Hit Me Like A Man And Love me Like a Woman escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 10
Capítulo 9 - Cupcakes


Notas iniciais do capítulo

Hello muchachada!
Seguinte, muito obrigada pelos comentários, a Vitory e eu amamos os comentários onde vocês interagem com a gente, amamos papear com vocês! Aproveitem o capítulo, deixem comentários, recomendações e coisas que nos animam a escrever!
Boa leitura, até lá nas notas finais!
XX



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POV Mona

Depois do barraco e gritaria com Andy, a porta foi escancarada e uma senhora, de uns setenta anos, adentrou o local. Andy estremeceu. Eu estava tão entorpecida com os ocorridos que nem prestei atenção no que a mulher disse. Meu corpo meio que convulsionava e minha face doía bastante. 

Andy saiu do quarto e finalmente pude relaxar os ombros que antes estavam tensos.

– Está tudo bem, querida? – A senhora perguntou se aproximando de mim, dei um passo pra trás. – Tudo bem, não vou te machucar – ela disse com tanta serenidade na voz que permaneci parada. 

Recuei até a cama e sentei-me na beirada. Ela olhava-me com grande ternura, seus olhos azuis brilhando.

– Como se chama? – ela perguntou, sentando-se ao meu lado. 

– Mona – respondi.

– Lindo nome – a senhora sorriu. – Sou Edith, avó do Andrew – ela disse pacífica, completamente diferente do neto.

Minha boca se escancarou, como uma senhora tão doce e afável poderia ser biologicamente conectado com Andy, esse ser grotesco, ignorante, frio, repulso e retrógrado?

– Hã... Sou a nova sócia de Andy – respondi meio vaga. A senhora sorriu brilhantemente.

– Você e Andy brigam assim o tempo todo? – ela perguntou, olhando para o meu rosto, onde maracas de dedos brilhavam na minha face pálida.

– Mais do que a senhora imagina – disse com um quase sorriso. – Não se preocupe, estou bem – forjei um sorriso.

– Você me parece ser uma jovem forte, mas não pode deixar que as palavras cruéis de Andy te transformem – ela disse. – Às vezes, ele não sabe se controlar, mas ele não faz por mal.

– Não precisa se desculpar por ele – respondi seca.

– Não estou me desculpando por ele. Eu deveria ter adivinhado que Andy se tornaria desse jeito, mas não fiz nada para impedir que sua criação fosse assim – falou, com uma pontada de tristeza.

– Se tem uma coisa que eu aprendi desde cedo, é que a gente não tem culpa da criação que recebeu, e não podemos deixar -nos influenciar por isso. Quem quer mudar mesmo, luta até a morte pra ser diferente. – Levantei-me, amarrando o cabelo em um rabo de cavalo frouxo.

– Concordo. Minha querida – sorri, parando atrás de mim, colocando sua mão em meu ombro –, não precisa ser áspera e fria assim. Pelo menos, não comigo. Sei que isso é um artifício de defesa, você é exatamente igual ao Andy – ela disse meio triste.

– Tão igual que assusta – comentei baixo. – Foi muito bom te conhecer Edith, mas preciso resolver umas coisas – despedi-me, saindo do quarto com um aceno.

Corri corredor a fora. Nada de Andy por aqui. 

Abri a porta do quarto de Eve. Ela estava deitada olhando pro teto, como sempre. Tinha certeza que era questão de tempo para que Eve surtasse novamente, ela anadava muito calminha... 

– A vó do Andy tá aqui – disparei, jogando-me no chão com as costas na parede. 

Eve sentou-se, para olhar-me melhor. Seu olhos verdes analisaram-me rapidamente. 

– Ela é tão ruim quanto ele? – Eve perguntou meio cínica. Peou um travesseiro, acomodando-se mais na cama. 

– Por incrível que pareça, não. Ela é super gente boa e me tratou muito bem – falei cabisbaixa. Pousei minhas mãos no colo, encostando minha cabeça na parede, suspirando. 

– Então porque cê ta assim? – indagou confusa. 

