The Big Four - As Legiões Colidem escrita por River Herondale


Capítulo 48
|Hiccup| Ultimatum


Notas iniciais do capítulo

OLÁ! Yaaaay, cap novinho, brilhante e complicadinho.
Complicadinho porque eu não conseguia escrever de um modo convincente a reviravolta, mas achei um modo bem revoltante e que necessita de futuras respostas, que darei nos próximos capítulos. Enjoy XD



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Dizem que a dor muda as pessoas.

Que, ao você tomar um choque de realidade e precisar a agir sozinho, não há mais volta: você muda. Um pouco de magia no mundo se perde e você começa a ver o mundo com mais racionalidade.

E para Soluço não foi diferente. Ele parara de agir como se tudo fosse uma grande brincadeira. Se fosse para terminar essa missão, que terminasse do melhor modo possível. Suas chances de sucesso? Mínimas. Mas se agarraria nelas e, se precisasse se sacrificar pelo bem das legiões, se sacrificaria.

E foi isso que aprendeu com seu maior herói, seu pai.

Jack e Soluço saíram da sala logo depois de seus amigos se transportarem. O olhar de Jack era selvagem e perigoso, o que assustava Soluço tanto quanto o sangue na sala. Jack nunca deixava suas emoções transparecerem e agora estavam tão... aparentes.

Soluço não queria confessar, mas teve medo do irmão quando o viu matando o falso tio. Eles duelaram e estranhamente Jack tinha tanta técnica de combate quanto o falso tio. Um golpe ali, defesa aqui, movimentos graciosos, não dava para saber quem estava em vantagem. Mas então, tão rápido como começou, rápido terminou. Jack conseguiu desarmar o tio, a espada voando ao lado. Jack não hesitou em enfiar a lâmina bem no fundo do estômago de Elijah.

E foi isso que assustou Soluço: ver Jack lutando tão naturalmente e matando sem nem ao menos hasitar ou ponderar que ali estava o homem que ele acreditou ser seu tio.

– Você sabe pra onde está indo? – perguntou Jack, tirando Soluço de devaneio.

– Hum, não. – Soluço respondeu com sinceridade. Estava absolutamente perdido.

– Você já pensou na probabilidade de Breu estar no banheiro? Ele saiu tão rápido que eu imaginei que ele poderia estar apertado.

Soluço não queria rir, então fez uma careta em resposta:

– Cara, ele é um deus.

– Está querendo me dizer que deus não caga?

Certo. Desta vez não deu para não rir.

– Droga, Jack. Hoje eu só vi mortes e desgraças e você me faz rir.

– Por isso mesmo. – Jack sorriu para Soluço, o que deu a ele certeza de que o velho Jack Frost estava ainda ali. – Chega de desgraças por hoje.

O corredor que eles andavam parecia não ter fim. O castelo de Breu era estranho, pois não era luxuoso. Era escuro, grande demais e vazio. Sem tapeçaria chique, quadros ou empregados lustrando janelas. Apenas breu.

– Nós nunca acharemos ele nesse castelo gigante. – Soluço disse, quebrando o silêncio depois de caminharem por três cômodos distintos.

– Só continue andando.

Soluço estava exausto. Suas pernas estavam duras e, se tentasse correr, ele achava que quebraria. Jack brincava com sua lâmina da espada quando perguntou:

– Elliot é doidinho pela sua garota. O que achou dele?

Soluço notou que Jack sorria de modo safado, com total interesse.

– Eu não sei.

– Como não sabe? Cara, ele viveu com ela e beijou ela antes de você. De verdade, o que achou de Elliot?

– Ele parece ser inteligente.

“Ele parece ser inteligente.”. Você me dá sono, Soluço.

– Você quer que eu fale o que? Que ele é um moreno alto, bonito, inteligente e habilidoso? Por favor, Jack.

– Tudo isso, é? Bem, mas sinto que Merida não gosta dele.

– O quê? – Soluço parou de andar, encarando de fato Jack.

– Isso mesmo. Ela prefere um garoto problemático, órfão e com um dragão banguela do que o Elliot. Gosto não se discute, não é?

Soluço deu um soquinho de leve no braço de Jack, sorrindo de verdade pela primeira vez no dia.

Eles teriam continuado a conversa bem humorada se não fosse o ser que estava na frente deles que os esperava com um sorriso diabólico.

A névoa negra de Breu envolveu Soluço e Jack, como uma corda. Suspendidos no ar, eles foram levados até Breu que sorria diabolicamente.

– Engraçado como não estou surpreso. – Breu falou com sua voz impotente. – Se tivessem perdido, aí sim me surpreenderia. A verdade é que eu quero acabar com vocês com minhas mãos.

Breu abriu a porta da sala em que provavelmente estava antes e entrou junto com os dois presos. Soluço estava ofegante, a névoa negra intoxicava todo seu corpo com o toque. Suas armas foram retiradas de suas mãos.

