She Will Be Loved escrita por Carol Munaro


Capítulo 4
Beginning


Notas iniciais do capítulo

Hello! Boa leitura :3



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- Ela dormiu? - Perguntei baixo, só pra Alice ouvir, enquanto acariciava os cabelos da Bia, que estava deitada no meu colo.

- Sim. - A campainha tocou e ela levantou, indo atender. Bia se mexeu e se sentou no sofá coçando o olho.

- Cadê a Alice?

- Ela já vem.

- Quero ir pra casa.

- A gente já vai. - Vi a Alice passar por mim parecendo que ia me socar.

- Era pra você. - Ela disse seca e cruzou os braços sentando no sofá. Olhei pro lado e o Peter estava em pé olhando dela pra mim.

- Mas… Tá fazendo o que aqui? - Perguntei.

- Tio! - Bia se levantou e foi até ele. Peter pegou ela no colo.

- Oi, princesa. E eu sou novo pra ser tio.

- Peter. - Chamei e ele me olhou. - Tá fazendo o que aqui?

- Além de pegar meu violão, vim te ver, amor. - Revirei os olhos.

- Vocês são gays? - Alice perguntou.

- Ele tá tirando uma com a minha cara. Babaca. - Disse. - Bom, então, eu vou pra casa. - Alice levantou pra abrir a porta pra gente. - Até amanhã.

- Até.

- Tchau. - Bianca disse e ela sorriu.

- Quer carona amanhã? - Perguntei já da calçada.

- Não, valeu. - Ela fechou a porta e fomos pra minha casa.

- E eu estava certo quando disse que você ia ver a Mendler.

- Eu não planejei isso. E eu não estava fazendo nada em casa.

- Natalie te chamou pra sair.

- E daí?

- Não precisa mentir pra mim. - Vi que meu pai e a mulher dele já haviam chegado. Bia ficou na sala com eles e eu e Peter subimos pro meu quarto.

- Ela é bonita. - Ele riu. - Apesar de quase querer me socar toda vez que me vê.

- Hm… Então, você é afim dela?

- Não. E eu to falando sério. Eu não to afim dela. Eu to só… Curioso.

- Com o que?! - Ele se jogou na poltrona do meu quarto.

- Pra começar, eu quero saber quem é Will.

- Mas pra que? Eu achei que era só um trabalho, Andrew.

- Também... Mas tudo nela me deixa curioso. Entende?

- Sei… Leva ela na festa de sábado.

- Ela tem cara de quem vai em festas, Peter?

- Não, mas… Convence ela ué.

- Ah tá. Fácil! - Disse rindo e irônico. Isso é impossível!

- Acho que é fácil sim.

- Se é, então vai você convidar a Mendler!

-Não precisa ficar irritado só porque não beijou a menina.

- Cala a boca. - Joguei uma almofada nele.

(…)

- Tem certeza que não quer carona? - Perguntei vendo a Alice sair de casa. Ela começou a andar na minha direção e entrou no carro.

- Não querendo ser indelicada, mas por que quer ser meu amigo?

- Tem que ter um motivo? - Liguei o carro e fui seguindo em direção ao colégio.

- Bom… Eu não tenho nada a ver com você.

- E daí? - Disse rindo. Ela não falou nada. - Hm… Vai ter uma… coisa na sexta. Você podia… ir.

- Que coisa?

- Uma festa. Claro, eu sei que em toda festa tem babacas, mas… Bom, eu vou estar lá. Espero q isso conte como algo positivo.

- Hm… - Pelo jeito, sou algo negativo.

- Você vai?

- Não vou em festas.

- Uma exceção? - Ela riu. Olhei pra ela surpreso. Quase bati o carro!

- Para de ser chato. Pode ser um “mini" campeonato de vídeo games? - Já é um começo...

- Mini porque só tem eu e você.

- É…

- Pode.

- Quando?

- Na sexta mesmo.

- Mas você não vai na festa?

