Terminei de me arrumar, mas sempre com um olho na missa e o outro no padre, como diz a história. Não confiava nem um pouquinho em Edward e vai saber se ele não ficou me espiando enquanto eu estava de olhos fechados durante o banho?!

_ Você está bonita. - a voz dele soou atrás de mim. Já não me assustei.

_ Quando foi que você me viu feia? - brinquei.

_ Não te conheço a muito tempo, não posso dizer.

_ Ora seu.... aff! - bufei. _ Depois da escola tava pensando em a gente ir até o cemitério procurar sua tumba, o que você acha?

_ É um começo. Mas vai saber se eu sou daqui?! Isso é tão irritante não saber quem é, de onde veio e por que só você me vê. Você deve ter problemas psicológicos, já pensou nisso?

_ Ha Ha, sim. Já pensei, e ainda ando considerando ir a um psicologo ou psiquiatra, ou quem sabe a igreja.

_ Engraçadinha. Vou com você para a escola. Só pra constar. - disse levantando-se da minha cama.

_ Tudo bem. Mas olha lá hein. Não vai ficar me assombrando.

_ Bella, você tá pronta? Mamãe está chamando para tomar café. - Alice falou do outro lado da porta.

_ Já vou descer Alice.

Desci, tomei café da manhã, e fui com Alice e Emmett para a escola. A manhã se passou rapidamente e de forma o mais tranquila possível. Na hora do almoço fui até o refeitório para comer algo. Edward não saia do meu pé, e as pessoas já estavam começando a reparar que eu não estava no meu normal. Falando sozinha, xingando o vazio. Mal sabia eles que eu tinha minha própria assombração.

Depois da escola dispensei a carona e disse que gostaria de dar uma passada no cemitério. Passei em uma floricultura para comprar camélias, as flores preferidas da minha mãe. Antes de sair em busca do tumulo desse fantasma sem teto, passei na lapide dos meus pais. A grama já crescia em cima da terra mexida. A foto deles na pedra só me deixava ainda mais triste. Mas eu já tinha me conformado, a tristeza ainda existia, mas de alguma forma estava passando.