Falling Skies - Ben Mason, When Oddities Match escrita por Many Things at Once


Capítulo 3
Hannah & Hippo


Notas iniciais do capítulo

Oioi
Temos um leitor fantasma!!!!!
4 leitores e eu só conheco 3...
Ei, fantasminha... quero te conhecer...
Não posto ate vc me mandar um comentario...
Eu sei que eu sumi durante uns tempos...
Mas eu juro que nao abandonei a fanfic, é pq a minha escola é muito puxada e eu tenho prova todos os sabados e mesmo domingo eu ainda estou muito ocupada, sem falar que eu tenho mais outras quatro fanfics para cuidar e sem falar que ainda estu pensando em escrever mais outra hehehehehehhe
eu posto assim que puder...
Bjkas Marcela



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Safe and Sound (Taylor Swift Feat. The Civil Wars)
"I remember tears streaming down your face
When I said, I'll never let you go
When all those shadows almost killed your light
I remember you said, don't leave me here alone
But all that's dead and gone and passed tonight
Just close your eyes
The sun is going down
You'll be alright
No one can hurt you now
Come morning light
You and I'll be safe and sound"
Sãos e Salvos (Taylor Swift Feat. The Civil Wars)
"Eu me lembro das lágrimas escorrendo pelo seu rosto
Quando eu disse "nunca te deixarei ir embora"
Quando todas as sombras quase acabaram com a sua luz
Eu me lembro que você disse "não me deixe aqui sozinho"
Mas nesta noite tudo está morto, acabado e já passou
Somente feche seus olhos
O sol está se pondo
Você ficará bem
Ninguém pode te machucar agora
Ao chegar a luz da manhã
Nós ficaremos sãos e salvos"

Maya Stark Point of View

–Estamos mais perto da cidade do que do acampamento reserva - disse Ben do lado de fora da caverna examinando a paisagem

Caminhei ate parar ao seu lado. O dia estava bonito, apesar de sem sol. Haviam nuvens no céu e estava fazendo um frio característico, como um aviso de que o inverno estava chegando. Me fazia lembrar da vida antes da invasão. Quase esperei esperei ver Grab de mochila dizendo"temos que correr, estamos atrasados para a aula". E se não fosse a torre esphenim que eu via a distancia eu poderia jurar que eu estava ao lado de Grab.

–Quando te salvamos eu acabei deixando uma moto na cidade, estamos a mais ou menos duas horas de caminhada até o local, e quando pegarmos a moto vamos para o acampamento reserva - continuou Ben.

–E aonde seria esse acampamento reserva?

Ele hesitou, deixando óbvio que não confiava em mim. Não que isso não estivesse claro antes, vi ele acordado a noite inteira, provavelmente com receios de que eu o matasse durante a noite. Nossa desconfiança nos tirou uma boa noite de sono.

–Achamos um sítio abandonado há algumas milhas. serviria como um ponto de encontro caso acontecesse algo parecido com o que havia acontecido no dia anterior.

–Sabe que se eu for com você até lá há uma chance muito maior de serem atacados novamente - eu disse mostrando as cartas.

–Sei, mas como você mesma disse, é apenas temporário e você voltará logo para seu comboio - ele disse já começando a andar em direção a cidade.

Eu o segui entendendo o fato de ele andar sem se preocupar se eu o seguiria como uma demonstração de quem estava no comando. A seguir, parou, levantou a mão esperou que eu parasse, demonstrando novamente sua voz de comando. Ele me entregou uma de suas pistolas e disse:

–Não faça nenhuma bobagem.

–Eu já disse que não atiro em humanos - eu disse já irritada com sua falta de crença na minha confiança.

–É, mais isso não te impediu de me deixar inconsciente

–Eu não me lembro de ter atirado em você - eu disse irônica

Ele parecia querer dizer algo, mas mudou de ideia assim que ouvimos Machs a distancia, os barulhos vindos do leste, a direção do acampamento de onde viemos.

