Acertos E Desencontros escrita por Lia Cullen


Capítulo 6
Os Cullen e Mudanças drásticas


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente!!!!
Desta vez eu nem demorei muito não é? Rsrsrs
Bem, eu só queria pedir para que vocês deixassem seus comentários, afinal eu preciso saber o que estão achando. Eu não mordo e aceito criticas numa boa rsrsrs.
É isso, boa leitura!



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Ainda meio paralisada pela situação, convidei-os para entrar, porem minha curiosidade estava me matando, e matou mais ainda quando o filho de Adônis, ou Edward, como preferir, pediu a Alice para pegar um cesto, um Moises para bebes, e levar para dentro de casa.

–Er... Desculpe ser intrometida, mas esse é seu filho? Ele é uma gracinha! – Perguntei ao Edward. O garotinho estava deitado em seus braços, tinha olhos tão verdes quanto os dele e um cabelo bem escuro.

–Não, não. – Ele respondeu com um sorriso sem graça. -Bem antes de eu e Alice tocarmos a campainha ele já estava chorando muito aqui fora. Só o peguei no colo. –Respondeu-me ele.

–Isso é sério? – Exclamei horrorizada. Algum inconsequente tinha deixado aquele ser indefeso na nossa porta, que por acaso, segundo o Adô... Edward, já estava chorando há muito tempo e ninguém aqui de casa parou para ouvir. Meu Deus!

–Ok. Vamos leva-lo para dentro.

Alice e ele vieram arrastando suas malas e o cachorro veio junto atrás do seu dono alegremente. Por falar nisso, sabe aquela teoria de que cachorros se parecem com seus donos? Pois é, o cachorro também é imensamente lindo, com pelos caramelos brilhante, olhos bem pretinhos e cheiroso.

Conduzi-os até a sala, e no meio do caminho Rose descia as escadas de pijama, em direção à cozinha.

–Bom dia Rose!

–Ei Bella... Esses são? – Questionou ela com uma cara de paisagem para mim. Mas antes que eu pudesse apresenta-los, Alice se apressou e cumprimentou calorosamente, abraçando Rose como se a conhecesse a muito temo.

–Olá! Eu sou Alice e esse é meu Irmão Edward, seu cachorro, o Clark.

–Ah sim, mas de quem é o bebê?

–Eles disseram que estava na nossa porta chorando, antes mesmo deles tocarem a campainha. Não conseguimos ouvi-lo chorar Rose. O que vamos fazer agora?

–Ele veio onde Bella?- Rose me perguntou, olhei para o Edward e ele me mostrou o cestinho onde tinha umas coisas espalhadas na manta. Peguei-o e levei até onde estávamos para que pudéssemos checar o que havia dentro.

A recepção dos novos intrigantes moradores estava sendo bem interessante...

–Aqui dentro Rose!

–Ok. Vamos Olhar e ver se tem algo de importante...

Rosalie ia se abaixar para começar a procurar alguma coisa, mas o bebê, no colo do Edward, começou a chorar fortemente interrompendo nossa busca e fazendo Edward dar um pulo assustando-o mais ainda. Olhamo-nos um para o outro com olhos arregalados sem saber o que fazer afinal, eu acho, que ninguém ali sabia cuidar de algum bebê.

O choro ficou mais estridente e eu pude ver uma mancha escura na camisa azul de Edward.

– Acho que antes deveríamos trocar a fralda dele... – Comentou Rose.

–Também acho – Respondemos em uníssono.

–Vamos ver se aqui no cesto tem alguma coisa que nos ajude, ou teremos que recorrer à farmácia. – Disse Alice solícita.

–Isso, procure aí Rose, enquanto eu o deito no sofá. - Falei já pegando o bebê do colo de Edward. – Pode ir trocar sua camisa Edward, tem um banheiro bem ali. - Apontei em direção ao banheiro que ficava próximo a sala de estar e ele assentiu e seguiu em direção a sua mala pegando uma camiseta preta.

Nos não sabíamos se era uma menina ou menino, não havia furo nas orelhas ou uma roupa azul, era um macacão simples verde-água. Deitei o bebê no sofá e comecei a tirar sua roupinha, mas devido ao meu ótimo senso de coordenação motora, não foi uma tarefa fácil. Eu não sabia simplesmente pra que lado começar a desabotoar sem que o bebê se mexesse demais e acabasse me atrapalhando, o que ocasionou mais choros.

Depois de alguns minutos, o macacão estava fora do corpinho pequeno do bebê, bem pequeno por sinal.

–Bella, achei umas fraldas e algumas mudas de roupa, tome. – Rose me entregou a fralda descartável para que eu mudasse o bebê. Retirei a fralda suja, tinha muito xixi ali. Assim que retirei a fralda pude ver que era um menininho. Coloquei a outra fralda seca e vesti seu macacão. Aconcheguei-o em meu colo ouvindo um suspirar fraquinho quando ele chegou bem perto do meu pescoço. Seus dedinhos agarraram minha blusa e já era possível saber que ele estava dormindo, o seu choro mais cedo em nossa porta e o de agora o cansou. Era possível ouvir seu ressonar baixinho em meu pescoço.

