My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 52
Linguagem


Notas iniciais do capítulo

OIE! Bom, esse capítulo não está revisado, mas como eu tinha que postar hoje o coloquei mesmo assim. Então...
BOA LEITURA!!!



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— Ren! – Kelsey gritou por entre os arbustos.

Kishan segurava os seus braços impedindo que a mesma desse mais um passo na direção de Yesubai. Os dois saíram da mansão correndo, Kishan em forma de tigre e Kells atrás tentando o acompanhar. Sr. Kadam e Nilima não concordando com a ideia de seguir o rastro de Dhiren, preferiram ficar em casa, somente observando e pedindo a Durga que nada de ruim acontecesse.

As lágrimas desciam pelo rosto de Kelsey queimando sua pele. A mesma não aguentava mais ver Ren jogado no chão como se fosse um boneco inanimado. Suas mãos tremiam cada vez mais, todas as vezes que olhava para as manchas vermelhas na camisa branca de Dhiren.

— Olha, olha quem chegou para a festa! – Yesubai gritou batendo palmas de alegria – Todos agora estão no lugar em que preciso. O tigre branco – falou dando um chute no estomago de Dhiren –, o tigre negro bobão e a queridíssima namoradinha! Não podia ser melhor!

A morena exclamava suas palavras com fervor e dinâmica, como se estivesse se apresentando em um show. Seu sorriso cortava sua bochecha deixando uma marca de expressão profunda e avermelhada. Estava tão contente por tudo estar indo de acordo com seu plano, que em alguns momentos esquecera do seu objetivo e de Lokesh. Todavia, sabia que o velho a estava vigiando e que, com certeza, conhecia uma parte de seu ambicioso plano.

Dhiren estava deitado no chão agoniado, por causa da dor que sentia. Nunca se sentira tão mal como naquele momento. Por anos vivendo, praticamente, como um imortal, aprendera a não se preocupar com machucados e colisões. Contudo, o instante presente o alertara para a realidade: a dor existia e não era agradável. Seus olhos mal conseguiam focar em Kelsey, tudo estava muito distante para seus sentidos: os sons, as imagens e até o toque de sua pele com a calçada era uma sensação longínqua.

— Como que iremos continuar? – Yesubai perguntou encarando Kelsey com raiva – Eu terei que destruir essa cidade para poder acabar com os três ou faço tudo bem breve? Como você prefere Kelsey?

Kelsey não sabia como responder. Não conhecia a mulher que falava com ela e muito menos tinha noção do que a mesma poderia fazer. Em sua mente, somente se passava alternativas para distrair Kishan, soltar-se e ajudar Dhiren afastando-o da figura medonha que estava o machucando. Percebera que os olhos de Ren, antes de um azul vivo e sedutor, transformaram-se em uma cor acinzentada. Ver o seu amado, apático e indiferente ao que estava acontecendo no momento fazia o seu coração dor.

— Ren – murmurou com pesar.

— Não vou deixar você chegar perto dela – Kishan falou em seu ouvido, temendo que Yesubai o pudesse ouvir. – Fique perto de mim.

Yesubai os olhava com satisfação. Ver Kells assustada e ao mesmo tempo tão indefesa lhe dava a sensação de poder que sempre fora inibida nesses anos que vivera com Lokesh.

— Kells, certo? – ela perguntou apontando o dedo para a garota. – Esse apelido é tão fofo, parece aqueles adjetivos que damos para criança pequena, sabe? Bem pequena e indefesa. Venha - fez um movimento com a mão para que Kelsey andasse até ela -, não precisa ficar com medo. Prometo que te matarei rapidamente, sem sofrimento.

— Não escute ela Kelsey! – Dhiren gritou gastando um pouco de sua energia que lhe sobrou.

— O príncipe ainda pode falar? – a morena virou para ele sorrindo – Que bom. Então você vai poder dizer algumas palavras bonitas para ela, antes de morrer.

Yesubai agachou-se e semelhante a última vez, uma luz rosa surgiu ao seu lado. Aos poucos o brilho se ruborizou e deu forma a uma adaga dourada. Ren conhecia aquele objeto, era o mesmo que vira nos livros e, também, que Nathaniel descrevera. A mulher ao seu lado sorria ao ver o rosto de Dhiren, que descrevia dor e ao mesmo tempo vontade de lhe destruir. Ela sabia que mais cedo os mais tarde teria que fazer, o que pretendia e não, não iria se arrepender já que nunca mais veria Ren ou saberia de alguma noticia.

Em sua mente as possibilidades de fugir dali antes fazer o que devia eram nulas. O motivo de ter aceitado sofrer ao lado de Lokesh por tantos anos estava sendo agora concretizado. Não queria mais servir ao velho e muito menos morar no mesmo teto que ele, a única saída era aquela que pensara durante o voo. Durga desde o começo esteve ao seu lado e a mesma, sempre contou com sua ajuda para ajudar os tigres. Todavia, ter ficado ao lado de Lokesh fez com que a deusa se afastasse, mas agora, tudo mudaria e poderia em outra dimensão ajudar Dhiren e Kishan, sem Lokesh.

— Não – Ren murmurou ao ver uma lágrima caindo dos olhos de Yesubai.

Ele sentia medo do que ela poderia fazer. Tinha medo de que nunca mais fosse ver Kells ou Kishan ou de até mesmo de Kells atravessar o campo que Yesubai fez.

— Se eu pedir perdão antes de do que vou fazer, a Majestade perdoaria me – ela sussurrou.

— Nunca – Ren respondeu com a voz rouca.

— Creio, que daqui a pouco o senhor me perdoaria.

Dhiren não estava entendendo o motivo daquela conversa. Toda a pose de auto confiança e ódio que vira a poucos segundos estampadas em Yesubai havia desfeito somente com um olhar. Ela sorria de forma tão sublime que ficava difícil diferenciar se o que sentia era algo realmente feliz ou, somente, prazer de vê-lo naquele jeito tão deplorável. Uma lágrima caíra na pele de Ren, era quente e ao mesmo tempo molhada como as chuvas que aconteciam na Índia. Todo o frio que o cercava transformou-se no calor de sua terra natal.

— Kelsey sabe onde a pedra está e Kishan está envenenado, o antidoto você encontra no hotel em que eu estava, é só perguntar para a arrumadeira que está desaparecida. Você vai encontrar o corpo dela no quarto em que fiquei. Nathaniel não vai morrer, somente fiz um corte em seu braço para que sua memória voltasse quando o feitiço que coloquei em você há 300 entrasse em contato com feitiço que coloquei nele – ela sussurrava, enquanto seu rosto molhava. – Eu te amo. Sempre amei.


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Notas finais do capítulo

Não está revisado. Comente se não gostou e se gosto, também.



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