 – Andrew é um idiota – praticamente cuspi as palavras, minha voz saindo áspera e congelante. 

– Então o trate como um! Vem, tenho uma ideia! – seus olhos brilharam de excitação, enquanto levantava-se rapidamente, colocando os saltos ( mereço mesmo!) e correndo porta afora.

 Corri atrás dela. Eve saiu correndo pelo corredor, entramos na cozinha ofegantes.

– O que diabos a gente ta fazendo aqui? – perguntei ofegante, enquanto adentrávamos na cozinha. 

– Vamos fazer bolinhos! – ela disse animada.

Eve pegou um avental e vestiu, puxou outro da gaveta e jogou em minha direção. Ah, que se dane! Vamos fazer cupcakes!

Começamos a fazer a massa dos bolinhos e, de alguma forma, Eve achou um som na cozinha e o ligamos. Acredito que o Andy não vai gostar nenhum pouquinho disso, mas como eu disse, ele é um idiota!

– Hã... Por que estamos fazendo bolinhos se você não come bolinhos?! – perguntei surpresa. Eve é cheia de dietas e ama comer coisas nutritivas e integrais. O que, com certeza ela não puxou a mim. 

– Pra irritar o Andy! Talvez nós possamos distribuir os bolinhos pros capangas, ou colocá-los no escritório do Andy. Ele vai ficar puto! – sorriu. Sua expressão era quase maníaca e por um segundo pequeno tive medo do que ela podia aprontar, aquilo não era nada relacionado ao que Eve poderia fazer.

Terminamos a primeira bandeja e já colocamos no forno.

– Caralho, tá muito quente! – falei, abanando meu rosto com uma bandeja. 

Eve concordou com a cabeça, sentando-se desleixadamente na bancada, pegando uma maçã e mordiscando-a. 

– Que tal... – Eve disse pensativa e olhou pra janela que dava pra área externa. – Piscina! – gitou, levantando-se e apontando com as suas unhas enormes a piscina pela janela. 

– Como não pensei nisso? Eve, você é um gênio! – exclamei sorrindo alegremente, olhando para a piscina. – O Andy deixou ordens expressas para não sairmos da casa, mas quem liga pro que o Andy diz, não é?! 

Quase vi Eve sair pulando pela cozinha, afoita. Nascemos com o sangue de atormentar as pessoas, fazer pegadinhas com elas e vingar-se era um passatempo preferido de Eve, perdendo apenas para o shopping.

– Exatamente! Vai indo trocar de roupa, quando você voltar eu vou – empurrou-me ''delicadamente''. – Só pra gente não correr o risco dos bolinhos queimarem – explicou.

– Claro, claro – quase saí correndo para o quarto. 

Abri a porta e o quarto estava escuro. Nada da Dona Edith, nada de Andy. Nada de nada. Dei de ombros e abri o armário. Escolhi um biquíni preto, um short jeans curto e rasgado e uma regata azul marinho. Fiquei escrota, mas tudo bem. 

Entrei no banheiro e me troquei. Amarrei o cabelo em um coque e saí do banheiro. O quarto ainda estava vazio. Saí do quarto e além de vazio, o corredor estava silencioso. Essa casa nunca fica em silencio, uai! Dei de ombros. Quem se importava, não é? Caminhei animadamente para cozinha.

Eve saiu saltitante pra trocar de roupa e eu me apoiei no parapeito da janela, observando o dia ensolarado. Ouvi um barulho vindo de fora da cozinha, caminhei rapidamente para a porta. Olhei para o corredor e ele estava vazio, mas dava pra ouvir vozes.

– Eu sei, vó! – Andy disse irritado. – Não deveria ter falado aquilo, mas ela também não deveria ter falado! Você sabe como eu fico quanto tocam nesse assunto! – sua voz estava no auge da irritação, que é uma façanha que somente eu consigo fazer.

– Ela é uma garota! – A voz da Dona Edith saiu calma. – Não se deve falar com garotas desse jeito! Você deve a Mona um pedido de desculpas – ela continuou.

