Grace e Jorge agora eram amigos, bem próximos pelo visto. Eles estavam ainda em Hogwarts, na ponte, conversando sobre muitos assuntos aleatórios.

_Sabe, a Angelina é uma garota bastante divertida._dizia Jorge sobre a menina com quem ele formava um suposto casal.

_Eu a vi com você no baile._sorriu Grace._Conversei pouco com ela mas achei ela uma menina muito gentil.

_Sim, ela é._ele sorriu olhando para algum lugar distante._E Marie é como uma irmã para mim._Grace sorriu distraidamente.

_Ai ai..._ela suspirou._Meu Travis deve estar aproveitando bastante lá em Durmstrang.

_Sim, deve ser bom._disse Jorge tirando uma folha que caiu no cabelo de Grace._Sabe... gostar de alguém assim._ela riu.

_Mas acho que nenhum de nós chega á paixão de Marie e Draco._ela disse andando com ele pela ponte.

_Grace, realmente é lindo mesmo mas, na verdade eu queria te propor uma ideia._ele falou olhando para o relógio.

_Fale então._ela virou-se para ele.

_Que tal irmos até Londres trouxa e comer um lanche?

_Seria ótimo._os dois se animaram, e aparataram em uma lanchonete. 

O lugar era limpo e arrumado, haviam algumas pessoas entrando no lugar, e outras já faziam seus pedidos ou comiam seu lanche. Grace olhava em volta e havia gostado dali. Iria procurar um lugar para se sentar com Jorge. 

_Venha._ele falou, sentando-se em uma das mesas e vendo-a sentar de frente para ele.

_E então, o que pretende pedir?_ela falou pegando um dos dois cardápios que havia na mesa. O ruivo pegou o outro, olhando as opções._Eu te acompanho.

_Ah, então tudo bem._ele chamou a moça para anotar seu pedido._Quero dois hambúrgueres, duas porções pequenas de batata frita e duas cocas médias._A moça anotou o que o ruivo pediu e foi lá para dentro, preparar os lanches.

_Aqui é bem legal._ela falou. E eles aguardaram algum tempo.

[...]

Marie estava ainda na casa dos Malfoy. Durante a reunião, eles conversavam sobre planos de invasão a Hogwarts e destruir Dumbledore, conquistando o que ele mais queria.

A garota ás vezes falava algo, mas que era contraditório ao que Voldemort dizia. Ele ainda tinha alguma paciência restante, mas estava se esgotando. Ele suportava porque ela era a chave para a maior vitória dele. Enfim, no meio da conversa, o Lorde das Trevas virou-se para falar com a garota.

_Marie, quero que faça algo para mim._ele a olhava esperançoso. A garota o olhava como se não tivesse opção, ou se não tivesse resposta, ou não quisesse mesmo responder._Quero que seja minha espiã em Hogwarts.

_O QUE??_ela deu um grito, assustando alguns comensais. Levantou-se da mesa, indignada._Não vou admitir esta conspiração!

Nora a olhou e riu debochada.

_Você não tem escolha, ruivinha.

_Nora tem toda razão._completou Lucius._Ou serve ao Lorde das Trevas...

_Ou morre._disse Draco olhando-a seriamente._Você é quem escolhe._ele a olhava friamente, não parecia aquele Draco que era apaixonado por ela.

[...]

Grace e Jorge comiam seu lanche, a garota realmente além de estar com fome, havia achado o lanche bastante gostoso. Ela aproveitava e dava uma olhada no Profeta Diário. 

_Nossa, esses bruxos jornalistas não tem ideias boas o suficiente para publicar em seus jornais._ela falava enquanto logo mordia mais um pedaço de seu sanduíche, estava acabando.

_Eu concordo.Eles só colocam algo interessante quando surge alguma polêmica de algum bruxo conhecido._respondeu Jorge.

_Dá muito dinheiro na mão._falou a garota fazendo um gesto engraçado. Jorge riu junto com ela, roubando uma batatinha da porção dela._Ei._ela exclamou, também comendo as batatinhas.

_Até que está sendo divertido._ele falou fitando-a.

_Sim... Sabe, Jorge, eu não pensava que você era tão compreensivo assim, por isso a Marie gosta de você._falou Grace, bebendo o ultimo gole de sua coca.

_Ah, não é nada, eu só gosto de divertir meus amigos, gosto de vê-los bem._o rapaz falou, corando um pouco. Sim, em alguns tipos de situações ele era tímido.

E assim eles terminaram o lanche, indo passear pelas ruas de Londres, aproveitando o pequeno momento de liberdade.

[...]

Voldemort ainda esperava a resposta da garota. Ele insistia. Quando viu alguém aparatar perto da lareira, era um rosto familiar. Um homem, vestia roupas pretas, tinha os cabelos pretos e lisos, bagunçados ao rosto. Marie arregalou os olhos.

