dois quase beijos, mas... Não eram namorados oficiais.

Edward queria, mais do que tudo, ter Bella como sua única e verdadeira namorada, mas morria de medo. Ela era da alta sociedade, nascida em berço de ouro, tinha como pai o maior empresário do ramo das joias de todo estado, era sete anos mais jovem... Como poderia uma mulher dessa querer ao seu lado um pobre homem feito ele?

No entanto, não podia negar, estava apaixonando-se cada dias mais por aquela moça. Irrevogavelmente.

Ela era perfeita. Responsável, bondosa, gentil, carinhosa com Mallory e linda... Deus, como era linda! Aqueles olhos!

Olhou-a e soltou um sorriso espontâneo ao vê-la limpar o sorvete que havia caído na blusa rosa de Mallory. Ela o flagrou e corou lindamente, fazendo com que ele apenas aumentasse ainda mais seu sorriso.

Ela era um verdadeiro anjo. Mandada especialmente para salvá-lo e mostrar-lhe, novamente, como era bom sentir-se vivo. E pleno.

“Eu vou indo, Edward.” Bella avisou tristemente, remexendo em seu bolso a fim de pegar o celular e ligar para seu motorista vir buscar-lhe. “Talvez queira uma carona...” Arriscou, mas Edward negou veemente, como sempre fazia.

“Não se importe, a gente pega um ônibus, daqui a pouco estaremos em casa.”

Mallory soltou um muxoxo de desgosto e Bella riu.

“A gente se vê no próximo sábado, meu amor.” Disse abaixando-se até ser possível abraçar a menina fortemente e depositar um cálido beijo nos cabelos loiros.

“Estarei esperando.” Edward disse quando Bella foi dar-lhe um abraço, sorrindo galante. Aquele sorriso que era capaz de iluminar o mundo. Caso algum dia o sol morresse, poderiam pegar o sorriso daquele homem para tomar-lhe o lugar.

Bella apenas sorriu, acanhada, jogando seus braços em volta do pescoço dele e abraçando-o. Ela permitiu-se relaxar por um momento. Porque, nos braços daquele homem, ela sentia que estava em seu lugar. Desde aquele primeiro abraço, ainda na prisão, ela sentiu que aquele era seu lugar. Que aqueles braços eram seus, e só seus.

Quando se desvencilhou, pegou-se, novamente, hipnotizada por aquelas duas esmeraldas que diziam tanto. Entreabriu a boca e mirou fundo naqueles orbes, desejando nunca mais ter que sair daquele lugar. Foi rápido, mas Bella sentiu que o mundo parava. Que tudo desaparecia e que só restavam os dois. E seus sentimentos e vontade inenarrável que ela tinha de ficar para sempre junto dele.

As bocas se aproximaram lentamente e um choque perpassou pelo corpo dos dois quando elas finalmente se encontraram. Bella estremeceu e movimentou seus lábios junto dos dele. E mais uma vez. E mais outra. E de repente ela não nem se lembrava de seu nome. Sua pequenina mão havia parado na nuca dele e as mãos grandes e ásperas dele estavam na base de sua cintura e sua cabeça parecia girar, desejando ardentemente que aquilo durasse para o resto de sua vida.

Sua pequena bolha foi quebrada apenas quando ouviram o grito excitado de Mallory. Separaram-se rapidamente, parecendo dar-se conta de onde estavam somente naquele momento. Bella estava corada no tom mais profundo de vermelho e Edward estava com o sorriso torto mais lindo do mundo estampado em sua face.

“Finalmente vocês se beijaram! Eu sei que papais não podem ser meus papais se não se beijarem!” Mallory estava animadíssima.

“Mallory, chega...” Edward repreendeu, rindo. Pegou a filha no colo e encarou Bella, ainda sorrindo. “Então, nos vemos sábado que vem.”

Bella quase desmaiou, mas teve forças para sussurrar, felicíssima: “Nos veremos em todos os sábados da vida, meu amor.”

A sala estava em completo silêncio. Renée e Charlie dividiam o mesmo sofá e, enquanto a mulher ostentava um grande sorriso de encorajamento dirigido à Isabella, o homem apenas tinha a feição que transpassava um enorme tédio.

Edward havia sido convidado para jantar na casa dos Swan, como seu oficial namorado e, claro, estava levando Mallory. Obviamente, Charlie quase desmaiara ao receber essa informação, mas Isabella não deu a mínima para os chiliques do pai. Estava mais do que provado: Edward era inocente e nada mais poderia impedir que vivessem inteiramente seu amor, nascido, certamente, logo no primeiro dia em que se viram.

A campainha tocou e, de imediato, Isabella levantou-se para ir atender, praticamente saltitando na direção da porta. Abriu-a e seus olhos assumiram um brilho diferente assim que avistou as duas melhores coisas de sua vida, do lado de fora.

Mallory estava linda num vestido rosa, bem rodado, com um sapatinho preto e os cabelos presos num rabo de cavalo bem arrumado – fato que quase fez Bella rir, pois bem sabia que Mallory não gostava de penteados tão simples, mas que Edward não tinha jeito para fazer nada mais complexo.