Ouvi um grunhido baixo, no fundo, eu sabia que ele iria acertar. Rá! Cachorrinho. 

 Tudo bem, vó. Mas não acho que eu esteja errado – Andy disse com sua voz carrancuda, poderia até imaginá-lo ajeitando aquele maldito piercing. 

A conversa se estendeu, mas Eve já estava chegando, então entrei na cozinha, com medo que alguém visse-me espionando o povo. 

Os bolinhos não demoraram a ficar prontos. Eve e eu decoramos com cobertura, coisinhas fofas que não sei como mas minha amiga arrumou na cozinha e chocolate. Deu uns vinte bolinhos ou mais. Colocamos todos em bandejas e fomos para a área externa. Meu sorriso era tão grande que eu tava até com medo de rasgar minha cara. 

Perto da enorme piscina, estavam alguns capangas com óculos de sol e cara de malvados. Ri fraco. Eve, que andava contente, aproximou-se dele e distribuímos os bolinhos. Os capangas pareciam muito agradecidos. Eles até que eram de boa. 

Engraçado, até agora não vi Collins, que estranho. Tava um sol de rachar o crânio, e a piscina me chamava. A água batendo nas bordas da psicina. Ah! Piscina, me possui. 

– Eve, cadê o protetor solar que eu pedi pra você pegar? – perguntei enquanto tirava a blusa, deixando a mostra meu biquíni.

– Hum... – pensou –, acho que tá ali em cima! – apontou enquanto entregava mais bolinhos pros capangas. 

Peguei o protetor, sorrindo. 

– Vou lá no escritório do Andy, colocar alguns bolinhos pra ele, não precisa me esperar – avisou, saindo. 

Tirei o short e o coloquei na cadeira de praia, sentei-me na mesma e comecei a passar protetor nos braços e pernas. Ainda faltavam as costas e Eve ainda não tinha voltado. Olhei em volta e não vi nenhum rosto conhecido.

– Os bolinhos estavam ótimos! – Um dos capangas  sentou-se na cadeira de praia ao lado da minha. Sorri fracamente, ele ficaria bravo se eu dissesse que ele é um pedaço de mal caminho? Acho que não. – Sou Luke – apresentou-se. 

– Mona – apresentei-me educadamente, sei lá, por enquanto ele não precisava saber que eu sou louca. – Hã... Luke – chamei sua atenção pra longe das minhas pernas. – Será que você poderia me ajudar com o protetor? – perguntei timidamente. – Não consigo passar nas costas – expliquei-me, não queria que ele achasse que eu sou uma tarada. Ou eu queria? 

– Claro! – disse prontamente, seus olhos verdes brilhavam sob a luz do sol. 

Entreguei o protetor em sua mão e virei-me de costas pra que ele passasse o protetor.

As mãos de Luke eram macias e gentis. Mona, cale a boca.

– MAS QUE PORRA É ESSA? – uma voz brava, irritante, agoniada e muito, muito, muito furiosa falou. 

É agora que o bicho pega. Pensei em sair correndo e pular na piscina, talvez se eu desse uma voadora em mais de trezentos capangas eu conseguisse sair dali. Okay, deixa de ser fresca, Mona! Você é uma assassina fria e cruel e não uma Maria-Frescura.

Virei-me abruptamente a tempo de ver Andy descer as escadinhas e ver sua careta brava. Seu rosto estava vermelho.  Não que isso fosse novidade, mas eu que tô narrando, então eu falo o que quiser. Tenho quase certeza de que não estava vermelho por causa do calor, ele estava puto de raiva. Dei um sorrisinho amarelo. De repente a ideia de sair correndo dali não parecia tão absurda. 

– QUE ABSURDO É ESSE? – Andy quase subiu em cima da cadeira, suas pupilas dilatando. Olha, uma apelido novo! Pupilo. Luke permaneceu imóvel, apenas com um sorriso bobo no rosto. Vem cá, ele é tapado ou o quê? 