Rose e Alice estavam olhando para meus movimentos com o pequenino e ficaram com cara de pateta me encarando.

–O que foi? – Perguntei a elas.

–Você fica bem com ele no colo. – Disse Rosálie suspirando.

–Hum, bem, vamos procurar por alguma coisa dele, precisamos saber alguma informação. - Eu disse mudando rapidamente de assunto. Logo elas voltaram a procurar, retiraram tudo de dentro do pequeno abrigo do bebê, que dormia calmamente em meus braços. Havia duas mantilhas brancas e um cobertor mais grosso azul, três macacõezinhos iguais ao que ele estava vestindo, só que em cores diferentes, três conjuntos de calça e blusa e um pacote de fraldas descartável tamanho “P”, dentro de uma pequena sacola de papel, junto com mais alguns produtos de higiene próprios para bebês.

Depois das meninas terem retirado tudo que havia no cesto, elas encontraram uma pasta verde sem nenhuma identificação. Nesta hora o Edward voltava do quarto dele, que por acaso era na frente do meu, pois assim que ele terminou de se trocar, Alice pediu para que ele levasse as malas deles para seus respectivos quartos.

Ele desceu as escadas junto com Emmett, que tinha uma cara de sono tenebrosa, mas já conversava animadamente com ele. Entretanto, assim que ele nos viu sentadas no sofá, com o cachorro de Edward sentado aos pés de Alice e a bagunça das coisinhas do bebê espalhadas na mesinha, e principalmente, com um bebê em meu colo ele se assustou:

–Bella! De quem é este bebê?- Perguntou Emm Alarmado.

–Estava na nossa porta na hora em que Edward e Alice chegaram, estamos procurando alguma informação dele dentro deste cestinho que ele veio.

–Ah sim, quase passei desta pra melhor agora... Esperem aí, vou chamar o Jasper para nos ajudar. - Falou ele subindo as escadas em direção ao quarto o Jazz.

Minutos depois ele voltava com Jasper em seu encalço que mal tinha os olhos abertos e vestia seu pijama, um short e uma camiseta regata.

Assim que eles chegaram à sala Jasper se conscientizou das pessoas em seu redor e voltou para fazer sua higiene e voltou rapidamente para sala. Contamos para ele o que tinha acontecido e ele ficou com a mesma cara de bocó que tínhamos ficado quando o bebê havia começado a chorar.

–Enfim, podemos abrir a pasta?- Perguntou Rose.

Confirmamos com um acenar de cabeça e ela retirou a embalagem plástica que a envolvia e abriu a pasta.

–Certidão de nascimento, cartão de vacina, histórico de saída do hospital, outro envelope e... Uma carta! – Rose ia dizendo o que havia dentro da pasta e ficávamos mais curiosos, principalmente quando ela disse a palavra carta.

–Aqui na certidão diz que ele nasceu em dezembro, então ele tem dois meses, não tem nome dos pais. Vacinas em dia... – Rose foi falando e lendo bem devagar para nós. Até retirar o envelope menor e puxar um papel branco um pouco manchado e com uma letra bagunçada. Ela nos encarou como se esperasse uma confirmação se poderia ler.

–Leia Para nos Rose! – Disse Emm impaciente.

"Sei que isso não é nem um pouco certo, mas eu tinha que tentar dar uma vida mais digna ao meu filho, minha única opção era deixa-lo com vocês. Fiquei grávida com 17 anos e foi da pior forma que um ser humano pode ficar. Meus pais já haviam morrido de um acidente de carro e eu me livrei do orfanato para morar na casa do meu tio, ele sempre me tratava bem, trabalhava muito, tinha meu primo de 20 anos que fazia faculdade à noite, eu quase nunca o via. Mas quando eu saí do meu trabalho, de meio período, um pouco mais cedo, e meu tio tinha ido trabalhar até mais tarde, eu ficaria sozinha em casa.

Neste dia meu mundo ruiu. Meu primo resolveu brincar de me fazer sofrer, e de todo este sofrimento, nasceu meu pequeno Nathan, mas, infelizmente, eu não posso ficar com ele. Todo o tempo de minha gravidez eu fiquei escondida do meu tio dizendo que tinha ganhado um programa de qualquer coisa. Mas agora eu preciso voltar, sinto meu coração sangrar ao escrever isso.

Mas tudo na minha vida mudou quando você, Bella, apareceu na varanda do seu quarto cantando e brincando com seu irmão, uma família digna de como a minha poderia se, eu vi ali a minha salvação. Vi a cumplicidade de você e seu irmão e queria muito que eu pudesse dar irmãos ao meu pequeno e eles ficassem como vocês.

