Viajantes, Viagem Entre Mundos escrita por Ivana Araújo


Capítulo 1
Capitulo I – sonhos


Notas iniciais do capítulo

Espero que Gostem^^
Leiam as Notas Finais



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/393553/chapter/1

Nova York – Greta.

Respirei fundo, deveria ser só mais um sonho estranho, o que seria normal pra mim. Havia uma menina um pouco mais velha que eu com roupas de baile, daqueles de príncipes e princesas, ela dançava com um príncipe o que se notava pela coroa em sua cabeça, eles rodopiavam no salão ao som de smells like teens spirit – do nirvana em uma versão acústica ou pelo menos parecia ser isso. Mas o estranho não era isso, era que eu tinha a vaga lembrança de que eu conhecia aquele rosto, talvez de outro sonho, o salão era mal iluminado o que dava um rosto sombrio ao príncipe, um calafrio percorreu minha espinha quando ele sorriu e de repente virou fumaça, logo a princesa estava correndo e a cima dela, a lua brilhava misteriosa e imaculada num céu de nuvens negras e pesadas. O castelo era cercado de arvores secas e apodrecidas, como se estivessem exposta a uma doença por muito tempo, os galhos das arvores se curvavam em um jeito estranho como se para impedir a princesa, mas eles tombavam antes que ela os passa-se, adiante as águas de um rio brilhavam, chamando-nos para a salvação. Uma nuvem negra que logo percebi não ser normal passou por cima de mim, indo em direção à princesa eu tentei gritar eu tentei, porém minha voz não saia, o vulto negro a cercou, mas de algum jeito a princesa conseguiu sair do cerco, não prestando atenção tropeçou no galho de uma arvore que tomou vida, seus galhos prendendo a princesa, percebi que da arvore projetava-se a sombra de uma pessoa, e ela era quem prendia a princesa no chão, o vulto negro também se transformou em uma pessoa, o príncipe estava de volta, sem croa, dessa vez só uma longa capa preta, onde ele puxou um punhal de vidro vermelho sangue, a princesa fechou os olhos, mas não gritou, o príncipe puxou para mais perto de sua visão um cordão de ouro no pescoço dela, conheci imediatamente o pingente em forma oval com uma pedra ônix cravada no meio, eu já o vira em sonhos e também em fotos antigas, o punhal desceu em direção a seu peito, a tempo da princesa sussurrar um único nome Greta. O grito entalado finalmente saiu infelizmente tarde demais à princesa começou a sumir deixando um pouco de sangue nas folhas secas que estavam embaixo dela. Acordei assustada. Meu cabelo grudando na testa como cola. A música do nirvana estava no fim. Tentei me acalmar, minha mãe ia chegar de viagem no outro dia, me sentei na cama para aquietar meus pensamentos e vi meu pai na poltrona perto da minha cama.

– pai? O que você esta fazendo aqui? A mamãe já chegou? – perguntei logo de uma vez. Ele pareceu surpreso pela pergunta da minha mãe, como se eu estivesse adiantando algum assunto.

– Greta querida, precisamos conversar... – ele pareceu pensar na melhor forma de falar – é sobre sua mãe - Congelei. Ele se sentou do meu lado e segurou a minha mão

– o que? Ela não vem mais? – perguntei.

– querida... Ela não vem, não mais, sua mãe e-ela, ela... – o frio me dominou minha visão turvou e eu desmaiei nos braços do meu pai.

Winchester – Kristy

1, 2, 3, nada! De novo 1, 2, 3, nada! Droga! O.K. Última tentativa concentre-se, disse a mim mesma fechei os olhos 1, 2, 3... Longas flores amarelas com manchas marrons surgiram no meu campo de visão, nossa! Elas estavam crescendo, corri entre elas sem me importar de já alcançarem a metade da minha cocha, o cheiro dessas flores girafas era tão bom que poderiam fazer Annie dormir por um mês inteiro, segui diretamente para o topo onde havia um déficit de flores, uma pena, mas ali eu sempre a encontrava sentada e esperando por mim.

– mãe! – chamei com as flores altas eu só consegui ver o topo de seu cabelo loiro.

– aqui princesa – ela levantou a mão, encontrei-a de pernas cruzadas trançando uma coroa de flores azuis pequeninas. – venha, experimente – me ajoelhei ao seu lado e ela pôs a coroa na minha cabeça.

– então combina com meus olhos – brinquei.

– eu não faria nada que não combinasse com você, você esta linda, como sempre. - ele me deu um beijo na bochecha

– de você não adianta, você é minha mãe. – rebati.

– tive uma ideia! Ainda sobraram algumas flores eu poderia trançar o seu cabelo e colocar elas, vem se vira – fiz como ela mandou e descobri que suas mãos eram ágeis e habilidosas, trançaram o meu cabelo em segundos, essa era a primeira vez que ela tocava o meu cabelo, ela encachou umas florezinhas aqui, outras ali. – ah princesa você esta incrível!

– obrigada mãe – agradeci – essas flores tem cheiro bom, mas eu nunca as vi, qual é o nome delas? - apontei para as azuis.

– gotas de diamante – ela disse, ainda dando uns últimos retoques. Virei-me para ela.

– gotas de diamante? Acho que essa flor não existe. – disse a ela

– é claro que existi, eu quase dei o nome dela a você. Vire-se ainda não terminei – ela parecia estar no piloto automático.

– mãe! – chamei sua atenção.

– ah, princesa eu me esqueci de que gotas de diamante não existem por lá– ela disse olhando pros lado como se para se certificar onde estava. – pronto! Você está uma verdadeira princesa. – ela me ninou em seus braços

– senti sua falta – falei.

