Quando cheguei no meu apartamento, fui direto para o banheiro. Escovei os dentes e tomei um banho rápido. Saí as pressas e coloquei um vestido preto de lado, com um nome de uma banda que eu curto muito. Por baixo coloquei um conjunto de peça íntima vermelha de renda. Nos pés, chinelos mesmo.

Antes de um lado para o outro. Estava ansiosa para ver o Jellal, e com medo de contar tudo o que aconteceu. Estava também curiosa para saber o que houve lá..

(...)

Passaram-se duas horas desde que eu cheguei em casa, e nada do Jellal.. Já estava sem esperanças de vê-lo hoje, até que..

" DLIN, DÃO!! "

Minha campainha! É o Jellal. Soltei meio cabelo. Peguei meu brilho labial sabor cereja e passei correndo. E fui abrir a porta.

Era o Jellal.

– JELLAL! - Grito pulando nele, e abraçando-o.

Ele estava meio suado, e com um aparência desgastada. Ele estava muito cansado com certeza.

– Erza! Que bom te ver! - Ele fala acariciando o meu rosto.

– Por que você não me respondeu por mensagem o que houve? E.. aquela mensagem de término? - Perguntei na lata.

– Erza. Foi a desgraçada a minha prima! Aquela menina é uma doente, ela acha que temos que ficar juntos. Eu pirei quando vi a mensagem que ela te mandou. Me desculpa! - Ele fala me abraçando.

– Tudo bem..

– E amor, eu perdi o meu IPhone no cemitério. Um coveiro achou, e entrou em contado, mas quando eu ia busca-ló.. bem, foi no dia que eu descobri o que a minha prima fez.. Descobri ontem, eu vim voando pra cá, literalmente. - Ele fala com uma voz de cansaço.

– Nossa.. aquela garota, quando eu botar as mãos nela! - Falei com tão de raiva, mas depois me acalmei. - Jellal, senta um pouco. Vou pegar uma água pra você.

Ele aceitou. Peguei um copo com água e o entreguei. Ele tomou bem rápido.

– Erza.. Como você se sentiu quando.. você leu aquela mensagem? Eu vi a que você mandou e tal.. - Ele fala me encarando.

– Me senti.. usada. Fiquei triste, nem sai de casa. Comprei livros enormes e deprimentes, com tipo 500 páginas de consolo.. - Sorri.

Ele me olha orgulhoso.

– Sabia. Me desculpa por ter feito você passar por aquilo. - Ele passa a mão no meu rosto, e depois nos meus cabelos. - Você é tão linda.. tenho sorte de ter você ao meu lado.

– Eu também.. - Encaro ele.

– Sabe.. a idiota da minha prima disse que você.. a esquece. - Ele para de falar.

– Fala, o que aquela vaca falou? - Falei franzindo o rosto.

– Ela disse que assim que você visse que levou um fora, mesmo sem ter certeza.. iria sair pegando geral.. distribuindo.. AH! Não gosto nem de lembrar dela falando essas coisas absurdas de você! Eu tinha certeza que você não iria fazer nada disso, sem antes tirar tudo a limpo sabe, ver que isso é verdade e tal.

Minha boca fica branca do nada. Eu já não estava com coragem de falar para o Jellal sobre a balada. E depois do que ele acabou de falar.. como.. como eu.. vou dizer? Não. Que droga.

– O que foi Erza? - Ele segura os meus ombros.

Eu estava tendo um confusão de pensamentos. Pensava em como eu ia dizer.. se era pra mim dizer.. Eu estava quase desistindo de contar.. quando. Lembrei de uma frase do livro que em li, quando eu estava depressiva pelo falso pé na bunda. " Para que um relacionamento dê certo, deve haver confiança multa, respeito, e verdade. Afinal, queremos algo verdadeiro certo? E não uma farsa, então, que não sejamos nós uma. "

– Jellal.. Me perdoa! Me perdoa.. - Lágrimas escorrem no meu rosto.

Ele me olha sem entender nada.

– Erza..

– Me escuta! Eu, eu.. - respiro fundo - Beijei outro cara numa balada, eu estava triste, tinha passado dias em casa, e eu tava bêbada, e hoje eu fui esclarecer que não queria nada com ele, ele entendeu mas antes me beijou de novo. Mas Jellal, eu te amo! Aquilo não teve significado nenhum pra mim. Eu juro. - Falo rápido e me enrolando na fala. Lágrimas escorriam no meu rosto.

Fiquei esperando a resposta dele. Mas ele ficou mudo. Ele me olhava com um olhar triste. Desabei em lágrimas, levando a minha mão ao meu rosto, para tampar a minha face.

– Não chora.. eu odeio ver você chorar.. isso acaba comigo. - Ele fala com uma voz calma, mas só pela voz, dava para ver que ele estava decepcionado.

– Me desculpa! Foi só beijo. E também.. eu tinha pensado que.. me desculpa. - Falo olhando para todos os lugares, menos para ele.

– Quem, quem era o cara? - O tom dele muda. Estava nervoso. - Quem Erza?

– Na hora eu não sabia eu tava bêbada. Eu vi o seu rosto nele Jellal, por isso que aceitei o beijo - Encaro ele agora.

Ele se acalma.

– Mas.. quem é esse cara? - Ele insiste.

– Phelipe, um frânces que da aulas extras na faculdade. - Falo olhando pro chão. Serro os dentes, e depois encaro ele para ver a reação.

Ele estava rindo nervoso.

– Um professor Erza? Sério isso? - Ele pergunta com desdenho.

– Uma ilusão ótica. Eu via você caramba! Eu tava mal Jellal! - Falo no tom defensivo - E a culpa é sua!

Me arrependi de ter falado aquilo. Ele me olhou triste, depois desviou o olhar. Ficamos em silêncio por alguns segundos.

– Você tem razão.. A culpa é minha. - Ele se levanta.

– Não Jellal.. eu..

Ele me interrompe.

– Ta tudo bem. Eu entendo. - Ele me encara - Me desculpa.. se eu tivesse aceitado a sua ida comigo para o Texas, nada disso teria acontecido. Você ficou frágil.. aquela mensagem foi horrível. Eu te desculpo, e por favor, me desculpe também.

Eu levanto e abraço o Jellal. Ele não retribui de início, mas depois me acolhe em seus braços.

– Vamos esquecer isso.. Vamos recomeçar de onde paramos tá? - Ele propõe falando baixinho no meu ouvido.

Um sorriso bobo aparece na minha face, eu estava feliz.