E Edward... Deus! Estava simplesmente esplêndido dentro de um terno preto, que contrastava lindamente com seus incríveis olhos verdes. O sorriso mais lindo do mundo estava em seus lábios vermelhos e Bella sentiu-se a pessoa mais sortuda do mundo, porque, além de ter um namorado honesto, carinhoso e gentil, ele ainda era lindo ao ponto de fazer faltar ar a qualquer uma.

“Oi, querida.” Ele soltou baixinho, inclinando-se minimamente até depositar um beijo na testa dela.

Ela suspirou, totalmente apaixonada. “Entrem, por favor.”

Eles pediram licença elegantemente e Bella pegou Mallory no colo, divertindo-se ao ouvi-la pedir que lhe fizesse um penteado mais bonito depois de comerem.

Mais tarde, depois de jantarem, Charlie, mesmo que ainda estivesse com cara de poucos amigos, havia engatado uma conversa com Edward, sobre bolsa de valores ou qualquer coisa assim, enquanto Renée havia se rendido aos encantos de Mallory, penteando-lhes os cabelos loiros numa trança embutida.

Olhando as cenas que se desenrolavam em sua frente, Isabella sorriu, satisfeita. Sabia que o primeiro passo para que toda sua família também participasse de sua felicidade haviam finalmente sido dado.

“Então, o que você havia dito sobre ser um arraso no videogame?” Edward indagou à Isabella, naquela noite quente de julho, depois de tê-la massacrado em praticamente todas as vezes em que jogaram.

Isabella, sentada no meio das pernas de seu namorado, soltou um muxoxo desapontado. “Você roubou.”

Edward gargalhou. “Admita que você é terrível!”

Isabella riu minimamente. “Mas pelo menos sou melhor do que você no esconde-esconde.” Murmurou, mas Edward ouviu e, para descontar tamanha pretensão, atacou-a com uma enxurrada de cócegas; Isabella se contorcia no sofá, perdendo o ar de tanto rir.

Estavam deitados naquele sofá no pequeno apartamento de Edward pelo o que parecia ser minutos, mas na verdade eram horas. Jogando videogame, conversando ou apenas se beijando. Mallory também estivera com eles, mas logo o sono a venceu e, relutante, teve de ir para seu quarto dormir, deixando Bella e Edward a sós.

Edward parou com suas cócegas, olhando Bella fixamente, ainda sorrindo; ela, por sua vez, corou, daquele jeito que sempre fazia quando se sentia envergonhada.

“Obrigado, Bella.” Ele disse, com a voz baixa, recheada do mais puro amor.

“Pelo o quê?’ Ela devolveu, sorrindo timidamente.

“Por me salvar. Por salvar Mallory. Por ser meu anjo.”

Bella alargou seu sorriso de uma forma quase impossível e, sem dizer mais nada, puxou Edward para um beijo.

Novamente, Edward sentiu que ali onde deveria ficar pra sempre. Ao lado daquela mulher que amava tanto, de uma forma que chegava até a ser inimaginável. Arrebatadora. Ponderou, por fim, que talvez todas aquelas provações tivessem valido a pena, já que, no final de tudo, estava de volta para sua filhinha, e do lado do amor de sua vida.

Ele sorriu de novo, vendo-a aconchegar-se em seu peito. Sentiu que era mais do que feliz e que poderia dizer, com toda a certeza do mundo, que sabia: Deus nunca perturbava a felicidade de seus filhos, se não fosse para dar-lhes algo ainda maior.


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Notas finais do capítulo

Então, queridas, é isso. Quero pedir-lhes desculpas, caso epílogo não tenha agradado, mas esse foi o melhor que eu consegui fazer. Sei q muitas podem ter sentido falta de uma lemon, mas eu – embora tenha tentado algumas vezes – não consegui encaixar de jeito nenhum. Enfim, acho q TLW cumpriu seu papel, o de fazer vocs pensarem sobre assunto, que, vez outra, entra em pauta em nossas vidas. Espero q a história de Edward e Mallory as tenham feito pensar também no lado negligenciado de toda essa discussão: o dos que são realmente inocentes e q não mereciam passar por isso. Podem ser poucos, mas existem, e devem ser levados em conta na hora de tomar uma posição sobre isso.
É isso, aq me despeço de TLW. Mto obrigada às lindas q estão cmg desde o começo, e também às lindas q chegaram há pouco, ou q chegaram apenas agr. Mto obg por terem me perdoado por ter ficado tanto tempo sem postar aqui e obg por terem me presenteado com lindos comentários e recomendações. Vocs todas, sem exceção, são fodas, hahahaha.
Ah! Me despeço de TLW, mas não do universo das fanfics! Hahahaa. Postei uma novinha, q se passa na época do holocausto e tem um Edward militar e uma Bella judia que vivem um grande amor no passado e, depois um tempo, se reencontram em situações totalmente opostas! Estou realmente animada com ela, espero vê-las por lá também :D aqui o link: http://fanfiction.com.br/historia/578393/Nao_Me_Abandone_Jamais/
Por aqui terminou, mto obg por tudo, queridas! Não deixem de comentar! Beijosssss :***