Coffee,music,maybe Love escrita por yuugino-hime


Capítulo 1
único


Notas iniciais do capítulo

Shonen-ai,levinha,meio bobinha,espero que gostem.Me digam via review onegai.



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Maya POV:

 

Aqui estou eu, saindo novamente da PSC, onde sou guitarrista da banda suporte do Miyavi. Ele é um grande amigo pra mim, mas honestamente não estou sendo tratado direito. Não é que ele seja mandão ou me humilhe, mas está sendo bem difícil ter a atenção dele, desde que ele se apaixonou por aquele baterista do The Gazette, Kai. 

 

Não me entendam mal, não estou com ciúme e acho maravilhoso que ele tenha achado um amor, mas ele está deixando os amigos de lado, e já a algum tempo que eu me sinto limitado aqui. É divertido, mas não acho que posso dar tudo de mim quando estou sob as ordens de outra pessoa, sendo da banda suporte. Estive pensando seriamente em sair, mas não me parece certo ou seguro. Se sair desse emprego, pra onde vou?

 

Chamando o elevador, avisto Ishihara. Novamente na porta do estúdio do Gazette para ver o Yutaka. O pior disso é que enquanto deixa os amigos de lado, ele nem se declara de uma vez pro baterista. Saio, vou até o carro e sigo dirigindo pela cidade. Não tenho a menor vontade de ir para casa agora, vou parar em algum lugar pra comer. Agora estou vendo uma Starbucks, perfeito.

 

 

Esse lugar é bem americanizado mesmo, e tudo tem aroma de café. É bem aconchegante afinal.

Ajeito-me numa mesa perto da janela e pego o cardápio. Logo uma garçonete vem me atender. Hesito por uns instantes, enrolando meus cabelos dourados nos dedos, e decidindo por um café com creme e açúcar extras (como se vocês não me conhecessem) e bolinhos de cereja. A jovem anota e diz que não irá demorar. Enquanto espero, deixo meus olhos vaguearem pelo local, e noto que está meio cheio hoje. Deve ser por causa do frio suave do outono, e por isso as árvores estão desfolhadas, o céu acinzentado e coberto de nuvens e fica ventando um pouco.

É um cenário bonito, mas quando se está com problemas como eu, acaba sendo meio triste. Olho na direção do balcão para ver se a atendente está voltando, mas meu olhar se cruza com o de um ser que me é familiar.

Estou tentando me lembrar quem é. Mais baixo que eu, uma expressão meio azeda, cabelos pretos com a franja rosa, roupas pretas... Eu sei que já nos vimos antes, de algum modo. E ele está vindo pra cá. Ótimo, Maya ficou encarando ele, então agora vai ter que se explicar... E nem conseguiu lembrar quem é.

 

-Boa tarde. -o moreno me disse, então olhei o relógio e constatei que são quase seis horas.

 

-Olá. -me limitei a dizer.

 

-Não pude deixar de notar que ficou olhando na minha direção a pouco tempo. -ele era bem direto.

 

-Não foi minha intenção. Apenas estava pensando que já tinha lhe visto antes.

 

-Acredito que sim. -puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado- Sou Mizui Shinji, guitarrista do Pierrot.

 

-Yamazaki Masahito. Guitarrista do Miyavi.

 

-Da banda suporte, não é?

 

-Sim. Mas estou pensando seriamente em mudar isso. -não sei por que estava contando isso pra alguém que mal conhecia.

 

-Tem alguma coisa acontecendo? -ele pareceu se interessar.

 

-Me sinto deixado de lado e preso. Não é como se eu pudesse expor todo meu potencial ali.

 

-Por que simplesmente não sai? -lançou-me um olhar sarcástico.

 

 

-Não é fácil assim. Eu preciso desse emprego. -disse como se fosse a coisa mais óbvia.

 

-Eu pensava desse jeito. Eu estava assim no Pierrot, então saí. O certo agora é dizer que sou ex-guitarrista deles.

 

-E está fazendo o que agora? -perguntei vendo meu pedido ser entregue e provando meu café.

 

-Me traz um expresso. -disse para a garçonete e depois se voltou para mim - Ainda não achei outra banda, mas não tenho pressa. E não valia a pena ficar num lugar que não me valorizavam.

 

Comecei a pensar. E se ele estivesse certo? O que vale pra um músico não é a satisfação pessoal? E há tempos eu não estava mais satisfeito na banda suporte. Eu estava com medo do futuro. Por isso não saía dali. Mas não podia ser simples assim, não podia!

 

-Entendi. -comecei a mordiscar um dos bolinhos. -Uma parte de mim quer fazer isso, mas outra diz que é maluquice minha fazer. Qual a chance de eu conseguir outro trabalho desses?

 

-Você quer mesmo saber?-perguntou, me olhando profundamente. Com um pouco de medo, assenti.

 

-Pode nunca ter notado, mas eu te observei em todas as chances possíveis, e eu digo que é muito talentoso, e podia ter sucesso como vocalista também.

 

-Acha mesmo? -fiquei um pouco pasmo, afinal, eu era guitarrista e não vocalista. Como poderia virar outra coisa de repente?

 

-Na verdade, acabei de ter outra ideia. Por que não podemos formar uma banda nova? Acha essa ideia interessante, Masahito? -começava a abrir um sorriso.

 

-Pode me chamar de Maya. E não sei. Parece novo e repentino demais, Shinji.

 

-E você me chame de Aiji. Mas devia pensar a respeito. Poderíamos criar um estilo totalmente único, inovar completamente o cenário musical e do visual kei.

 

Enquanto eu tentava absorver a ideia, ele bebia o café que havia chegado. Parecia interessante, seria começar do zero, mas era muito incerto. Como saber se engajaria? Acho que Aiji notou a dúvida nos meus olhos.

 

-Está bem. -ele quebrou o silêncio. -Quando chegar a alguma conclusão... -antes que eu pudesse falar ou fazer algo, me puxou e selou nossos lábios rapidamente e se afastou pouco depois-Sabe onde me encontrar. -Levantou-se e foi até o caixa.

 

Deixando-me ali, de boca entreaberta, coração disparado, dúvidas e corado. Maldito Aiji! Mal o conheci e ele já faz esse tipo de coisa comigo! O que eu faço? Aceito essa proposta? Saio do meu estável e limitante emprego com Miyavi para tentar começar uma banda com esse adorável ser azedo? Enquanto estou aqui pensando, ele sai. Devo ir atrás dele?

Kuso! Meu corpo já está se movendo sozinho e correndo para aquela porta. Ele não foi muito longe, está perto de um banco de madeira, olhando uma árvore terminar de perder suas folhagens alaranjadas. Aproximo-me, mas sem saber o que dizer.

 

-Então... Vai dizer alguma coisa sobre aquilo? -perguntou sorrindo do jeito dele, e minha única resposta foi o beijar. Mas de um jeito diferente do anterior, um beijo completo e de maior duração. Quando a necessidade de ar se fez presente, nos afastamos e eu pude ver o olhar surpreso dele.

 

-Gosto de LM.C - sorri infantilmente, respondendo sua pergunta de forma positiva. Era isso. Eu ia arriscar e me juntar à Aiji buscando um novo sucesso. E algo me dizia que o sucesso não ia ser apenas profissional.


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Notas finais do capítulo

Essa fic me veio ontem no carro,eu tive que escrever.Considerem um aquecimento para HNY2,e logo terá uma one de comédia e yaoi de Alice Nine.Espero ter marquinhas lindas aqui^^