My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 34
Sombras


Notas iniciais do capítulo

OIE! Como vocês passaram de sábado? Zumbi postando esse capítulo > Como não teve jeito de eu ir no Rock in Rio, advinha o que eu fiz? Sim, fiquei até madrugada vendo. Tomei quatros copinhos de café e me entreguei aos shows. Fui dormir era 6:15 a.m e acordei 10 horas a.m, estou praticamente morta. Mas bem, vamos largar de falar do meu sono e ir ao que interessa. I've been uuuup in theee air!!! Is this the end? Não, esse não é o último capítulo de MY-MY-MY tigeeeer. BOA LEITURA!



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Ren chegou em casa sorrindo, pois apesar de ter levado Kells para casa em completo silêncio, conseguiu fazê-la rir e se sentir a vontade. Entrou na mansão, colocou as chaves do carro em cima da mesinha de centro da sala, sentou no sofá e pegou o controle da televisão para ligá-la.

―Ren, você viu o Sr. Kadam? – escutou Kishan.

―Não. Se não viu eu acabei de chegar. – respondeu olhando para o rapaz que o encarava da ponta da escada.

―Senhor estressado, eu só perguntei sobre o Kadam! – Kishan exclamou e subiu para o quarto.

O moreno de olhos dourados há dias percebera que o comportamento de Dhiren se tornara diferente. Claro, que era porque o mesmo estava tentando descobrir o que fazer para que a maldição acabasse, entretanto a sensação que tinha é de que não era somente isso que ocasionara essa mudança.

Kishan deitou na cama e pegou um caderno que estava no criado mudo. Nesse objeto estava escrito anotações sobre sua vida e o que sentia. Começou a ler desde a primeira vez que escrevera. Leu as primeiras páginas e riu, pois estava escrito que só resolvera anotar sua vida porque Ren lhe dera esse conselho.

―Kishan – alguém bateu na porta e o chamou, provavelmente seria o Sr. Kadam pensou.

―Pode entrar.

―O que aconteceu? Dhiren falou que estava me procurando.

―Ah, sim. – ele se levantou e sentou na cama. – É que eu estava pensando em comprar um carro. Sabe... Ren tem o seu e bem, pensei que poderia ter o meu.

―Nós já conversamos sobre isso, você destruiu o jipe de Nilima, não que eu queira ser chato, mas vamos esperar mais um pouco.

―Mas, Kadam, foi só um jipe. – Kishan aclamou.

―Sim, um jipe que ela comprou com o próprio dinheiro depois de ter trabalhado. Não acha que eu seria injusto se te desse um carro agora. Vocês mesmo disseram que queriam ser tratados como pessoas normais, então é isso que estou fazendo. Sem mais esse negócio de realeza.

―O senhor está certo, infelizmente – respondeu deitando se novamente.

―Qualquer coisa que precisar que não seja um carro, é só me chamar. – Kadam falou para se retirar do quarto.

―Obrigado.

Ren estava na sala rindo com a televisão, apesar de ter em vivido em média 300 anos, ainda tinha a alma jovem e um comportamento que condizia com sua aparência. Assistiu a uma maratona de cartoon, por incrível que parece, era uma das coisas que mais gostava de fazer.

―Dhiren, você poderia emprestar o seu carro para Kishan às vezes. – Sr. Kadam falou quando passou pela sala.

―Não, melhor não. Não quero que aconteça a mesma coisa que aconteceu com Nilima.

―Por falar em Nilima, ela disse que achou alguns documentos com algo que pode nos ajudar.

―Sério?! – Ren disse em pulo do sofá – Irei chamar Kells agora.

―Espera, vá com calma. Pelo que ela me disse o sonho de Kelsey foi muito útil e que agora você tem um “norte” para seguir.

Dhiren, não terminara de escutar Kadam. Somente pegou a chave do carro e correu até o automóvel para ir até a casa de Kells. Seu sorriso de felicidade dominava o seu rosto. Estava muito alegre, primeiro por ter agora uma direção a seguir e segundo por poder ver Kells novamente.

Correu o máximo que pode, por causa da neve. Parou em frente à casa de Kells e saiu do carro, sem nem mesmo trancá-lo. Tocou a campanhia e esperou que alguém atendesse. Enquanto isso arrumou a roupa e passou a mão na cabeça para arrumar os cabelos que se desarrumaram. A porta se abriu e ele viu o sorriso da Sra. Hayes, quando ela percebera que era ele.

―Boa tarde, Sra. Hayes – ele disse com o tom de voz sério -, Kelsey está?

―Claro, vou chamá-la. Entre, por favor. Do lado de fora está fazendo um frio! – ela disse ainda com o sorriso no rosto.

―Obrigado.

Dhiren, não sabia por que, mas se sentia em casa. Sentou no sofá e esperou que Kells descesse. A casa tinha o cheiro dela, doce e delirante, como o que sentira no chalé. O lugar, também, tinha o jeito dela: uma decoração tímida e cativante.

―Ren – escutou Kells o chamando e se virou para vê-la. – Aconteceu alguma coisa?

―Não – ele negou. – Precisamos conversar, Nilima descobriu mais algumas coisas e agora parece que temos uma dica do que fazer.

―Nossa isso é muito bom – ela respondeu e percebeu que o mesmo encarava suas roupas. – eu só vou tro-trocar de roupa, minha mãe não avisou que era você.

―Tudo bem, eu espero. – ele riu, pois ela corara.