Nunca encontraria força para deixar meu pequenino em um orfanato, pois os três dias que passei lá foram suficientes para saber todo o sofrimento que ele encontraria por estar ali, e eu tinha que tentar.

Fiquei vigiando vocês por todo este tempo,me desculpe mas eu sei que você será a mãe perfeita pro meu filho Bella, nunca imaginei sentir tanta dor assim, mas é o melhor que ele pode ter, então será desta forma. Peço por favor, cuide dele como se fosse seu, meu coração sempre esta com ele, minha vida é ele. Sei que pareço uma psicopata, te vigiando de longe, mas uma mãe vai até o inferno por seu filho. Eu sei isso está incoerente, mas a dor e as lágrimas me deixam aflita, não consigo escrever nada melhor que isso.

Por favor, cuide dele, morrei feliz ao saber que ele esta em suas mãos de anjo. Desculpe-me."

Sarah.

Todos na sala permaneceram em silêncio, minhas lágrimas corriam livremente por meu rosto e meus soluços eram audíveis. Quanta loucura e sofrimento estavam impregnados naquelas palavras, e quanta loucura estaria por vir, contudo, eu precisava honrar as palavras daquela garota totalmente perdida. As palavras dela me sufocaram várias vezes, eram perceptíveis à loucura e... Não consigo encontrar palavras para descrever os sentimentos que emanavam de mim naquele momento principalmente por causa do corpo pequeno e o ressonar leve em meu pescoço do pequeno Nathan. Seu peso trazia um peso aos meus pensamentos.

Olhei para Emmett e vi toda aflição dos nossos momentos no orfanato passar nos olhos dele. Assim que a palavra orfanato vinha a minha mente, eu via nosso olhar detento de tristeza, pedindo por misericórdia, por um abraço acalentador. Lembrava-me nitidamente de todas as vezes que eu chorei pela falta de meus pais e a única pessoa que poderia me abraçar seria meu irmão, poucos anos mais velhos que eu, aquele sentimento era desesperador.

Não precisei pedir para que ele viesse até mim e me abraçasse, assim como éramos pequenos, ele entendia a mensagem de meu olhar. Emm veio até mim e me apertou com cuidado, pude sentir suas lágrimas molharem meu ombro direito, e chorei mais contidamente dessa vez.

–Você sabe o que tem que fazer não é Bels? Você sabe, só depende de você aceitar, eu estou do seu lado seja qual for a sua decisão. Mais não posso deixar de interferir, você sempre soube que por que uma pessoa fosse ruim ela não merece ficar onde ficamos até pouquíssimo tempo, não é?- Emmett surrava as palavras no meu ouvido, soava desesperador, é claro que eu sabia o que eu tinha que fazer.

Eu jamais poderia deixar aquele pequeno ser ir para aquele lugar horroroso, que parecia mais um pesadelo. Porém eu também sabia as consequências de ter um bebê em casa, eu nem começado a faculdade tinha. Em uma semana eu iniciaria medicina, precisaria dar tudo de mim, principalmente por ser bolsista. Divaguei pelo pensamento por um momento eu hesitei, é muita responsabilidade para uma pessoa de 18 anos prestes a começar a vida.

Sim eu poderia dizer não, devolver aquela criança. Mais eu seria mais forte do que meus problemas. Iria provar para mim mesmo que eu seria capaz.

–Eu sei Emm, nem da para imaginar o tamanho da minha responsabilidade. – Eu falei entre fungadas. – Mas eu simplesmente ao posso deixa-lo, ele fica conosco, comigo e com você, daremos a ele o que sempre quisemos ter, uma família. Desta vez para sempre. - Eu disse firmemente, sentindo as lagrimas esvaziarem dos meus olhos com mais força do que antes.

–Sim Bella, eu estarei aqui com você, sempre, seremos uma família de irmãos!- Disse Emmett sorrindo devagar e limpado as poucas lágrimas de seu rosto.

Eu senti vários pares de braços em nossa volta, eram dois pares de braços delicados, Rose e Alice, e outros dois mais desajeitados, Jasper e Edward, e por incrível que pareça uma pata e uma lambida bem babada, era Clark. Um bando de “doidos” se apoiando e dando forças para o que estava por vir. Fácil? Nem pensar, mas quando se está unido às dores são divididas e passa a caminhada se torna mais prazerosa.

Abri meus olhos de vagar e encontrei as verdes esmeraldas de Edward me encarando, seus lábios retorciam-se em um sorriso sincero, seu olhar transmitiam confiança e otimismo.

É, encontrei o alicerce que eu sempre busquei, esse clima de família torna tudo mais completo.

Daqui para frente vão ser muitas aventuras e dificuldades, mas unidos superamos tudo!


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Notas finais do capítulo

Uuui , hoje a coisa mudou drasticamente mesmo heim? Rsrsrsrs.
Não deixem de comentar, por favooor !
*P.S: Se houver algum erro me avisem!
Robjs ;*
—---> comentários = incentivo ao autor = autora feliz = capítulos mais rápidos!



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