A Filha Do Hokage escrita por Nara Emily


Capítulo 22
Diário


Notas iniciais do capítulo

Heyyy galera, eu sei que eu demorei pra caralho, mais de dois meses, eu sei, isso foi ruim, mas me desculpem, sérioooo, vocês não fazem ideia de como minha vida anda bagunçada, sou uma bagunça ambulante, mesmo, kkkkk.
Então deixe-me me explicar, logo quando eu postei o ultimo capítulo, minha criatividade foi dar um passeio, depois, pra ajudar, eu tive provas e trabalho na escola, seguindo da Semana de Ciência e Tecnologia, a qual eu participei de muita coisas, depois tive mais provas e mais trabalho, meu tempo estava mínimo, eu estava exausta, e nem lembrava que tinha que escrever, foi quando uma leitora linda, a Lininha (obrigada me amor! Desculpa ter demorado, de verdade, pode vir me cobrar mesmo, vc tem razão nisso), veio me dar um puxão de orelha, implorando por este capítulo, eu prometi a ela que iria tentar não demorar, mas acabei demorando mais um mês, pois minha criatividade tinha desaparecido, tive mais coisas de escola, então foi complicado concluir o capítulo, até que um luz iluminou minha vida e eu tive ideias, além de que teve reunião pedagógica e eu tive dois dias sem aula, tive que dividir um pouco meu tempo entre ver "A Esperança - Parte 1", descansar, e escrever, mas aqui estou eu, postando o capítulo recém terminado enquanto quase durmo diante do teclado. (PS.: Estou postando esse capítulo as 2:13 da manhã morrendo de cansaço, por vocês, merecia muitos comentário, não acham?)
De qualquer forma, sinto muito mesmo gente, não foi somente minha culpa :c

Boa leitura, beijosss ^^



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Aya estava nervosa, não é como se nunca tivesse feito isso antes, mas dessa vez era mais complicado, pois tinha que ser extremamente cuidadosa com as perguntas que iria fazer, sua sorte era que Setsuko achava que ela era incapaz de mentir, então qualquer desconfiança seria imediatamente descartada.

Ela respirou fundo, e desviou o olhar dos papéis por um segundo.

— Setsuko. — Chamou, fazendo com que ele olhasse para ela e deixasse seu experimento de lado.

— Deixe-me adivinhar o começo da sua fala: "eu estava pensando...". Conheço sua expressão de perguntas, querida. — O homem respondeu e deu um sorriso sarcástico, Aya se segurou para não revirar os olhos: Ela era tão previsível com Setsuko de propósito, ele não a conhecia de verdade, nem iria conhecer.

— Enfim, eu estava pensando como você consegue permanecer escondido mesmo estando a tanto tempo no mesmo lugar. — Ela disse de forma meio tímida e inocente, Setsuko simplesmente sorriu.

— O segredo é estar onde todos menos esperam.

Aya assentiu e voltou a olhar para os papéis na mesa, mas logicamente não estava lendo, minutos depois voltou a levantar o olhar e Setsuko a acompanhou, sabendo que as perguntas não tinham acabado.

— Eu nunca entendo essa história de "estar onde todos menos esperam", o que isso significa? Ficar perto do inimigo e ele não te perceber ali por parecer improvável? Onde seria este lugar?

— Exatamente, o obvio quase sempre fica invisível aos olhos, e estar num local que é tão obvio acaba passando despercebido diante de ideias complexas. Este local seria o mais perto e que, de acordo com as ideias comuns, nunca mais seria usado novamente, justamente por ser provavelmente um esconderijo ruim e fácil de ser descoberto. E novamente, estes ficam perfeitamente escondidos pela incapacidade de acreditar que seriam usados, por serem teoricamente simples de mais.

— "Nunca mais seria usado novamente"? Este lugar já foi usados antes, estamos em algum antigo covil de Orochimaru? — Aya soube fazer a pergunta com um tom exato de pura curiosidade e nada mais, mas ainda sim Setsuko franziu a testa e o coração de Aya quase saiu pela boca, ela sabia que ele odiava esse assunto.

— Pra que essa informação seria útil para você? Está pensando em sair daqui Aya? Fugir? Não seja tola.

— Muita paranoia não é algo saudável, sabia? Eu não vou tentar fugir, não sou idiota. Eu só estava curiosa. — Aya respondeu de forma natural, e Setsuko simplesmente voltou a prestar atenção em sua experiência, estava cego ao achar que Aya não podia mentir.

