Capitulo 36- A Ultima aquisição.

Ele dormia calmamente, virado para mim. Os barulhinhos que ele fazia eram engraçados, não era um ronco, mas também não era simplesmente sua respiração calma. Fiquei acariciando seus cabelos e rosto, vendo-o completamente relaxado diante as caricias.

Já estava quase amanhecendo quando eu me ajeitei virada para ele, para dormir.

Havia juntado dois assentos do trem formando quase uma cama, assim tendo espaço para nos dois.

Ele abriu os olhos, ainda totalmente sonolento.

― Bom dia... ― sorriu timidamente.

― Boa noite... ― sorri de volta sentindo meus olhos cansados.

Puxando-me contra ele, ele começou a acariciar meus cabelos assim rapidamente eu adormeci.

Mas ao entrar nos mundo dos sonhos, me vi não num sonho exatamente bom, e sim num sonho angustiante. Preso em memórias que em alguns pontos eu desejava esquecer para não ser torturadas com elas.

― Pop... Poppy, acorda... ― chamou Bruce, distante e carinhosamente.

Abri os olhos fitando seu rosto, até voltar minha consciência para o “mundo acordado”. Minhas lágrimas simplesmente escorreram e ele me abraçou forte.

― Foi só um sonho...

― N-não... Foram lembranças... lembranças que eu queria esquecer...

― Tudo bem. Acalme-se... ― murmurou acariciando meus cabelos. ― Hum, Poppy, parece que esta acontecendo algo lá no saguão... ―murmurou após um tempo me chamando.

Fomos até lá. Onde Tony discutia com Alice.

― O que está acontecendo aqui? ― questionei, colocando um pouco de ordem.

― Eles mandaram dois de seus amiguinhos buscarem o Légolas! Ele vai entregar a gente assim que por os pés aqui! ― me voltei a Alice, que suspirou.

― Eu vi, Poppy, ele quer ficar do nosso lado! Não só ele na verdade, bom, Logan...

― Logan?! ― eu e Bruce questionamos ao mesmo tempo, o que fez nos dois sorrirmos um ao outro.

― Ele optou por mudar de lado, embora ele não tenha ficado de nenhum lado quando todos se decidiram... ― ela parou e se voltou para a entrada onde, Peter e Charlote entravam sorridentes de mãos dadas. Logo mais atrás estavam Logan, de cara fechada como sempre, e Clint.

Dei alguns passos me aproximando enquanto eles pararam me encarando.

― Por que vieram? ― questionei, impassível.

― Para mim tanto faz... ― resmungou Logan. ― Não gosto muito da S.H.I.E.L.D mesmo, isso seria minha vingança por me prenderem naquela maldita torre. ― resmungou saindo andando pelo o lugar. ― Que tipo de espelunca é essa?! ― me voltei à Clint.

― Bom, eu não acho certo o que Nick Fury esta querendo fazer, digo, vocês estão à mais tempo que nos aqui. Por que deveríamos ser contra algo que tecnicamente é da natureza? ― o fitei demoradamente.

― Está bem... Eu não quero ter que lutar com a S.H.I.E.L.D, mas segundo Alice, eu não tenho escolha. Vou prolongar isso o quanto eu conseguir...

― Você sabe de algo que pode nos ajudar? ― questionou Jasper.

― Muito pouco. Eles ainda não sabem como podem lutar contra você, ou como te derrotar... ― murmurou, enquanto caminhávamos para diante a fogueira, já acesa por

Jasper, todo inicio de noite.

― Nos só morremos se... ― cortei Emmett, antes que ele terminasse de dizer.

― Como eu posso confiar em você, e saber que você não vai dar as costas de ultima hora?

― Bom, pelo o que me explicaram quando foram me buscar, Alice viu que eu queria ficar do lado de vocês...

― Você não confia em mim? ― riu Alice se fazendo de ofendida.

― Confio. Eu não confio é neles... ― resmunguei, apontando com a cabeça para os demais. ― Confiar em homens é a mesma coisa que dormir com um olho aberto.

― Poppy... ― resmungou Bruce, com uma careta.

― O quê? É verdade!

― Nunca te dei motivos para não confiar em mim!

― Mesmo? E aquele dia que eu cheguei e a Nat, ruivadia, estava com as patas na sua perna?! ― Bruce riu, mas assim como todos os outros, Clint ficou confuso. Tony e Emmett incorporaram duas hienas, não paravam de rir. Bruce deu um sorriso torto que me irritou naquele momento.

