My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 31
Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

OIE! Como vai? Hoje é sete de setembro, feriado no Brasil inteiroooo *w*. Eu não gostei desse feriado, pq ele é no sábado, mas acredito que muita gente que trabalha nos finais de semana deve estar gostando. Esse capítulo está calminho... é um daqueles que "impacam", o pior é que "impacou" pq eu estava tão ligada ao anterior que não sabia quais palavras usar para expressar o que eu pensava. Está um pouco pequeno, maaaas mesmo assim...BOA LEITURA!



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Dhiren apertara suavemente o rosto de Kelsey. Sentia os lábios da garota pressionados aos seus e percebera que era tão doces como néctar e de uma textura aveludada. Sua pulsação aumentou e observava que pela primeira vez experimentava um sentimento tão puro e bom.

Kells estava ruborizada, pois não esperava aquilo. As batidas do seu coração aumentaram e por instinto levou as mão ao cabelo de Ren o impedindo de se separarem. Estavam em uma única sintonia e percebia-se que há tempo desejam por aquele momento, um momento único. Dhiren deixou os seus lábios e viu que Kelsey estava, ainda, com os olhos fechados e lábios rosados.

―De-desculpe – falou tocando a face da garota.

Kelsey abriu os olhos e viu sua expressão, o mesmo parecia estar infeliz. Como se aquele beijo que acabara de acontecer o tivesse machucado por dentro. Entretanto, nem Dhiren conseguia explicar o que sentia, para si mesmo.

Dhiren estava feliz e renovado, mas quando encontrou com o olhar Kells, lembrara de sua antiga decepção. Um amor que não era correspondido e que quando aconteceu durou somente o necessário para terminar com uma tragédia.

―Eu preciso ir embora – ela murmurou sem graça e virando o rosto.

―Eu te levo – ele disse levantando se e indo em direção a porta.

Kells estava com vergonha, notava que sua bochecha esquentara e seu coração batia de forma acelerada. Ergueu-se do sofá e o seguiu não sabendo o que fazer na situação. Dhiren abriu a porta e passou em forma humana. Olhou para trás e viu que a garota tinha ficado parada no portal o encarando. Percebera que ela estava confusa com sua reação, pois não sabia como ele sentia se por dentro.

Era como se o beijo ao mesmo tempo em que tivesse remediado seus temores, abrira uma ferida que havia se cicatrizado há alguns anos. Essa ferida, infelizmente, era a porta para os seus medos, tristezas e inseguranças. Enquanto viajava conseguiu, de alguma forma, desconhecida para si, com que todos esses sentimentos fossem trancados no lugar mais fundo do seu subconsciente.

―Ren – Kelsey disse olhando diretamente para seus olhos -, pode deixar que irei sozinha.

Ficaram em silêncio por um tempo. O som da brisa carregando as folhas que sobraram por cima da neve tomou o ambiente. Dhiren pensava na possibilidade da garota, frágil e tímida se perder pelo bosque ou machucar-se, já que viera por um caminho diferente. Não queria que isso acontecesse. Somente, queria o bem de Kelsey.

―Não se preocupe, eu já disse que te levo – respondeu em um tom baixo e retraído – Vamos?

Kelsey assentiu, passou pela porta e a fechou. Olhou para frente e viu que o tigre branco a analisava com certa curiosidade. Seus olhos diziam que estava, realmente, preocupado com o que acabara de acontecer e no seu âmbito pedia perdão. Os dois passaram por entre as mesmas árvores que antes e viram que as pegadas na neve se formavam e desapareciam com a queda de novos flocos.

―Ren – pronunciou contidamente e em resposta o tigre parou de andar -, eu sonhei com Durga.

Aquelas palavras provocaram um arrepio pelo corpo do felino. A deusa havia feito um contato rápido e por meio do sonho, então aquilo queria dizer que a notícia que Kelsey daria não seria ruim. Subitamente, em um piscar, Dhiren estava em pé na frente dela, vestido com roupas brancas, que mostravam o quanto sua pele era bronzeada.

