When You Call To Me escrita por Carrie Lerman


Capítulo 26
Medo


Notas iniciais do capítulo

Apreciem a leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/400286/chapter/26

Anterior:

Caspian aproximou os lábios novamente da face da rainha e voltou a beijá-la pedacinho por pedacinho, até cobrir todo seu rosto com beijos, e deixando que restasse apenas sua boca para o final, então finalmente seus lábios se tocaram em um beijo apaixonado de saudade.

Agora:

Caspian não conseguia afastar seus lábios dos de Lucia, e mesmo quando ela tentava fugir totalmente contra a própria vontade, ele a segurava entre seus braços longos, e mantinha um sorriso encantador e um ar extremamente divertido.

– O que está fazendo é uma manobra bastante arriscada. –sorria Lucia pouco se importando com as graças do moreno. – Poderia perder o pescoço por aprisionar a rainha assim em seus braços!

– Perderei de bom grado, desde que eu possa segurar você por mais meia hora! –ele sorriu e beijou o canto superior do pescoço de Lucia deixando-a arrepiada.

– Caspian! –ele sentiu-se corar, embora tenha adorado a barba dele arranhando sua pele.

– Desculpe Lucia, mas eu não consigo conter minha vontade de te cobrir de beijos.

– Desse jeito terei de chamar os guardas para me salvar das suas mãos famintas. –ela riu.

– Bela descrição. –e ele retribuiu igualmente. – Por que é assim que me vejo, absolutamente faminto. Faminto pelo seu carinho, pelo seu sorriso, pelo seu toque, sua boca... –ele sorria e beijava-a. – Acho que não preciso de mais nada além dela.

– Não seja bobo, como viveria sem comer, sem beber, sem o ar?

– Eu posso parar de respirar, de comer, e viveria como um camelo no deserto, mas não posso mais ficar longe de você Lucia! –disse recostando a testa na testa dela e tocando o rosto da mesma com seus dedos gentis.

– Não diga isso. –ela mudou a expressão feliz para distante.

– Por que não se é o que eu sinto? –questionou ao franzir a testa.

– Por que você não sabe ao certo. –ela o encarou.

– Claro que sei, eu nunca me senti assim com ninguém Lucia. –ele continuava a tocar o rosto dela.

– Está apaixonado.

– Sim estou completamente. –ele sorriu e tentou beijá-la, mas ela se afastou e andou até a janela.

– Paixão.

– Qual é o problema Lucia?

– Nada. –ela ergue o rosto e olhou as estrelas. – Só tenho medo.

– Medo do que? –ele se aproximou e parou as costas de Lucia.

– Disso. –ela virou o rosto e o fitou com expressão triste. – Eu nunca me senti assim com alguém antes, e posso afirmar com toda certeza que nem cheguei perto disso, é tudo muito novo pra mim, e ao mesmo tempo em que me alegra me deixa preocupada.

– Por quê? –ele deu mais um passo e tocou os ombros dela.

– Por que eu tenho medo. –seus olhos brilhavam, mas de maneira melancólica. – Medo que acabe.

– Lucia... –ele se aproximou mais e abraçou-a por trás envolvendo-a em seus braços e repousando seu queixo na curva do pescoço dela. – Também tenho medo.

– Tem?

– Eu me deito todas as noites com medo de acordar no meu apartamento, na minha cama e descobrir que isso tudo não aconteceu, e que você... É só parte de um sonho, um sonho maravilhoso...

– Eu sou real Caspian. –ela se virou e o encarou.

– Eu sei. –ele sorriu. – Eu posso te tocar, te sentir, e sentir o seu cheiro que é de longe a coisa que eu mais amo em você. Mas mesmo assim, eu tenho medo de não merecer o que você é. De onde vim, as coisas que eu disse, que eu fiz... Lucia pode não ser algo ruim no meu mundo, mas o que eu fui poderia machucar você.

– Fala como se fosse mal.

– Talvez eu não seja, mas você é boa. Eu nunca conheci alguém tão incrível e pura como você. Você é perfeita Lucia, perfeita... –disse segurando o rosto dela com ambas as mãos. – Eu não sei se eu mereço tudo isso, mas... Eu quero. Quero ser bom o suficiente pra merecer você, pra ter você pra mim. Eu te quero pra mim Lucia...

Ela não podia responder aquelas palavras tão lindas e sinceras sem que seus olhos se enchessem de umidade, então tudo que ela fez foi sorrir com aquele brilho molhado nos olhos, enquanto Caspian se aproximava devagar e lentamente selava os lábios dela com um beijo suave, e saboroso. Os lábios dele repousavam com sutileza e carinho sobre os dela, e juntos eles dançavam em uma sincronia majestosa com movimentos pausados e bem calculados de modo a satisfazer o desejo de ambos.

– Precisa voltar para os seus aposentos. –disse Lucia afastando devagar o beijo. – Eu também devo me recolher.

– Tudo bem. –ele sussurrou olhando os olhos dela.

Sentindo a dificuldade em se afastar do moreno, Lucia deu uns passos e então se viu fora do abraço do mesmo. Ela fechou alguns rolos de pergaminho sobre a mesa, e depois de tudo guardado, ela se retirou do gabinete assim como Caspian. Eles seguiram juntos até o corredor dos quartos, e se despediram com apenas um toque casto de mãos. Cada um seguiu aos seus aposentos e então se puseram a dormir.

...

No bosque das Amazonas, Edmundo e Susana desfrutavam de uma noite de aventura caçando invasores que cercaram a mata e que eram fortemente abatidos tanto pelo general dos exércitos da rainha, e sua arqueira como pelas belas amazonas que usavam seus cavalos e armas manuais para ferir os homens que cercavam o local com força armada. Ao final da batalha, poucos homens restaram ainda de pé e os que não conseguiram fugir foram aprisionados pelas moças e levados até sua tribo onde deveriam ser interrogados por meio de ervas da que faziam dizer a verdade.

Edmundo e Susana sentavam-se diante de uma fogueira enquanto falavam:

– Parece que ela gosta de você. –sorria Susana.

– Quem? –desconversou Ed revirando as chamas.

– Tricya!

– Você acha? –ele riu.

– Parece.

– Que bom então se você acha.

– Não deboche. –ela bateu de leve no braço do companheiro.

– Não estou! –e ele riu apenas.

– O que acha que elas vão conseguir com o homem?

– Espero que algo útil, porque esses mosquitos estão me devorando vivo. –reclamou espantando os mesmos.

– Nem parece tão durão, reclamando de insetos.

– Insetos são um tormento. Prefiro algo que eu consiga eliminar com uma lamina afiada. Algo que eu possa ver e onde vem, e como vem.

– Que seja.

– Espero que elas arranquem tudo que puderem nesse interrogatório, ou apenas teremos perdido tempo aqui.

– Nem todos, você está até ganhando! –ela riu mais uma vez e se levantou.

– Se eu estivesse sozinho talvez! –ele ironizou.

– Da próxima vez, comunique a rainha do seu desejo de viajar sozinho.

– Farei isso! –ele riu e Susana se afastou também sorridente deixando o amigo na beirada da fogueira com seus pensamentos.

Assim que adentrou a pequena cabana de bambu e palha, a arqueira avistou a líder das amazonas se aproximando sedutoramente de Edmundo, e sentando-se ao lado do mesmo. Ela sorriu, e logo imaginou onde aquela conversa iria parar antes do final da noite. Com esse pensamento Susana se deitou na cama de palha bem confortável e logo se deixou levar por seus pensamentos particulares quanto ao rei de Nárnia, Pedro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente o próximo capítulo terá mais ação ok?! Beijos