― E se você não tivesse chegado eu iria eu mesmo tirar a mão dela da minha perna.

― Ia... ― ri, fitando o fogo, corada. Num ponto era um ciúme bobo, mas ao mesmo tempo fora motivado, ela tocou dele de maneira... “provocativa”.

― Poppy, eu não gostei da atitude dela naquele dia... ― disse Bruce mais sério me olhando significativamente.

― Então é assim que ficam as vampiras quando estão com ciumes? ― riu Tony.

― Não, cara! Tá louco? A Poppy. É porque ela é bastante delicada, sei lá, algo assim. Minha ursinha ela nem fala nada, já chega arrancando a cabeça de quem tiver em volta! ― riu Emmett, ainda sim tenebroso.

― Precisamos nos focar... ― alertei, ganhando a concordância de todos. ― O que você sabe sobre as buscas?

― Eles tão rastreando tudo, mas estão mais focados em Manhattan e Brooklyn, onde teve ataques como os seus... Digo, onde pessoas foram encontradas e... Coisas do tipo...

― Os romenos... ― me voltei a Alice e Jasper. que concordaram com a minha desconfiança. ― Acho que eles vão contar para...

― Não... Elister nunca iria te prejudicar de tal forma, e você sabe disso... ― alertou Charlote. Apenas ela, Alice, Santiago, Marcus e claro, papa, sabiam o que aconteceu comigo! Bruce se mexeu um pouco desconfortável ao meu lado.

― À Propósito, Poppy... ― começou Tony. ― Me lembra de fazer salada de palmito quando você for jantar na torre novamente, já que pelo visto você gosta de palmito! ― riu Tony.

― Essa foi boa! ― riu Emmett, trocando uma batida com soco de mão com Tony e Peter.

― Pelo visto você tem um bom gosto para namorados, Poppy! ― sorriu Janet.

― Como? ― questionou Hank, se virando para ela.

― Digo, o tal Elister parece ser um cara legal, não vai entregar ela para ninguém, e bom, temos Bruce e tudo mais... ― começou explicar, completamente vermelha e embaraçada.

― Verdade! ― riu Charlote.

― Mais alguém para constranger o momento? ― questionei séria e corada.

― Nunca te vi tão vermelha como agora! ― riu Peter.

― Mas ela continua pálida! ― alegou Tony.

― Vocês não enxergam tão bem quanto nós... ― riu Alice.

― E nem ouvem... Quando a Poppy está ao lado de Bruce, o coração ruge os tambores! Bom levando em consideração que quando ela esta longe dele eles batem fracamente. ― riu Emmett.

― Já chega, né? ― sorri ameaçadora.

― E o do Bruce? ― questionou Clint, animado.

― É a mesma coisa. Parece que ele tá pronto para se transforma no Hulk! ― riu Charlote.

― Concordo com a Poppy, já chega! ― murmurou Bruce. corado e com vergonha de me olhar. Engoli a seco, sentindo a mesma vergonha, principalmente sabendo que ele me olhava de segundo em segundo.

― Está bem, vamos lá! ― começou Jasper, ainda rindo.

― Por mais que vocês queira prolongar a batalha, Poppy, acha certo deixar todos vivendo aqui assim? ― questionou Alice.

― É claro que não, mas... eu não quero que vocês enfrentem seus amigos... ― murmurei me sentindo culpada.

― Cada um de nós fizemos uma escolha. E cada um defendemos aquilo que acreditamos. ― sorriu Janet, me transpassando confiança, força e coragem.

― Não podemos culpar vocês por serem do jeito que são, com o que vocês se alimentam, e como Clint disse, vocês estão aqui há mais tempo que nóss. Viveram através dos anos aqui conosco. Porque agora deveríamos acabar com vocês? ― sorriu Hank, dando as mãos a Janet.

― E, como na natureza selvagem, vocês são os leões e somos as zebras. E a lei da cadeia alimentar. Não podemos impedir apenas convivermos juntos! ― alegou Tony revirando os olhos.

Com tudo, “esclarecido” com cada um expondo suas opiniões tínhamos um entendimento, o mais fácil, ou não, seria planejar o “ataque”.

Bruce ficou o tempo todo ao meu lado. Ele sabia onde queria estar e pelo o que lutar!