–Droga, ainda estão te procurando - ele disse com raiva
Segurei a pistola de modo correto: uma mão, depois a outra, um dedo no gatilho, e o outro na trava um braço dobrado e o outro esticado. os dois apontados em direção ao chão, para o caso de algo dar errado. Porém Ben segurou meu pulso

–São apenas dois, ainda estão buscando vai demorar no mínimo duas horas para seguirem nosso rastro - ele sussurrou me puxando em direção a floresta que ,seguindo em frente, daria na cidade.

Travei minha pistola novamente saindo da posição que tinha montado tão cuidadosamente, e enquanto passávamos rápido pelas árvores guardei a arma na calca colocando ela entre a pele e a parte traseira do jeans. Não paramos nem por um minuto, porém também ano corremos, ficamos em um passo acelerado que meu pai chamaria de trote.

Chegamos a cidade em aproximadamente uma hora e meia. O que mais me deixou impressionada foi o fato de Benjamin não ter suado nem uma gota, e não ter demonstrado cansaço nem por um segundo. Por mais que eu tenha usado o arreio (N/A exoesqueleto) e tenha efeitos colaterais um tanto satisfatórios como resistência fisica e uma atividade intensa do cérebro. As habilidades que ele tinha desenvolvido eram muito mais impressionantes que as minhas, que por si próprias já eram consideradas excentricidades pelas pessoas do meu grupo.

–Ficou quanto tempo com o arreio? - perguntei

–Quer dizer exoesqueleto? - ele riu enquanto ainda trotávamos - Pouco mais de seis meses, quase sete

–Interessante - eu disse limpando uma gota de suor que insistia em cair - ficou pouco menos de um mês a mais que eu e as diferenças ja sao significativas. Quais habilidades você tem além de resistência física?

–Não as chamo de habilidades. Chamo de maldição - ele disse sem me encarar diminuindo um pouco o ritmo, mas logo em seguida voltando a acelera-lo.

Preferi não perguntar mais nada, enfim me dando conta do rancor que ele guardava dentro de si. Não apenas pelas pessoas que os desgraçados haviam matado, mas também pelo que eles haviam feito com ele, apesar de odiar aqueles filhos da mãe e viver para mata-los, eu era grata pelo menos pela parte do arreio que me salvou de uma morte dolorosa e demorada.

Continuamos em direção a cidade seguindo o mesmo ritmo até que chegamos ao mesmo lugar aonde ele tinha me salvado. Aquele lugar me trazia memória de dor. Eu já havia levado tiros antes, mais do que eu gostaria de ter levado. Mas não foi o tiro que me trouxe a dor. Foi ofato de, por um momento, eu ter realmente acreditado que ele estava vivo, Grab. Aquele que além de irmão também era meu melhor amigo. Mas eu não iria chorar. Engoli o choro e segui Ben que andou até a motocicleta. Ele a levantou e em seguida montou nela.

–Parece boa. Nenhum tiro a acertou, uma sorte tremenda. Venha, suba - disse Ben estendendo a mão

–Não vou subir aí - eu disse - mal te conheço

–Deixe de frescura - ele disse achando a situação um tanto engraçada - sobe logo…

Eu não iria subir na moto com ele, havia outra opção, e eu iria tentar todas antes de subir na garupa dele. Ele nem ao menos confiava em mim e eu não estava desesperada ao ponto de fingir que estava tudo bem entre a gente. Muito menos de "precisar" da ajuda dele. Bom, eu a queria, me virar sem essa ajuda seria difícil, mas eu não precisava dela, eu sempre consegui as coisas sozinha e não ia deixa-lo achar que sou indefesa ao ponto de precisar da ajuda de alguém que nem mesmo conheço. Alguém que nem mesmo confia em mim.

