Dramione: The End Will Never Come escrita por Rafinha


Capítulo 3
Capítulo 2. O plano para Dramione.




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Raiva. Foi o sentimento que senti após ler aquela noticia estúpida. Apertei o jornal em minhas mãos, rangendo os dentes. E quando percebi, todos do salão encaravam a mim e a Draco, nunca tive tanta vontade de enfiar minha cabeça na terra para não ficarem me notando, mas acho que isso é impossível. Olho para todos os lados, e só vejo rostos me encarando. Assustada, fito rapidamente Harry e Ron ao meu lado.



— Hermione... — Ron dizia perplexo. — Por que não contou para nós, Hermione? Poxa, somos os seus amigos! — agora ele começava a ficar irritado. — Tentaríamos te ajudar a sair dos braços daquele verme!



— Cala a boca, Ron! — disse Harry rispidamente. Senti vontade de agradecê-lo. — Eu já fui várias vezes vítima do Profeta Diário. E você acha que em pelo menos 2% eles estavam certos? — ele dizia em seu tom natural. — É óbvio que não! Tudo bem, Mione, eu não acredito no jornal. — Harry agora sorria para mim, e eu devolvi o sorriso.



— Mas a foto está aí de prova! Eles estão cochichando! — implicava Ron.



— Tá, mas você vê beijo aí?! — perguntei finalmente, irritada.



— Bom, não... Mas...



— Então, Ron! Deixa de ser besta! — falei rapidamente.



— Você deixe de ser besta! — agora tinha fúria em seu olhar, igualzinha a minha. — Se aliando ao lado inimigo, o que está pensando?



Agora eu queria retrucar com muito mais força, até mesmo dar um tapa no rosto de Ron. Mas me segurei. Entretanto, ainda tinha fúria ainda dentro de mim. As pessoas me encarando e murmurando entre si. Isso me dá ódio, e muitas vezes ficavam apontando em minha direção. E pela primeira vez eu quis estar ao lado de Draco, porque acho que só ele entende o que realmente estou passando agora. Olho para a mesa da Sonserina, a mesma coisa que a Grifinória fazia comigo, estavam fazendo com Malfoy. Apontando seus dedos, cochichando entre si, só que diferente de mim, ele não tinha um amigo como o Harry, que não acreditava na mentira.



— SILÊNCIO! — berrou Dumbledore, e todos se aquietaram. Os Professores tinham a mesma expressão, estavam tampouco interessados. Com exceção de Ângela, que olhava com muito interesse para nós dois. — Seja lá com quem for que seus colegas estão tendo um caso o problema é deles!



— Mas ela está se aliando com a casa rival! Merece ser castigada!



— Se Hermione gosta mesmo do Draco, senhor Willians, ela não merece ser castigada — Dumbledore dizia calmamente agora —, o amor é um dos melhores sentimentos do mundo, e não merce castigo simplesmente por usá-lo.


E o garoto que dissera apenas ficara calado.


— Professor Dumbledore — começou a dizer a Professora Ângela, atrapalhando-se para levantar e ir tropeçando até Dumbledore —, se o Senhor permitir, eu poderia ter uma conversa com os dois moços. — e ela olhava para mim e para Draco com um certo interesse.


— Desculpe, Ângela — começou a dizer Dumbledore —, mas acho que isso não é tão importante. São apenas jovens. E essa confusão é por um mero possível romance.


— Sim, sim — ela concordou, mas seu rosto dizia que a resposta que daria agora seria o suficiente —, mas acontece que nem mesmo você vai poder evitar que muitos alunos zoem deles por causa do possível romance. Quero prepará-los psicologicamente, isso é realmente necessário! — ela implicava.


Essa foi uma das vezes em que eu mais tive vontade de discutir com algum Professor. De fato, eu não queria conversar com ninguém sobre esse assunto. Mas a mulher insistia, e Dumbledore nada pôde fazer a não ser aceitar. Apertei os punhos quando ela chamou a mim e a Draco, queria responder que não iria sair do lugar, mas apenas levantei e fui ao encontro dela com Draco ao meu lado.

— Vamos, queridos — ela disse, pegando eu e Draco pelo ombro e andando —, para a sala de Poções... Já! Vão! Vão! Encontro vocês lá! — e ela nos empurrava.

E eu e Draco a obedecemos. Começamos a andar até a saída do Salão, mas todos das mesas tinham seus olhos centrados em nós. Queria mandar eles cuidarem de suas vidas, mas nada fiz. Apenas fitava o chão, evitando todos.

— Apenas ignore, Granger. — disse Draco, em seu mesmo tom de voz.

Começamos a acelerar os passos. E saímos daquela sala juntos. Íamos passando por corredores em direção das Masmorras quando Draco soltou.

— Eu odeio essa escola!

Fiquei pensando por um momento sobre isso. Mas acho que é melhor não ficar discutindo muito.