– eu também, mas você sabe que é difícil para mim não sabe? – ela me perguntou, por coincidência ou não senti o chão tremer, ah não! Tão rápido.

– mamãe – a abracei.

– desculpe princesa você sabe que não podemos ficar aqui pra sempre, não sabe? - ela começou a sumir e a voltar. A cada minuto o chão tremia com mais força.

– não, por favor, só mais um pouco, só mais um pouco – implorei tarde demais. 1, 2, 3, nada! Ela se fora.

– não. – gemi bati na lateral da cama. Sleep away de Bob Acri tocava lenta e sonolentamente.

– Kristy se você ficar fazendo barulho eu não vou dormir – resmungou Annie, que desde que começara a ter pesadelos não conseguia dormir direito, tinha crise de insônia e ficava um pouco azeda.

– desculpe Annie, volte a dormir.

– vou tentar, eu espero.

Enrolei uma mecha do meu cabelo, psicologicamente ou não eu ainda sentia o cheiro da flor gotas de diamante, em meu cabelo. A música começou a funcionar em mim, nossa! Como Annie conseguia ficar acordada com aquela música tocando? Deixei ela me levar a um sono profundo onde caminhei por campos de gotas de diamante e flores girafa

Annie

– Annie! Annie! – o mundo estava uma confusão. Alguém gritava por mim, quem? Eu não reconheci.

Minhas mãos tomaram controle do meu corpo e puxaram uma flecha da aljava, posicionei no arco que eu nem sabia que estava comigo, eu sentia raiva, por que eu estava com raiva? Mirei em um ogro que sacudia algo ou alguém. Deus! Era Bessie pendurada no braço do ogro e gritando por mim, a flecha voou e acertou a testa dele, mas ele tombou para o lado errado e caiu em cima da minha irmãzinha. Ogro estúpido!

– Anniiiiiiiiiiiiie! – ela soltou seu agudo capaz de deixar alguém surdo, puxando o “i”. – eu estou sufocaaaando

– estou indo! – corri na direção do ogro, mas algo me impediu: primeiro eu fiquei cega, depois eu vi vermelho, e logo então Bessie pálida jogada no chão. - aaaaaaaaaaaaaaaah!

Acordei encolhida no canto da cama contraída, sabia que ninguém tinha me ouvido mais um pesadelo sem som. O que era normal. A música já tinha acabado o que me incomodou normalmente eu acordava dos meus pesadelos um pouco antes de ela acabar, me perguntei o que teria me acordado. Respirei fundo, de novo e de novo até meu coração voltar ao seu ritmo normal. Levantei-me e desci as escadas, andar um pouco ajudava com a insônia pôs pesadelo. Surpreendi-me ao ver a luz da sala ligada e pior ainda minha mãe no sofá chorando. Meu coração gelou, aprecei os passos quase caindo da escada.

– mãe, você está bem? – perguntei já me sentando ao seu lado, ela segurava uma foto na qual eu, ela, tia Cassi e sua filha Greta, Kristy e Bessie nós fazíamos um piquenique na Colina Saint Giles Hill onde se pode ver toda a cidade winchester. – Bessie esta bem? – perguntei as mãos geladas.

– e por que não estaria? – ela olhou pra mim os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar.

– por nada, mas o que foi mãe eu nunca vi você assim – fugi da sua pergunta, da melhor forma possível, ou seja, com outra pergunta, mesmo assim ela percebeu que eu não estava falando a verdade. Felizmente resolveu deixar para outra hora.

– a Cassandra, filha... – ela soluçou – e-ela faleceu, me ligaram agora pouco - Ah então talvez tenha sido o telefone que me acordou pensei comigo mesmo. Mamãe continuou chorando a ponto de quebra o meu coração.

– você quer que eu faça um chá, eu já ia fazer pra mim mesmo – menti a última parte.

– não, eu estou bem, só estou triste a Cassi era como uma irmã pra mim, ela abriu mão de muita coisa filha e isso é algo difícil de fazer e por mim, eu vou sentir saudades dela. – ela olhou a foto, já fazia quatro anos que tínhamos tirado aquela foto, só agora percebi que a mamãe e ela tinham o mesmo colar, só que com pedras diferentes. – você continua com os pesadelos não é filha? – caramba, eu não esperava por essa pergunta, espera como ela sabe que estou com pesadelos, sabe às vezes da vontade de matar a Kristy.

– não é nada demais só um pouquinho de pesadelos e insônia, continuo forte feito touro. - menti, ela soube na hora a verdade.

– eu também tinha pesadelos, costumava ouvir acústicos para dormir e...

– eu já tentei música, meditação, ioga, tudo para dormir sem sonhos, pensamentos ou pesadelos nada funciona eu sempre acordo imóvel, congelada e encolhida num lado da cama – eu soltei toda a verdade.

– eu estava dizendo que além das músicas eu costumava botar uns incensos tranquilizadores, talvez eu ainda tenha, você gostaria de tentar?

– essa foi à única coisa que eu ainda não tentei, mesmo, então tudo bem. – ela me levou a até o seu quarto, pegou uma caixinha marrom, onde havia uns palitinhos, que ela me entregou.

– boa noite mãe. – eu a abracei

– boa noite filha. – ela me deu um beijo na testa. Eu não tive outros pesadelos durante a noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

se vocês leram até aqui espero que tenham gostado, deixem reviews e me digam o que acharam da historia, podem ser francos sou boa com criticas.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Viajantes, Viagem Entre Mundos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.