Então ignorei e segui para a garagem mais próxima. aonde havia uma camionete gigantesca que identifiquei de uma competição de carros de trilha que havia visto na TV com meu pai na tv alguns dias antes da invasão. Tinha os mesmos detalhes, os pneus estavam tão cheios de lama quanto os da TV, sem falar nos adesivos de patrocinadores que cobriam o carro inteiro. Dei um risinho irônico e entrei no carro procurando pela chave que poderia estar ali dentro, mas não estava. Então entrei na casa procurando em todos os armários por um sinal de que a chave pudesse ter estado ali. Então olhei para o chão e vi os corpos de um homem abraçando sua filha que deveria ter uns cinco anos. Estavam mortos ha pelo menos um mês. Me abaixei ao lado do corpo e vasculhei seus bolsos, nenhum sinal da chave, e quando olhei para as mãos achei a chave da picape.

Fui ao lado da mesa de jantar e puxei o pano que cobria a madeira. Antes de jogar a toalha por cima dos corpos arrumei a franja da garotinha que abraçava um ursinho de pelúcia. Peguei o ursinho de sua mão e disse:

–Espero que não se importe…Hannah - eu disse lendo o nome em seu pingente - À propósito, esse é um lindo nome… Eu prometo que vou cuidar bem do seu ursinho… Descansem em paz.

Cobri os dois corpos com a toalha branca com detalhes azuis, Fiz um minuto de silencio em homenagem aos dois. Virei o rosto e andei na direcao da camionete. Foi quando vi Ben parado na porta olhando diretamente para mim.

–Achei um carro - eu disse lhe mostrando a chave

Fui até a porta e desviei dele, indo de encontro com a enorme F-MAXX (N/A: É uma camionete gigantesca, tem sete ou oito lugares sem contar a carroceria. Tem seis portas e parece um caminhão de tão alta). coloquei a chave na ignição e o ursinho sentado ao meu lado no banco do passageiro. Notei o nome escrito no colar do ursinho "HIPPO". Dei partida na camionete e me posicionei na rua para que Ben me dissesse o plano.

–Já que agora temos um carro, acho que seria uma boa ideia passar no acampamento antigo em busca de suprimentos

–Vá na frente - eu falei concordando com ele

Ele foi na frente guiando-me para o antigo acampamento. Obvio que eu não era muito boa na arte de dirigir ja que não tinha prática… Afinal eu so tinha 14 anos quando a invasão começou. Tive que aprender a dirigir no improviso quando eu e minha mãe estávamos sozinhas na estrada e fomos perseguidas por aracnos.

Seguimos uns 20km pelo asfalto até entrarmos na estrada de terra, seguimos por uns 9km e chegamos ao acampamento, a situação lá estava crítica, a casa aonde eu havia acordado agora estava em ruínas, e onde antes haviam tendas agora haviam montes de corpos. Ben parou a moto e desceu, foi em direcao ao monte de suprimentos cobertos por um pano verde (que antes era uma tenda), puxou o pano de uma vez e começou a carregar em direção ao carro três sacos de arroz de uma vez. Desci do carro e fui ajudar, deixei o revólver e o casaco junto com Hippo, acreditando que não teria que usá-los tão cedo, comecei a pegar os suprimentos e colocar na camionete o que cabia em meus braços.

Era realmente impressionante a força de Ben. Ele carregava tudo que cabia em seus braços e com facilidade, eu não tinha duvidas que se o carro quebrasse ele o colocaria nas costas e carregaria até onde fosse preciso sem dizer um pio. Enquanto eu carregava dois sacos de arroz com um pouco de dificuldade ele carregava o dobro e mais alguns enlatados. Terminamos o serviço depois de aproximadamente 10 minutos (Graças a forca de Ben). Fui em direção à camionete, mas ele chegou antes e disse:

–Tudo bem se você for de moto? - ele perguntou - Sempre quis dirigir uma dessas.

Eu concordei, mesmo sabendo que a verdadeira intenção não era ele querer dirigir uma 4X4, e sim afastar a possibilidade de eu roubar os suprimentos. E vi que não conquistaria a confiança dele tão cedo. Como meu pai costumava dizer confiança se adquire com o tempo. Entretanto, eu não tinha certeza de que conseguiria a confiança daquele ali tão cedo… Havia algo em seu passado, algo que eu não sabia, algo que o faz não confiar em ninguém além de si mesmo.

