My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 46
Passado II


Notas iniciais do capítulo

OIE! Como vai? Novamente estou com problema no meu word :x. A formatação ficou horrível, desculpa :(.
Quase esqueci de postar o capítulo hj, estou estudando muito porque daqui quinze dias farei uma prova. Não vou falar muita coisa nesse capítulo, porque estou um pouquinho sem tempo. Mas espero que vocês gostem dele e...
BOA LEITURA!!



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Yesubai em um movimento rápido e direto tirara a adaga que estava presa em seu sari. Estava pronta para encravar Adhyatmika kaara no coração de Dhiren, sem puder ou piedade.

Um choque passara pela espinha de Dhiren e um calafrio o fizera empurrar a garota para longe para longe. Viu o reflexo da adaga doura e por um segundo pensou que havia sido perfurado pelo objeto. Mas não. Um corte daquele objeto o mataria ou envenenaria. Como ela pode se tornar tão rápido em alguém maléfico, pensou enquanto fitava os olhos hipnotizantes de Yesubai. A mesma não estava mais se importando para o que faria. Mataria Dhiren, mesmo que isso lhe custasse à própria vida.

–Você não é assim, eu posso ver em seu olhos. – ele falou em um tom sério tentando mostrar compaixão.

–Majestade – pausou – Você não me conhece. Ambos pesquisaram sobre a vida um do outro, mas ambos não conhecem a alma um do outro.

–Yesubai, desista disso e me entregue a pedra. Será muito melhor para você.

Naquele momento um sentimento surgiu no coração de Dhiren: amor. Mesmo não querendo admitir ele tinha se apaixonado por Yesubai e sabia que ela também o via com outros olhos além da amizade. É normal, para o ser humano, mesmo fingindo ser o que não é misturar sentimento com racionalidade. Os dois pecaram quando colocaram os próprios sentimentos no jogo.

–Sabe, – Ren abaixou a cabeça evitando contato visual com ela -, eu poderia jurar que há minutos atrás se alguém me perguntasse quem eu amo eu falaria o seu nome.

–Você não me ama. – ela gritou com raiva das palavras dele.

–Não? – Dhiren perguntou percebendo que a reação de Yesubai fora exagerada para alguém que disse que ele era somente um plano.

–Não – ela afirmou em um tom baixo.

Uma brisa soprou contra eles. Yesubai inspirava de forma profunda, não queria ficar cansada para o que poderia acontecer. Imaginava como seria se os dois somente tivessem se conhecido, sem interesse. Sem farsas. Será que seria possível viverem juntos? Como um casal? Sem maldições, sem Lokesh ou até mesmo Kishan. Ela queria que isso fosse possível, ela, agora, saciava por isso como alguém perdido no deserto almeja a todo o momento água.

Um choque de realidade passou por sua mente. Fora verdadeiro para mim, pensou enquanto experimentava o célebre gosto do amor em suas recordações. Queria poder voltar no passado e ter acabado com essa situação logo no inicio, quando não tinha esse sentimento forte a entrelaçando à Dhiren; a prendendo e fazendo com que seus dias fossem válidos quando, e apenas quando, o visse.

–Ande Yesubai – uma voz fria e amarga viera em sua mente – Não temos tempo o bastante para emoções.

Emoções, era essa a palavra que ela procurava.

Encarou Dhiren com raiva, era necessário fazê-lo acreditar que ela o odiava para que a dor fosse menor. Não pensou duas vezes e com a adaga em sua mão, em posição de combate, correu para atacá-lo. O vento batia contra o seu rosto com voracidade e as flores ao redor tornaram-se apenas borrões. Sua respiração parou por instantes. Estava decida: fechou os olhos e sentiu o choque contra o corpo de Dhiren. Rápido. Uma morte o mais rápido possível. De forma breve e ágil, cravou ainda mais fundo a adaga. Sentiu o sangue quente escorrendo por sua mão e vira o liquido carmim sendo derramado na roupa de seu amado.

Uma aflição surgira no peito de Dhiren, ele nunca pensou que ela faria isso, por mais que estivessem trocando ofensas não pensava que ela poderia agir daquela forma. Os olhos azuis cobalto marejaram. A boca da morena mexia enquanto ela com toda a força possível se empurrava contra Dhiren. Ele não entendia o que ela estava dizendo, talvez últimas palavras de consolo. Talvez, alguma explicação que não poderia ser ouvida. Yesubai sorriu da expressão de Ren. Estava feito, era assim que acabaria. Ela voltaria para casa e falaria que terminou; que tudo terminou como ela queria.

–Yesubai – Dhiren falou respirando com dificuldade.

–Eu fiz isso por que te amo, mas não se preocupe você não lembrara. – ela tossiu e o sangue escorrera pelos seus lábios – Você não se lembrara que Lokesh está vivo, não se lembrara que eu morri tentando matá-lo. E também não se lembrará da pedra. Eu serei somente uma lembrança boa. Como uma brisa – ela sorriu ternamente -, nossos piqueniques foram especiais. Eu me sentia bem com você e a cada momento que ficávamos juntos eu me sentia mais culpada por estar lhe enganando. Quando percebi que você sabia quem eu era já era tarde.

–Por que fez isso? Não precisava fazer isso – lágrimas escorriam dos olhos de Ren.

–Majestade, não seja ingênuo, casais como nós, não têm finais felizes. Você queria a pedra, mas não posso lhe entregar. Eu teria que lhe matar, mas não quero. Se o problema sou eu em sua vida a partir de agora ele estará resolvido.

Aquelas palavras fizeram uma magoa surgir no coração de Dhiren, não era assim o final que imagina, queria somente a pedra e não a vida de Yesubai. Um choque mesclado com angústia passara por todo o seu corpo e dissipara no peito. Uma dor profunda surgira em sua mente. Lembranças de quando conheceu Yesubai surgiram. De como chegou em casa feliz por vê-la pela primeira vez. De como contou para Kishan como ela era e o mesmo desaprovou o relacionamento. Olhou para seus braços e assistiu os olhos escuros e doces ao mesmo tempo dizer lhe adeus.

–Yesubai – gritou agitando o corpo da moça em vão.

Suas mãos estavam sujas de sangue, pois tentara reanimá-la. Como ela havia morrido? Suicidara-se por que ele disse que os dois não poderiam ficar juntos? Por que disse aquilo? Perguntou para si mesmo. Não fazia sentindo ter dito essas palavras se a amava. O que perfurara o seu o coração? Não havia algo perfurante ao redor deles. Não havia algo que pudesse fazer aquilo. O anel? Cadê o anel que estava em seu dedo há poucos minutos? Todas essas perguntas se passaram por sua cabeça. Nenhuma delas faziam sentido, mas insistiam em tirar-lhe daquele momento, como se quisesse chamar a sua atenção para algo que deixara passar despercebido.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?



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