She Will Be Loved escrita por Carol Munaro


Capítulo 46
Stars in the sky


Notas iniciais do capítulo

Ooi, gente! LEIAM AS NOTAS FINAIS



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LEIAM AS NOTAS FINAIS

Os outros dias não saí mais sozinho com a Alice. Saímos em grupo. Fomos até a Times Square de novo, fomos até a Estátua da Liberdade, em vários restaurantes... Mas, principalmente, em vários fast foods.

Eu fazia de tudo pra Alice rir. Eu não estava brincando quando disse que queria que essa fosse a melhor semana da vida dela.

– Amanhã vamos voltar já. - Alice disse deitada ao meu lado em sua cama. Já estava de madrugada.

– Sim. - Murmurei. Ela se levantou e foi até a sacada. Fui atrás. Encontrei-a com as mãos apoiadas no muro. Alice olhava pra baixo. - Pensando em que?

– No vestido que eu eu vou usar segunda. - Me encostei no murino e fiquei de frente pra ela.

– Você vai estar bem bonita pra mim?

– Vou. - Ela não fez nenhuma piadinha do tipo "sempre estou". Franzi a testa.

– Veste um shorts. Vamos sair. - Dei um selinho nela e voltei pro quarto.

Nem dez minutos depois e já estávamos no saguão do hotel. Não falamos nada durante todo o percurso.

– Onde vamos? - Ela perguntou quando andávamos pela rua.

– Andar por aí. - Passei meu braço pelos ombros dela. - Eu te amo. - Alice sorriu.

– Eu também te amo. - Ela me beijou. Depois, dei um beijo na testa dela. Nós dois continuamos andando até cansar. E não é a toa que dizem que New York é a cidade que nunca para. Tinha tanta gente na rua que, se não fosse pelo negro do céu, eu poderia jurar que ainda estava de dia.

Alice estava calada o dia inteiro. Mas não fiquei forçando pra ela falar alguma coisa. Quando voltamos pro hotel, tomamos banho, me alinhei junto a ela e dormimos.

(...)

– Ai meu Deus! Você se virou direitinho essa semana? Não ficou só no fast food não, né? Não quero que você pegue anemia. - Minha mãe disse isso assim que cheguei da viagem. Ela me abraçava tanto, que minhas costelas doíam.

– Mãe, eu to bem.

– E você, querida? - Ela perguntou pra Alice.

– Eu to bem. - Alice disse sorrindo abraçada com a mãe. Olhei pro meu lado direito e vi o Peter e a April conversando. Mas esse menino não perde tempo. Do nada, ela beija ele. Olhei pra Alice e ela estava com o cenho franzido. Coloquei a mala da Alice no carro do pai dela e as minhas no meu. Peter parou o momento melação com a April e fomos pra casa.

– O que foi aquilo lá na frente da escola? - Perguntei no carro e olhei pra April pelo retrovisor.

– Aquilo o que? - Ela perguntou. Sínica.

– Andrew tá falando de vocês se pegando, querida. - Minha mãe falou e eu ri alto. Olhei pra April de novo e ela estava vermelha.

– Ah... Ele começou a falar um monte de coisa. Eu achei bonitinho e a gente se beijou. Só.

– Hm... Sei... To de olho em vocês dois. - Falei e ela me olhou indignada. - Você é minha irmãzinha agora.

– Vá te catar, Andrew! - Fingi que nem escutei.

(...)

– Você está lindo, filho! - Minha mãe disse assim que apareci. Tirei o troço do pé hoje de manhã. Me sinto livre! Agora sim escuto we are the champions.

– Obrigado, mãe.

– Uma foto? - Ela perguntou.

– Adoraria, mas eu to atrasado pra pegar a Alice na casa dela e irmos pro colégio.

– Andrew, com quem a April vai pro baile mais tarde?

– Com o Peter, Paul. - Respondi ajeitando o cabelo no espelho do corredor. Ele fez uma cara de bravo. Paul, minha mãe e April iriam pra escola mais tarde. Os formandos tinham que chegar mais cedo e essa coisa toda. - Bom, vou indo. Até mais tarde. - Saí de casa e corri pra casa da Alice. Toquei a campainha. O pai dela abriu a porta pra mim. Nos cumprimentos e eu fui até o quarto dela. - Posso entrar?

– Calma! - Ela berrou lá de dentro. Depois de uns minutos, abriu. - Como eu to?

– Linda. Perfeita. - Puxei-a pela cintura e lhe dei um selinho. Ela sorriu.

– Obrigada. Você também tá perfeito. - Sorri também. Fomos o caminho todo pra escola conversando sobre quem ia com quem. Assim que chegamos, encontramos aquela bagunça toda de final de ano letivo.

– Nossa! Andrew até parece gente arrumado desse jeito. - Peter falou. Eu nem tinha fechado a porta do meu carro ainda.

– Me erra, Peter.

– Tá linda, Alice.

– Obrigada. - Ela disse sorrindo. - Preparem os botes! Peter fez um elogio descente. Vai acontecer o segundo dilúvio!

– Tá cheia de gracinha. - Ele resmungou fazendo uma careta e a Alice fingiu que nem escutou. Alguém nos chamou e fomos vestir a beca. Fiz uma careta assim que me vi dentro daquele negócio.

– Você fica bonito até assim. - Alice falou pra mim.

– São seus olhos.

– Eles são mesmo. Mas eu não menti. - Ri baixo e me inclinei pra beijá-la, mas ela recuou.