Ele já havia entrado na camionete, e eu subido na moto quando ouvimos um grito

–Socorro!! - gritou uma mulher

–Jeanne! - disse Ben saindo da camionete - o que houve? Tem alguém com você?

–É o Diego! - ela gritava desesperada - ele levou dois tiros! (N/A: Sim, aqui eu rompi um pouco com a ordem dos episódios e fiz com que Jeanne e Diego não tivessem saído da 2nd mass)

–Onde ele está? - perguntei

–Me sigam! - disse ela correndo desesperada
Jeanne correu conosco até um local no meio da floresta aonde havia um garoto sangrando muito no chão.

–Estarás bien, mi amor - disse a garota em espanhol

–Os tiros acertaram o pulmão - eu disse rasgando sua camiseta - Ele está engasgando com o próprio sangue! Preciso de uma faca ou qualquer coisa que corte e uma caneta ou canudo.

–Eu tenho um bisturi - disse Jeanne pegando em seu casaco a pequena lamina, ela já ia me entregar quando disse - mas matei três aracnos com ele.

–Então esquece - eu disse recusando - Ben, você tem alguma faca?

–Tenho - ele disse pegando uma adaga de 20cm e me entregando, em seguida correu em direção ao carro e trouxe um pacote de canudos de milk-shake.

Peguei a adaga, fiz um pequeno corte na traquéia do menino, não muito profundo, assim como vi minha mãe fazendo por mais de 10 vezes. Enfiei a caneta sem o miolo e em seguida o canudo de milk-shake e o garoto voltou a respirar.

–Pronto... agora precisamos levá-lo para o acampamento o mais rápido possível - eu disse pegando o garoto no colo, mais Ben foi mais rápido e o pegou cuidadosamente em seu colo e corremos para a camionete. O garoto foi colocado deitado no banco de trás com a cabeça apoiada no colo de Jeanne - precisamos chegar lá logo para fazer uma drenagem no pulmão.

Ben correu e pegou a moto jogando-a na carroceria, minhas suspeitas estavam certas, ele levantou a moto com uma mão só. Entrei no carro no banco da frente e Ben no do motorista.

–Mantenha a cabeça dele alinhada com o corpo, tire a cabeça do colo Jeanne - eu disse e ela imediatamente obedeceu - Ben, acelera!

Tirei a camiseta escura que vestia ficando apenas de sutiã e entreguei a blusa para Jeanne que a colocou ao redor do canudo. Passei para o banco de trás para ajudá-la. Rasguei a blusa em uma tira de aproximadamente 5cm de largura e entreguei para ela, logo em seguida rasguei uma para mim, e ficamos comprimindo os ferimentos tentando manter o sangramento sob controle. aparentemente não havia perfuração de grandes vasos sanguíneos, peguei o casaco que havia deixado junto com o ursinho e vesti. Controlamos bem a situacão, mais se não recebesse ajuda médica rápido morreria.

–Ben, estamos ficando sem tempo - assim que disse isso Jeanne desabou em lágrimas e Ben fincou o pé no acelerador.

–Estamos quase chegando já posso vê-los a distância.

O meu maior medo era que chegássemos lá e não houvessem médicos para recebê-lo. Que todos tivessem morrido.


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Notas finais do capítulo

E AÍ, O QUE ACHARAM??
QUERO UM REVIEW DE CADA LEITOR!!
Espero que tenham gostado, essa foi um capítulo muito importante para a estória.
Eu reescrevi ele umas 20 vezes...
temos um leitor fantasma!!!!! 4 leitores e eu só conheco 3...
ei, fantasminha... quero te conhecer...
vou postar quando cada um de vcs tiver me mandado um review. incluindo vc gasparzinho... kkkk é serio!
Espero que tenham gostado...
Bjkas Marcela