Então Aya também vou a ler os papeis que estavam na mesa, na realidade ela deveria estar pesquisando sobre jutsus secretos, mas já tinha feito essa pesquisa há meses por conta própria, mesmo Setsuko não sabendo disso. Agora, o que estava sobre a mesa eram mapas, um deles por pura sorte tinham pontos, marcando os esconderijos de Orochimaru (novamente, Setsuko nem sequer desconfiava que Aya tivesse acesso a estes arquivos), agora ela sabia que estava em um deles. E, de acordo com Setsuko, estava localizado perto dos seus principais inimigos, que no momento eram Konoha e Kiri, então deveria ser alguns dos três existentes, mas um era próximo demais a Kiri e sem nada relacionado à Konoha, assim sendo, este poderia ser descartado, sobrando duas opções, mas Aya desconfiava exatamente de qual era, era aquele estava exatamente entre Konoha e Kiri, no caminho entre as duas Vilas, era o esconderijo mais obvio e mais perfeito que Setsuko poderia pensar.

Aya quase sorriu com a conclusão, seria fácil chegar rapidamente em Konoha, ou seja, Mei estaria ao seu lado no plano.

...

As coisas estavam complicadas para Mei, depois das revelações que teve há uma semana estava mal conseguindo dormir e a tentação que sentia para fugir dali com Aya era extremamente forte, mas ela não poderia fazer isso ao menos que tenha certeza que chegaria Konoha a tempo de avisar para que eles se preparassem e também desse um jeito de Set não poder fazer nada contra ela por um tempo — ou, com sorte, para sempre.

Estava tudo sendo planejado, cada detalhe sendo observado, se tudo desse certo ela poderia sim fugir junto com Aya, mas algumas coisas ainda incomodavam Mei, coisas que ela tinha que fazer antes de sair dali, perguntas que tinham que ser feitas.

Ichiru estava sentado a sua frente no chão, eles estavam no Salão e Mei pedira sua ajuda para meditar, constatando que nunca foi boa em fazer isso sozinha, o que era uma grande mentira. Ela não gostava de estar servindo de distração para Ichiru, mas estava seguindo o plano, Ichiru não poderia entrar no Laboratório agora, Aya precisava estar sozinha com Set.

— Sua mentirosa, você é ótima em meditação. — Ichiru comentou e o coração de Mei disparou, mas então ouviu a risada dele e relaxou.

— Porque você está aqui, sozinha eu fico muito paranoica, sério. — Mei falou e riu também abrindo os olhos, não parecia nem um pouco forçado, desde quando aprendera a mentir tão bem?

— Pra que você está meditando? É lógico que consegue se concentrar completamente, então não pode estar tentando melhorar nisso.

— Não estou, é que o jutsu que eu estou trabalhando está exigindo muita energia de mim, achei que meditar fosse me ajudar.

— E como é esse jutsu?

— Eu posso afastar o chakra um pouco do meu corpo por alguns segundos e atacar o oponente, é uma técnica antiga do clã Hyuuga que somente algumas pessoas conseguiram fazer, ela não é utilizada a um bom tempo, mas eu estou a resgatando.

Outra mentira, ou quase isso. Primeiramente, Mei não estava treinando somente um jutsu, e sim dois, e este o qual ela explicou para Ichiru era muito mais avançado do que parecia, o pergaminho que Setsuko lhe dera sobre os jutsus do clã Hyuuga tinham truques secretos, usando o byakugan você pode ver evoluções do jutsu citado, e o jutsu que Set e agora Ichiru acham que ela está treinando é somente o primeiro passo para o real objetivo de Mei: controlar fluxos invisíveis de chakra fora do corpo e a metros de distância, e na última semana tinha evoluído consideravelmente e adicionado detalhes por ela mesma ao estavam sendo citados no pergaminho, estava o aprimorando de acordo com suas necessidades e personalidade.

Ela sorriu discretamente enquanto, atrás de Ichiru, podia se ver uma pequena forma de chakra que ela estava controlando, infelizmente elas ainda eram visíveis e duravam muito pouco, mas comparado há alguns dias atrás, estava ótimo.

Quando Mei voltou seu olhar para Ichiru, ele estava a encarando silenciosamente, e ela corou.

— Por que você fica me olhando?

— Por nada. — Ele respondeu e sorriu de lado.

