Appear escrita por Elabeth Werth


Capítulo 2
Capitulo 1-At First Sight


Notas iniciais do capítulo

Oficialmente aqui esta o primeiro capitulo. Espero que gostem.
*postagem todas as quartas a partir das 18 horas*



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Capitulo 1-At First Sight

"A Primeira vista"


Os gritos, meus próprios gritos ecoavam em minha mente, enquanto a brisa gélida soprava em meu rosto um aviso que o inverno estava se aproximando lentamente. Lembro-me da década que fiquei trancafiada em um porão, com pouquíssimo alimento. Aquilo era um castigo, apenas por acidentalmente ter revelado sobre parte do que eu era. Abri os olhos brevemente os fechando em seguida afastando as memórias e ouvindo a cidade movimentada a minha volta. Buzinas reclamações, rádios de policia avisando de assaltos, dentre outras coisas. Bebe chorando, um casal no quarto ao lado discutindo sobre o marido ter ficado de olho na irmã do chefe durante o jantar de gala. Isso porque eram 5 h da manha ainda, nem o sol havia dado as caras.




Mas o que esperar de uma cidade que nunca dorme?!




Abri os olhos focando nas luzes através da janela do vigésimo andar. Estava num hotel muito bem localizado, porem mentalmente eu fazia piadas, do fato de a torre Stark onde segundo o que muitos dizem e onde os heróis ficam reunidos, e eu aqui pertinho, uma vilã. Ri brevemente enquanto ia ate minha mala a abrindo e retirando uma calça leging preta, um top branco e um par de tênis.


Ma arrumei rapidamente peguei meu mp3 e a chave do quarto saindo e a trancando em seguida. O cara do elevador sorriu observando minhas formas. Embora não estivesse com sede agora, poderia já preparar o “lanchinho” para alguma ocasião futura. Sorri a ele enquanto descia no térreo, o chofer abriu a porta para mim sorrindo calmo, mas, com olhos em chama pela visão de meu corpo.

O vento da madrugada bateu em meu corpo, gélido e cortante, porem me conhecia, após tanto tempo, eu sabia que logo isso passaria. Olhei para os lados tomando uma decisão por qual caminho ir. Virei para minha direita e logo já corria de maneira humana, obvio.

Perdi-me em pensamentos junto a musica tocada, Monsters/Hurricane Bells. Sorri ouvindo os trechos da musica. Ao contrario de muitos vampiros, eu procurava sempre achar graça em imitações e várias outras coisas que envolvesse ou “indicasse” vampiros. Muitos se sentiam ofendidos e irritados, varias versões sobre como éramos e agíamos, morcegos, caixões, alho... Isso apenas me fazia rir.

Com minha distração, logo eu perceberia que em alguns pontos, fora a melhor ou a pior coisa que me deixei levar.

Em algum momento eu me sentia atraída por um caminho. O sol já surgia radioso no horizonte, o que me deixou desconfortável. O tempo era de muitas nuvens e céu completamente nublado o que me permitiria sair.

A cada passada eu sentia aquele cheiro me puxando de encontro a ele. O grupo a frente da enorme torre, ao ver me, correndo, abriram espaço para que eu passasse.

Droga praguejei mil vezes em minha mente, aquele cheiro era irresistível, porem havia muita movimentação. Por mais que eu quisesse e o desejasse inundando minha garganta, era impossível fazer aquilo ali e agora sem que todos vissem; E minha distração continuou sendo meu tormento, ou não.

Desviei do desavisado que passava porem inevitavelmente nos esbarramos, e para darmos equilíbrio, acabamos segurando no braço um do outro. Levantei o olhar me concentrando no que acabara de ocorrer.

Chocolate quente e extremamente doce. Era essa a cor dos olhos dele. Os lábios se curvaram num rápido sorriso, enquanto ele gaguejava uma desculpa. Naquele momento tudo o que se passou e passava em minha mente fora mudado. Opiniões, leis próprias dezenas de coisas se confundiram numa só em minha mente. Nada mais fez sentido para mim daquele momento em diante.

Diante aquela confusão acabei cometendo um tremendo erro. Respirei fundo.

Minha garganta ardeu como nunca havia na vida. Minha vontade de atacá-lo naquele momento era gigantesca. Ele franziu o cenho enquanto soltava meu braço e me fitava curioso e tenebroso afastando um passo. Não precisei pensar muito, meus olhos deveriam ter mudado de cor, ficando brancos, apenas com a pupila negra como a noite, de tanta sede e desejo por aquele liquido corrente.