Não era qualquer sala. Provavelmente era um tipo de central, já que nela tinha grandes caldeirões grandes cheios da substância negra que era a marca de Breu. Deveria ser dali, pensou Soluço, que saia os seres negros que nutavam para Breu, os animais perigosos e horrendos que serviam de cavalaria e a Epidemia do Breu que mata tantas pessoas. Soluço fez uma nota mental: destruir aquilo de algum modo.

Jack estava frio, mais frio do que o habitual. Dentre os quatro, era claro que Jack era o que mais se revoltava com a situação. O destino não fora realmente bom com ele, já que sua memória fora roubada. É Soluço tinha que ser verdadeiro: se suas lembranças fossem tiradas, ele enlouqueceria; são as lembranças que nos formam.

– Senhor, trago relatórios da guerra. – entrou um traidor da Legião da Terra afobado. Breu o olhou com desprezo.

– Ótimo, certo Regente. Não vê que estou ocupado?

– Desculpe, mas o senhor vai querer saber das novas atualizações.

Breu revirou os olhos, entediado.

– Prossiga.

– Os quatro castelos foram dizimados em nada. Nem pó sobrou como prometido.

Nem pó sobrou? Eles haviam conseguido avisar? Um frio aflito passou pela coluna de Soluço.

– Uma ótima notícia, obrigado. – a voz de Breu saiu com desprezo. Ele nunca parecia satisfeito!

O regente fez uma leve reverência e deixou a sala.

– Agora só falta eu aparecer para todos. Será uma ótima surpresa, não acham?

– A melhor surpresa que eu poderia ouvir é de seu fim. – disse Jack tão azedo quanto Breu. – É engraçado como pensa ser tão bom.

– Jack Frost. – Breu olhou profundamente nos olhos do garoto, seu sorriso gigante de satisfação. – Pobre Jack Frost.

– Não precisa ter pena de mim.

– Ah, mas eu tenho. Você agora não tem nada. Morrer é a melhor opção.

– Então se mate. Ninguém está te obrigando a viver. – Jack ironizou.

– Chega de brincadeirinhas, não é? Eu roubei tudo quem você é. Eu tirei suas memórias, sua verdade. Quer saber? Até você deveria ter pena de si.

A névoa envolta de Jack ficou mais densa, apertando mais intensamente o garoto. Ele segurou um grito.

– O que eu devo fazer? – Soluço não acreditou. Jack dissera isso mesmo?

– Eu realmente preciso de você, Jack Frost. E se está me dando essa oportunidade de bom grado, ótimo. Isso será muito útil.

– Mas eu quero uma recompensa. Digo, uma troca.

Breu trocou o peso do pé. Parecia apreensivo.

– Depende. Qual é sua proposta?

– Te dou minha vida em troca da vida de meus amigos. Te dou respostas se parar imediatamente a guerra e fizer um comunicado de paz a todos, mantendo-os vivos. E principalmente: te dou a liberdade de fazer o que quiser comigo após morto se deixar-me ver minhas memórias antigas.

Os olhos de Breu brilharam por um momento. Jack estava maluco? Soluço não absorvia as palavras rapidamente.

– Estou achando esse trato justo. É tentador.

– Não, Jack! Se ele subir ao poder todos nós iremos morrer do mesmo modo! Não há vida com Breu. Não há alegria. Jack... Vai desistir agora?

– Ele é um deus, Soluço. Não há nada que possamos fazer.

Jack abaixou a cabeça em sinal de respeito. Breu sorriu de bochecha a bochecha dessa vez com o sinal de submissão.

– Seus amigos viverão e comunicarei o fim da guerra quando colocar meu palácio no alto da montanha, para que todos me vejam. Sua morte será publica dentro de uma hora. Enquanto isso te darei tempo para pensar na cela.

– E minhas lembranças? Ainda temos isso.

– Na cela você as receberá. É uma pena que não poderá usufruir delas por tempo o suficiente. – Breu riu satisfeito.

– Espero que não descumpra suas promessas.

A névoa envolta de Jack ficou bem mais densa, quase sólida. A veste escura de Breu que tampavam suas longas mãos pareciam leves quando ele levantou e fez um símbolo no ar com o dedo, um rastro de sua névoa marcando o ar.

– Promessa de um deus não se quebra.


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Notas finais do capítulo

E aí, gente? Jack pirou?
No próximo capítulo veremos o Jack conhecendo seu passado (aleluia) e eu estou ansiosíssima para escrever!
Será que Breu será fiel a promessa?
Gostaria de agradecer a fofa da Clara que me deixou muito feliz com um elogio gostooooso de ouvir, hihi e agradecer a você que não desiste de ler :D
Ah, e amanhã [ou hoje, dependendo de quando está lendo, ou, sei lá, muito tempo atrás (29/01)] é meu aniversário yaaaaaaaaaaaaaaaaaay uhuuuu ~dançando loucamente~
14 aninhos felizes com óculos de grau forte de muita alegria.
Beijin e esperando reviews o/