– O que foi?

– Vai borrar meu batom. - Revirei os olhos. - E eu preciso vestir minha beca.

– Vai lá. - Falei. Depois de eu me arrumar novamente, fui para o lugar onde iria ser a colação e uma mulher perguntou meu nome. Falei e ela me indicou meu lugar.

Um tempo depois, quando já estavam todos em seus lugares e que os pais já tinham chegado, a colação começou. Foi a mesma coisa de sempre. Discurso do diretor, de algum professor e de um aluno. Claro que o aluno foi o Peter. O "mais mais" da sala, como as meninas dizem. Juro que, durante o discurso, eu fiquei me perguntando porque eu o escolhi pra ser meu melhor amigo.

– Ai meu Deus! - Minha mãe disse toda chorosa e me abraçando quando já tinha acabado a colação. - Meu filho já tá até formado na escola!

– Mãe, para com isso. Eu não sou tão velho. - Falei rindo.

– Deixa eu tirar uma foto! - Ela falou procurando a máquina na bolsa. - Achei! Vamos! Peter, Alice, juntem-se. Os três formandos. - Os dois vieram pra perto de mim. Alice me abraçou e eu passei o braço pela cintura dela. Peter fez uma careta. Minha mãe conseguiu a proeza de tirar foto bem nessa hora. O que eu adorei, já que o Peter saiu parecendo um filhote de cruz-credo.

– Porra, tia. Sacanagem... Não dá pra tirar uma outra? - Ele reclamou.

– Olha como fala com a minha mãe, babaca. - O empurrei pro lado e ele revirou os olhos.

– Outra! Dessa vez vai lá, April! - Minha mãe disse e o Peter olhou indignado pra ela. Tive que rir.

– E a outra foto? A dos formandos?

– A bateria tá acabando, querido. - Minha mãe respondeu pra ele.

– Sacanagem... Sacanagem!

– Cala a boca! - Mandei. Fizemos "pose" e minha mãe tirou a foto. Depois desse frufru todo, nos despedimos. Eu, Alice, Peter e April ficamos pro baile de formatura.

Uma música alta já tocava na quadra da escola. E também já tinham várias pessoas. Pela cor do ponche, eu já percebia que em menos de 10 minutos já tinham batizado o coitado. Nos sentamos à uma mesa. April e Peter só deixaram as coisas deles lá e foram dançar. Já tinha gente se pegando pelos cantos. É... Esse povo não perde tempo.

– Vou pegar algo pra gente. - Alice falou e se levantou. Fiquei sentado a observando.

POV Alice

Fui buscar o ponche batizado pra mim e pro Andrew. Não tem mal nenhum em beber na própria festa de formatura, certo? Certo.

Eu sabia que ele estava olhando pra mim. Sentia seu olhar queimar nas minhas costas enquanto em andava. Sabia que o Andrew sempre ficava olhando quando eu andava e procurando se tinha alguém fazendo o mesmo.

Só Deus sabe o quanto eu tenho chorado por saber que vou deixá-lo aqui. Ele fez tanto por mim... Até quando nem nos conhecíamos direito. E ainda faz muito por mim! Eu aprendi a amá-lo mais do que já amei outra pessoa. E saber que falta pouco pra tê-lo longe de mim, é injusto. Completamente injusto.

Não sei se ele reparou que minha mãe não veio pra minha formatura, mas ela já está lá na Inglaterra arrumando a casa nova. Meu pai começa a trabalhar lá em duas semanas. Até arrumar tudo e também pra ele se acostumar com o fuso horário, vamos daqui a uma semana pra lá. E eu ainda não contei ao Andrew. Eu estava adiando fazia várias dias.

Bom, ele disse que queria fazer a semana de New York ser a melhor da minha vida. Devo dizer que ele conseguiu. Só de estar do lado dele já conta pra ser uma das melhores semanas.

Peguei os ponches batizados e voltei pra mesa.

– Você me deixa constrangida me olhando desse jeito, sabia? - Falei me sentando e ele sorriu.

– Eu sei. Gosto de te deixar assim.

– Tem algum motivo especial?

– Você fica linda com vergonha. - Sorri ainda envergonhada. Continuamos bebendo. - Depois de beber vamos dançar?

– Claro. - Assim fizemos. Eu e o Andy dançamos como nunca. Eu adorava porque ele sempre fazia de tudo pra me ver sorrindo. Nunca alguém fez isso por mim. Eu me sentia... Especial e única.

Depois de um tempo, enquanto tocava uma música lenta, ele olhou pra mim e sorriu. Franzi a testa.

– O que foi?

– A gente pode dar uma escapada daqui. - Sorri. Fomos até o jardim da escola, onde tinha acontecido a colação de grau. Deitamo-nos na grama e ficamos olhando pro céu.

– Eu gosto quando o céu está assim. - Comentei. - Cheio de estrelas.

– Eu sei. Eu também. - Andy pegou na minha mão. Ficamos em silêncio. Não tinha muito o que o falar. E eu não queria estragar o momento contando pra ele que eu me mudaria em uma semana.

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Notas finais do capítulo

Bom, é óbvio que ninguém quer que eles se separem, mas eu só fiz isso por causa da segunda temp, se não, não iria ter. E desculpem a demora também... Ah! Esse é penultimo capítulo. Aí quando eu for postar o próximo, já posto o link da segunda temp nas notas finais. E finalmente um POV da Alice o/ Bom... Espero que tenham gostado. Beijos no core