— Não se preocupe, Draco. — eu comecei a dizer, não quero que Malfoy fique com esse pensamento para sempre. Eu realmente desejo que Draco mude para melhor. — Basta apenas ignorar.

— Olha quem falando! — seu tom ia se elevando, e apenas me negava. Estava irritado. — Fica chorando o tempo todo quando alguém fala mal de você! Tu vais sofrer muito mais que eu nesse tempo!

Quis responder, contudo, é bem melhor ficar quieta. Mas de qualquer modo, ele está certo. Eu choro muito fácil, e realmente me preocupo com o que as pessoas pensam. Entretanto, um tempo horrível se aproxima de minha vida, e eu tenho que me preparar, chega de chorar, é hora de ser forte!

Entramos na fria masmorra. É possível escutar gotas de água caindo do teto. Ela é negra e escura, demoramos um pouco para achar a sala de Poções. Assim que entramos, sentamos direto em duas das várias carteiras vazias.

E nenhum de nós falou nada. Ficamos apenas quietos em nosso canto, olhando a qualquer momento para a porta, vendo se Ângela apareceria ali. Meu coração estava quase saindo pela boca. Quais seriam as dicas que a Professora nos daria? Espero que dê certo.

Não demora muito e Ângela chega.

— Desculpe a demora! — ela chega, se atrapalhando. — Espero que o casal de jovens me desculpe. — ela pisca enquanto tropeçava até o quadro de giz.

Cala essa boca. Pensei.

— Muito bem vocês dois. — ela agora pegava um giz e escrevia a palavra "Dramione" no quadro. — Caso vocês não saibam, eu simplesmente adoro uma história de romance. — agora ela nos encarava. — E vocês dois são a mina de ouro! Todo escritor de romances deveria conhecer a história de vocês dois! Daria um ótimo livro! "Daria" não... Dará um ótimo livro! — ela estava animada. Com um sorriso estampado no rosto. Enquanto eu e Draco apenas a encarávamos, enjoados. — Dramione será o que todos esperavam em Hogwarts!

— Isso não é uma história de romance boba, é vida real, sua estúpida! — berrou Draco rispidamente. Ele definitivamente falou o que eu queria dizer. Mas em troca, recebeu um olhar de fúria de Ângela, que logo voltou a escrever no Quadro com o giz.

— A primeira coisa que vocês precisam fazer é aceitar logo o amor de vocês. — ela dizia enquanto escrevia suas palavras no quadro. — Se realmente têm um caso, continuem e deixem o mundo saber! Se não tiverem, criem e mostrem para todos! — ela acabou, e agora voltava a nos encarar, com seu sorriso estampado no rosto. — Acreditem, é melhor mostrar o que o Profeta quer do que negar e deixar o jornal descobrir mais coisas de vocês.

— Eu jamais irei me apaixonar pelo Draco! — disse, irritada com tudo. Principalmente pelo fato dela achar que isso é um simples livro, e ficar nos usando como seus personagens.

— Ela está certa. Eu odeio a Granger! Nunca ficaria com ela!

Ângela soltou um sorriso irônico.

— Ou vocês ficam juntos por vocês, ou junto eu mesma. — agora ela nos ameaçava.

— Você não pode fazer isso! — retruquei. — Não conseguiria! Não manda nos nossos sentimentos!

— Mas posso construir para vocês. — agora seu olhar dava medo. E ela ia em direção da porta. — Se ainda duvidam da minha capacidade, aguardem a nossa aula de amanhã — ela botara a mão na porta de entrada da sala, e encarava a gente em nossas carteiras. — Ela será inesquecível para o nosso casal Dramione. — riu. E logo em seguida, saíra da sala.

Eu e Draco ficamos ali sozinhos, pensando no quanto nossa vida se tornaria um inferno. Os alunos começando a nos renegar, se afastando de nós. Outros dando forças para o casal. E a Professora Ângela que daria toda hora planos para Dramione, como se fossemos os protagonistas de um livro de romance.

Não sei se Draco sentia o mesmo que eu, mas sem dúvidas eu estava irritada. Com nojo de todos. Do jornalista que inventara essa história besta. Dos alunos que acreditaram nessa droga. De Ângela que tentava nos controlar, mexer em nossos sentimentos. Tudo. Tudo estava misturado dentro de mim. Ódio, tristeza, arrependimento e vergonha. Mas sei de apenas duas coisas que com certeza acontecerão no futuro: Eu nunca me apaixonarei por Draco e a Professora Ângela fará da aula amanhã, uma aula que terá como objetivo principal, mudar meus sentimentos em relação a Draco.


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Notas finais do capítulo

É só isso, pessoal. Nesse capítulo não acontece muitas coisas... Mas acho que serviu para deixar claro que coisas ruins e boas podem vir por ai. Não esqueçam de comentar dando a opinião de vocês e tudo mais. Obrigada por ler o capítulo :)