Doce Problema escrita por Camila J Pereira


Capítulo 17
A Magia Continua


Notas iniciais do capítulo

Edward e Bella estão vivendo um conto de fadas. Descobrindo um ao outro e curtindo o momento. Muitos outros momentos como os da varanda acontecerão. Espero que goste.

PS: Obrigada Ana_raposo por sua recomendação. Adorei! Mil beijos.



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Bella

- Eu confio. - Sussurrei para ele quando entramos em casa.

Nesse momento comecei a observá-lo. Ele era mesmo um homem muito bonito. Seus cílios eram grandes demais para um homem e curvos nas pontas. Suas sobrancelhas eram grossas e um pouco mais escuras que seus cabelos. Os lábios também se encontravam em minha linha de visão e eles eram finos e rosados. Foi impossível não rememorar a pressão deles em minha boca. “Cowboy... Rude, mas... Doce.”

Um calor abrasador invadiu o meu corpo. Eram quase pervertidas as imagens que se formavam em minha cabeça. Imaginei o xerife sem aquela camisa e me apertando mais contra ele. Fui incapaz de resistir e o beijei no queixo. Queria que o beijo se estendesse até a sua boca, mas não fui capaz, não sabia se esse era o seu desejo. Sua expressão era muito engraçada, ele tinha nos olhos algo como surpresa e incredulidade, meu rosto ergueu-se para o dele como uma flor ao sol.

- Por que isso agora? - Sorri para a confusão dele.

- Não tenho ideia. Talvez você seja contagioso, xerife. Ou o efeito dos comprimidos ou o excesso de vinho durante o jantar tenham me deixado desinibida. Ou quem sabe a combinação de tudo isso.

- É uma possibilidade.

- Edward, você conseguiu o seu intento. - Ele pareceu ainda mais confuso.

- Qual deles? - Perguntou com as sobrancelhas unidas.

- A de parecer mais atraente para mim. Você está mesmo muito atraente, se bem que me recordo de te achar atraente hoje á tarde com a metade do uniforme, também te achei atraente quando despertei e você vestia um hobby e me lembro de te achar atraente com o seu uniforme completo quando nos conhecemos. - Senti a respiração dele forte em meu rosto e ele estava com uma cara de dor. - Falei algo de errado? - Droga! O que deu em mim? Era para ter ficado de boca fechada. Devo ter assustado ele.

- Bella...

Edward

Ela me achava mesmo atraente esse tempo todo? Talvez fosse mesmo os efeitos dos remédios. Ela estava tão descontraída como nunca tinha visto. O meu sangue fervia em minhas veias e a apertei mais contra o meu corpo. Essa garota quer mesmo me matar. A situação era inusitada. Aqui estava o Edward Cullen, com uma mulher sob efeito de medicamentos nos braços, indagando-se como levá-la para cama sem levá-la para cama.

- Você não facilita as coisas, Bella. Estou tentando ser cavalheiro. - O sorriso de Bella iluminou tudo, me envolvendo, ele era cativante e irresistível.

- Estou dificultando?

- Está. - Fui categórico.

- Bem, lamento. De verdade. É que...eu tive uma sensação... - Ela não terminou a frase.

- Prossiga.

- Esta noite é um sonho, uma fantasia. Nada importa neste momento, porque amanhã tudo será real e muito diferente. Você entende? - Era o que eu senti também, ela conseguiu expressar tudo nesta frase.

- Preferiria não entender. - Enterrei o meu rosto nos cabelos dela. - Minha linda garota...eu preferiria não entender.

- Edward.

- Sim.

- Eu sei que disse que eu tinha que dormir, mas... - Bella parecia embaraçada, afastei meu rosto dos seus cabelos para fitar seu rosto.

- Continue.

- Você pode me beijar mais um pouco?

- Deus, Bella! - Eu não esperei ele pedir novamente, tomei seus lábios nos meus e realmente não iria me acostumar com a sensação maravilhosa que era.

Comecei a andar de vagar, mas sem tirar os meus lábios dos dela. Subi as escadas com cuidado e abri a porta de seu quarto. Bella estava agarrada ao meu pescoço enquanto eu aprofundava mais o beijo, a minha língua tocando a dela.  Separamos-nos apenas quando a deitei na cama, seus olhos brilhavam e não existia temor neles, apenas desejo.