Mei ficou sem reação, não confiava em Ichiru, antes mesmo de Aya lhe dizer que não gostava dele tinha suas desconfianças, agora ela não conseguia parar de pensar em quais motivos Aya teria para não gostar dele. Ele parecia ser extremamente confiável, exceto pelo fato de que Mei não era mais tão fácil de iludir.

— Uzumaki Mei, Setsuko está te chamando. — Aya chegou na porta, dizendo o nome de Mei de uma forma indiferente, era muito irônico o fato dela sentir a verdade e mentir o tempo todo, e Mei achava isso muito divertido.

— Para?

— Eu não sei.

— Certo. — Assenti e me levantei, percebendo que Ichiru ignorava completamente a presença de Aya.

No momento que Mei passou por Aya, lhe jogou um olhar questionador, e ela assentiu discretamente, quase dando um sorrisinho, Mei sabia o que isso significava: Não estavam longe de Konoha, poderiam chegar a tempo, elas iriam por o plano para funcionar.

Ichiru se levantou, passando diretamente por Aya sem sequer olhar para ela, não é como se não estivesse acostumada com isso, na verdade era um dos motivos que faziam Ichiru suspeito, mas ela ignorou isso, precisava fazer algo mais importante agora.

Sabendo da mesma coisa que Setsuko sobre lugares óbvios serem mais difíceis de serem encontrados, tinha seus segredos escondidos em lugares assim, e com um toque final, um jutsu que tinha aprendido por causa de uma carta de seu pai: era a única coisa que tinha aprendido com ele, e a única coisa que tinha dele.

Foi até a estante de livros que ficava no Salão e na quinta prateleira, pegou um livro de histórias infantis, tinha aparência velha e eram histórias bobas com um final feliz, essas histórias criavam esperança de um mundo completamente bom para as crianças, Aya deixara de acreditar nisso há muito tempo.

Abriu o livro na página 64 e, fazendo um selo com as mãos, executou o jutsu que fez um pergaminho se enrolar dessas páginas e revelar o que realmente tinha ali: rascunhos da estrutura do local e de projetos de fuga. Estava na hora de adaptar aquelas escritas para a situação atual e mostra-las e melhora-las com Mei, e enquanto sua amiga de Konoha estava distraindo Setsuko, Aya iria rever tudo aquilo e atualizar alguns detalhes, abandonara o projeto um pouco antes de Mei chegar, mas agora as coisas estavam correndo bem, nada podia dar errado.

...

Não era exatamente fácil tirar informações de Set, Mei tinha uma desvantagem enorme em relação à Aya: ela não tinha a confiança de Setsuko, e qualquer passo em falso, não seria fácil de convencê-lo que ela só estava curiosa. Por esse motivo, deixava as perguntas que trariam desconfiança com Aya, faria as perguntas que tinha curiosidade, e que talvez fossem ser úteis, mesmo não parecendo.

Mei bateu na porta do Laboratório e entrou logo depois, Set estava, como se costume, concentrado em alguma experiência e nem sequer olhou para Mei quando ela entrou, mas o fez assim que ela sentou-se de frente para ele.

— Oi pra você também. — Mei reclamou com um sorriso e Setsuko simplesmente sorriu de lado.

— Olá Uzumaki Mei, posso ver que Aya passou o recado, e caso esteja se perguntando o motivo de estar aqui, só estou testando sua influência presencial em relação a isto. — Ele ergueu um frasco com um liquido transparente dentro, e Mei franziu o cenho.

— O que é isto?

— Uma parcela de seu chakra no seu sangue separada do mesmo, só isso que eu direi, caso esteja pensando em mais perguntas. — Ele declarou e anotou alguma coisa em seus papeis.

— Eu estava pensando em uma pergunta de outro assunto, na verdade. — Mei falou de forma direta, não estava a fim de enrolar e quanto mais fizesse isso, mais pareceria suspeito.

— Então hoje é o dia das perguntas para você e para Aya? — Ele perguntou retoricamente e franziu a testa, Mei foi rápida e tentou contornar a situação se fazendo de desentendida.

— Hãm?

— Nada, faça a pergunta.

— Quando eu lhe for inútil, o que você vai fazer? Vai me matar? — Não era exatamente essa a pergunta que ela queria ter feito, não era o objetivo dessa conversa, mas não conseguiu tocar no assunto de Orochimaru, acabou percebendo quase tarde demais que suas desculpas para perguntar isso tinham furos demais e Setsuko não era idiota, ele perceberia a mentira. Precisava de argumentos melhores se quisesse tocar no assunto de Orochimaru, e por sorte percebeu isso a tempo.

