Pansy escrita por Elizabeth Stark


Capítulo 1
P.A.N.S.Y


Notas iniciais do capítulo

Algo completamente inspirado enquanto eu relia um capítulo do Enigma do Príncipe( aquele em que Harry e Neville são convidados para o Club do Slug para almoçar no Expresso, e que Blásio aparece). E no capítulo seguinte ( quando Harry entra no compartimento da Sonserina para ver o que Draco está tramando e aparece Draco com a cabeça no colo de Pansy).
Sempre fui extremamente curiosa para saber um pouco sobre a vida dos Sonserinos, especialmente da de Draco, Blásio e Pansy. Então, capítulo inspirado nesses pensamentos.
Não ficou exatamente como eu queria, negligenciei algumas cenas que eu iria colocar, mas se forem ler, boa leitura e espero que gostem desse monólogo do Blásio.



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O outono chegara rapidamente naquele ano. Uma brisa gelada se movimentava nos campos enquanto olhávamos para a janela das cabines dos corredores do Expresso.



Draco, Crabbe, Goyle e eu, andávamos com nossas coisas até encontrarmos um vagão vazio – ou Malfoy expulsar alguém de dentro de um. Antes de nos acomodar, uma garota passou rápida como uma flecha levando seu malão com tranqüilidade e mesmo assim, esbarrou em mim. Sem um pedido de desculpa, um rápido olhar dela foi lançado em minha direção e então ela continuou seu caminho com o queixo erguido.


Fiquei pensando nela: o rosto dela me parecia tão familiar apesar de nunca ter visto aquela pele perolada, nem os cabelos curtos e escuros e me lembraria se já tivesse encontrado aqueles lábios reprimindo um sorriso avermelhado. A garota iria para Sonserina, eu tinha certeza. Todo aquele andar pomposo querendo que as pessoas a olhassem era quase violento, e por não identificar com mais nenhuma qualidade das outras casas. Quando me sentei com Draco no vagão, não demorou muito para os boatos de que Harry Potter estava no trem começarem– eu não acreditei. O que importava agora era qual casa eu seria selecionado e Draco compartilhava essa ansiedade comigo.

Depois que compramos doces e conversamos algumas coisas sobre Quadribol, e Draco ter mencionado seu discurso sobre que não queria se relacionar com nenhum aluno trouxa- enquanto Crabbe e Goyle assentiam- passou alguns instantes até a garota de cabelos curtos aparecer na nossa cabine com uma garota chamada Dafne perguntando se poderia ficar com a gente. Crabbe e Goyle não se manifestaram e Draco não me dera chance de responder, apenas indicara com a mão o espaço vazio que ainda sobrava na nossa cabine.

Das meninas, a morena – mencionada antes- se apresentou como Pansy Parkinson deixando explicito a sua descendência pura. A tal Dafne que tinha olhos verdes e cabelos loiros se apressara em dizer que também era quando Draco inclinou o olhar em sua direção. Quase não tinha assuntos para falar uma vez que Draco não deixava espaço para ninguém, além dele e das garotas se manifestar.

Falaram um pouco sobre a Sonserina, Harry Potter naturalmente e, a viagem se seguiu tranqüila, eliminando apenas o fato de que meu estomago parecia dar voltas a cada vez que a tal Pansy olhava para mim medindo cada centímetro do meu corpo deixando explicito a sua arrogância e segundos depois, virava o rosto e voltava a encarar Draco com seus olhos verdes turbulentos.

E até então, eu só queria que Draco Malfoy não ficasse com Pansy Parkinson apenas para ele.

Quando o baile do quarto ano chegou, para homenagear os jogadores do torneio tribruxo, era óbvio que eu queria convidar Pansy, assim como era óbvio que ela iria com Malfoy. Por ela ser a única menina na nossa turma, e por ser apaixonada por Draco, eles iriam juntos. No fim, eu fui com uma garota da Corvinal. Era super divertida e gostava de deixar bem claro que era inteligente. Era bonita, mas apenas se olhasse de longe. O baile inteiro foi mais para ser observado do que para aproveitamos nossos pares. Eu detestei. Não havia bebidas interessantes, não havia Pansy ao meu lado, e a tal garota da Corvinal que até hoje não sei o nome parecia uma pedra com o penteado perfeito até o fim da festa. O meu único consolo foi olhar os peitos gigantes dela sobre o decote e pode ser coisa da minha cabeça ou não, eu ter tocado neles.

Eu me despedi dela educadamente e subi para a sala Comunal. Como Sonserinos não aproveitam as festas até acabar a comida- como os Grifinórios- havia vários garotos jogando xadrez quando entrei, ou então contando sobre seus pares. Não falei com ninguém e subi para me deitar.

Até que no dia seguinte, se estendeu o boato de que Draco beijara Pansy no baile.

Foda-se eu pensei.

É Malfoy, ele não sabe beijar.

Bom o beijo escroto dele serviu para oficializar o “namoro” ridículo deles. Não se tocavam, mal conversavam, mas continuavam juntos para estender cada vez mais essa história.

Enfim, apesar de estupidamente os Grifinórios acreditarem em esperança, eu acreditava na realidade, e sabia que uma hora ou outra, Pansy abriria os olhos dela.

Até que no fim do sexto ano, não foi bem os olhos que ela abriu.

Draco parecia mais com a visão do inferno tentando impressionar o Lorde Das Trevas. Mais magro do que nunca e seu humor era exatamente igual ao do Salgueiro Lutador. Quando finalmente transaram, fiquei sabendo porque não tinha outra opção. Peguei Pansy chorando algumas vezes, e Malfoy cada vez mais ocupado. Até que ela me contou que não via outra opção além do sexo de manter o relacionamento deles em pé.

– Por que levar isso adiante, Pansy?

– Porque eu sempre gostei de Draco. E vou fazer tudo ao meu alcance, Blásio.

– Tá. – eu engoli mais do que uma frustração nessa fala.

Até que bem, essa é a minha parte preferida da história. Depois de uma discussão daquelas com Draco, Pansy me procurou. Não sei porque, talvez a sua fiel amiga Dafne tivesse se distanciado, ou coisa parecida. Eu dei alguns conselhos, e acho que em um impulso ou totalmente desamparada, Pansy me beijou. Demorei alguns segundos para entender o que havia acontecido, e então correspondi com toda a minha vontade. Eu sabia que o motivo era que ela estava se sentindo horrível por não ter a atenção que merece de Malfoy, mas afinal, quem se importa?

Teríamos ido para cama, se eu não tivesse visto milhões de marcas roxas no corpo dela quando ela tirou a blusa.

Malfoy.

– O que é isso?

Ela não respondeu. E nem ousou abaixar a cabeça.

Até aquele momento, eu percebi que Pansy Parkinson poderia ser milhões de personalidades diferentes. Ela poderia ser a menina arrogante que eu conheci no Expresso de Hogwarts. Poderia ser a garota orgulhosa que tinha fisgado Draco Malfoy. Poderia ser uma mulher desamparada que veio me procurar em busca de atenção. Pansy podia ser uma Sonserina que faria de tudo para conseguir o que queria, mesmo sem medir seu próprio orgulho por Draco.

De todas, eu não toleraria uma garota que apanha de um Malfoy mimado.

Eu amei Pansy Parkinson. Ou amei uma das personalidades dela.

E se há algo que eu deveria levar comigo, talvez seja que nunca devo me ofuscar por uma garota. Porque eu sei que não quero me tornar exatamente como ela.


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