Crônicas De Whitörn escrita por maisutoGUN


Capítulo 1
Um rumo no Norte


Notas iniciais do capítulo

Eu tenho o final dessa história, mas o começo e o meio é tão imprevisível pra mim quanto pra vocês. Espero que se empolguem como eu me empolgo só de imaginar o que pode vir a ser isso. m/



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Em um reino gélido como qualquer outro do norte de Santagar, nasceu aquela que seria a salvadora do seu povo em tempo onde havia mais de um rei para governar suas terras e não apenas uma única mão por cima de todos.

Filha de Roswell, o cavaleiro juramentado à Drevyan, o protetor da relíquia de Farss, a quarta relíquia do Reino de Beilerivhov, que nasceu no inverno dos invernos. O inverno dos invernos é um evento que acontece a cada 100 anos onde no período do inverno, durante apenas um dia existe neve das cores do arco-íris.

Todas as crianças que nasceram no inverno dos invernos estão destinadas a serem grandes se sobreviverem a seu primeiro ano, que sempre é cercado de moléstias por conta do tempo que segue frio durante todo esse tempo. Nenhuma criança que nasça depois do dia do inverno dos invernos costuma sobreviver a não ser que já tenha uma constituição forte desde o nascimento. E isso só é possível com um parto tranquilo e ervas durante todo o período de gestação.

Mas estamos aqui pra falar de Monserrat, que por sorte sobreviveu ao seu primeiro ano com muito sacrificio. Muitas doenças a assolaram. Todo dia era uma luta, mas assim que veio a primavera, que por conta do inverno dos invernos durava 6 meses. Isso apaziguou os animos na humilde casa do cavaleiro juramentado e de sua mulher, Ollyne. O unico problema em tudo isso era a vontade de Monserrat e a sua insistência em se tornar uma cavaleira dos Deuses. A noite Ollyne pegava Monserrat rezando ao deus da guerra Amilfrot e ao Taifan, o deus do Haganan, o país do céus destinados aos cavaleiros e heróis que repousavam e aguardavam ser chamados para a guerra dos céus.

Ollyne a instruía nas artes dos Deuses, para que ela fosse educada e inteligente, pelo menos ao ponto que Ollyna era, o que não era muita coisa, mas era mais que as cortesãs do rei sabiam com certeza. Por isso Monserrat orava muito bem e Ollyne ficou orgulhosa ao a ouvir, mesmo sendo aos deuses que trazem morte:

Oh meu bom deus, Amilfrot

Que forja pra mim a vitória

Que sacia minha espada

Que alimenta a minha vontade

Fazei de mim sua serva

Por mim, fazei sua vontade

Abençoai minha alma com a destreza

E que assim seja, Amém

Monserrat não tinha ainda uma espada, e bem provavelmente não a teria já que seria uma senhora de alguma relíquia ou seria dada a um Monsenhor que tomava conta de alguma parte afastada de alguma relíquia. Aquela vontade de ser cavaleira não preocupava Ollyne. Ela sabia que as vezes as crianças tem desejos estranhos. Porém ela se sentiria orgulhosa se sua filha pudesse montar em um cavalo e saíssem em uma guerra. As mulheres, como ela mesma, eram tão fracas que isso não era possível. Talvez lá no fundo Ollyne também tivesse o mesmo desejo e por isso não se importasse.

– Venha Monserrat, meu amor. Está na hora de fazermos a refeição de despedida de seu pai que foi convocado pelo Protetor da Relíquia à servir.

– Queria ir com ele à guerra! - Monserrat levantou e encarou a mãe com um sorriso triste e foi andando em sua direção pra lhe dar um abraço. - Eu me sinto muito diferente, mãe! Parece que eu não nasci pra ser uma simples donzela, serva de um senhor marido! - Podia ser visto claramente um sentimento de indignação no rosto de Monserrat, mas ela não chorou.

– Você é uma criança forte, querida! - Mesmo com Monserrat se fastando um pouco logo após o abraço, Ollyne afagou sua cabeça com um sorriso no rosto! - Eu entendo o que você quer dizer! Pode acredita nisso! Venha. Seu pai está nos esperando!

Ollyne e Monserrat viram seu pai na cabeceira da mesa de refeições olhando para o prato e um homem estava na outra extremidade da mesa, que não era muito grande de qualquer forma, que as viu antes de seu próprio pai, que aos vê-las soltou sua colher e sorriu. - Venha minhas duas pérolas. Juntem-se a nós! E aliás, Monserrat. Tenho que lhe apresentar este homem! Aelor, Monserrat. Monserrat, Aelor.


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Notas finais do capítulo

Para melhor elucidação da bagaça toda, o Reino Santagar seria como um continente, um reino mesmo. o Protetorado é como um país. No caso, o protetorado dessas crônicas é Whitörn, e quem toma conta do protetorado então é o Protetor Primordial, que na época ainda era Rei, o Rei Ghartän e o protetorado é Beilerivhov, que é algo como Chifres brancos em Esloveno, ou algo sim. As reliquias são os condados/cidades. E não tem hierarquia entre elas por ser primeira segunda e etc. Isso é só pra elucidar a ordem da conquista do território. Explicarei mais sobre isso no próximo capitulo se for conveniente. Acho que já está confuso o bastante por hora. xD