Vivemos em um mundo em que coincidências acontecem o tempo todo,  é o que todos dizem... ou será que é o contrário? Isso não é a questão no momento, o que importa é o agora, e eu prefiro ser do tipo que acredito nisso.  Pego a chave do meu carro disposto a perder as primeiras aulas do dia, para ir a uma exposição de arte. Antes  que minha personalidade e macheza entrem em conflito, devo afirmar que meu objetivo é descobrir quem é a Bella, ela disse que conhecia a artista, então, porque não conversar com ela e tentar descobrir algo? O transito estava um inferno, passo pela escola.  -Não agora.-  Penso alegremente. Chegar no museu em que acontecia a exposição foi a parte fácil, a gente já tinha feito excursões para ele antes. Passo por toda parte chata, ops, antiga e vou para onde os quadros estão sendo exibidos, a primeiro modo penso que vou encontrar aqueles quadros de paisagens, ou frutas. Mas o que eu vejo é algo colorido, vivo, e abstrato, seria algo que eu levaria para casa sem duvidas.

- Bom dia, eu gostaria de saber quem é a responsável pela exibição.- Pergunto a uma senhora que está na área com um crachá de quem trabalha lá.

-Querido, é a Nessie, acho que daqui a pouco ela aparece.

- Ela está faltando aulas para está presente estes dias. - Ela continua com repreensão no olhar

Tenho certeza que ela também me repreenderia se imaginasse que eu ainda estou na escola, olho ao meu redor, mas não há sinal de alguma garota mais ou menos na minha idade, sento no chão e me encosto-me à parede para esperar a pintora aparecer. Percebo que todo mundo que passa me olha como se eu tivesse algum problema mental – Qual o problema em sentar no chão?- Pego o celular para saber como a Bella está.

“Bom Dia :D”

“Boooom Dia?”

“Ok, você descobriu quem eu sou e agora está me achando feia demais para falar comigo.”

“Não acredito que você está preferindo assistir aula a me responder.”

Quatro mensagens da Bella, isso não é bom sinal, ela deve está enfurecida porque eu não a respondi. Mas sinceramente que teoria ridícula, parar de falar com ela porque eu descobri quem ela realmente era, posso ser um canalha as vezes, mas sou perfeitamente capaz de saber que aparência não é tudo. Apesar de ajudar bastante. Antes que ela tenha tempo para pensar algo mais, eu a respondo.

“Hey, ainda não cheguei na escola.”

“Droga, agora já posso eliminar três possíveis você.”

“Assim fica mais fácil.”

“Se a escola fosse menor poderíamos dizer que ficaria mais fácil.”

“No dia que eu preferir assistir aula a te responder, vou estar doente.”

“Isso não é algo bom.”

“ Assistir aula?”

“Não idiota, esse seu senso de irresponsabilidade.”

“Admita você já se acostumou com ele.”

“Não admito nada.”

“Alias, com quem você foi a exposição ontem?”

“Ah, um amigo meu.”

“Um amigo?”

“Sim, ele é da escola.”

“Ele tem nome?”

“Não sei, isso daria algumas dicas.”

“Não estamos numa de descobrir nossas identidades secretas?”

“Sim estamos.”

“Então...”

“Argh. Jacob.”

“Black? Jacob Black?”

“Você é amiga do Black?”

“Sim, ele é bem legal. Porque?”

“Não. Nada.”

“Depois falo contigo, a aula começou.”

Não sei bem porque, mas não gostei nada de saber que a minha Bella, é amiga do Jacob, aquele cara só vive de nariz empinado, se achando o malhado da área, sempre me olhando como se eu fosse um ser desprezível na sociedade. Antes mesmo de concluir minha linha de pensamento, uma garota passa por mim, ela aparenta ter uns 18 ou 19 anos, um pouco mais velha que eu, seus cabelos estão presos em um coque, e ela caminha para a exposição com seus saltos fazendo barulho no piso de mármore. Eu posso apostar que ela é a pintora, todo o estilo, brilho e a certeza que sai dela, me lembra dos quadros.

- Oi, você é a pintora dos quadros?- Eu pergunto.

- Isso depende, se você for soltar alguma cantada, a resposta é não.- Ela me responde como se isso já tivesse acontecido, outras milhões de vezes.

- Garanto que cantada nenhuma vai sair da minha boca, não depois dessa. – Eu falo rindo.

- Me sinto mais aliviada, você não sabe a quantidade de vezes que isso acontece.- Ela comenta rindo.

- Então você faz faculdade de artes?- Questiono

-Próximo ano talvez, estou no ultimo ano agora. - Ela fala.

Ultimo ano de High School e já teve sua própria exposição, enquanto eu ainda nem sei para onde eu vou, ou se vou conseguir passar para o ultimo ano. Me impressiono com tanta certeza da vida, isso é algo admirável, e com todo esse ar que ela tem,  ela não teria o mínimo problema em entrar em uma boate +21, ou algo assim, nem carteira pediriam.

-Nossa, isso é incrível.- Respondo.

- Então, acho que você não faltou aula para saber que faculdade eu supostamente faço.- Ela comenta.

-Na verdade, isso vai soar meio estranho, mas você é amiga de alguma Bella?- Eu pergunto torcendo para ela não me achar um maníaco e chamar os seguranças.

- Depende.

-Depende de que?- Pergunto.

-Porque você quer saber, e qual seu nome?- Ela retribui.

-Meu nome é Edward, e eu...

- Inacreditável. Simplesmente inacreditável. - Ela me interrompe

- Me deixa advinhar, você conheceu a Bella, por mensagem, e ela comentou que veio na minha exposição e me conhece?- Ela fala com certeza.

- O que? Como? – Estou completamente confuso.

-A Bella me contou sobre você. – Ela fala como se fosse obvio.

-Bem que eu disse a ela que vocês deviam se encotrar, ela não sabe o que está perdendo- Ela fala para ela mesmo.

-Sim e quem é ela? Você pode me ajudar?- Pergunto, ela parece pensar por uns segundo e fala:

-Isabella Swan, ela tem cabelos castanhos-avermelhados, olhos cor de chocolate, é amiga do Jake. Você sabe quem é?- Ela pergunta.

É claro, como que eu nunca pensei que poderia ser ela? É tão obvio, que sinceramente, agora me sinto estupido, é isso que ela deve achar de mim agora, volto minha mente para o primeiro dia que a gente se conheceu, eu fui um idiota. Eu sou um idiota.  Minha vontade agora é esmurrar o Mike, como que eu fui acreditar nele? Fecho os olhos com força antes de falar com a Renesmee.

- Isabella, Bella, como que eu não percebi?

- As vezes precisamos da ajuda de outras pessoas para enxergar algo que está bem a nossa frente- fala a Renesmee.

-Então vocês se conhecem?- Ela continua.

- Sim, e ela deve achar que eu sou um idiota.- Respondo angustiado.

-Porque ela acharia isso?- Ela questiona.

- Nós começamos com o pé esquerdo, e eu acabei passando uma imagem que não deveria, será que você pode, por favor, não falar nada a ela? Pelo menos não até que eu tenha a oportunidade de me redimir pela primeira impressão?- Peço a ela.

- Porque eu deveria?- Ela me pergunta sorrindo. 

Rosa Cullen