— Claro que não, querida. Você nunca será inútil, sou ótimo em achar utilidade nas coisas. Só vou te matar se seu falecimento me for útil, e é demasiado improvável.

Mei deu um sorriso irônico e quase rolou os olhos, era tão irritante como ele podia falar as coisas de formas tão culta quando se sabia que o significado daquelas palavras não era nem um pouco adequado.

— Okay... Ainda precisa de mim?

— Não, fique à vontade. — Ele sorriu, e revirando os olhos, Mei deixou a sala.

Ela foi direto para seu quarto, não dava pra ver a Aya hoje, pois seria muito suspeito, então elas combinaram de se encontrar amanhã para resolverem as coisas, Mei estava com esperança de que agora saberia sobre os planos dela, estava realmente curiosa.

Ao chegar ao quarto, ela se jogou na cama, como de costume, ainda tinha que pensar em alguma coisa para poder questionar Set sobre Orochimaru, mas estava sem ideias. Ela queria saber mais sobre essa história de que ele fora criado por Orochimaru, queria os detalhes, talvez isso explicasse a fala se Set quando ela tinha lhe perguntado sobre os motivos de tê-la trazido ali, um deles era vingança, tinha que ter alguma explicação pra isso.

Estava desesperadamente tentando pensar em alguma coisa que fizesse sentido, mas estava cansada de pensar, era o que mais tinha feito nos últimos meses e não aguentava mais sua própria consciência, pois a cada pergunta respondida, outras milhares apareciam, cada nova teoria acabava em um túnel sem saída, estava enlouquecendo.

Por um acesso de raiva e exaustão, Mei virou-se para a parede e a socou e a chutou com força, o que se intensificou pelo chakra que se acumulou inconscientemente em seus membros, estava guardando a raiva há muito tempo, precisava descontar em alguma coisa. O que não esperava era perceber um selo na parede revelado com contato ao chakra, no mesmo momento Mei se sentou de frente para a pequena movimentação de chakra que lentamente ia sumindo na parede, era um circulo e tinha alguns desenhos no meio, se parecia com um jutsu que tinha visto há três anos numa missão, e se lembrava de exatamente dos selos para desbloquea-la.

A curiosidade a dominou, então ela fez isso, tentou desbloquear o selo, e funcionou na segunda vez, já que na primeira ela se esquecera de um pequeno detalhe: tocar na parede. Estava eufórica demais para isso, acabara se atrapalhando e esperando que reconhecesse o comando a distância, porém, lembrou-se que o contato tinha que acontecer.

Então, ao fazer os selos novamente e colocar a mão sobre os desenhos, o circulo na parede desapareceu e ali atrás era simplesmente um buraco escuro com algumas kunais cheias de poeira e um pouco enferrujadas, junto a um livro e dois pergaminhos.

Mei pegou os objetos e os observou com cuidado, estavam velhos e sujos, mas abrindo o livro e os pergaminhos, pôde perceber que estavam completamente legíveis, e as kunais perfeitamente afiadas.

Começou lendo o livro, que na verdade não era um livro, e sim um diário, e as palavras escritas ali surpreenderam Mei, não podia ser verdade, devia ser um sonho, ela nunca teria tanta sorte assim.

“Querido Diário,

Eu me chamo Takafumi e tenho 11 anos, estou preso aqui há alguns dias e descobri uma forma de não ficar tão sozinho nesse lugar, escrevendo, mas é claro que não posso deixar Orochimaru descobrir, e nem Kabuto, eles iriam me proibir. Também não posso deixar Setsuko descobrir, já que ele que anda vigiando as “pesquisas” ultimamente, ele parece menos rígido com as regras, mas ainda não confio nele. Também tenho esperança que algum dia alguém ache isto e possa servir de alguma ajuda, vou escrever todas as coisas que eu sei e que vou descobrir, deseje-me sorte!

Até amanhã, estou com sono, Konbanwa”.


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Notas finais do capítulo

E entãoooo? Comentem, por favor, isso me da muito animo de escrever, não prometo que serei mais rápida, pq não depende exclusivamente de mim, mas não posso dizer que não ajuda.
Obrigada a todoosss os leitores maravilhosos que comentam. E a todos lindos fantasmas, lhes convido a aparecer, serão muito bem vindos.
Xoxo ;*