I Won't Give Up escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 12
Outra noticia ruim


Notas iniciais do capítulo

Heeeey como estão? Demorei muito? Desculpe. Ok,podem ler...



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POV Austin

Já passava das duas horas da madrugada e nós, eu e Harry, continuávamos no hospital. Apenas nós dois porque depois de muita insistência do Dez, Trish aceitou ir para casa, pois estava muito abalada. Eu insisti que ficasse só eu, mas o cara quis ficar, o que me deixou com mais duvida da relação de Ally com esse cara, mas ela tinha me falado que não tinha namorado então... Enfim, não posso mais pensar nisso, pois apenas me preocupava com Ally, fazia no mínimo três horas que ela havia entrado na cirurgia e eu não aguentava mais esperar.  Levantei da cadeira que estava sentado um bom tempo e andei para fora do hospital para ver alguma cor que não fosse branco. Antes de sair observei Harry que continuava sentado com cabeça nas mãos um pouco longe de mim, ele parecia estar muito ruim, mas com certeza não pior do que eu.

Andando para fora do hospital não conseguia parar de perguntar como tudo aconteceu tão rápido na vida de Ally, e também na minha, afinal eu mal a conheci e não conseguia tirar ela da minha cabeça. Lembrei da primeira vez que nos encontramos, foi tudo tão rápido e inesperado, mesmo assim sua voz ficou na minha cabeça. Balancei a cabeça lentamente tentando manter a calma, pois Ally é forte não é?

Olhei em volta e percebi que não havia ninguém, a maior parte da luz da rua vinha do hospital. E também dentro do lugar não havia muitas pessoas precisando de atendimento havia apenas enfermeiros e médicos. Eu andava pela calçada ainda pensando em Ally, quando lembrei de algo, ou melhor, alguém.

A irmã de Ally.

Ela devia estar sozinha, além disso, Ally com certeza iria ficar mais no hospital, e lembro que ela me disse que seu pai morreu. Entretanto, algum parente da cidade devia cuidar dela, mesmo assim a secretaria disse que não conseguiram achar ninguém, então seria melhor cuidar dela por enquanto. Andei rapidamente para dentro do hospital e fui falar com a secretaria.

- Eu gostaria de saber se Melissa Dawson pode receber visitas? – Disse tentando fazer com que minha voz saísse normal. Ela olhou com raiva para mim acho que por ter que responder perguntas às três horas da manha, mas logo começou a procurar uma ficha.

- Pode, mas agora não é horário de visitas – Ela olhou entediada para mim.

- Mas ela é uma criança precisa de um acompanhante – Retruquei. Vi que Harry levantou e começou a vir até nós. Ela olhou novamente na ficha.

- Ah sim, mas você é parente dela? – Ela perguntou desinteressada e Harry chegou até nós e antes que eu pudesse responder ele falou:

- Sim, nós dois somos. Agora podemos ir? – Ele falou e assentiu para mim me incentivando. Olhei para ela e assenti. Ela olhou para nós de uma maneira estranha e deu um sorriso de lado.

- Tudo bem. Coloquem seus nomes aqui – Ela falou e nos passou um papel.

Nós dois assinamos e ela nos falou que quarto ir. A mulher ainda nos olhou como se quisesse rir e eu duvidei ainda mais quando percebi que ela deixou nós dois passarmos, se ela tinha falado que era apenas um acompanhante. Dei ombros e caminhamos em silencio para o quarto falado. A porta tinha alguns desenhos indicando que era o quarto certo. Empurrei a porta silenciosamente e entrei com Harry me seguindo.

O quarto estava escuro havia apenas um meio que abajur ao lado da cama para o quarto não ficar todo escuro. Na cama havia uma menina muita pequena cheia de curativos e uma camisola do hospital. Ela estava dormindo tranquilamente, mas estava ligada ao soro e tinha curativos até mesmo na cabeça. Seu cabelo estava por todo o rosto, mas eu a reconheci, pois a tinha visto há poucos dias. O quarto não tinha mais ninguém, provavelmente a enfermeira havia acabado de sair.

Harry se aproximou lentamente da cama e chegou perto da menina. Ele provavelmente também a conhecia, pois tinha o mesmo olhar triste que eu. Ele levantou a mão e retirou os cabelos do rosto da garota, ela tinha uma expressão calma em contraste com os cortes leves no rosto, nada grave. Aquilo me deixou ainda mais triste, tudo o que havia acontecido ainda não parecia real. Tudo o que eu queria era que Ally acordasse, pegasse sua irmã e sairíamos e enfrentaríamos tudo juntos, mas parecia muito mais complicado que isso.

- Vou ver se eles têm mais noticias da Ally – Sussurrei e Harry assentiu. Olhei para a garotinha e cheguei perto dela, passei a mão por sua testa que tinha um arranhão e balancei a cabeça negativamente. Logo sai do quarto, indo rapidamente para a recepção. Aquela mulher provavelmente não me aguentava mais, pois bufou impaciente logo que cheguei perto.

- Só quero saber se tem noticias da Ally – Falei rapidamente com a voz rouca. Antes que ela respondesse alguém chamou.

- Rapaz – Ouvi alguém dizer atrás de mim e reconheci o medico que nos deu a noticia mais cedo.

- Sim? – Perguntei ansioso por respostas.

- A cirurgia já acabou – Ele falou e assenti – Ocorreu tudo bem, mas vai demorar muito tempo para reconstrução das costelas, nós tentamos ajudar o máximo para acelerar o processo, mais não há mais nada que podemos fazer. Mesmo ter ocorrido tudo bem na cirurgia o quadro da paciente se agravou mais ainda. – Ele explicou e eu pensei que meu peito ia explodir – Apenas depois da cirurgia constatamos que a paciente está em coma. – Nessa hora parecia que eu estava sem chão, mas me obriguei a continuar ouvindo.

– O coma não é muito grave, se deve mais ao estado psicológico da paciente. É como se o corpo ainda não estivesse preparado para acordar, porque ela esta muito fraca fisicamente e mentalmente. O tempo do coma varia muito de paciente, mas o agravamento do quadro não é por isso. Como ela está com vários ferimentos graves é fundamental que ela esteja acordada para os machucados curarem rápido, mas com o coma tudo irá demorar ainda mais e ocasionar outros problemas. Portanto estamos fazendo o possível para ela acordar, mas grande parte depende dela – Ele falou tudo lentamente e terminou me olhando cuidadosamente. Assenti tentando não começar a gritar ali mesmo. – Sinto muito. Ela só vai poder receber visitas quando amanhecer. – Ele completou e depois andou calmamente para fora me deixando ali parado, agora sem conseguir conter as lagrimas.


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Notas finais do capítulo

Muito sem noção? Bom? Muito dramático? Ruim? Comentem *-*