―Você sonhou com ela? – perguntou colocando as mãos no ombro dela.

―Sim – disse “tropeçando” na palavra.

―O que disse?

Instantaneamente uma pontada ecoou no coração de Kelsey. O que falaria a ele com certeza o deixaria confuso. Era como se tentasse explicar um filme sem que falasse o nome dos personagens principais, pensou. Suspirou. Queria dizer tudo com calma, sem que os acontecimentos passados influenciassem em sua memória ou fala.

―Bem... Ela disse que Ambre é somente o primeiro desafio e que eu teria que ajudá-lo.

―Mais nada?

―Ela também falou que se você se livrar da maldição ela vai poder acabar com o mal que colocou no mundo.

Ren por instinto a abraçou. Havia se esquecido do beijo e de tudo que acontecera naquele dia. Estava somente, agradecendo silenciosamente à deusa enquanto abraçava Kells, que fora por enquanto a única dádiva em sua vida. Ele pensava na sua vida sem o tigre, sem a agonia de viver pensando que perderia o controle de seu corpo a qualquer hora.

―Obrigado – sussurrou no ouvido dela -, você foi a melhor coisa que acontecera em minha vida.

―Ren – Kelsey disse no mesmo volume -, você também.

Novamente, o pandemônio de sensação tomara Ren. Ele necessitava de Kells, não importando com o quanto ver sua expressão confusa furasse as ataduras do passado. Tudo nela o chamava a atenção e era difícil de dizer o porquê disso ou quando surgira, somente sabia que esse sentimento intensificara quando começou a se aproximar dela.

Como uma tendência do seu espírito apoiara as mãos na cintura e a prensou contra o seu peito. Queria poder sentir o coração de Kells batendo junto ao seu. Queria cheirá-la até ter sua imaginação tomada pela face dela. Como aquilo fora acontecer? Pensou aproximando o seu rosto ao de Kelsey.

―Eu não sei o que estou fazendo – disse e se afastou um pouco para analisar o que fazia.

―Ren – ela falara com a voz abafada -, eu vou te ajudar. Se necessário aqui – terminou a frase encostando a mão no rumo do coração dele.

******

―Yesubai? – um senhor de idade perguntou olhando na tela do computador.

―Sim. Yesubai. Fiz a reserva há dois dias.

―Achei. A senhorita reservou uma suíte presidencial. Aqui a chave – ele entregou para ela uma chave –, o quarto é na cobertura.

―Obrigada.

―Obrigado a senhorita por escolher nossos serviços.

Yesubai entrou no elevador e apertou o botão que a levaria até o lugar que dormiria enquanto não acabasse sua missão. Enquanto subia o seu telefone tocou, olhou no visor e viu o nome de Lokesh. Instantaneamente desligou, estava agora em seu território e faria o que quisesse, sem ter que lidar com ele ou qualquer outro problema que não fosse Dhiren.

Chegou até o último andar e foi em direção a sua porta. Abriu e entrou vendo que o lugar era mais amplo do que pensara. Tinha uma cama larga com colchão de água e, também, uma geladeira com alguns frios e chocolate. O banheiro era quase como se fosse outro quarto e continha uma banheira com hidromassagem.

―Esse lugar é tão exagerado – falou para si mesma -, preciso dar um jeito nisso.

Foi até a sua mala que tinha algumas armas e pegou um bastão e uma adaga. Com a pequena faca furou o colchão e rasgou todas as cortinas. Logo, após terminar com os tecidos, começou a destruir os móveis. Um por um: cama, sofá, televisão e vários vasos que compunham a decoração.

―Pronto. Agora, está perfeito – riu sozinha e foi para o banheiro ligar a torneira da banheira para tomar um banho.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que achou?Próximo capítulo sairá terça feira (10/09)



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