My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 28
Ambre


Notas iniciais do capítulo

Oie! Esse capítulo ficou um pouco pequeno, pois queria que ele focasse mais na Ambre. Espero que gostem dele e queria agradecer aos leitores, agora tenho 31 leitores e isso me deixa muito feliz. Obrigada à todos.
BOA LEITURA!



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―Kelsey.

Uma voz feminina e diferente a chamou e por instinto Kells se virou, entretanto quando fez isso sentiu o seu rosto arder. Sua visão ficou turva e pensara, por um momento, que desmaiaria ali mesmo.

―Quem você pensa que é? – a garota loira gritava perguntando, mas Kelsey não conseguia responder – Sério, que Dhiren te acha bonita para estar com você? Já pensou que ele só está fazendo isso para me provocar ciúmes?

Kells reconheceu a voz, era Ambre. Não estava entendendo o que ela falava, levantou a cabeça e viu os cachos reluzindo na luz fraca do banheiro. Ambre estava toda vestida de preto e seus lábios estavam coloridos com um batom vermelho.

―Não vai me responder? – ela perguntou – Você fez o que para ele? Eu sabia que essa carinha de santinha não me enganava, mas pelo menos enganou Ren. Kelsey, você destruiu minha vida.

―De-destrui? – falou quando se levantou e viu que mais duas garotas a encarava junto a Ambre.

―Sim, sua vadia. Eu o amo, sabia?

Kells negou com a cabeça.

―Eu não estou com ele – respondeu baixo sentindo um ardor.

―Não? Então porque sábado e hoje Ren te buscou? Quer me dar uma explicação lógica?

Kelsey pensou que se Ren não havia contado para Ambre sobre o seu passado, então quer dizer que ainda era um segredo. Não poderia falar que estava o ajudando e mesmo que falasse seria difícil da garota acreditar. Qual a desculpa daria para essa situação? Pensou.

A loira a encarava esperando uma resposta. Estava sentindo raiva de Kelsey, a todo o momento passava em sua cabeça o sorriso de Dhiren, quando se conheceram e da promessa que ele fez para ela que sairiam quando ele voltasse para a cidade. Tiveram um encontro, mas a mesma não conseguiu falar o que sentia para o rapaz e então, como uma jogada pensada, tentou ser amiga dele.

Foi à mansão, tentou conviver vários dias com Ren até que tomou a coragem necessária para dizer que o amava. Entretanto, Dhiren não entendeu o sentindo dessa palavra e acabou dizendo que ela era também uma ótima amiga. Desde então, estava lutando constantemente para chamar a atenção dele de uma forma diferente, mas Kelsey estava atrapalhando tudo.

―Não precisa responder – Ambre gritou e apertou a bochecha de Kelsey com a unha – Fique sabendo que se você não se afastar dele, coisas ruins podem acontecer com você e com Tifany. E claro, já deve saber como acabei com nossa amizade, certo? Kelsey fique esperta... Se não poderá chorar bastante no futuro.

Ambre saiu do banheiro, acompanhada das duas garotas. Deixou Kells sozinha com o canto da boca machucado, por seu anel ter passado ali quando bateu no rosto da garota. A vontade de Kelsey, no momento era de chorar. Nunca imaginou que isso aconteceria, nunca pensou na possibilidade de um dia se machucar por causa de alguém. O que faria agora? Não queria que Tifany se machucasse, mas também queria muito ajudar Ren.

Se Ambre fora capaz de fazer aquilo com ela, imagina com a sua amiga, que já tinha as fraquezas expostas.

*****

―Ultima chamada para o vôo 5596 – uma voz feminina ecoou pelo Aeroporto Internacional da Índia.

Yesubai seguiu para o portão de embarque empurrando suas malas. Já havia passado pelo detector metal e por sorte seu feitiço funcionara para dar a suas armas a madeira como material. Nesse momento estava sentindo um alívio por Lokesh ficar na Índia, queria de qualquer forma afastá-lo de Ren, pois sabia que se o mesmo o encontrasse poderia matar Dhiren.

―Senhorita quer ajuda? – um homem loiro a perguntou com sotaque inglês.