- Se importa se eu deitar com você?

- Não.

Eu deitei lentamente e parcialmente o meu corpo sobre o dela, não queria machucá-la ainda mais, suas mãos acariciavam meus braços e meus ombros. Beijei novamente seus lábios e a minha língua os contornou. Mordisquei seu queixo e o beijei em seguida. Meus lábios percorrem o seu pescoço e mordi o lóbulo da sua orelha e minha língua a saboreou em seguida, ouvi Bella arfar e agarrar os meus cabelos.

Minhas mãos seguraram a sua cintura e com as pontas dos dedos massageava-a, estava tentando ser cuidadoso por causa de seus ferimentos. Minhas mãos aos poucos desceram para as sua pernas e coloquei a sua perna direita envolvendo a minha. Aos poucos subi a saia do vestido, sentido a sua pele macia que se revelava para mim. Não sei se isto era correto, levando-se em consideração a amnésia dela, mas ela tinha me provocado e até mesmo um santo  podia pecar.

Bella tateou as minhas costas e meu peito, descendo para a minha barriga, ela levantou um pouco a minha blusa e depois começou a procurar os botões para desabotoá-la. Parei de beijá-la para olhar em seu rosto.

- Quer...?

- Tire a blusa, Edward. - Eu fique mais meio segundo olhando para ela e depois tirei a minha blusa.

Ela ficou olhando para o meu peito e abdome e me tocou delicadamente, eu não aguentei e  voltei a beijá-la. Coloquei a minha mão em sua cocha e apertei com desejo. Subi mais um pouco e senti o tecido da sua calcinha. Aquilo não podia continuar, perderia totalmente o controle se levasse adiante. Eu a apertei novamente, mas a minha mão não avançou mais nenhum centímetro. Continuei apenas beijando seus lábios, seu rosto, seu pescoço e ombros. Tirei a minha mão de onde estava e limitei-me a acariciar apenas a sua cintura.

Num dado momento, resgatei de algum lugar do me cérebro a lembrança do bocejo de Bella na varanda e a sua expressão exausta. Dei um último selinho em seus lábios antes de me afastar. Pude ver que em seus olhos ela buscava em mim respostas para que eu parasse de beijá-la.

- Se você parar, eu te mato.

- Bella, sinceramente eu acho... - Tentei explicar.

- Você me deseja?

- O quê?

- Você me deseja? - Ela repetiu.

- É claro que sim, Bella. - Afirmei.

- Então?

- Tenho medo. - Admiti.

- Como? - Ela ficou confusa.

- Tenho medo de machucá-la, ainda está com os pontos e seus ferimentos ainda não cicatrizaram. Além do mais, tenho medo de que você depois se arrependa.

- Não vou me arrepender.

- Pode me garantir isso, estando desmemoriada? - Perguntei olhando para seus olhos.

- Sim. - Mas vi um lampejo dúvida em seus olhos.

- Você é uma péssima mentirosa. - Acusei.

- Eu quero que continue me beijando e me tocando. - Fechei os olhos por meio segundo para poder raciocinar novamente.

- Podemos cuidar disso em outro momento. Teremos muito tempo.

- Teremos? - Ela fez a pergunta que eu fiz para mim mesmo no momento que pronunciei as palavras.

- Acho mesmo que está sob efeito dos remédios.

- O que importa isso se estou sendo sincera?

- Bella, por favor, seja boazinha. - Implorei. - Estou tentando agir corretamente. - Ela bufou.

- Tudo bem.

- Obrigado.

Deitei do seu lado e a puxei para que deitasse em meu peito. Eu fazia carinho nela, em seus braços, costas e cabelos.

- Acha mesmo que vou conseguir dormir?

- Acho, ajudaria se fechasse os olhos. - Ela me obedeceu e minutos depois Bella adormeceu.

Eu não me lembro de quanto tempo depois consegui finalmente pegar no sono, Bella tinha me provocado e eu estava completamente em chamas. Mas a minha consciência estava tranquila, eu não tinha me aproveitado da situação e isso deveria contar para alguma coisa, sinceramente eu esperava que contasse.


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