Seu coração bateu num ritmo mais acelerado me deixando ainda mais sedenta.

Não sei como ou de onde surgiu tanto alto controle naquele momento. Com muito custo dei de costas caminhando com passos pesados, enquanto ouvia-o me chamar, ignorei.

Humanos... tão idiotas!

Senti sua mão quente segurando a minha e me verei olhando-o irritada. Ele afastou um pouco soltando minha mão. Concentrei-me o máximo que pude e devo ter conseguido fazer meus olhos voltarem ao azul, pois ele me olhou confuso. Novamente me virei de costas.

–me desculpe... -pediu ele.

O olhei sobre o ombro e voltei-me a correr. A única coisa que mantive em minha mente, era: Não voltar e matá-lo. Seu sangue parecia tão delicioso. Fechei os olhos e me concentrei em voltar o mais rápido possível para o hotel.

Senti-me “segura” ao fechar a porta e passar o trinco. Escorreguei minhas costas na parede e suspirei pesadamente fechando meus olhos. Tão quentes e doces, os olhos dele de alguma forma que eu não compreendia havia mexido comigo. E o cheiro dele... o sangue dele, não era nada do que havia sentido ate hoje, provavelmente o gosto também não. Molhei meus lábios sentindo o veneno em minha boca, tão amargo.

Respirei fundo indo ate a mala e pegando uma peça de roupa e indo para um banho. A água quente relaxou-me um pouco. Porem minha mente ainda continuava embaralhada. O que havia acontecido comigo. Porque um único olhar me deixou de tal forma?

Recordei-me do momento em minha mente repetidamente, a respiração dele, as batidas do seu coração, os olhos doces passando a tenebrosos, sua mão quente e firme. Seria ele meu cantante? Afinal seu sangue me atraiu de maneira tão certeira. Molhei os lábios sentindo minha garganta queimar e o veneno se acumular em minha boca. Fechei o chuveiro e peguei minha toalha me enrolando e indo ate o quarto. Vesti uma camisa com um short e abri a janela e olhei o sol radioso e brilhante me deixar desconfortável. Inspirei o cheiro da manha, e logo mais o fundo encontrei o sangue tão almejado.

“De onde vinha tanto autocontrole?”

Fechei a janela e as cortinas deixando o quarto a beira de um breu, caminhei com respiração levemente descontrolada e retirei a mala da cama a colocando no chão e logo engatinhando por ela.

Encarei o teto demoradamente.

Minha mente me trouxe aqueles olhos novamente.

Quando as pessoas dizem que pequenas coisas as vezes podem ser grandes, provavelmente elas já tenha passado por pequenas coisas que se tornaram grandes ou algo do gênero. Talvez tenha sido esse o ocorrido. Aquela pequena troca de olhar...

Em em alguma linha de “tentativa” de um raciocínio, minha mente se perdeu entrando na enorme vastidão de um mundo paralelo onde basta os olhos se fecharem e seu corpo viajar, onde praticamente tudo era possível.

Porem toda via. Não me vi livre daqueles olhos...

Eles estavam ali.

Diante a mim.

Quentes e doces combinavam com um inverno numa cabana. A cor castanha trazia a madeira, o calor exalado o esquentava do vendo gélido que vinha do fundo deles, havia algo alem daquela primeira impressão quente e doce, era dor, culpa e isolamento, isso me fazia pensar no inverno. O doce olhar lhe entregava uma caneca de um chocolate quente bem feito ainda fervente, trazendo o aconchego de lhe esquentar.

Em algum lugar deles traziam a escuridão, que de alguma forma me acalmou, trazendo uma compreensão talvez. Não era a única vilã ali. Seria? Minhas vistas ficaram num verde musgo ao olhar para o pinheiro a minha frente. A ultima coisa que vi daquele mundo paralelo antes de abrir meus olhos.

Na visão de um mero humano não veria nada a principio, mas levando em conta minha parte imortal, eu via onde estava cada coisa naquele quarto. Levantei-me me sentando na beira da cama e respirando fundo enquanto passava a mão na nuca e relembrava o sonho. O que significava aquilo tudo?

Peguei meu iPhone e olhei as horas. 8H da noite. Olhei o calendário me lembrando de algo. Já ia fazer quase dois meses e meio que não ligava para dar noticias. Respirei fundo enquanto ia ate a janela e a abria junto às cortinas deixando as luzes dos prédios em volta entrarem.