Kelsey estava vestida com uma calça de moletom preta e uma blusa de frio sem zíper na cor azul marinho. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo e seu rosto um pouco inchado, por ter cochilado. Quando chegou ao seu quarto, colocou uma calça jeans, uma camiseta e por cima vestiu a mesma blusa de frio, porque não achara outra. Calçou um tênis qualquer e escovou os dentes. Desceu rapidamente, para não fazer que Dhiren esperasse muito ou para que o mesmo não escutasse as histórias de sua mãe sobre quando era criança.

―Estou pronta – falou quando viu que a Sra. Hayes ria de alguma coisa na companhia de Ren.

―Sra. Hayes obrigada por deixar Kelsey ir comigo até o shopping. – ele disse cumprimentando a mulher.

―Tudo bem, já que vocês são amigos – ela enfatizou a última palavra – eu não posso impedir que Kells saia com você.

Saíram da casa despedindo da mãe de Kelsey, ela estava feliz pela filha ter arrumado uma companhia tão boa como a de Dhiren. O rapaz conseguia passar uma tranqüilidade, como se a garota estivesse mais segura com ele do que sozinha.

Ren entrou no carro e Kells fez o mesmo. Ele estava sorrindo, pois agora já a tinha ao seu lado. Kelsey percebera que seu coração acelerara na hora que Dhiren chegou a sua casa e que continuava até aquele momento no mesmo ritmo.

―Kells, quer que ligue o aquecedor? – perguntou antes de dar partida no automóvel.

―Sim – respondeu tentando disfarçar que estava com frio.

―Coloque o cinto, por favor.

Como um instinto, Ren se aproximara dela para colocar o cinto em volta de seu corpo. O cheiro de Kelsey tornava a sua realidade surreal. Aquele efeito que ela produzia, nunca fora experimentado por ele em todos esses anos de vivencia. Pegou com a mão esquerda o metal que estava próximo a face de Kells, puxou lentamente para que pudesse analisar cada movimento dela. Para sentir o máximo que pudesse aquele cheiro que estava o fazendo sair da realidade, como uma droga poderosa.

Apertou o cinto. Não seguraria mais. Calmamente se aproximou ainda mais de Kelsey. Esperou alguma reação dela, nada. Continuou chegando mais perto. Fechou os olhos e tocou os seus lábios, levemente, aos dela. O beijo fora suave e terno, como o outro, entretanto tinha mais fervor e harmonia entre os dois. Kelsey sentia as mãos de Ren em seu rosto acariciando sua pele e se arrepiava a cada contato quente e gentil.

―Eu – ele disse quando se afastou dela – posso?

Kelsey assentiu com a cabeça e beijaram novamente.

Um choque passou pela espinha de Kells, ela não sabia o que significava aquela sensação. Era algo bom que a deixava alegre, mas no fundo observava que um sentimento ruim dominava toda essa alegria. Com os lábios ainda cerrados aos de Ren, uma lágrima escorrera de seus olhos.

―Por que está chorando? Eu te machuquei – Dhiren perguntou limpando o rosto dela com a ponta do polegar.

Kelsey não conseguia responder, somente negou e abaixou o rosto.

―Alguma coisa aconteceu? – ele levantou a face dela para poder encarar os seus olhos.

O encontro de seus olhares gerou uma explosão de sentimentos que atingira o coração de Ren como uma flecha. Rápido. Ele pode primeira vez ver o que a garota via. Ver o que ela sentia. Ver o que Durga nesse momento queria que ele fizesse. A deusa reluzia nos olhos cor de caramelo de Kells. Ela mostrava a Ren, entre chamas e gelos, que o melhor a fazer agora era procurar o mal que os cercava, pois esse mal tinha o modo de devolver-lhe os tigres.

******

―Mas, eu não posso fazer! – Ambre gritou com Yesubai.

―Tem certeza, pirralha? Se não fizer isso, eu penso que uma família tradicional dessa cidade vai virar manchete em todos os jornais, pois estarão mortos! – a “morena” disse colocando a ponta da faca no pescoço da garota.

―Sua loira oxigenada! Se fizer alguma coisa com minha família eu mando te caçar até o inferno. – Ambre murmurou sentindo a pressão do objeto em sua artéria.

―Sério?! Acho que você não está em uma situação que possa fazer ameaças. Então, faça o que eu pedi e tudo ficará bem.

Ambre engoliu seco. Não imagina que a moça ingênua que conhecera na loja de sapatos, em menos de duas horas, se transformaria naquele monstro.

―Isso é assassinato. Não posso fazer isso. – disse em meio a soluços e chorando.

―Para uma pessoa que bateu na amiguinha de Dhiren esse só vai ser mais um passo para conquistá-lo, não acha? Sem o irmão, tudo fica mais fácil. Kishan é o único empecilho que você tem – chegou a boca perto da orelha de Ambre. – Ele é o único que consegue fazer a cabeça do seu amado Ren. Já pensou ter o rapaz todo para você. Só os dois, morando naquela mansão enorme... Ele te abraçando todas as manhãs pedindo para que você fique mais um pouco na cama ao seu lado. Então, vai fazer o que estou te mandando ou vou ter que acabar com você agora?

Ambre sabia que as duas opções não teriam mais volta.

―E-eu faço.

―Ótimo, vou pegar o frasco de veneno.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam? Sinto falta de algumas pessoas comentando ^^ e opinando, então espero que esses (as) sumidos apareçam. Próximo capítulo sairá terça feira (17/09)