Crônicas De Whitörn escrita por maisutoGUN


Capítulo 3
Morro da Donzela


Notas iniciais do capítulo

Escrever de madrugada é minha sina, mas o sono me dá inspiração, o que posso fazer? xD Qualquer erro de português me avisem. Preguiça de revisar! xD



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Monserrat seguiu com Aelor para o campo de treinamento que seu pai utilizava. Era o campo do Monsenhor de Bönfrir, a região norte de Farss, a quarta relíquia do Reino de Beilerivhov. Monsenhores são como os protetores primordiais são para reis e protetores de relíquias são para protetores primordiais. Eles tomam conta de uma faixa de terra denominada monéria para que nada lhes fuja ao controle e para que seja sempre feita a vontade do senhor daquelas terras. Que seja sempre feita a vontade do rei. O Monsenhor de Bönfrir era Taussert. Um homem na faixa dos 40 anos de idade e de cabelos loiros. Sua família era grande, o que queria dizer que a dinastia de sua família como Monsenhores de Bönfrir estava longe de terminar. Bönfrir significa Morro de Donzelas e Monserrat ainda não sabia o porque, talvez não estivesse prestando atenção, já que toda ela estava voltada para a espada na cintura do batedor. Logo Aelor se pôs a explicar a razão do nome.

– Bönfrir se chama dessa maneira pelo fato de ser o extremo alto.

– Como pode isso, Aelor? - Monserrat não entendia a ligação de uma coisa com a outra mas cerrou os olhos e esperou Aelor parar de sustentar um sorriso malicioso como quem esconde algo para saber o porque daquilo.

– O que hoje é a Monéria de Bönfrir antes era apenas um grande morro cheio de grama propício para o pasto das monérias próximas. Em um dado momento, o protetor da relíquia de Farss morreu sem sucessores e sem indicar um herdeiro. Todos os monsenhores poderiam ser considerados aptos para a tarefa de governar a relíquia. Porém, todos os monsenhores eram amigos e não queriam mais destruição do que o necessário, levando todas as mulheres da relíquia para o alto do morro. Onde os velhos que também não poderiam combater vieram ficar. Aqui eles fundaram então Bönfrir o nome em homenagem às mulheres fortes que perderam seus pretendentes naquela guerra onde a família do atual protetor da relíquia, Taussert, saiu vitoriosa.

Cada vez que Aelor pronunciava uma palavra o interesse de Monserrat aumentava. - É realmente uma boa história! - Ela na realidade não estava prestando atenção o bastante porque gostou realmente da espada que Aelor trazia a cintura. E como que pudesse ler os pensamentos de Monserrat, Aelor deu um tapinha no cabo de sua espada e sorriu sarcasticamente com canto de boca.

– Eu posso ter conhecimentos de guerra, Monserrat, alguns dizem que eles são demais para um simples batedor. Mas eu me orgulho mais disso que trago a cintura do que de todo o meu passado. Essa espada é o passado dos meus ascendentes. - Eles chegaram finalmente ao campo de treinamento. Era um lugar gigante para Monserrat. A grama era aparada bem rente e tinha marcas em uma das pontas para justas. Como aquilo não era um lugar para espetáculos era tudo fora de lugar. Dando uma sensação de preenchimento. Era apenas balbúrdia. Aelor já viu lugares maiores. - Além de ter história ela é muito bonita, não concorda?

Monserrat balançou a cabeça em afirmativa.

– Mas qual é a história por trás dessa espada, Aelor? Ela tem nome?

– Dobradora de Gigantes. Foram os maiores inimigos dos meus ancestrais. Os heróis daquela época combateram todo tipo de criatura, mas o meu primeiro ancestral a empunhar a Dobradora de Gigantes a usou para essa finalidade. Uma espada de duas mãos que com um espadachim habil só precisa de uma, dando liberdade para o uso de um escudo. Os três chifres, um apontando para o norte, outro à nordeste e o outro à noroeste representa outros dois grandes inimigos. os Jötains e os Huminargs.

Esses seres Monserrat conhecia por intermédio de sua mãe.

– Jötains eram criaturas com a parte superior do corpo de um búfalo com pernas humanas e uma inteligência primitiva e são totalmente albinos e os Huminargs são também albinos só que possuem a parte de cima do corpo de um gigante e a de baixo é o corpo do búfalo, não é? Pelas descrições eles possuem três chifres como o cabo de sua espada! - O chifre que apontava para cima chegava na lâmina da espada. A espada em si era toda branca, o que devia ser uma alusão as criaturas, pensou Monserrat.

Aelor não conseguia deixar de transparecer a felicidade pela sapiência toda da jovem moça de cabelos pratas.

– Você foi muito bem educada, Fjedsøll! É isso mesmo! Meu primeiro ancestral a usar a Dobradora de Gigantes foi Humbar, o assassino de gigantes. Ele era um dos poucos que conseguia efetivamente matar essas criaturas, mas para poupar a sociedade dos mesmos, ajudou a empurrá-los além de Portões da Humanidade até o Proibido e Misterioso Reino dos Grandes Muros, onde até hoje estão todas as criaturas mágicas dessas terras. Criaturas essas que serão soltas no ultimo confronto.

O Ultimo Confronto era um dia profético onde os deuses valardianos que regiam a terra enfrentariam a horda dos tirânicos traidores, que abandonaram a benevolência em troca do poder por ganância.

Ao lado do campo de treinamento havia uma taberna e de lá de dentro uma voz cantava com a ajuda de uma flauta, um alaúde e uma harpa, que tinha um som agudo, fino e elegante. provavelmente era uma harpa pequena de fácil movimentação. O canção era uma balada alegre para beberrões de taverna:

"Junto minha turba

Meu copo urra.

Estamos aqui na taverna.


O fogo da clareira

Aquece a minha veia

E estamos aqui na taverna.


O taberneiro embebeda

O bode berra

E estamos aqui na taverna


O açougueiro esquarteja

Tropegamos na pedra

Ainda aqui na taverna


O fogo crepita

Bebemos birita

Ainda aqui na taverna


Gatsby, Fedany, Bellamy

Fork, Yorin, Thorin

Darson, Craston, Parsto

Estamos aqui na taverna"

Aquela letra fez mestre e aluna rirem por um tempo, mas logo se recomporam quando Aelor jogou sua espada na direção de Monserrat, que a pegou no ar com as duas mãos firmes no cabo.

– Parabéns, Fjedsøll! Eu lutarei com... Isso! - Pegou um graveto que pousava no chão. O graveto de todo não era pequeno e ainda serviria para defender e dar estocadas. - Não consigo fazer uma investida com esse pedaço de madeira, Fjedsøll! Vamos, me ataque!

Monserrat tremia diante a imponência da espada que pendia meio desajeitada em sua mão. Era uma espada lendária que segurava em sua mão. Sentiu seu estomago revirar e suas emoções afloraram quando veio um sorriso em seu rosto mediante a todo o desafio. - Sim, Aelor! POR BÖNFRIR!



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido. Os nomes no final da canção são de heróis dos tempos primeiros do mundo. :)