Disquei o numero sem nem ao menos olhar, e logo uma voz feminina e suave atendia.

–palazzo dei priore, Giovana. –nova secretaria, constatei.

–gostaria de falar com Aro, diga que e Pipa... -murmurei abrindo a mala novamente enquanto falava, pegava algumas roupas e colocava no guarda roupa.

sim, Srta. Volturi, só um minuto. –disse ela me colocando na espera. Como não demorou muito constatei que alguém havia ido ao lugar dela.

Demetri já estava de partida... –sua voz soou calma e com uma suave risada de fundo.

–desnecessariamente seria... -murmurei.-como vão as coisas por ai, papa.

calmas... por que demorou?

–não prestei atenção no tempo... - justifiquei.

algo de errado?–nada passava despercebido por ele, estava muito concentrada e confusa, minha voz com certeza estava diferente.

–nada... Só... Só acho que encontrei meu cantante...

não existe “acha”, quando o assunto e “la tua cantante”, ou vou achou ou não achou, “mi bambina”.–dei um breve sorriso.

–onde está tio Marcus?-questionei após uns segundo de silencio mudando de assunto.

na biblioteca como sempre... -murmurou vagamente.

–transfere a linha para lá, por favor... -pedi.

apos falar com ele, não desligue quero falar com você ainda...

–esta bem... -um bipe dois bipes... Sete bipes.

Poppy...-sua voz arrastada demonstrou uma leve felicidade.

–Tio... -sorri abertamente ao telefone. -está sozinho?-questionei.

sim... Algo de errado?–sorri novamente, estava tão visível assim?

–não... -minha voz soou como um miado de gato e ele riu baixinho.- tudo bem com você?

sim... e com você?

–eu... Mais ou menos... -admiti após um suspiro.

conte-me o que lhe aflige...

eu... Eu estava correndo essa manha e... Eu acho que encontrei meu cantante... Só que... Eu não sei de onde surgiu tanto controle... e, bom, os olhos dele estão me... Assombrando... E tudo tão rápido... E estranho. E sempre assim quando se encontra o cantante?-ele se manteve em silencio por demorados segundos, ate demais.

–bom, creio que estava em publico, correto?

–sim...

–por isso não o atacou... -percebi que ele parecia não querer responder a real pergunta. Afastei o celular o encarando franzindo o cenho em uma careta. “Mesmo?!”

–eu me sinto diferente. -admiti. Ele suspirou. -parece estranho... Eu... Minha mente esta uma bagunça, e eu odio isso... -ele ouviu em silencio.

–onde esta?-questionou mudando totalmente o assunto.

–Manhattan... Odeio quando me esconde as coisas, tio... -admiti e sua voz sou divertida.

–não quero me intrometer nisso... “estragaria” tudo...

–estragaria o que?-questionei impaciente.

nada bambina, tudo e apenas coisa da sua cabeça se deseja tanto provar de seu cantante, vá. Garantimos-lhe que será o melhor que ira provar em sua vida... -aconselhou. Sorri me sentindo melhor.

–esta bem... Tenho que ir agora... Passe para papa... –pedi suavemente. Dois bipes.

–já pensou em retornar?

–já... Mas só pensei... -dei um risada sarcástica no final.-e só isso?-questionei e ele ficou em silencio. -tenho que ir agora... Ate, papa...

–ate Pipa...


Desliguei e joguei o celular sobre a cama respirando fundo. Era noite. Era extremamente fácil de eu ir atrás dele e experimentar o melhor que teria em minha vida. Troquei-me calmamente. Nada demais botas salto baixo, calça, blusa e uma jaqueta de couro. Peguei as chaves e o celular. Logo estava nas ruas movimentadas, sentindo vários cheiros deliciosos, porem nenhum se comparava ao dele.




Não fora difícil de encontrá-lo. Ele estava na torre Stark. Suspirei pesadamente. Se for verdade o comentário de ser onde ficam os heróis... Será uma pena. Afinal irão perder um vingador.








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Notas finais do capítulo

Por favor, peço humildemente que deixem um review, e mais do importante e necessário a opinião de vocês...
Beijos e obrigado a todos que começaram a ler, aquilo que me tira o sono todas as noites(ate ao menos, eu conseguir , escrever toda a "história de amor entre Bruce Banner e Poppy Montegomery Voltui."