A noite estava silenciosa. Nenhum ruído quebrava a concentração dos elfos que aguardavam o sinal de ataque, que seria dado pela própria rainha. Os muros de Uru’baen se erguiam, imponentes e ameaçadores, uma barreira tanto física quanto mágica.

Finalmente, o grito mental veio, e a fortaleza começou a ruir ante os poderosos magos. Os que não usavam a magia, atiravam flechas certeiras, matando as sentinelas. Mas somente quando o muro caiu, que o Rei se pronunciou, com sua voz magicamente amplificada:

-Então meus queridos amigos deixaram a sombra de sua floresta de contos de fadas. Pensei que se entristeceriam com a morte de seu tão amado ancião, Oromis... mas vejo que sua morte em nada prejudicou vossos ataques. Entristece-me saber que não são mais os mesmos. Antigamente, prestar-lhe-iam honras. Mas nem mesmo a morte do dragão foi lamentada, aparentemente. Glaedr ...

-Cale-se, seu bastardo – berrou Islanzadí, também ampliando a voz – Como ousa pronunciar o nome de Oromis e Glaedr? Nós choramos por eles, mas vingá-los-emos com a queda de seu Império!

-Possivelmente – falou Galbatorix, em tom zombeteiro – Mas farei o possível para que não vejas esse dia chegar.

Islanzadí sentiu sua mente sendo atacada, e criou as barreiras mais fortes que pode, mas os elfos não puderam ajudá-la, pois todos foram, de alguma forma, atacados.

Foram obrigados a se isolar. Não podiam ajudar uns aos outros. Enfrentavam sozinhos o mais poderoso mágico da Alagaësia.  

Numa última e desesperada tentativa, a rainha envia uma mensagem a sua filha:

“Não deixe que o Rei vença. Procure pelos que não vieram pelo mar. Mas não venha me salvar.”

----------------------------------------------------------------------------------------------