05.

No dia seguinte Minerva acordou mais alegre. Ela se levantou, se olhou no espelho e começou a se lembrar da noite anterior e ficou sorrindo que nem boba, até que viu que estava um pouco atrasada, então se trocou rapidamente, prendeu os cabelos no coque tradicional e foi para o salão principal.

Ao entrar no salão deu de cara com Severus. Esse vestia as mesmas vestes pretas, mas seu rosto parecia mais feliz. Ele estava ansioso, aparentemente.

- Me conta tudo – pediu Minerva.

Snape suspirou e contou tudo a Minerva, não deixou nenhuma vírgula passar. Quando terminou de contar sorriu.

- Viu? Estou contente por você Severus... Potter vem vindo, e eu vou e sentar à mesa... Com licença – pediu Minerva vendo o garoto se aproximar dos dois.

Ela foi até a mesa, se sentou, se serviu de um copo de leite quente, e pegou uns biscoitos. Depois de uns minutos ela sentiu alguém tocar-lhe os ombros. Ela olhou para cima e viu Albus.

- Bom dia – disse ele.

- Bom dia – respondeu Minerva.

Ele se sentou em seu lugar, se serviu, e colocou sua mão por cima da de Minerva, que se encontrava em cima da mesa.

Fora do salão principal Harry e Severus se encontravam em uma entrada secreta bem pequenina. Eles estavam super juntinhos.

- Bom dia – disse Snape ao namorado.

- Oi Sev...

- Dormiu bem?

- Sonhei com a gente... Morávamos juntos. – informou.

- E o que mais?

- E eu brigava contigo todo santo dia para você colocar seus sapatos no lugar.

- Haha... Que sonho lindo Harry...

- Sim.

Eles se olharam timidamente, mas isso logo passou e Harry então o beijou.

- Te amo muito meu pequeno – disse Severus ao namorado entre os beijos.

Depois dos beijos Harry abraçou o professor e ficou ali. Snape era mais alto que ele, assim sua cabeça ficava na altura do peito do professor. Severus apoiou o queixo na cabeça do namorado e ficou fazendo carinho com a mão nas costas do mesmo.

- Senti falta disso – sussurrou Harry.

- Eu também.

Eles se olharam e se beijaram novamente.

- Posso te contar uma coisa? – perguntou Severus depois de um tempo.

- Claro! – respondeu Harry se afastando um pouco do namorado para poder observá-lo melhor.

- Ontem, quando deitei na cama, depois que você foi embora, eu chorei. Eu chorei porque me senti completo de novo, pois estava contente, pois tenho você ao meu lado.

- Sério?

- Sim!

Harry se aproximou dele e passou a mão pelo rosto do mais velho, fazendo com que o mesmo fechasse os olhos. Então o pressionou contra a parede e o beijou.

- Vamos comer? – perguntou Harry.

- Vamos – disse Severus.

Eles deram as mãos e saíram do cantinho deles. Começaram a andar e alguns alunos, senão todos, ficaram olhando para os dois de mãos dadas. Harry sorriu de tanta felicidade! Não acreditava que ele, Harry Potter, estava andando de mãos dadas pelo corredor da escola com Severus Snape, o professor “mais temido” do colégio. Já Snape não gostou muito dos olhares - alguns de surpresa, outros de desprezo – ele se sentiu um pouco envergonhado, estava tímido, seu rosto estava corado.

- Nunca pensei que um dia fosse ver você todo tímido na frente dos outros – sussurrou Harry para o namorado, que sorriu de leve, um pouco sem graça.

Eles entraram no salão principal e vários olhares se direcionaram para eles, mas Snape continuou seu caminho. Ele acompanhou Harry até o lugar em que iria sentar e depois foi para a mesa dos professores. Lá alguns professores perguntaram as boas novas para ele, e ele disse:

- Sou o homem mais feliz do mundo. Tenho Harry.

Todos se impressionaram com a resposta dele e até gostaram. Ficaram super felizes pelo casal.

- Professor Snape? – chamou Dumbledore.

- Sim – perguntou Severus engolindo em seco.

- O senhor está feliz?

- Sim – respondeu.

- Cuide de Harry, por favor. – pediu Dumbledore.

- Sim senhor! – ele ficou contente por Dumbledore só falar aquilo.

Snape olhou para o seu namorado que estava conversando com seus amigos animadamente e pensou: “É, valeu a pena o meu sofrimento. Eu provei a ele, a mim, e a todos que o amo. E o melhor de tudo, eu pude ter a sensação de não ser aquele homem malvado e rabugento. Me sinto jovem. Me sinto feliz. Estou feliz... Agora tenho Harry.”

Fim.