- Não mais. - Ela arqueou uma sobrancelha, mas não falou nada. Fomos até a escola em silêncio. Como eu esperava, quando chegamos na escola, parece que o mundo parou. O povo nem disfarçava. Todos se viraram pra ver a Alice saindo do meu carro.

- Obrigada pela carona. - Ela murmurou e entrou no colégio. Peguei minha mochila e fui me aproximando dos meus amigos. Peter não falou nada. Ele ouviu eu oferecendo carona pra ela no dia anterior.

- Não acredito! - Natalie disse, me fazendo pular de susto.

- Para de berrar. Vai me deixar surdo qualquer dia.

- Antes surdo do que sem cérebro. - Respirei fundo. - E você não vai na festa de sexta né?

- Não. - Ela bufou.

- Tá trocando a gente, Andrew? - Alan perguntou rindo.

- Lógico que não. Cala a boca vocês dois. - Peter disse.

- Obrigado. Vou entrar.

- Mas já? - Natalie perguntou. Fingi que não ouvi. Peguei o livro pra primeira aula e só aí vi que o Peter me seguia.

- Vai onde sexta? - Não respondi. Ele abriu o armário dele, que era do lado do meu. - Vai onde com a Mendler? Ou Alice, para os íntimos?

- Para de ser idiota. E a gente vai jogar vídeo game.

- Ou brincar de médico. - Bati com o livro de 200 quilos de matemática nele.

- Na tua casa ou na dela?

- Não sei. Provavelmente na minha. - Ele continuou me encarando. - Que foi? Virou uma cópia da Natalie agora?

- To pensando… Tu largar uma festa por um menina só…

- O que tem?

- Desde quando tu não vai em alguma festa?

- Não me enche, Peter.

- Vai ficar com ela? To perguntando sem zoação agora. E não mente pra mim!

- Não vou tentar. Ela me socaria! Mas… Acho que to afim.

- Ah, você acha? - Ele perguntou rindo e irônico. - Bom… Leva ela pra lugares mais… Melosos. - Ele disse com uma careta.

- Para de ser babaca.

- Eu to tentando te ajudar, seu ingrato! Faz tipo ontem… Que você levou os filmes na casa dela. Alias, como foi lá?

- Hm… Foi… Olha, o problema é que ela quase não fala. Mas quando eu falei da festa, ela que sugeriu o vídeo game.

- Então, ela tá afim também. - Ele deu um sorrisinho malicioso. - Hm… Pegador. - Ri.

- Ela não tá afim de mim. Só resolvemos virar amigos.

- Se for isso, só da parte dela. Já dá sua… - O sinal tocou. Fechamos os armários e fomos pra sala conversando.

- Eu achei uma coisa no caderno dela. Mas, se ela imaginar que eu sei, não sei se ela vai me odiar ainda mais…

- Ela não odeia você.

- Mas pode odiar.

- O que você achou?

- Foi muito sem querer, juro! Achei uma lista que ela fez.

- Lista de que?

- De desejos. - Ela me olhou confuso. - É sério. Não to te zoando.

- E por que ela esconderia? Além do fato de ser estranho, claro.

- Parece ser bem pessoal.

- E você se intrometendo. Já entendi.

- Hey! Eu fiquei curioso. E eu não procurei pela lista. Ela brotou na minha frente!

- Aham. Que nem um pé de milho sai do chão. - Revirei os olhos.

- E se eu realizasse o primeiro desejo? - Ele me olhou com uma careta.

- Não faz merda…

- Só o primeiro. O que tem de mal em realizar um desejo?

- Desejo… É alguma coisa sexual?

- QUE?! Você enlouqueceu?!

- O que tem? Vai que a menina é uma maníaca…

- Vai se fuder, Peter. Para de falar merda. - Disse rindo.

- Hm… Então, não tem nada de mal né.

- Lógico que não. - Respondi ainda rindo. É… Eu vou realmente fazer isso. A Mendler vai realizar o primeiro desejo da lista dela.


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Notas finais do capítulo

Se antes das 03h00 tiver review, posto o próximo, anjos. Xoxo! :3