– Se chama passar protetor, conhece? Prática muito utilizada quando se sai no sol. – rebati. Andy fez um grunhido de raiva com a boca, parecia aqueles cachorros raivosos, querendo matar o outro cachorrinho que cruzou que a sua cadela. Ei, pera aí! 

– E precisa dessa sem-vergonhice toda?! – enfatizou. 

– Até onde eu saiba, pra se passar protetor solar, não pode ter roupa cobrindo a pele – falei cinicamente. Não entendo porque Andy tá tão alterado assim. Ah, ele fica com as putas dele e eu não posso passar protetor solar?! Vai se catar! 

– Não me provoca – avisou ameaçadoramente. – O que cê ainda ta fazendo aqui, Luke?! – gritou tão forte que o moço saiu quase correndo. Joguei um tchauzinho seguido de um sorriso para Luke. 

– Qual é o seu problema?! – virei-me pra Andy, que agora se sentava de frente pra mim. Tinha certeza que estava em pose de machão agora. 

– O meu problema?! Oh, qual é o meu problema?!  – perguntou ironicamente.– Bom, pelo menos eu não sou surdo! Porque até onde eu me lembro, eu dei ordens RESTRITAS pra você não sair de casa! – uma veia em sua nuca pulsava loucamente. Tá, eu tinha visto isso ontem na testa do Collins também. E talvez seja por isso que ele saiu correndo atrás de mim quando peguei o apelido da Eve e chamei-o de  unicórnio. 

– Ô mané, eu estou dentro de casa. Hello, tá ficando burro agora?! Porque se você não percebeu ainda, estou na parte de dentro dos muros! – perdi a paciência, sinalizando para os muros. Alguns capangas olhavam-me assustado, talvez pelo motivo  que eu tava igual uma doida, balançando os braços e quicando na cadeira, literalmente. 

– Não era pra você vir pra área externa, muito menos XAVECAR meus capangas! – ele disse alterado, apontando para Luke que covardemente se escondia perto de um armário.

– Ô, meu benzinho – disse me virando pra pegar um cupcake –, come um bolinho – amassei o bolinho em seu rosto. Andy rugiu de raiva, tinha glacê até na testa dele! Opa, foi mal. Mentira, haha! Adorei amassar o bolo na cara dele. 

– Vou. Te. Matar.– falou pausadamente, voando  pra cima de mim. Levantei-me rapidamente, mas ele já tinha pegado um bolinho.

Ele começou a correr atrás de mim, e eu corria em volta da piscina. Saí gritando igual uma galinha, batendo os braços em busca de socorro. G-zuis, socorro! Tentei dar uma de espertinha e fazer meia volta, mas o maldito foi mais rápido. Ele me agarrou com o braço livre e trouxe-me pra perto de si. Encarei seus olhos extremamente azuis. Só pra provocar, retirei com o dedo indicador um pouco de glacê que tinha em sua bochecha e comi. Ele ficou puto. Tô ferrada mesmo, então nem adianta mais se fingir de inocente.

 Andy ergueu a mão que continha o cupcake, pronto pra amassá-lo em meu lindo rosto. Mas senti um par de mãos empurrando-nos. E só percebi quão perto estávamos da piscina quando estávamos caindo pra dentro da mesma. Tentei soltar-me, mexendo as pernas igual um búfalo. Andy não soltou, nem mesmo quando atingimos a água. Quando emergimos da água, vi o rosto bondoso de Dona Edith sorrindo. Velha danada! Ela nos empurrou pra cairmos na piscina! 

– Vocês pareciam precisar de se refrescar um pouco! – explicou sorrindo docemente, quando olhou nossas caras furiosas. 

Andy bufava de raiva. Retirou a camisa e limpou o rosto sujo com a mesma, depois jogou a camisa pra fora da água. Jesus, que corpo. Mona, respeito! Vire macho, mulher! 

Eve, Collins e Dona Edith estavam se divertindo, morrendo de rir de mim e do Andy. Lancei o meu dedo médio para Andy, que olhava-me, fazendo um careta. 

Mereço! 


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Notas finais do capítulo

Comente....Recomendem....
Até o próximo!
XX da Effy ♥