_Professor Snape??

Snape apenas se aproximou e sentou-se na ultima cadeira que estava vaga. Bem observado pela ruiva que parecia estar faltando alguém. 

_Se não sabe, nós temos o nosso espião oficial._disse Nora, manifestando-se.

_Espera, agora estou confusa._falou a garota.

_Garota estúpida..._resmungou Draco ao seu lado. Ela o fuzilou com o olhar.

_Alvo Dumbledore precisa saber disso._ela falou ameaçando. Isso causou humor no Lorde das Trevas que colocou-se a rir ironicamente.

_Ah minha cara, Marie, ele já deve saber disso._Voldemort respondeu.

_Ou desconfia._completou Nora, sendo recepcionada pelo sorriso do "pai".

_Eu vou embora, esse lugar é patético._ela falou, já totalmente sem paciência para ficar ali, era chato demais. A garota levantou-se e sentiu alguém lhe pressionar pelo braço. 

_Eu não faria isso._disse um loiro de olhos azuis, fitando-a sem dar a descobrir o que ele sentia naquele momento.

_Ah, finalmente falou algo que parece ser convincente._ela disse com raiva._Eu acho que eu não faria aquilo o que você fez com a Pansy!

Ele a puxou brutalmente e ela tentava soltar-se dele.

_Vai se fuder, Lewis._ele falou sem pensar, sentia raiva de si mesmo por não conseguir recuperar a confiança dela. 

_Desculpe mas eu não consigo fazer isso sozinha..._ela fez um olhar irônico-provocativo para o irritar.

_Ora, parem com essa discussão de adolescentes!_Bellatrix levantou-se batendo com as mãos fechadas em punho na mesa. Draco não expressou nada em seu olhar. Marie olhava a mulher um pouco nervosa. Voldemort levantou-se bruscamente fixando seu olhar na garota. 

_Draco solte-a!_ordenou ele, o rapaz soltou o braço dela, se afastando._Crucio!_ela se contorcia de dor no chão._Crucio!_ela estava ficando exausta de tanto ser torturada. Draco olhava-a friamente, mas sentia-se desmoronando por dentro. Não queria perdê-la, e ela estava vacilando bastante. A garota continuava no chão, e via o homem aproximar-se._Isto é apenas para você saber que não suporto palhaçadas._Falou o Lorde das Trevas, voltando-se para sentar em seu lugar.

Bellatrix cochicou algo no ouvido do homem e ele assentiu. Nora lançou um olhar para Draco, como se insinuasse a ajudar a garota a levantar. Ele o fez e ajudou-a aproximar-se da mesa, Voldemort queria falar algo.

_Lewis... você vai se tornar uma comensal._disse a mulher séria. A garota franziu a testa, quase que entristecida, assentiu pois ficou com medo de morrer ali sem ter nem tempo de lutar contra, estava despreparada. 

_Voltem á Hogwarts, e aproveite garota, pois lhe daremos um tempo para adaptar-se._Nora sorriu sarcastica. Draco aproximou-se do Lorde das Trevas e falou algo a Bellatrix, que cochicou algo no ouvido do homem que permitiu alguma coisa. O loiro voltou para perto da ruiva, e aparataram na sala precisa, já em Hogwarts.

[...]

Grace andava por uma praça com o rapaz ruivo. Ela viu uma jovem mãe, parecia ter uns 18 anos, ninava uma linda bebê em seus braços, era filha. Logo viu um rapaz de mais ou menos 20 anos, chegar com uma mamadeira. Ficou observando durante um tempo, Jorge falava de algumas bobagens que nem fariam diferença, mas ele observou que a garota estava distraida.

_   ...E aí o que você acha, Grace?_a garota olhou subitamente para ele.

_Oh, me desculpe, o que estava dizendo?_ela sorriu sem graça. Ele não se importou, tornou a repetir o que havia dito.

_Que talvez um dia pudéssemos reunir a turma, depois que terminasse o ano letivo, e comermos um lanche daqueles que comemos.

_Ah sim, claro._ela disse retomando sua linha de pensamento._Tenho certeza que irão gostar.

Ele sorriu, ela deu uma beliscadinha na barriga dele, que reclamou. Ele olhou no relógio. 

_Merlin! Já são quase 17h!_ele falou surpreso.

_Não podemos ser pegos, e não podem notar nosso sumiço._ela falou e rapidamente aparatou com ele na biblioteca, por sorte não havia ninguém.

_Ufa!_ela exclamou._Pelo menos quando formos com a turma, não precisaremos agir como fugitivos._Ele caiu na gargalhada junto com ela. Saíram dali discretamente e ninguém desconfiou de nada.