―Não obrigada – respondeu de forma gentil e colocou a mala na esteira para ser levado ao avião.

―Siga-me, por favor, a senhorita é a pessoa que fretou o jato 5596?

―Sim sou eu.

―O senhor Lokesh falou que a senhorita iria sozinha, precisará de algo durante sua estádia?

―Não, fique despreocupado – falou com um sorriso no rosto e fez o homem ficar um pouco corado – Não demorarei muito, vai ser um serviço rápido.

Yesubai fora para o pátio de jatos e entrou em um que tinha os números 5596 escritos em letras douradas e grandes. A companhia de aviação de Lokesh era uma das maiores da Índia e tinha como principal objetivo se tornar a primeira e maior do país, então usava de jatos para um transporte rápido e eficiente.

A morena pegou uma garrafa de vinho branco e uma taça, sentou em uma poltrona com uma mesinha de colo e se serviu do liquido que tinha para beber. Cheirou o vinho e depois de um tempo, quando o jato já estava decolando o bebeu. O liquido desceu pela sua garganta como se fosse o mais puro dos néctares que conhecera em todos esses anos.

***********

―Kelsey, o que decidiu? – Ren perguntou quando a aula terminou e viu a garota sozinha na por da escola.

Kells estava com um curativo no canto da boca, quando saiu do banheiro, fora direto para a enfermaria e pediu para que a enfermeira fizesse o menor curativo possível. A senhora insistiu em saber o que tinha acontecido com ela, mas Kelsey não falara, pois estava com medo de que Ambre fosse chamada atenção e logo fizesse algo ruim à Tifany.

―De-decidi? – respondeu se lembrando que Ambre falara que ela deveria afastar de Dhiren, se não coisas ruim aconteceriam a Fany.

―Sim, posso te pegar as sete hoje?

―Po-pode. – respondeu querendo negar.

―Então, entra no carro que vou te levar para casa.

Kelsey o seguiu até o carro, entrou e sentou no banco ao lado do motorista. Decidiu que falaria à Ren, nessa noite quando ele a buscasse, que não queria que a levasse mais para escola e que não conversaria com ele, também, na escola, somente quando fosse necessário ou quando descobrisse algo que o ajudaria a acabar com a maldição.

―Kelsey, você escutou? – ele perguntou quando percebera que a garota não havia prestado atenção no que falara.

―O que? Falou alguma coisa? – Kells respondeu saindo dos seus, típicos, devaneios.

―Como conseguiu esse machucado?

―Machucado? – disse sussurrando.

―Sim. No canto da boca.

―Eu cai. – respondeu tentando mentir.

―Caiu?

―É, cai no banheiro... Sabe, às vezes, eu sou meio desastrada e desabo no chão.

―Preste mais atenção, para que a próxima vez não aconteça isso. Hoje vamos no bosque, pedirei para deixarem uma das cabanas com lareira acesa.

―Lareira? – Kelsey respondeu, não entendendo o que ele pretendia.

―Sim, como não vou te buscar de carro tenho que lhe aquecer de alguma forma. O que vou te contar, acredito que te assustará um pouco, mas fora isso sua saúde precisa estar em primeiro lugar.

―Eu estou bem, mas por que não vamos para a sua casa, se precisa me contar algo sobre a maldição talvez seja melhor lá.

―Não tem jeito, Kishan estará lá, ele tentará me interromper já que combinamos de não falar sobre isso para ninguém. Somente o Sr. Kadam quem sabe, nem mesmo Nilima tem conhecimento disso.

―Kishan, não ficará nervoso se você me contar?

―Sim, por isso é melhor que não seja lá em casa.

Ficaram todo o caminho em silêncio, Ren estacionou o carro em frente a casa de Kelsey e abriu a porta para ela. Cumprimentou a Sr. Hayes e entrou novamente no automóvel rumo a sua casa.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Nessa primeira semana de setembro estou com o tempo mínimo para digitar, então, sinceramente, não sei quando postarei. Se não me engano, essa é a primeira vez que acontecesse uma situação assim. Tentarei postar no prazo máximo máximo até quinta feira (05/09). Então, até quinta terá capítulo novo. :)Até mais.



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